Caros,
Li a reportagem da Folha de S.Paulo sobre erros em material didático (abaixo) e, de imediato, pensei que um trabalho colaborativo para escrever os livros didáticos do ensino público certamente minimizaria enormemente as incorreções.
A própria reportagem afirma que "todo o conteúdo do material é desenvolvido por professores indicados pela secretaria". Se alguns professores desenvolvem o material, por que não todos? Por que todos professores do ensino público estadual não podem redigir colaborativamente os livros didáticos numa plataforma wiki? Por que os professores não podem elaborar os livros que eles mesmos utilizam nas suas próprias aulas? Para evitar erros, existe revisão melhor do que a revisão de milhares de professores de todo Estado de São Paulo? A revisão cruzada (professores de uma disciplina que revisam livros de outra disciplina) não reduziria os erros interdisciplinares (erros de português nos livros de física e erros de estatística nos livros de geografia, por exemplo)? Uma produção coletiva e colaborativa não aprofundaria a interdisciplinaridade no ensino? Uma produção coletiva com licenças adequadas não permitiria levar material didático de grande qualidade ao ensino público de outros estados e até mesmo ao ensino privado?
Enfim, as perspectivas são tantas que eu gastaria dezenas de kB só para enumerá-las. Para mim, a melhoria imediata e palpável proporcionada pela construção coletiva de livros didáticos me parece tão óbvia, que fico pensando se não estou deixando de ver algum problema intransponível.
O que acham?
Abraços,
Joaquim
Livro da rede estadual tem dois Paraguais
Mapa de apostila de geografia dos alunos da 6ª série do ensino fundamental ainda inverte o Paraguai com o Uruguai
Secretaria da Educação admite erro e afirma que publicou uma errata em seu site; professores, porém, dizem não ter sido alertados
Juliana Coissi, da Folha Ribeirão 17 de março de 2009
Um livro de geografia distribuído pelo governo paulista aos alunos da sexta série do ensino fundamental traz duas vezes o Paraguai no mapa da América do Sul e ainda inverte a localização do Uruguai e Paraguai.
O erro repete-se também no livro do professor. Outra incorreção é a não-inclusão do Equador no mapa "Fronteiras Permeáveis". Sem isso, o aluno não tem informação para responder à seguinte questão, na página ao lado: "Quais são os países sul-americanos que não fazem fronteira com o Brasil?"
A Secretaria da Educação da gestão José Serra (PSDB) diz, em nota, que o erro é de responsabilidade da empresa que produziu o material e que as escolas já foram alertadas sobre a falha por meio do site. A Fundação Vanzolini, responsável pela edição, disse que o material foi produzido por professores indicados pela secretaria.
O material começou a ser distribuído na rede, mas não há informação se já chegoua a todas as escolas do Estado. A empresa diz que 1,55% dos livros distribuídos têm erros, mas a Folha localizou o problema em várias cidades.
Um professor de São José do Rio Preto disse que identificou a falha no mapa em sala de aula. O erro foi motivo de piada entre os alunos. Segundo ele, há erros em quase todos os cadernos, mas, geralmente, são de grafia, não de informação. Cingapura, por exemplo, foi grafado com "s". Mas o erro do mapa, diz, "é gravíssimo".
"Um horror e um erro gravíssimo", concorda Sonia Castellar, professora de metodologia do ensino em geografia do curso de pedagogia da USP (Universidade de São Paulo).
"Esse material do Estado não está passando por avaliação rigorosa", disse.
Um outro docente de geografia, de Franca, disse já ter notado erros em outras apostilas. Segundo ele, é comum haver exercícios no caderno do aluno que não se repetem no livro-manual do professor, e vice-versa, além de exercícios sem resposta no livro do docente.
Alertado pela Folha ontem, um professor de Ribeirão Preto questionou a direção de sua escola no início da tarde sobre o erro. No final do dia, recebeu por e-mail um aviso de que precisaria alterar o material.
Uma coordenadora pedagógica de uma escola estadual de Ribeirão Preto (interior do Estado) disse que o governo estadual orienta as escolas a periodicamente observar no site as erratas dos cadernos.
Ela diz que, além do mapa, detectou no site erratas no caderno do aluno de outras séries nas disciplinas de arte, história, geografia, inglês e matemática. Mas ela não quis mostrar à Folha esses outros erros.
Outro lado
Secretaria diz que já alertou professores
Em nota, a Secretaria de Estado da Educação afirmou que já havia identificado os erros apontados no caderno e que já informou os professores de toda a rede, pelo site www. educacao.sp.gov.br. Mas a errata só pode ser consultada pela direção da escola, por meio de senha.
A secretaria disse que a falha partiu da Fundação Vanzolini, "que elaborou os mapas e o projeto gráfico". Diz ainda que o material não será trocado e que a orientação é que os professores informem seus alunos sobre a correção.
Sobre erratas em outras disciplinas, disse que o erro mais grave foi o do mapa e que o restante se restringe a erros de grafia ou gabarito. A secretaria não respondeu a outras perguntas, como o total de cadernos impressos.
A Fundação Vanzolini alega que o erro atingiu 1,55% dos cadernos e que todo o conteúdo do material é desenvolvido por professores indicados pela secretaria.
Veja quais são os assuntos do momento no Yahoo! +Buscados http://br.maisbuscados.yahoo.com
Caro Joaquim,
2009/3/18 Joaquim Mariano da Costa Neto joaquimmariano@yahoo.com.br:
O que acham?
Concordo com tudo o que falou e provavelmente concordaria com os vários outros kbytes que escrevesse. :-)
Estou tentando convencer alguns amigo com quem escrevo um blog para divulgação científica a melhorarmos os artigos de física em português, veja:
http://arsphysica.wordpress.com/2009/02/09/ars-physica-comecando-a-entrar-na...
Quando eu tiver tempo, vou tentar melhorar a organização da matriz de qualidade
http://pt.wikipedia.org/wiki/Wikipedia:Projetos/F%C3%ADsica#Matriz_qualidade...
e quero criar uma esboço dos artigos por área, como feito em inglês
http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_basic_physics_topics
Sobre os livros colaborativos, é uma boa idéia, sem dúvida. Mas temos que juntar um mínimo de pessoas a fim de tocar os livros de cada área. E isso é difícil.
Em física podemos começar traduzir esse livro feito essencialmente por um indiano no Connexions:
http://cnx.org/content/col10322/latest/
Como é Creative Commons By, dá para colocar no Wikibooks. Aos invés de começar do zero, colocar muito material de qualidade que já existente num wiki e ir melhando parece que agilizaria o processo de criação.
Também temos que dar oficinas sobre como usar a wiki. Para quem é de São Paulo, podíamos tentar organizar algo no SESC.
Em tempo, vou passar novament o link com informações dos debates sobre educação e direitos autorais, dia 24 de março aqui em São Paulo:
http://stoa.usp.br/eventos/weblog/45019.html
Quem puder, vá. Eu e o Alexandre estaremos lá. Tem muita gente que poderia contribuir, mas simplesmente não sabe como. Vamos tentar informá-los.
[]'s,
Tom
Eu como aluno já presenciei muitos erros nos livros, grande parte dos erros que os professores viam só de olhar e nos pediam para corrigir o livro.
Daniel Souza
2009/3/18 Everton Zanella Alvarenga everton137@gmail.com
Caro Joaquim,
2009/3/18 Joaquim Mariano da Costa Neto joaquimmariano@yahoo.com.br:
O que acham?
Concordo com tudo o que falou e provavelmente concordaria com os vários outros kbytes que escrevesse. :-)
Estou tentando convencer alguns amigo com quem escrevo um blog para divulgação científica a melhorarmos os artigos de física em português, veja:
http://arsphysica.wordpress.com/2009/02/09/ars-physica-comecando-a-entrar-na...
Quando eu tiver tempo, vou tentar melhorar a organização da matriz de qualidade
http://pt.wikipedia.org/wiki/Wikipedia:Projetos/F%C3%ADsica#Matriz_qualidade...http://pt.wikipedia.org/wiki/Wikipedia:Projetos/F%C3%ADsica#Matriz_qualidade.2Fimport.C3.A2ncia
e quero criar uma esboço dos artigos por área, como feito em inglês
http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_basic_physics_topics
Sobre os livros colaborativos, é uma boa idéia, sem dúvida. Mas temos que juntar um mínimo de pessoas a fim de tocar os livros de cada área. E isso é difícil.
Em física podemos começar traduzir esse livro feito essencialmente por um indiano no Connexions:
http://cnx.org/content/col10322/latest/
Como é Creative Commons By, dá para colocar no Wikibooks. Aos invés de começar do zero, colocar muito material de qualidade que já existente num wiki e ir melhando parece que agilizaria o processo de criação.
Também temos que dar oficinas sobre como usar a wiki. Para quem é de São Paulo, podíamos tentar organizar algo no SESC.
Em tempo, vou passar novament o link com informações dos debates sobre educação e direitos autorais, dia 24 de março aqui em São Paulo:
http://stoa.usp.br/eventos/weblog/45019.html
Quem puder, vá. Eu e o Alexandre estaremos lá. Tem muita gente que poderia contribuir, mas simplesmente não sabe como. Vamos tentar informá-los.
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Tom
WikimediaBR-l mailing list WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l
Joaquim,
MUITO boa a sua idéia. Uma alternativa seria conversarmos diretamente com alguém da secretaria de educação em sp para chegarmos a um modelo de mutirão que contasse com voluntários dos projetos da wikimedia e os professores em sp. Se vc ou alguém criar no Meta uma página com essa proposta de mutirão, pode contar comigo como voluntário, inclusive para levantar os contatos necessários para avançar a idéia. Abs, Thomas
On 20/03/2009, Daniel Souza blueandne0n@gmail.com wrote:
Eu como aluno já presenciei muitos erros nos livros, grande parte dos erros que os professores viam só de olhar e nos pediam para corrigir o livro.
Daniel Souza
2009/3/18 Everton Zanella Alvarenga everton137@gmail.com
Caro Joaquim,
2009/3/18 Joaquim Mariano da Costa Neto joaquimmariano@yahoo.com.br:
O que acham?
Concordo com tudo o que falou e provavelmente concordaria com os vários outros kbytes que escrevesse. :-)
Estou tentando convencer alguns amigo com quem escrevo um blog para divulgação científica a melhorarmos os artigos de física em português, veja:
http://arsphysica.wordpress.com/2009/02/09/ars-physica-comecando-a-entrar-na...
Quando eu tiver tempo, vou tentar melhorar a organização da matriz de qualidade
http://pt.wikipedia.org/wiki/Wikipedia:Projetos/F%C3%ADsica#Matriz_qualidade...http://pt.wikipedia.org/wiki/Wikipedia:Projetos/F%C3%ADsica#Matriz_qualidade.2Fimport.C3.A2ncia
e quero criar uma esboço dos artigos por área, como feito em inglês
http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_basic_physics_topics
Sobre os livros colaborativos, é uma boa idéia, sem dúvida. Mas temos que juntar um mínimo de pessoas a fim de tocar os livros de cada área. E isso é difícil.
Em física podemos começar traduzir esse livro feito essencialmente por um indiano no Connexions:
http://cnx.org/content/col10322/latest/
Como é Creative Commons By, dá para colocar no Wikibooks. Aos invés de começar do zero, colocar muito material de qualidade que já existente num wiki e ir melhando parece que agilizaria o processo de criação.
Também temos que dar oficinas sobre como usar a wiki. Para quem é de São Paulo, podíamos tentar organizar algo no SESC.
Em tempo, vou passar novament o link com informações dos debates sobre educação e direitos autorais, dia 24 de março aqui em São Paulo:
http://stoa.usp.br/eventos/weblog/45019.html
Quem puder, vá. Eu e o Alexandre estaremos lá. Tem muita gente que poderia contribuir, mas simplesmente não sabe como. Vamos tentar informá-los.
[]'s,
Tom
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Sobre a produção de um livro, vejam o que Juliano Spyer diz sobre a produção do livro lançado esses dias, 'Para entender a Internet' http://stoa.usp.br/oerworkshop/files/1333/7925/Para+entender+a+Internet.pdf, que o Ale (o único que removeu a restrição Non Comercial!) divulgou aqui esses dias:
* Receita para fazer livro http://www.naozero.com.br/making-off-para-entender
2009/3/20 Thomas de Souza Buckup thomasdesouzabuckup@gmail.com:
Uma alternativa seria conversarmos diretamente com alguém da secretaria de educação em sp para chegarmos a um modelo de mutirão que contasse com voluntários dos projetos da wikimedia e os professores em sp.
Acho uma boa falar com a secretária Maria Helena Guimarães de Castro.
Off-topic:
Vejam uma entrevista dela:
http://arquivoetc.blogspot.com/2008/02/veja-entrevista-maria-helena-guimares...
Veja – Qual seria o melhor caminho para elevar o nível dos professores?
Maria Helena – Num mundo ideal, eu fecharia todas as faculdades de pedagogia do país, até mesmo as mais conceituadas, como a da USP e a da Unicamp, e recomeçaria tudo do zero. Isso porque se consagrou no Brasil um tipo de curso de pedagogia voltado para assuntos exclusivamente teóricos, sem nenhuma conexão com as escolas públicas e suas reais demandas. Esse é um modelo equivocado. No dia-a-dia, os alunos de pedagogia se perdem em longas discussões sobre as grandes questões do universo e os maiores pensadores da humanidade, mas ignoram o básico sobre didática. As faculdades de educação estão muito preocupadas com um discurso ideológico sobre as múltiplas funções transformadoras do ensino. Elas deixam em segundo plano evidências científicas sobre as práticas pedagógicas que de fato funcionam no Brasil e no mundo. Com isso, também prestam o desserviço de divulgar e perpetuar antigos mitos. Ao retirar o foco das questões centrais, esses mitos só atrapalham.
Vocês consideram esse trabalho um livro? Na minha opinião é um guia. Não falo pelo número de páginas, mas pela forma com que o conteúdo é apresentado. Isso não é nenhuma crítica e não tira o mérito do trabalho, porém, se vamos discutir sobre livros, que seja o modelo adequado. Talvez o Ale, que é autor, possa contribuir comentando minha opinião. Abraços,
Pietro
________________________________ De: Everton Zanella Alvarenga everton137@gmail.com Para: Mailing list do Capítulo brasileiro da Wikimedia. wikimediabr-l@lists.wikimedia.org Enviadas: Sexta-feira, 20 de Março de 2009 11:42:48 Assunto: Re: [Wikimedia Brasil] Livros didáticos
Sobre a produção de um livro, vejam o que Juliano Spyer diz sobre a produção do livro lançado esses dias, 'Para entender a Internet' http://stoa.usp.br/oerworkshop/files/1333/7925/Para+entender+a+Internet.pdf, que o Ale (o único que removeu a restrição Non Comercial!) divulgou aqui esses dias:
* Receita para fazer livro http://www.naozero.com.br/making-off-para-entender
2009/3/20 Thomas de Souza Buckup thomasdesouzabuckup@gmail.com:
Uma alternativa seria conversarmos diretamente com alguém da secretaria de educação em sp para chegarmos a um modelo de mutirão que contasse com voluntários dos projetos da wikimedia e os professores em sp.
Acho uma boa falar com a secretária Maria Helena Guimarães de Castro.
Off-topic:
Vejam uma entrevista dela:
http://arquivoetc.blogspot.com/2008/02/veja-entrevista-maria-helena-guimares...
Veja – Qual seria o melhor caminho para elevar o nível dos professores?
Maria Helena – Num mundo ideal, eu fecharia todas as faculdades de pedagogia do país, até mesmo as mais conceituadas, como a da USP e a da Unicamp, e recomeçaria tudo do zero. Isso porque se consagrou no Brasil um tipo de curso de pedagogia voltado para assuntos exclusivamente teóricos, sem nenhuma conexão com as escolas públicas e suas reais demandas. Esse é um modelo equivocado. No dia-a-dia, os alunos de pedagogia se perdem em longas discussões sobre as grandes questões do universo e os maiores pensadores da humanidade, mas ignoram o básico sobre didática. As faculdades de educação estão muito preocupadas com um discurso ideológico sobre as múltiplas funções transformadoras do ensino. Elas deixam em segundo plano evidências científicas sobre as práticas pedagógicas que de fato funcionam no Brasil e no mundo. Com isso, também prestam o desserviço de divulgar e perpetuar antigos mitos. Ao retirar o foco das questões centrais, esses mitos só atrapalham.
Pietro,
2009/3/20 Pietro Roveri pietro@usp.br:
Vocês consideram esse trabalho um livro? Na minha opinião é um guia. Não falo pelo número de páginas, mas pela forma com que o conteúdo é apresentado. Isso não é nenhuma crítica e não tira o mérito do trabalho, porém, se vamos discutir sobre livros, que seja o modelo adequado. Talvez o Ale, que é autor, possa contribuir comentando minha opinião.
Não poderíamos, por exemplo, escrever um livro didático de física na linha desse 'Para entender a Internet'? Juntamos algumas pessoas que poderiam escrever capítulos sobre determinado assunto de física (matemática para física, cinemática, mecânica clássica, termodinâmica, eletromagnetismo etc.), com certo objetivo definido (por exemplo, um livro didático voltado para o ensino médio). Se cada pessoa se comprometer a escrever um capítulo até certa data, depois colacamos num wiki todos capítulos e as pessoas vão tentando dar uma maior coesão entre os capítulos para formar um livro.
Acho que um pessoal do connexions <cnx.org> fez algo parecido, se não me falha a memória...
É sobre isso que me refiro, precisa haver mais coesão. No caso da física, uma ciência madura, é mais fácil. Porém, quando vai para a linha das ciências sociais, fica complicado. Abraços,
Pietro
________________________________ De: Everton Zanella Alvarenga everton137@gmail.com Para: Mailing list do Capítulo brasileiro da Wikimedia. wikimediabr-l@lists.wikimedia.org Enviadas: Sexta-feira, 20 de Março de 2009 12:40:33 Assunto: Re: [Wikimedia Brasil] Res: Livros didáticos
Pietro,
2009/3/20 Pietro Roveri pietro@usp.br:
Vocês consideram esse trabalho um livro? Na minha opinião é um guia. Não falo pelo número de páginas, mas pela forma com que o conteúdo é apresentado. Isso não é nenhuma crítica e não tira o mérito do trabalho, porém, se vamos discutir sobre livros, que seja o modelo adequado. Talvez o Ale, que é autor, possa contribuir comentando minha opinião.
Não poderíamos, por exemplo, escrever um livro didático de física na linha desse 'Para entender a Internet'? Juntamos algumas pessoas que poderiam escrever capítulos sobre determinado assunto de física (matemática para física, cinemática, mecânica clássica, termodinâmica, eletromagnetismo etc.), com certo objetivo definido (por exemplo, um livro didático voltado para o ensino médio). Se cada pessoa se comprometer a escrever um capítulo até certa data, depois colacamos num wiki todos capítulos e as pessoas vão tentando dar uma maior coesão entre os capítulos para formar um livro.
Acho que um pessoal do connexions <cnx.org> fez algo parecido, se não me falha a memória...
2009/3/20 Pietro Roveri pietro@usp.br:
É sobre isso que me refiro, precisa haver mais coesão. No caso da física, uma ciência madura, é mais fácil. Porém, quando vai para a linha das ciências sociais, fica complicado.
De fato, não havia pensado nisso. Mas vamos pensar num exemplo de uma outra área para tentar imaginar o que ocorreria. Vou pegar história pois é algo que, infelizmente, sei muito pouco, já que meus professores quase não apareciam na sala de aula da E. T. E. Guaracy Silveira.
Suponha que quero escrever um material didático sobre história do Brasil no século XX. Como poderíamos fazer?
Atualmente estou tentando entender um pouquinho sobre a ditadura, que nunca nem sequer citaram na época do colégio. O material do livro 'História insdiscreta da ditadura e da abertura', de Ronaldo Costa Couto, me parece riquíssimo, até onde estou lendo. Os livros do Elio Gaspari sobre o assunto também ouvi falar muito bem. Será que poderia sair algo interessante se pedíssemos para esses autores escreverem textos *independentes* sobre a ditadura volados para estudantes do ensino médio?
Por que independentes? Não estou certo que muito desse pessoal saberia ou aceitaria ter um texto deles modificado por outros. Então o que podemos tentar fazer é pedir que usem uma licença que permita a criação de obras derivas.
Teríamos 2 versões de textos didático sobre esse assunto e alguém poderia tentar mesclar (claro que também haveria links para os textos originais como referência). E assim tentamos fazer com outros períodos e assuntos da história do Brasil.
Isso me faz lembrar, inclusive, uma observação de uma colega alemã que criou uma ONG voltada a educação numa favela ao lado da USP. Ela disse que a maior parte dos estudantes tomam uma única versão sobre um acontecimento como verdade, seja o que o professor falou, seja o que viram num livro ou outro fonte de informação. Lembrando da forma como nos colégios que estudei, dá para entender um pouco esas crítica.
Talvez um livro didático nessa linha poderia até mudar um pouco essa cultura centrada numa única fonte de informação, sem se questionar de onde vem.
São só idéias.
Abraços,
Tom
Pessoal, Está surgindo a ideia de criar um livro colaborativo sobre blogs jurídicos, e estou coordenando isso. Independentemente do assunto do livro, o que eu gostaria de dizer é que ontem passei alguns minutos criando um sumário dos assuntos que o livro deverá ter. Isso ajudou bastante para saber como o desenvolvimento do livro será feito, quem poderá colaborar e, ainda, já abriu espaço para que os futuros leitores também colaborem perguntando e dizendo as coisas que querem ou precisam encontrar no livro, quando estiver pronto.
Em resumo: a sugestão é criar desde logo um sumário de cada livro que for ser produzido colaborativamente.
Abraços!
Gustavo D'Andrea
Ni!
Concordo com o Pietro, o desenvolvimento do ParaEntender é incompatível com o de um bom livro didático.
Existem bons argumentos questionando a eficiência de produzir-se livros didáticos colaborativamente. A dificuldade de modularizar os assuntos é a principal delas.
O ParaEntender apenas contorna essas dificuldades, pois os textos não foram produzidos como um conjunto nem dialogam entre si. A maioria deles sequer cita o assunto dos demais.
Meu convite para participar no livro deu-se justamente em consequência do juliano vir questionar-me sobre esse assunto.
Uma coisa que recomendei a ele, e recomendo novamente aqui, é dar uma olhada no seguinte texto que, apesar de denso, vale a leitura
http://www.benkler.org/Common_Wisdom.pdf
A parte final, "Higher Order Materials: Textbooks and Immersive Play Environments", trata o caso de produção colaborativa de livros, comentando inclusive as dificuldades do wikibooks (na pág. 17).
Isso não quer dizer que a proposta seja infactível, apenas que não terá o crescimento exponencial espontâneo que projetos como a Wikipédia tem.
Ainda assim há experiências positivas de colaboração em livros mais complexos, onde os módulos são menos bem definidos e dialogam entre si.
Um exemplo são os romances de ficção escritos por fãs de certas narrativas no japão (pra variar mil anos à frente do resto do mundo) e, mais recentemente, por fâs de séries de livros para jovens como "Twilight".
Contudo, tanto quanto vejo, o método mais utilizado ali é o da serialização e bifurcação: você evolui a narrativa sem alterar os fatos dados, ou cria uma nova linha ficcional listando os eventos aos quais ela adere. Também não há preocupação em manter o mesmo estilo ou a uma coerência forte do texto.
Não vejo como isso se encaixaria na proposta de textos didáticos.
E enfim, há o Connexions, que o Tom mencionou. Ele tem uma proposta explícita de colaboração não-linear, contudo mesmo ali parece-me que a reutilização e remixagem não é tão frequente, nem são tantos os colaboradores sobre cada recurso.
Em suma, módulos trabalhosos e com vínculos fortes entre eles são características de livros didáticos que dificultam sua produção social paritária em larga escala.
Um possível modelo eficiente de produção wiki desses recursos contemplaria atores com fortes estímulos ao envolvimento e comprometimento com tais projetos, ocupando lugar numa hierarquia meritocrática espontânea, responsável por evoluir os módulos e integrar as contribuições vindas da base.
Quem conhece deve ter notado, isso é apenas uma abstração da organização de projetos complexos de software livre.
Abs,
ale ~~
On Fri, 2009-03-20 at 08:11 -0700, Pietro Roveri wrote:
Vocês consideram esse trabalho um livro? Na minha opinião é um guia. Não falo pelo número de páginas, mas pela forma com que o conteúdo é apresentado. Isso não é nenhuma crítica e não tira o mérito do trabalho, porém, se vamos discutir sobre livros, que seja o modelo adequado. Talvez o Ale, que é autor, possa contribuir comentando minha opinião. Abraços,
Pietro
De: Everton Zanella Alvarenga everton137@gmail.com Para: Mailing list do Capítulo brasileiro da Wikimedia. wikimediabr-l@lists.wikimedia.org Enviadas: Sexta-feira, 20 de Março de 2009 11:42:48 Assunto: Re: [Wikimedia Brasil] Livros didáticos
Sobre a produção de um livro, vejam o que Juliano Spyer diz sobre a produção do livro lançado esses dias, 'Para entender a Internet' http://stoa.usp.br/oerworkshop/files/1333/7925/Para+entender+a +Internet.pdf, que o Ale (o único que removeu a restrição Non Comercial!) divulgou aqui esses dias:
- Receita para fazer livro
http://www.naozero.com.br/making-off-para-entender
2009/3/20 Thomas de Souza Buckup thomasdesouzabuckup@gmail.com:
Uma alternativa seria conversarmos diretamente com alguém da secretaria de educação em sp para chegarmos a um modelo de mutirão
que
contasse com voluntários dos projetos da wikimedia e os professores
em
sp.
Acho uma boa falar com a secretária Maria Helena Guimarães de Castro.
Off-topic:
Vejam uma entrevista dela:
http://arquivoetc.blogspot.com/2008/02/veja-entrevista-maria-helena-guimares...
Veja – Qual seria o melhor caminho para elevar o nível dos professores?
Maria Helena – Num mundo ideal, eu fecharia todas as faculdades de pedagogia do país, até mesmo as mais conceituadas, como a da USP e a da Unicamp, e recomeçaria tudo do zero. Isso porque se consagrou no Brasil um tipo de curso de pedagogia voltado para assuntos exclusivamente teóricos, sem nenhuma conexão com as escolas públicas e suas reais demandas. Esse é um modelo equivocado. No dia-a-dia, os alunos de pedagogia se perdem em longas discussões sobre as grandes questões do universo e os maiores pensadores da humanidade, mas ignoram o básico sobre didática. As faculdades de educação estão muito preocupadas com um discurso ideológico sobre as múltiplas funções transformadoras do ensino. Elas deixam em segundo plano evidências científicas sobre as práticas pedagógicas que de fato funcionam no Brasil e no mundo. Com isso, também prestam o desserviço de divulgar e perpetuar antigos mitos. Ao retirar o foco das questões centrais, esses mitos só atrapalham.
WikimediaBR-l mailing list WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l
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Bah! Que hierarquia o que guri, façamos um livro no Wikibooks, que siga uma orientação pedagógica e quem não gostar, abra outro capítulo com a outra vertente e a escola que escolha o que quer utilizar, é tri-legal essa abertura, a escola ganhará mais de uma visão e mais de um modo de trabalhar, poderíamos conversar com educadores, ou com os professores de pedagogia da USP, por exemplo, para ver qual o melhor caminho para adotar, o que é melhor para a gurizada, mas deixar claro que qualquer outra vertente pode ser tomada.
Haverá pontos que não tem o que fugir, matemática vai ter que seguir com as operações básicas e avançar, mas tem que ser um livro descente que permita o usuário ir a uma olimpíada de mat e ganhar :D
Poderíamos até fazer a melhor apresentação do mundo, mas ainda haverá indagações de quem somos... Acho melhor definirmos nos próximos dias quem somos, conversar com pessoas das áreas de educação, aumentar o conhecimento na área, estudar o que podemos fazer e quando definido quem somos e ter uma base de argumentação forte, apresentar. Pois pode ser que tenhamos apenas um tiro para dar, então é melhor nos emponderarmos e utilizar uma .50, do que tentar acertar com uma bala de chumbinho.
Ni!
Oi Rodrigo,
A proposta inicial era auxiliar produzir colaborativamente os livros didáticos utilizados no estado, uma vez que serão impressos e distribuídos aos alunos e professores pela secretaria da educação.
O que você está descrevendo é muito bonito para professores informatizados, com pleno domínio do assunto que lecionam, com muitas horas livres para prepararem seus cursos.
Apenas tudo o que os professores da rede pública estadual não tem.
Agora voltando à realidade, um livro didático é uma obra coerente, onde cada parte deve interagir com as demais de forma equilibrada para refletir a proposta pedagógica que o embasa e orientar o professor tendo em vista o trabalho continuado em sala de aula.
Não existe um módulo independente em um bom livro didático, cada assunto é tratado à luz dos assuntos anteriores e a linguagem e a complexidade das idéias crescem junto com o aprendizado, numa proporção geralmente informada pela experiência do autor em sala de aula.
A estrutura hierárquica que eu descrevera busca que este fim seja obtido canalizando o máximo de colaborações sem perder essa coerência global.
Não disse que era a única forma, mas a princípio, ao apenas abandonar-se qualquer hierarquia, passa a ser necessário escolher entre contribuições ou coerência.
Nem disse que isso não poderia seria feito numa wiki. Mas um bom livro didático pode ser produzido até num caderno, e correções de erros feitas por carta, basta ser uma obra individual ou de um grupo coeso. O desafio é fazê-lo de forma mais participativa, senão a wiki estará ali para posteridade.
Abs,
ale ~~
On Sat, 2009-03-21 at 01:31 -0300, Rodrigo Tetsuo Argenton wrote:
Bah! Que hierarquia o que guri, façamos um livro no Wikibooks, que siga uma orientação pedagógica e quem não gostar, abra outro capítulo com a outra vertente e a escola que escolha o que quer utilizar, é tri-legal essa abertura, a escola ganhará mais de uma visão e mais de um modo de trabalhar, poderíamos conversar com educadores, ou com os professores de pedagogia da USP, por exemplo, para ver qual o melhor caminho para adotar, o que é melhor para a gurizada, mas deixar claro que qualquer outra vertente pode ser tomada.
Haverá pontos que não tem o que fugir, matemática vai ter que seguir com as operações básicas e avançar, mas tem que ser um livro descente que permita o usuário ir a uma olimpíada de mat e ganhar :D
Poderíamos até fazer a melhor apresentação do mundo, mas ainda haverá indagações de quem somos... Acho melhor definirmos nos próximos dias quem somos, conversar com pessoas das áreas de educação, aumentar o conhecimento na área, estudar o que podemos fazer e quando definido quem somos e ter uma base de argumentação forte, apresentar. Pois pode ser que tenhamos apenas um tiro para dar, então é melhor nos emponderarmos e utilizar uma .50, do que tentar acertar com uma bala de chumbinho.
-- Rodrigo Tetsuo Argenton rodrigo.argenton@gmail.com +55 11 7971-8884 _______________________________________________ WikimediaBR-l mailing list WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l
Ale,
Acho que entendi as suas colocações e, por isso, tenho algumas dúvidas.
Passei os olhos no Common Wisdom e pretendo lê-lo por completo e com cuidado em breve.
Você disse basicamente que a proposta de produzir colaborativamente livros didáticos não é infactível, mas é bastante difícil, trabalhosa e complexa, além de estar sujeita a uma evolução muito lenta e até mesmo ao insucesso.
Considere a seguinte hipótese: uma plataforma wiki para produção colaborativa dos livros didáticos de matemática dos ensinos fundamental e médio, com acesso e edição facultados a todos professores do ensino público estadual (professores de matemática e das demais disciplinas) e a alguns professores das universidades estaduais. Qual a probabilidade de sucesso? Após quanto tempo essa chance de sucesso é alcançada?
Imagino que, por impossibilidade de se calcular isso, a resposta talvez se limite a um palpite. De qualquer forma, um palpite de alguém que entende do assunto é muito melhor do que nada. Por isso, não se acanhe em palpitar números. ;-) 30% de chance de sucesso? 60%? 78,5%?
Quem mais quiser palpitar é bem-vindo.
Abraços,
Joaquim
________________________________ De: Alexandre Hannud Abdo abdo@usp.br Para: Mailing list do Capítulo brasileiro da Wikimedia. wikimediabr-l@lists.wikimedia.org Enviadas: Sábado, 21 de Março de 2009 4:45:23 Assunto: Re: [Wikimedia Brasil] Res: Livros didáticos
Ni!
Oi Rodrigo,
A proposta inicial era auxiliar produzir colaborativamente os livros didáticos utilizados no estado, uma vez que serão impressos e distribuídos aos alunos e professores pela secretaria da educação.
O que você está descrevendo é muito bonito para professores informatizados, com pleno domínio do assunto que lecionam, com muitas horas livres para prepararem seus cursos.
Apenas tudo o que os professores da rede pública estadual não tem.
Agora voltando à realidade, um livro didático é uma obra coerente, onde cada parte deve interagir com as demais de forma equilibrada para refletir a proposta pedagógica que o embasa e orientar o professor tendo em vista o trabalho continuado em sala de aula.
Não existe um módulo independente em um bom livro didático, cada assunto é tratado à luz dos assuntos anteriores e a linguagem e a complexidade das idéias crescem junto com o aprendizado, numa proporção geralmente informada pela experiência do autor em sala de aula.
A estrutura hierárquica que eu descrevera busca que este fim seja obtido canalizando o máximo de colaborações sem perder essa coerência global.
Não disse que era a única forma, mas a princípio, ao apenas abandonar-se qualquer hierarquia, passa a ser necessário escolher entre contribuições ou coerência.
Nem disse que isso não poderia seria feito numa wiki. Mas um bom livro didático pode ser produzido até num caderno, e correções de erros feitas por carta, basta ser uma obra individual ou de um grupo coeso. O desafio é fazê-lo de forma mais participativa, senão a wiki estará ali para posteridade.
Abs,
ale ~~
On Sat, 2009-03-21 at 01:31 -0300, Rodrigo Tetsuo Argenton wrote:
Bah! Que hierarquia o que guri, façamos um livro no Wikibooks, que siga uma orientação pedagógica e quem não gostar, abra outro capítulo com a outra vertente e a escola que escolha o que quer utilizar, é tri-legal essa abertura, a escola ganhará mais de uma visão e mais de um modo de trabalhar, poderíamos conversar com educadores, ou com os professores de pedagogia da USP, por exemplo, para ver qual o melhor caminho para adotar, o que é melhor para a gurizada, mas deixar claro que qualquer outra vertente pode ser tomada.
Haverá pontos que não tem o que fugir, matemática vai ter que seguir com as operações básicas e avançar, mas tem que ser um livro descente que permita o usuário ir a uma olimpíada de mat e ganhar :D
Poderíamos até fazer a melhor apresentação do mundo, mas ainda haverá indagações de quem somos... Acho melhor definirmos nos próximos dias quem somos, conversar com pessoas das áreas de educação, aumentar o conhecimento na área, estudar o que podemos fazer e quando definido quem somos e ter uma base de argumentação forte, apresentar. Pois pode ser que tenhamos apenas um tiro para dar, então é melhor nos emponderarmos e utilizar uma .50, do que tentar acertar com uma bala de chumbinho.
-- Rodrigo Tetsuo Argenton rodrigo.argenton@gmail.com +55 11 7971-8884 _______________________________________________ WikimediaBR-l mailing list WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l
_______________________________________________ WikimediaBR-l mailing list WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l
________________________________ De: Alexandre Hannud Abdo abdo@usp.br Para: Mailing list do Capítulo brasileiro da Wikimedia. wikimediabr-l@lists.wikimedia.org Enviadas: Sábado, 21 de Março de 2009 1:03:30 Assunto: Re: [Wikimedia Brasil] Res: Livros didáticos
Ni!
Concordo com o Pietro, o desenvolvimento do ParaEntender é incompatível com o de um bom livro didático.
Existem bons argumentos questionando a eficiência de produzir-se livros didáticos colaborativamente. A dificuldade de modularizar os assuntos é a principal delas.
O ParaEntender apenas contorna essas dificuldades, pois os textos não foram produzidos como um conjunto nem dialogam entre si. A maioria deles sequer cita o assunto dos demais.
Meu convite para participar no livro deu-se justamente em consequência do juliano vir questionar-me sobre esse assunto.
Uma coisa que recomendei a ele, e recomendo novamente aqui, é dar uma olhada no seguinte texto que, apesar de denso, vale a leitura
http://www.benkler.org/Common_Wisdom.pdf
A parte final, "Higher Order Materials: Textbooks and Immersive Play Environments", trata o caso de produção colaborativa de livros, comentando inclusive as dificuldades do wikibooks (na pág. 17).
Isso não quer dizer que a proposta seja infactível, apenas que não terá o crescimento exponencial espontâneo que projetos como a Wikipédia tem.
Ainda assim há experiências positivas de colaboração em livros mais complexos, onde os módulos são menos bem definidos e dialogam entre si.
Um exemplo são os romances de ficção escritos por fãs de certas narrativas no japão (pra variar mil anos à frente do resto do mundo) e, mais recentemente, por fâs de séries de livros para jovens como "Twilight".
Contudo, tanto quanto vejo, o método mais utilizado ali é o da serialização e bifurcação: você evolui a narrativa sem alterar os fatos dados, ou cria uma nova linha ficcional listando os eventos aos quais ela adere. Também não há preocupação em manter o mesmo estilo ou a uma coerência forte do texto.
Não vejo como isso se encaixaria na proposta de textos didáticos.
E enfim, há o Connexions, que o Tom mencionou. Ele tem uma proposta explícita de colaboração não-linear, contudo mesmo ali parece-me que a reutilização e remixagem não é tão frequente, nem são tantos os colaboradores sobre cada recurso.
Em suma, módulos trabalhosos e com vínculos fortes entre eles são características de livros didáticos que dificultam sua produção social paritária em larga escala.
Um possível modelo eficiente de produção wiki desses recursos contemplaria atores com fortes estímulos ao envolvimento e comprometimento com tais projetos, ocupando lugar numa hierarquia meritocrática espontânea, responsável por evoluir os módulos e integrar as contribuições vindas da base.
Quem conhece deve ter notado, isso é apenas uma abstração da organização de projetos complexos de software livre.
Abs,
ale ~~
On Fri, 2009-03-20 at 08:11 -0700, Pietro Roveri wrote:
Vocês consideram esse trabalho um livro? Na minha opinião é um guia. Não falo pelo número de páginas, mas pela forma com que o conteúdo é apresentado. Isso não é nenhuma crítica e não tira o mérito do trabalho, porém, se vamos discutir sobre livros, que seja o modelo adequado. Talvez o Ale, que é autor, possa contribuir comentando minha opinião. Abraços,
Pietro
De: Everton Zanella Alvarenga everton137@gmail.com Para: Mailing list do Capítulo brasileiro da Wikimedia. wikimediabr-l@lists.wikimedia.org Enviadas: Sexta-feira, 20 de Março de 2009 11:42:48 Assunto: Re: [Wikimedia Brasil] Livros didáticos
Sobre a produção de um livro, vejam o que Juliano Spyer diz sobre a produção do livro lançado esses dias, 'Para entender a Internet' http://stoa.usp.br/oerworkshop/files/1333/7925/Para+entender+a +Internet.pdf, que o Ale (o único que removeu a restrição Non Comercial!) divulgou aqui esses dias:
- Receita para fazer livro
http://www.naozero.com.br/making-off-para-entender
2009/3/20 Thomas de Souza Buckup thomasdesouzabuckup@gmail.com:
Uma alternativa seria conversarmos diretamente com alguém da secretaria de educação em sp para chegarmos a um modelo de mutirão
que
contasse com voluntários dos projetos da wikimedia e os professores
em
sp.
Acho uma boa falar com a secretária Maria Helena Guimarães de Castro.
Off-topic:
Vejam uma entrevista dela:
http://arquivoetc.blogspot.com/2008/02/veja-entrevista-maria-helena-guimares...
Veja – Qual seria o melhor caminho para elevar o nível dos professores?
Maria Helena – Num mundo ideal, eu fecharia todas as faculdades de pedagogia do país, até mesmo as mais conceituadas, como a da USP e a da Unicamp, e recomeçaria tudo do zero. Isso porque se consagrou no Brasil um tipo de curso de pedagogia voltado para assuntos exclusivamente teóricos, sem nenhuma conexão com as escolas públicas e suas reais demandas. Esse é um modelo equivocado. No dia-a-dia, os alunos de pedagogia se perdem em longas discussões sobre as grandes questões do universo e os maiores pensadores da humanidade, mas ignoram o básico sobre didática. As faculdades de educação estão muito preocupadas com um discurso ideológico sobre as múltiplas funções transformadoras do ensino. Elas deixam em segundo plano evidências científicas sobre as práticas pedagógicas que de fato funcionam no Brasil e no mundo. Com isso, também prestam o desserviço de divulgar e perpetuar antigos mitos. Ao retirar o foco das questões centrais, esses mitos só atrapalham.
WikimediaBR-l mailing list WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l
Veja quais são os assuntos do momento no Yahoo! + Buscados: Top 10 - Celebridades - Música - Esportes _______________________________________________ WikimediaBR-l mailing list WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l
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Veja quais são os assuntos do momento no Yahoo! +Buscados http://br.maisbuscados.yahoo.com
Ni!
Oi Joaquim, Puxa pergunta muito boa.
Curiosamente, ontem eu e o Tom participamos de um seminário sobre "direitos autorais e educação" aqui em São Paulo[1], que abordou este tema.
Um dos palestrantes era do Paraná, onde o governo tem um projeto chamado "Folhas", que coleta textos escritos por professores do ensino público que complementem ou aprofundem temas das diversas áreas.
Os textos vão para um website onde estão disponíveis e posteriormente, através de revisão por professores universitários, organizou-se uma coletânea dos melhores textos.
Estes foram impressos como livros e distribuídos para toda a rede de ensino, alunos e professores.
As Folhas, assim como seus livros, vem com permissão para reproduzir partes ou o todo, mas não ficou claro se era possível remixá-las.
Uma coisa importante: os professores recebem incentivos de carreira ao escrever Folhas, maiores se suas Folhas entram pros livros.
Esse projeto deu certo, mas o próprio palestrante fez várias ressalvas sobre não estar concorrendo com o mercado de livros didáticos, que essa não era a intenção do estado, etc.
Outro palestrante, era membro do conselho do Programa Nacional Livro Didático, que valida os livros que os professores poderem escolher usar nas suas escolas.
Os livros, já validados, escolhidos pelos professores são então negociados pelo goveno com as editoras e entregues aos professores e alunos.
Ele disse-nos que nada impediria uma editora ou ong apresentar um livro produzido na Wikilivros para ser aprovado neste processo.
Uma vez aprovado, os professores poderiam pedir para usá-lo e o governo tartaria de comprar e distribuir.
Pelo que entendi isso é um programa federal.
Bem, mas enfim, respondendo sua pergunta, acho que as chances de um livro didático de qualidade ser produzido no Wikilivros por professores do estado, com apoio do estado, são boas. Sem apoio, são pequenas.
Mas teria de existir responsáveis competentes, muito bem incentivados, para tomar conta de cada livro, nos seus diversos níveis (por exemplo: geral, pra cada tema, pra cada capítulo...). Assim como para cada ramo paralelo de desenvolvimento que aparecer.
A escolha desses responsáveis deve surgir espontâneamente da comunidade que for criando os primeiros textos, podendo evoluir com o tempo.
Contudo, como disse categoricamente uma professora no seminário, a maioria dos professores da rede não tem tempo, não tem condições de trabalho, e dependem fundamentalmente do livro didático para se orientar.
Assim é pouco provável que muitos deles participem e se envolvam no nível necessário se não houver bônus na carreira e/ou carga horária por essa atividade.
Alternativamente, pode ser que, se houvesse uma facilidade de comunicação entre eles e uma divulgação adequada do valor inestimável de um livro didático livre produzido pela comunidade de professores, eles se mobilizassem.
Contudo, apesar de parecer bonito, nem sei se esta segunda alternativa seria realmente desejável, afinal eles são pagos para esse fim. Logo, poder usar o tempo de trabalho e ser reconhecido por isso é justo.
Em ambos os casos, o envolvimento do governo, seja incentivando ou divulgando, é praticamente requisito.
Bom, talvez a divulgação pudesse ser feita através do sindicato, ou de anúncios em revistas dirigidas à categoria. Mas vindo do próprio estado certamente teria mais influência.
Claro, existe sempre a possibilidade de algum professor voluntário entusiasmado topar e escrever boa parte de um livro didático no wikilivros sozinho, a ponto que a utilidade do material por si só já incentivasse e mobilizasse outros menos entusiasmados a contribuir.
Como eu não sou professor da rede, não posso ajudar com isso, então a mim, extendendo a nós, só vejo o caminho de buscar que o estado apóie esta idéia, e continuar divulgando-a e também torcendo pra que apareça um voluntário desses.
Uma última possibilidade... seria identificar um potencial entusiasmado de reconhecida competência e pagar-lhe para que torne-se um voluntário atuante.
Para isso precisaríamos identificar um tal indivíduo e um bemfeitor que o financiasse ao menos por um período inicial.
Acho que já escrevi demais : )P
Esse seminário foi bem interessante, parece que material audiovisual estará disponível online, mas ainda não achei.
[1] http://www.acaoeducativa.org.br/portal/index.php?option=com_content&task...
Abs,
ale ~~
On Wed, 2009-03-25 at 01:35 -0700, Joaquim Mariano da Costa Neto wrote:
Ale,
Acho que entendi as suas colocações e, por isso, tenho algumas dúvidas.
Passei os olhos no Common Wisdom e pretendo lê-lo por completo e com cuidado em breve.
Você disse basicamente que a proposta de produzir colaborativamente livros didáticos não é infactível, mas é bastante difícil, trabalhosa e complexa, além de estar sujeita a uma evolução muito lenta e até mesmo ao insucesso.
Considere a seguinte hipótese: uma plataforma wiki para produção colaborativa dos livros didáticos de matemática dos ensinos fundamental e médio, com acesso e edição facultados a todos professores do ensino público estadual (professores de matemática e das demais disciplinas) e a alguns professores das universidades estaduais. Qual a probabilidade de sucesso? Após quanto tempo essa chance de sucesso é alcançada?
Imagino que, por impossibilidade de se calcular isso, a resposta talvez se limite a um palpite. De qualquer forma, um palpite de alguém que entende do assunto é muito melhor do que nada. Por isso, não se acanhe em palpitar números. ;-) 30% de chance de sucesso? 60%? 78,5%?
Quem mais quiser palpitar é bem-vindo.
Abraços,
Joaquim
De: Alexandre Hannud Abdo abdo@usp.br Para: Mailing list do Capítulo brasileiro da Wikimedia. wikimediabr-l@lists.wikimedia.org Enviadas: Sábado, 21 de Março de 2009 4:45:23 Assunto: Re: [Wikimedia Brasil] Res: Livros didáticos
Ni!
Oi Rodrigo,
A proposta inicial era auxiliar produzir colaborativamente os livros didáticos utilizados no estado, uma vez que serão impressos e distribuídos aos alunos e professores pela secretaria da educação.
O que você está descrevendo é muito bonito para professores informatizados, com pleno domínio do assunto que lecionam, com muitas horas livres para prepararem seus cursos.
Apenas tudo o que os professores da rede pública estadual não tem.
Agora voltando à realidade, um livro didático é uma obra coerente, onde cada parte deve interagir com as demais de forma equilibrada para refletir a proposta pedagógica que o embasa e orientar o professor tendo em vista o trabalho continuado em sala de aula.
Não existe um módulo independente em um bom livro didático, cada assunto é tratado à luz dos assuntos anteriores e a linguagem e a complexidade das idéias crescem junto com o aprendizado, numa proporção geralmente informada pela experiência do autor em sala de aula.
A estrutura hierárquica que eu descrevera busca que este fim seja obtido canalizando o máximo de colaborações sem perder essa coerência global.
Não disse que era a única forma, mas a princípio, ao apenas abandonar-se qualquer hierarquia, passa a ser necessário escolher entre contribuições ou coerência.
Nem disse que isso não poderia seria feito numa wiki. Mas um bom livro didático pode ser produzido até num caderno, e correções de erros feitas por carta, basta ser uma obra individual ou de um grupo coeso. O desafio é fazê-lo de forma mais participativa, senão a wiki estará ali para posteridade.
Abs,
ale ~~
On Sat, 2009-03-21 at 01:31 -0300, Rodrigo Tetsuo Argenton wrote:
Bah! Que hierarquia o que guri, façamos um livro no Wikibooks, que siga uma orientação pedagógica e quem não gostar, abra outro
capítulo
com a outra vertente e a escola que escolha o que quer utilizar, é tri-legal essa abertura, a escola ganhará mais de uma visão e mais
de
um modo de trabalhar, poderíamos conversar com educadores, ou com os professores de pedagogia da USP, por exemplo, para ver qual o melhor caminho para adotar, o que é melhor para a gurizada, mas deixar
claro
que qualquer outra vertente pode ser tomada.
Haverá pontos que não tem o que fugir, matemática vai ter que seguir com as operações básicas e avançar, mas tem que ser um livro
descente
que permita o usuário ir a uma olimpíada de mat e ganhar :D
Poderíamos até fazer a melhor apresentação do mundo, mas ainda
haverá
indagações de quem somos... Acho melhor definirmos nos próximos dias quem somos, conversar com pessoas das áreas de educação, aumentar o conhecimento na área, estudar o que podemos fazer e quando definido quem somos e ter uma base de argumentação forte, apresentar. Pois
pode
ser que tenhamos apenas um tiro para dar, então é melhor nos emponderarmos e utilizar uma .50, do que tentar acertar com uma bala de chumbinho.
-- Rodrigo Tetsuo Argenton rodrigo.argenton@gmail.com +55 11 7971-8884 _______________________________________________ WikimediaBR-l mailing list WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l
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De: Alexandre Hannud Abdo abdo@usp.br Para: Mailing list do Capítulo brasileiro da Wikimedia. wikimediabr-l@lists.wikimedia.org Enviadas: Sábado, 21 de Março de 2009 1:03:30 Assunto: Re: [Wikimedia Brasil] Res: Livros didáticos
Ni!
Concordo com o Pietro, o desenvolvimento do ParaEntender é incompatível com o de um bom livro didático.
Existem bons argumentos questionando a eficiência de produzir-se livros didáticos colaborativamente. A dificuldade de modularizar os assuntos é a principal delas.
O ParaEntender apenas contorna essas dificuldades, pois os textos não foram produzidos como um conjunto nem dialogam entre si. A maioria deles sequer cita o assunto dos demais.
Meu convite para participar no livro deu-se justamente em consequência do juliano vir questionar-me sobre esse assunto.
Uma coisa que recomendei a ele, e recomendo novamente aqui, é dar uma olhada no seguinte texto que, apesar de denso, vale a leitura
http://www.benkler.org/Common_Wisdom.pdf
A parte final, "Higher Order Materials: Textbooks and Immersive Play Environments", trata o caso de produção colaborativa de livros, comentando inclusive as dificuldades do wikibooks (na pág. 17).
Isso não quer dizer que a proposta seja infactível, apenas que não terá o crescimento exponencial espontâneo que projetos como a Wikipédia tem.
Ainda assim há experiências positivas de colaboração em livros mais complexos, onde os módulos são menos bem definidos e dialogam entre si.
Um exemplo são os romances de ficção escritos por fãs de certas narrativas no japão (pra variar mil anos à frente do resto do mundo) e, mais recentemente, por fâs de séries de livros para jovens como "Twilight".
Contudo, tanto quanto vejo, o método mais utilizado ali é o da serialização e bifurcação: você evolui a narrativa sem alterar os fatos dados, ou cria uma nova linha ficcional listando os eventos aos quais ela adere. Também não há preocupação em manter o mesmo estilo ou a uma coerência forte do texto.
Não vejo como isso se encaixaria na proposta de textos didáticos.
E enfim, há o Connexions, que o Tom mencionou. Ele tem uma proposta explícita de colaboração não-linear, contudo mesmo ali parece-me que a reutilização e remixagem não é tão frequente, nem são tantos os colaboradores sobre cada recurso.
Em suma, módulos trabalhosos e com vínculos fortes entre eles são características de livros didáticos que dificultam sua produção social paritária em larga escala.
Um possível modelo eficiente de produção wiki desses recursos contemplaria atores com fortes estímulos ao envolvimento e comprometimento com tais projetos, ocupando lugar numa hierarquia meritocrática espontânea, responsável por evoluir os módulos e integrar as contribuições vindas da base.
Quem conhece deve ter notado, isso é apenas uma abstração da organização de projetos complexos de software livre.
Abs,
ale ~~
On Fri, 2009-03-20 at 08:11 -0700, Pietro Roveri wrote:
Vocês consideram esse trabalho um livro? Na minha opinião é um guia. Não falo pelo número de páginas, mas pela forma com que o conteúdo é apresentado. Isso não é nenhuma crítica e não tira o mérito do trabalho, porém, se vamos discutir sobre livros, que seja o modelo adequado. Talvez o Ale, que é autor, possa contribuir comentando minha
opinião.
Abraços,
Pietro
De: Everton Zanella Alvarenga everton137@gmail.com Para: Mailing list do Capítulo brasileiro da Wikimedia. wikimediabr-l@lists.wikimedia.org Enviadas: Sexta-feira, 20 de Março de 2009 11:42:48 Assunto: Re: [Wikimedia Brasil] Livros didáticos
Sobre a produção de um livro, vejam o que Juliano Spyer diz sobre a produção do livro lançado esses dias, 'Para entender a Internet' http://stoa.usp.br/oerworkshop/files/1333/7925/Para+entender+a +Internet.pdf, que o Ale (o único que removeu a restrição Non Comercial!) divulgou aqui esses dias:
- Receita para fazer livro
http://www.naozero.com.br/making-off-para-entender
2009/3/20 Thomas de Souza Buckup thomasdesouzabuckup@gmail.com:
Uma alternativa seria conversarmos diretamente com alguém da secretaria de educação em sp para chegarmos a um modelo de mutirão
que
contasse com voluntários dos projetos da wikimedia e os
professores
em
sp.
Acho uma boa falar com a secretária Maria Helena Guimarães de
Castro.
Off-topic:
Vejam uma entrevista dela:
http://arquivoetc.blogspot.com/2008/02/veja-entrevista-maria-helena-guimares...
Veja – Qual seria o melhor caminho para elevar o nível dos professores?
Maria Helena – Num mundo ideal, eu fecharia todas as faculdades de pedagogia do país, até mesmo as mais conceituadas, como a da USP e a da Unicamp, e recomeçaria tudo do zero. Isso porque se consagrou no Brasil um tipo de curso de pedagogia voltado para assuntos exclusivamente teóricos, sem nenhuma conexão com as escolas públicas
e
suas reais demandas. Esse é um modelo equivocado. No dia-a-dia, os alunos de pedagogia se perdem em longas discussões sobre as grandes questões do universo e os maiores pensadores da humanidade, mas ignoram o básico sobre didática. As faculdades de educação estão
muito
preocupadas com um discurso ideológico sobre as múltiplas funções transformadoras do ensino. Elas deixam em segundo plano evidências científicas sobre as práticas pedagógicas que de fato funcionam no Brasil e no mundo. Com isso, também prestam o desserviço de divulgar
e
perpetuar antigos mitos. Ao retirar o foco das questões centrais, esses mitos só atrapalham.
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2009/3/26 Alexandre Hannud Abdo abdo@usp.br:
Um dos palestrantes era do Paraná, onde o governo tem um projeto chamado "Folhas", que coleta textos escritos por professores do ensino público que complementem ou aprofundem temas das diversas áreas.
Os textos vão para um website onde estão disponíveis e posteriormente, através de revisão por professores universitários, organizou-se uma coletânea dos melhores textos.
Eu não consegui achar no site, mas para minha sorte um professor do Paraná que participa da comunidade Física do orkut me passou o link do livro de física, então ficou fácil achar os outros livros, vejam:
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/diadia/arquivos/File/livro_e_di...
As Folhas, assim como seus livros, vem com permissão para reproduzir partes ou o todo, mas não ficou claro se era possível remixá-las.
O Jairo Marçal, quem apresentou sobre esse projeto, disse que eles tem um setor jurídico. Reproduzindo o que está escrito nesses livros com relação ao direito de cópia:
---
* Obra Pública
* "É permitida a reprodução total ou parcial desta obra, desde que citada a fonte."
---
Por alguns instantes achei que a obra havia sido deixada como domínio público, por causa do termo 'obra pública', mas isso não é verdade.
Falando pessoalmente com o Jairo sobre podermos colocarmos os livros no wikibooks para melhorar, ele disse que não tinha nada contra. O que ele pareceu não querer é que o conteúdo dos livros sejam usados para fins lucrativos, o que proibiria colocarmos no wikibooks (traduzinho para a lingugem Creative Commons, o livro seria um CC-By-NC). Mas acho que é questão de dialogar com ele. Vou enviar um email.
Uma coisa importante: os professores recebem incentivos de carreira ao escrever Folhas, maiores se suas Folhas entram pros livros.
Esse projeto deu certo, mas o próprio palestrante fez várias ressalvas sobre não estar concorrendo com o mercado de livros didáticos, que essa não era a intenção do estado, etc.
O preço dos livros é espantosamente baixo! Eles saíram R 2,50 cada um. Para a coleção de 12 livros produzidos, saiu um total de R$ 30. Vi a qualidade da impressão e é muito boa, a mesma que de qualquer livro didátivo que tive no colégio (quando tive), com algumas centenas de páginas e colorida!
Pensando aqui: por que será que os livros das editoras tradicionais chegam tão caros? Será que é só por causa da baixa tiragem, como costumam argumentar? ;-)
Seria bom até termos toda a receitinha dos gastos da produção desses livros e colocarmos em algum local do wikibooks. O Jairo também ficou de passar os detalhes das depesas com os livros.
Acho que é uma boa oportunidade usarmos esse material e tentarmos entender melhor como esse projeto no Paraná foi conduzido.
[]'s,
Tom
Entendo que, neste momento, o mais básico e primordial (e meio urgente) é conversar com a Secretaria da Educação, apresentar as linhas gerais e os fundamentos de um sistema de construção colaborativa de livros didáticos, e então saber se há interesse nisso (nesse projeto para o Governo do Estado especificamente).
Tratar com o Governo do Estado é difícil. Para que uma proposta desse tipo vingue, é preciso conversar com a pessoa certa, no momento certo, do jeito certo.
O momento é este: a repercussão de erros e mais erros nos livros didáticos do Governo do Estado.
A pessoa certa não é a Secretária da Educação (Maria Helena Guimarães), mas o Chefe de Gabinete (Fernando Padula), que é a pessoa que inicialmente avaliará a pertinência da proposta (reportando-se diretamente à Secretária, que obviamente tem a decisão final sobre o assunto) e articulará todo o conseqüente desenvolvimento.
O jeito certo é o jeito do WikiBrasil, atentando a certas particularidades do ouvinte.
Como o momento é curto (a repercussão criou uma janela de tempo muito estreita), acho que precisamos apresentar o quanto antes uma proposta. Uma reunião entre o WikiBrasil e a Chefia de Gabinete, com um powerpoint claro e sucinto, uma breve proposta escrita, e muita explicação (e convencimento), é o que basta para sabermos se o projeto vai adiante.
Abraços,
Joaquim
________________________________ De: Thomas de Souza Buckup thomasdesouzabuckup@gmail.com Para: Mailing list do Capítulo brasileiro da Wikimedia. wikimediabr-l@lists.wikimedia.org Enviadas: Sexta-feira, 20 de Março de 2009 10:57:05 Assunto: Re: [Wikimedia Brasil] Livros didáticos
Joaquim,
MUITO boa a sua idéia. Uma alternativa seria conversarmos diretamente com alguém da secretaria de educação em sp para chegarmos a um modelo de mutirão que contasse com voluntários dos projetos da wikimedia e os professores em sp. Se vc ou alguém criar no Meta uma página com essa proposta de mutirão, pode contar comigo como voluntário, inclusive para levantar os contatos necessários para avançar a idéia. Abs, Thomas
On 20/03/2009, Daniel Souza blueandne0n@gmail.com wrote:
Eu como aluno já presenciei muitos erros nos livros, grande parte dos erros que os professores viam só de olhar e nos pediam para corrigir o livro.
Daniel Souza
2009/3/18 Everton Zanella Alvarenga everton137@gmail.com
Caro Joaquim,
2009/3/18 Joaquim Mariano da Costa Neto joaquimmariano@yahoo.com.br:
O que acham?
Concordo com tudo o que falou e provavelmente concordaria com os vários outros kbytes que escrevesse. :-)
Estou tentando convencer alguns amigo com quem escrevo um blog para divulgação científica a melhorarmos os artigos de física em português, veja:
http://arsphysica.wordpress.com/2009/02/09/ars-physica-comecando-a-entrar-na...
Quando eu tiver tempo, vou tentar melhorar a organização da matriz de qualidade
http://pt.wikipedia.org/wiki/Wikipedia:Projetos/F%C3%ADsica#Matriz_qualidade...http://pt.wikipedia.org/wiki/Wikipedia:Projetos/F%C3%ADsica#Matriz_qualidade.2Fimport.C3.A2ncia
e quero criar uma esboço dos artigos por área, como feito em inglês
http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_basic_physics_topics
Sobre os livros colaborativos, é uma boa idéia, sem dúvida. Mas temos que juntar um mínimo de pessoas a fim de tocar os livros de cada área. E isso é difícil.
Em física podemos começar traduzir esse livro feito essencialmente por um indiano no Connexions:
http://cnx.org/content/col10322/latest/
Como é Creative Commons By, dá para colocar no Wikibooks. Aos invés de começar do zero, colocar muito material de qualidade que já existente num wiki e ir melhando parece que agilizaria o processo de criação.
Também temos que dar oficinas sobre como usar a wiki. Para quem é de São Paulo, podíamos tentar organizar algo no SESC.
Em tempo, vou passar novament o link com informações dos debates sobre educação e direitos autorais, dia 24 de março aqui em São Paulo:
http://stoa.usp.br/eventos/weblog/45019.html
Quem puder, vá. Eu e o Alexandre estaremos lá. Tem muita gente que poderia contribuir, mas simplesmente não sabe como. Vamos tentar informá-los.
[]'s,
Tom
WikimediaBR-l mailing list WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l
Joaquim, concordo com você. Qual parte você pode fazer e para qual precisa de ajuda? Posso dar uma força essa semana, se você quiser. Abs, Thomas
On 20/03/2009, Joaquim Mariano da Costa Neto joaquimmariano@yahoo.com.br wrote:
Entendo que, neste momento, o mais básico e primordial (e meio urgente) é conversar com a Secretaria da Educação, apresentar as linhas gerais e os fundamentos de um sistema de construção colaborativa de livros didáticos, e então saber se há interesse nisso (nesse projeto para o Governo do Estado especificamente).
Tratar com o Governo do Estado é difícil. Para que uma proposta desse tipo vingue, é preciso conversar com a pessoa certa, no momento certo, do jeito certo.
O momento é este: a repercussão de erros e mais erros nos livros didáticos do Governo do Estado.
A pessoa certa não é a Secretária da Educação (Maria Helena Guimarães), mas o Chefe de Gabinete (Fernando Padula), que é a pessoa que inicialmente avaliará a pertinência da proposta (reportando-se diretamente à Secretária, que obviamente tem a decisão final sobre o assunto) e articulará todo o conseqüente desenvolvimento.
O jeito certo é o jeito do WikiBrasil, atentando a certas particularidades do ouvinte.
Como o momento é curto (a repercussão criou uma janela de tempo muito estreita), acho que precisamos apresentar o quanto antes uma proposta. Uma reunião entre o WikiBrasil e a Chefia de Gabinete, com um powerpoint claro e sucinto, uma breve proposta escrita, e muita explicação (e convencimento), é o que basta para sabermos se o projeto vai adiante.
Abraços,
Joaquim
De: Thomas de Souza Buckup thomasdesouzabuckup@gmail.com Para: Mailing list do Capítulo brasileiro da Wikimedia. wikimediabr-l@lists.wikimedia.org Enviadas: Sexta-feira, 20 de Março de 2009 10:57:05 Assunto: Re: [Wikimedia Brasil] Livros didáticos
Joaquim,
MUITO boa a sua idéia. Uma alternativa seria conversarmos diretamente com alguém da secretaria de educação em sp para chegarmos a um modelo de mutirão que contasse com voluntários dos projetos da wikimedia e os professores em sp. Se vc ou alguém criar no Meta uma página com essa proposta de mutirão, pode contar comigo como voluntário, inclusive para levantar os contatos necessários para avançar a idéia. Abs, Thomas
On 20/03/2009, Daniel Souza blueandne0n@gmail.com wrote:
Eu como aluno já presenciei muitos erros nos livros, grande parte dos erros que os professores viam só de olhar e nos pediam para corrigir o livro.
Daniel Souza
2009/3/18 Everton Zanella Alvarenga everton137@gmail.com
Caro Joaquim,
2009/3/18 Joaquim Mariano da Costa Neto joaquimmariano@yahoo.com.br:
O que acham?
Concordo com tudo o que falou e provavelmente concordaria com os vários outros kbytes que escrevesse. :-)
Estou tentando convencer alguns amigo com quem escrevo um blog para divulgação científica a melhorarmos os artigos de física em português, veja:
http://arsphysica.wordpress.com/2009/02/09/ars-physica-comecando-a-entrar-na...
Quando eu tiver tempo, vou tentar melhorar a organização da matriz de qualidade
http://pt.wikipedia.org/wiki/Wikipedia:Projetos/F%C3%ADsica#Matriz_qualidade...http://pt.wikipedia.org/wiki/Wikipedia:Projetos/F%C3%ADsica#Matriz_qualidade.2Fimport.C3.A2ncia
e quero criar uma esboço dos artigos por área, como feito em inglês
http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_basic_physics_topics
Sobre os livros colaborativos, é uma boa idéia, sem dúvida. Mas temos que juntar um mínimo de pessoas a fim de tocar os livros de cada área. E isso é difícil.
Em física podemos começar traduzir esse livro feito essencialmente por um indiano no Connexions:
http://cnx.org/content/col10322/latest/
Como é Creative Commons By, dá para colocar no Wikibooks. Aos invés de começar do zero, colocar muito material de qualidade que já existente num wiki e ir melhando parece que agilizaria o processo de criação.
Também temos que dar oficinas sobre como usar a wiki. Para quem é de São Paulo, podíamos tentar organizar algo no SESC.
Em tempo, vou passar novament o link com informações dos debates sobre educação e direitos autorais, dia 24 de março aqui em São Paulo:
http://stoa.usp.br/eventos/weblog/45019.html
Quem puder, vá. Eu e o Alexandre estaremos lá. Tem muita gente que poderia contribuir, mas simplesmente não sabe como. Vamos tentar informá-los.
[]'s,
Tom
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Veja quais são os assuntos do momento no Yahoo! +Buscados
O Paulo Renato finalmente assumiu a Secretaria da Educação na última segunda-feira (13.abr.2009), e acredito que, se quisermos levar adiante uma proposta de produção colaborativa de livros didáticos do ensino estadual, estamos próximos do momento certo.
O Abdo fez vários esclarecimentos muito pertinentes, e eu particularmente acho que, apesar de todas dificuldades, existem algumas chances reais (poucas, mas reais) de algo ser executado pela Secretaria da Educação (conforme o Abdo muito bem colocou).
Vejo a primeira semana de maio como um bom momento para tentar apresentar algo à Secretaria, após três semanas para acomodação do novo Secretário.
Voluntários? Militantes?
Abraços,
Joaquim
________________________________ De: Thomas de Souza Buckup thomasdesouzabuckup@gmail.com Para: Mailing list do Capítulo brasileiro da Wikimedia. wikimediabr-l@lists.wikimedia.org Enviadas: Sábado, 21 de Março de 2009 10:32:50 Assunto: Re: [Wikimedia Brasil] Livros didáticos
Joaquim, concordo com você. Qual parte você pode fazer e para qual precisa de ajuda? Posso dar uma força essa semana, se você quiser. Abs, Thomas
On 20/03/2009, Joaquim Mariano da Costa Neto joaquimmariano@yahoo.com.br wrote:
Entendo que, neste momento, o mais básico e primordial (e meio urgente) é conversar com a Secretaria da Educação, apresentar as linhas gerais e os fundamentos de um sistema de construção colaborativa de livros didáticos, e então saber se há interesse nisso (nesse projeto para o Governo do Estado especificamente).
Tratar com o Governo do Estado é difícil. Para que uma proposta desse tipo vingue, é preciso conversar com a pessoa certa, no momento certo, do jeito certo.
O momento é este: a repercussão de erros e mais erros nos livros didáticos do Governo do Estado.
A pessoa certa não é a Secretária da Educação (Maria Helena Guimarães), mas o Chefe de Gabinete (Fernando Padula), que é a pessoa que inicialmente avaliará a pertinência da proposta (reportando-se diretamente à Secretária, que obviamente tem a decisão final sobre o assunto) e articulará todo o conseqüente desenvolvimento.
O jeito certo é o jeito do WikiBrasil, atentando a certas particularidades do ouvinte.
Como o momento é curto (a repercussão criou uma janela de tempo muito estreita), acho que precisamos apresentar o quanto antes uma proposta. Uma reunião entre o WikiBrasil e a Chefia de Gabinete, com um powerpoint claro e sucinto, uma breve proposta escrita, e muita explicação (e convencimento), é o que basta para sabermos se o projeto vai adiante.
Abraços,
Joaquim
De: Thomas de Souza Buckup thomasdesouzabuckup@gmail.com Para: Mailing list do Capítulo brasileiro da Wikimedia. wikimediabr-l@lists.wikimedia.org Enviadas: Sexta-feira, 20 de Março de 2009 10:57:05 Assunto: Re: [Wikimedia Brasil] Livros didáticos
Joaquim,
MUITO boa a sua idéia. Uma alternativa seria conversarmos diretamente com alguém da secretaria de educação em sp para chegarmos a um modelo de mutirão que contasse com voluntários dos projetos da wikimedia e os professores em sp. Se vc ou alguém criar no Meta uma página com essa proposta de mutirão, pode contar comigo como voluntário, inclusive para levantar os contatos necessários para avançar a idéia. Abs, Thomas
On 20/03/2009, Daniel Souza blueandne0n@gmail.com wrote:
Eu como aluno já presenciei muitos erros nos livros, grande parte dos erros que os professores viam só de olhar e nos pediam para corrigir o livro.
Daniel Souza
2009/3/18 Everton Zanella Alvarenga everton137@gmail.com
Caro Joaquim,
2009/3/18 Joaquim Mariano da Costa Neto joaquimmariano@yahoo.com.br:
O que acham?
Concordo com tudo o que falou e provavelmente concordaria com os vários outros kbytes que escrevesse. :-)
Estou tentando convencer alguns amigo com quem escrevo um blog para divulgação científica a melhorarmos os artigos de física em português, veja:
http://arsphysica.wordpress.com/2009/02/09/ars-physica-comecando-a-entrar-na...
Quando eu tiver tempo, vou tentar melhorar a organização da matriz de qualidade
http://pt.wikipedia.org/wiki/Wikipedia:Projetos/F%C3%ADsica#Matriz_qualidade...http://pt.wikipedia.org/wiki/Wikipedia:Projetos/F%C3%ADsica#Matriz_qualidade.2Fimport.C3.A2ncia
e quero criar uma esboço dos artigos por área, como feito em inglês
http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_basic_physics_topics
Sobre os livros colaborativos, é uma boa idéia, sem dúvida. Mas temos que juntar um mínimo de pessoas a fim de tocar os livros de cada área. E isso é difícil.
Em física podemos começar traduzir esse livro feito essencialmente por um indiano no Connexions:
http://cnx.org/content/col10322/latest/
Como é Creative Commons By, dá para colocar no Wikibooks. Aos invés de começar do zero, colocar muito material de qualidade que já existente num wiki e ir melhando parece que agilizaria o processo de criação.
Também temos que dar oficinas sobre como usar a wiki. Para quem é de São Paulo, podíamos tentar organizar algo no SESC.
Em tempo, vou passar novament o link com informações dos debates sobre educação e direitos autorais, dia 24 de março aqui em São Paulo:
http://stoa.usp.br/eventos/weblog/45019.html
Quem puder, vá. Eu e o Alexandre estaremos lá. Tem muita gente que poderia contribuir, mas simplesmente não sabe como. Vamos tentar informá-los.
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Joaquim, o caminho é esse. Se precisarem de voluntário em Brasília, podem contar comigo. Nevinho
2009/4/18 Joaquim Mariano da Costa Neto joaquimmariano@yahoo.com.br
O Paulo Renato finalmente assumiu a Secretaria da Educação na última segunda-feira (13.abr.2009), e acredito que, se quisermos levar adiante uma proposta de produção colaborativa de livros didáticos do ensino estadual, estamos próximos do momento certo.
O Abdo fez vários esclarecimentoshttp://lists.wikimedia.org/pipermail/wikimediabr-l/2009-March/001980.htmlmuito pertinentes, e eu particularmente acho que, apesar de todas dificuldades, existem algumas chances reais (poucas, mas reais) de algo ser executado pela Secretaria da Educação (conforme o Abdo muito bem colocou).
Vejo a primeira semana de maio como um bom momento para tentar apresentar algo à Secretaria, após três semanas para acomodação do novo Secretário.
Voluntários? Militantes?
Abraços,
Joaquim
*De:* Thomas de Souza Buckup thomasdesouzabuckup@gmail.com *Para:* Mailing list do Capítulo brasileiro da Wikimedia. < wikimediabr-l@lists.wikimedia.org> *Enviadas:* Sábado, 21 de Março de 2009 10:32:50 *Assunto:* Re: [Wikimedia Brasil] Livros didáticos
Joaquim, concordo com você. Qual parte você pode fazer e para qual precisa de ajuda? Posso dar uma força essa semana, se você quiser. Abs, Thomas
On 20/03/2009, Joaquim Mariano da Costa Neto joaquimmariano@yahoo.com.br wrote:
Entendo que, neste momento, o mais básico e primordial (e meio urgente) é conversar com a Secretaria da Educação, apresentar as linhas gerais e os fundamentos de um sistema de construção colaborativa de livros didáticos,
e
então saber se há interesse nisso (nesse projeto para o Governo do Estado especificamente).
Tratar com o Governo do Estado é difícil. Para que uma proposta desse
tipo
vingue, é preciso conversar com a pessoa certa, no momento certo, do
jeito
certo.
O momento é este: a repercussão de erros e mais erros nos livros
didáticos
do Governo do Estado.
A pessoa certa não é a Secretária da Educação (Maria Helena Guimarães),
mas
o Chefe de Gabinete (Fernando Padula), que é a pessoa que inicialmente avaliará a pertinência da proposta (reportando-se diretamente à
Secretária,
que obviamente tem a decisão final sobre o assunto) e articulará todo o conseqüente desenvolvimento.
O jeito certo é o jeito do WikiBrasil, atentando a certas
particularidades
do ouvinte.
Como o momento é curto (a repercussão criou uma janela de tempo muito estreita), acho que precisamos apresentar o quanto antes uma proposta.
Uma
reunião entre o WikiBrasil e a Chefia de Gabinete, com um powerpoint
claro e
sucinto, uma breve proposta escrita, e muita explicação (e
convencimento), é
o que basta para sabermos se o projeto vai adiante.
Abraços,
Joaquim
De: Thomas de Souza Buckup thomasdesouzabuckup@gmail.com Para: Mailing list do Capítulo brasileiro da Wikimedia. wikimediabr-l@lists.wikimedia.org Enviadas: Sexta-feira, 20 de Março de 2009 10:57:05 Assunto: Re: [Wikimedia Brasil] Livros didáticos
Joaquim,
MUITO boa a sua idéia. Uma alternativa seria conversarmos diretamente com alguém da secretaria de educação em sp para chegarmos a um modelo de mutirão que contasse com voluntários dos projetos da wikimedia e os professores em sp. Se vc ou alguém criar no Meta uma página com essa proposta de mutirão, pode contar comigo como voluntário, inclusive para levantar os contatos necessários para avançar a idéia. Abs, Thomas
On 20/03/2009, Daniel Souza blueandne0n@gmail.com wrote:
Eu como aluno já presenciei muitos erros nos livros, grande parte dos erros que os professores viam só de olhar e nos pediam para corrigir o livro.
Daniel Souza
2009/3/18 Everton Zanella Alvarenga everton137@gmail.com
Caro Joaquim,
2009/3/18 Joaquim Mariano da Costa Neto joaquimmariano@yahoo.com.br:
O que acham?
Concordo com tudo o que falou e provavelmente concordaria com os vários outros kbytes que escrevesse. :-)
Estou tentando convencer alguns amigo com quem escrevo um blog para divulgação científica a melhorarmos os artigos de física em português, veja:
http://arsphysica.wordpress.com/2009/02/09/ars-physica-comecando-a-entrar-na...
Quando eu tiver tempo, vou tentar melhorar a organização da matriz de qualidade
http://pt.wikipedia.org/wiki/Wikipedia:Projetos/F%C3%ADsica#Matriz_qualidade...http://pt.wikipedia.org/wiki/Wikipedia:Projetos/F%C3%ADsica#Matriz_qualidade.2Fimport.C3.A2ncia < http://pt.wikipedia.org/wiki/Wikipedia:Projetos/F%C3%ADsica#Matriz_qualidade...
e quero criar uma esboço dos artigos por área, como feito em inglês
http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_basic_physics_topics
Sobre os livros colaborativos, é uma boa idéia, sem dúvida. Mas temos que juntar um mínimo de pessoas a fim de tocar os livros de cada área. E isso é difícil.
Em física podemos começar traduzir esse livro feito essencialmente por um indiano no Connexions:
http://cnx.org/content/col10322/latest/
Como é Creative Commons By, dá para colocar no Wikibooks. Aos invés de começar do zero, colocar muito material de qualidade que já existente num wiki e ir melhando parece que agilizaria o processo de criação.
Também temos que dar oficinas sobre como usar a wiki. Para quem é de São Paulo, podíamos tentar organizar algo no SESC.
Em tempo, vou passar novament o link com informações dos debates sobre educação e direitos autorais, dia 24 de março aqui em São Paulo:
http://stoa.usp.br/eventos/weblog/45019.html
Quem puder, vá. Eu e o Alexandre estaremos lá. Tem muita gente que poderia contribuir, mas simplesmente não sabe como. Vamos tentar informá-los.
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Tom
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Thomas de Souza Buckup thomasdesouzabuckup@gmail.com +55 11 3477-2834 +55 11 9213-3931
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Veja quais são os assuntos do momento no Yahoo! + Buscados: Top 10http://br.rd.yahoo.com/mail/taglines/mail/*http://br.maisbuscados.yahoo.com/- Celebridadeshttp://br.rd.yahoo.com/mail/taglines/mail/*http://br.maisbuscados.yahoo.com/celebridades/- Músicahttp://br.rd.yahoo.com/mail/taglines/mail/*http://br.maisbuscados.yahoo.com/m%C3%BAsica/- Esporteshttp://br.rd.yahoo.com/mail/taglines/mail/*http://br.maisbuscados.yahoo.com/esportes/
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Acho legal criar uma página no meta e montar o projeto.
Foi criada uma página meta para isso? E mudou a secretaria de educação...
Ex-ministro Paulo Renato assume Secretaria de Educação de São Paulo
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*MÔNICA BERGAMO* Colunista da *Folha*
O ex-ministro Paulo Renato de Souza vai assumir hoje a secretaria de Educação de São Paulo. Deputado federal pelo PSDB de São Paulo, ele irá substituir Maria Helena Guimarães.
Na versão que o Palácio dos Bandeirantes vai divulgar ainda nesta sexta-feira, a secretária deixou o cargo a pedido. A divulgação será feita pelo governador José Serra (PSDB).
Na tarde de quinta-feira (26), Guimarães esteve, ao lado do governador, durante a inauguração http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u541183.shtml do espaço Catavento, no centro de São Paulo.
Neste mês, a secretaria foi duramente criticada por professores da rede estadual por causa de erros em 500 mil livros http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u536044.shtml didáticos distribuídos pela pasta.
Um livro didático de geografia, usado por alunos da 6ª série do ensino fundamental nas escolas públicas, mostra o Paraguai duas vezes em um mapa da América do Sul e exclui o Equador. O problema aparece tanto nos livros destinados aos estudantes quanto nas publicações destinadas aos professores.
No dia 19, a secretaria informou que determinou à Fundação Vanzolini a troca das publicações com erros. De acordo com a secretaria, a instituição arcará com todos os custos da troca, incluindo a impressão e a distribuição.
* *
*Segurança*
Esta foi a segunda troca de secretários do governo paulista em apenas um mês. No último dia 17, Ronaldo Marzagão, então secretário da Segurança Pública, pediu demissão http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u536463.shtml do cargo.
Apesar de ter alegado "motivos estritamente pessoais", o desgaste provocado por escândalos http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u536536.shtml de corrupção envolvendo policiais civis e militares, além da greve da Polícia Civil de São Paulo no ano passado, contribuíram para sua saída.
Em seu lugar, Serra nomeou seu então secretário da Administração Penitenciária, Antonio Ferreira Pinto http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u536706.shtml, para a pasta.
Desde que assumiu, Ferreira Pinto substituiu o comando das polícias Civil e Militar. No lugar de Maurício Lemos Freire, delegado-geral da Polícia Civil na gestão Marzagão, o secretário nomeou o ex-diretor do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) Domingos Paulo Neto http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u539170.shtml.
Ferreira Pinto também anunciou o novo nome do comandante da PM (Polícia Militar) de São Paulo: o coronel Álvaro Camilo http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u540269.shtml. O oficial, que atualmente comanda o policiamento ostensivo no centro de São Paulo, assumirá o cargo em 15 de abril, quando substituirá o atual comandante, coronel Roberto Antonio Diniz.
É trocar seis por meia dúzia.
A Maria Helena é braço direito do Paulo Renato. Durante a gestão do Paulo Renato no Ministério da Educação, ela foi Presidente do INEP, Secretária Nacional de Educação Superior e Secretária Executiva.
Joaquim
________________________________ De: Gustavo Barrientos Duran ggustavo.1984@gmail.com Para: Mailing list do Capítulo brasileiro da Wikimedia. wikimediabr-l@lists.wikimedia.org Enviadas: Domingo, 29 de Março de 2009 18:10:48 Assunto: Re: [Wikimedia Brasil] Livros didáticos
Foi criada uma página meta para isso? E mudou a secretaria de educação...
Ex-ministro Paulo Renato assume Secretaria de Educação de São Paulo
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*MÔNICA BERGAMO* Colunista da *Folha*
O ex-ministro Paulo Renato de Souza vai assumir hoje a secretaria de Educação de São Paulo. Deputado federal pelo PSDB de São Paulo, ele irá substituir Maria Helena Guimarães.
Na versão que o Palácio dos Bandeirantes vai divulgar ainda nesta sexta-feira, a secretária deixou o cargo a pedido. A divulgação será feita pelo governador José Serra (PSDB).
Na tarde de quinta-feira (26), Guimarães esteve, ao lado do governador, durante a inauguração http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u541183.shtml do espaço Catavento, no centro de São Paulo.
Neste mês, a secretaria foi duramente criticada por professores da rede estadual por causa de erros em 500 mil livros http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u536044.shtml didáticos distribuídos pela pasta.
Um livro didático de geografia, usado por alunos da 6ª série do ensino fundamental nas escolas públicas, mostra o Paraguai duas vezes em um mapa da América do Sul e exclui o Equador. O problema aparece tanto nos livros destinados aos estudantes quanto nas publicações destinadas aos professores.
No dia 19, a secretaria informou que determinou à Fundação Vanzolini a troca das publicações com erros. De acordo com a secretaria, a instituição arcará com todos os custos da troca, incluindo a impressão e a distribuição.
* *
*Segurança*
Esta foi a segunda troca de secretários do governo paulista em apenas um mês. No último dia 17, Ronaldo Marzagão, então secretário da Segurança Pública, pediu demissão http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u536463.shtml do cargo.
Apesar de ter alegado "motivos estritamente pessoais", o desgaste provocado por escândalos http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u536536.shtml de corrupção envolvendo policiais civis e militares, além da greve da Polícia Civil de São Paulo no ano passado, contribuíram para sua saída.
Em seu lugar, Serra nomeou seu então secretário da Administração Penitenciária, Antonio Ferreira Pinto http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u536706.shtml, para a pasta.
Desde que assumiu, Ferreira Pinto substituiu o comando das polícias Civil e Militar. No lugar de Maurício Lemos Freire, delegado-geral da Polícia Civil na gestão Marzagão, o secretário nomeou o ex-diretor do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) Domingos Paulo Neto http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u539170.shtml.
Ferreira Pinto também anunciou o novo nome do comandante da PM (Polícia Militar) de São Paulo: o coronel Álvaro Camilo http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u540269.shtml. O oficial, que atualmente comanda o policiamento ostensivo no centro de São Paulo, assumirá o cargo em 15 de abril, quando substituirá o atual comandante, coronel Roberto Antonio Diniz.
_______________________________________________ WikimediaBR-l mailing list WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l
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