Saiu que temos apenas 9% de voluntárias [1], eu acho que estão errados e seria mais para 0,9%, e só está mais bonitin que o normal, mas é dados velho. Bom, esse não é o ponto, já pararam para pensar que se igualarmos o número de voluntários meninos e meninas, a gente praticamente dobraria o número de voluntários, tá, ia ter muito mais barraco e mais blablabla... :P (brincadeira meninas, mas com certeza o artigo do Brad ia ser melhor!)
Acho que não precisamos de mais voluntáriOs, e sim de voluntáriAs! Mas sem cotas, como alguns tentam fazer, e sim entender como podemos atrair mais e nos meter naqueles tópicos de mulheres e tecnologia. O que acham? Bora igualar esse número?
[1] http://mashable.com/2012/08/08/wikipedia-gender-graphic/
hahaha, e ainda se perguntam porque só tem 9% de mulheres na comunidade.
Ewout
(ou será que não peguei o caráter auto-referencial e irônico da mensagem.... "wheels within wheels" e tal...? )
2012/8/8 Rodrigo Tetsuo Argenton rodrigo.argenton@gmail.com
Saiu que temos apenas 9% de voluntárias [1], eu acho que estão errados e seria mais para 0,9%, e só está mais bonitin que o normal, mas é dados velho. Bom, esse não é o ponto, já pararam para pensar que se igualarmos o número de voluntários meninos e meninas, a gente praticamente dobraria o número de voluntários, tá, ia ter muito mais barraco e mais blablabla... :P (brincadeira meninas, mas com certeza o artigo do Brad ia ser melhor!)
Acho que não precisamos de mais voluntáriOs, e sim de voluntáriAs! Mas sem cotas, como alguns tentam fazer, e sim entender como podemos atrair mais e nos meter naqueles tópicos de mulheres e tecnologia. O que acham? Bora igualar esse número?
[1] http://mashable.com/2012/08/08/wikipedia-gender-graphic/
Rodrigo Tetsuo Argenton rodrigo.argenton@gmail.com +55 11 7971-8884
WikimediaBR-l mailing list WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l
Não entendo como trabalhar com cotas dentro da mecânica da wikipédia. (só um adendo, não estou acrescentando no debate aqui)
A questão é cultural, mas a a academia tá aí cheia de pesquisadoras na graduação, se o uso de wikis nas universidades fosse melhor usado, talvez o gap brasileiro não fosse tanto.
Não li o artigo compartilhado ainda, mas sendo uma média mundial os 9%, não consigo pensar em uma ação que contemplasse todos os países. Cada um tem seus próprios problemas, e se tratando do ocidente, a questão do gênero é uma constante por conta de uma rede estruturalmente sexista que está colada na sociedade de tal forma que precisamos de ações de incentivo enormes para obter resultados que tentem equiparar os gêneros em várias escalas - e esses resultados não chegam nem a ser um arremedo do que era esperado, em quase todas as tentativas.
Uma hora depois do trabalho eu vou tentar reunir um material mostrando números, para todos pensarmos juntos em como reparar os séculos de machismo e negação de acesso ao conhecimento para mulheres.
Tendo menos de cinquenta anos de mulheres alfabetizadas e universitárias fica meio difícil bater esse gap do dia para a noite.
---
Nessa Guedes - @nessoila
Enviado do meu Tamagoshi. http://garotacocacola.com.br/
**
Em 9 de agosto de 2012 11:09, Ewout ter Haar ewout@usp.br escreveu:
hahaha, e ainda se perguntam porque só tem 9% de mulheres na comunidade.
Ewout
(ou será que não peguei o caráter auto-referencial e irônico da mensagem.... "wheels within wheels" e tal...? )
2012/8/8 Rodrigo Tetsuo Argenton rodrigo.argenton@gmail.com
Saiu que temos apenas 9% de voluntárias [1], eu acho que estão errados e seria mais para 0,9%, e só está mais bonitin que o normal, mas é dados velho. Bom, esse não é o ponto, já pararam para pensar que se igualarmos o número de voluntários meninos e meninas, a gente praticamente dobraria o número de voluntários, tá, ia ter muito mais barraco e mais blablabla... :P (brincadeira meninas, mas com certeza o artigo do Brad ia ser melhor!)
Acho que não precisamos de mais voluntáriOs, e sim de voluntáriAs! Mas sem cotas, como alguns tentam fazer, e sim entender como podemos atrair mais e nos meter naqueles tópicos de mulheres e tecnologia. O que acham? Bora igualar esse número?
[1] http://mashable.com/2012/08/08/wikipedia-gender-graphic/
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-- http://stoa.usp.br/ewout F. 916696
WikimediaBR-l mailing list WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l
"Female users are more likely to be blocked indefinitely on Wikipedia" - Achei isso bem preocupante e sexista.
Precisamos pensar em ações e projetos que incluam mais as mulheres. Os dados são críticos.
Em 9 de agosto de 2012 11:28, Nessa Guedes vanessaguedes13@gmail.com escreveu:
Não entendo como trabalhar com cotas dentro da mecânica da wikipédia. (só um adendo, não estou acrescentando no debate aqui)
A questão é cultural, mas a a academia tá aí cheia de pesquisadoras na graduação, se o uso de wikis nas universidades fosse melhor usado, talvez o gap brasileiro não fosse tanto.
Não li o artigo compartilhado ainda, mas sendo uma média mundial os 9%, não consigo pensar em uma ação que contemplasse todos os países. Cada um tem seus próprios problemas, e se tratando do ocidente, a questão do gênero é uma constante por conta de uma rede estruturalmente sexista que está colada na sociedade de tal forma que precisamos de ações de incentivo enormes para obter resultados que tentem equiparar os gêneros em várias escalas - e esses resultados não chegam nem a ser um arremedo do que era esperado, em quase todas as tentativas.
Uma hora depois do trabalho eu vou tentar reunir um material mostrando números, para todos pensarmos juntos em como reparar os séculos de machismo e negação de acesso ao conhecimento para mulheres.
Tendo menos de cinquenta anos de mulheres alfabetizadas e universitárias fica meio difícil bater esse gap do dia para a noite.
Nessa Guedes - @nessoila
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Em 9 de agosto de 2012 11:09, Ewout ter Haar ewout@usp.br escreveu:
hahaha, e ainda se perguntam porque só tem 9% de mulheres na comunidade.
Ewout
(ou será que não peguei o caráter auto-referencial e irônico da mensagem.... "wheels within wheels" e tal...? )
2012/8/8 Rodrigo Tetsuo Argenton rodrigo.argenton@gmail.com
Saiu que temos apenas 9% de voluntárias [1], eu acho que estão errados e seria mais para 0,9%, e só está mais bonitin que o normal, mas é dados velho. Bom, esse não é o ponto, já pararam para pensar que se igualarmos o número de voluntários meninos e meninas, a gente praticamente dobraria o número de voluntários, tá, ia ter muito mais barraco e mais blablabla... :P (brincadeira meninas, mas com certeza o artigo do Brad ia ser melhor!)
Acho que não precisamos de mais voluntáriOs, e sim de voluntáriAs! Mas sem cotas, como alguns tentam fazer, e sim entender como podemos atrair mais e nos meter naqueles tópicos de mulheres e tecnologia. O que acham? Bora igualar esse número?
[1] http://mashable.com/2012/08/08/wikipedia-gender-graphic/
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Sim, isso acontece mesmo.
Contribuo muito muito pouco, e quando tentei criar artigos, fiquei dois meses de bate-e-volta até que desisti. Joguei fora toda minha pesquisa e é isso aí.
Eu queria ser mais ativa na contribuição, mas essa dificuldade em validar minha pesquisa sempre me faz ficar com preguiça, principalmente porque os editores portugueses são pomposos e chatos.
Mas sempre pensei que isso acontecesse com todo mundo, e só usuários hard que conseguiam postar de fato suas contribuições - e eu não tenho* tempo *de ficar de mimimi com moderador ad eternum. Independente do gênero.
Agora, com essa declaração no infográfico, fiquei muito chateada, de verdade.
---
Nessa Guedes - @nessoila
Enviado do meu Tamagoshi. http://garotacocacola.com.br/
**
Em 9 de agosto de 2012 11:43, Carine Roos carine.roos@gmail.com escreveu:
"Female users are more likely to be blocked indefinitely on Wikipedia"
- Achei isso bem preocupante e sexista.
Precisamos pensar em ações e projetos que incluam mais as mulheres. Os dados são críticos.
Em 9 de agosto de 2012 11:28, Nessa Guedes vanessaguedes13@gmail.com escreveu:
Não entendo como trabalhar com cotas dentro da mecânica da wikipédia.
(só um
adendo, não estou acrescentando no debate aqui)
A questão é cultural, mas a a academia tá aí cheia de pesquisadoras na graduação, se o uso de wikis nas universidades fosse melhor usado,
talvez o
gap brasileiro não fosse tanto.
Não li o artigo compartilhado ainda, mas sendo uma média mundial os 9%,
não
consigo pensar em uma ação que contemplasse todos os países. Cada um tem seus próprios problemas, e se tratando do ocidente, a questão do gênero é uma constante por conta de uma rede estruturalmente sexista que está
colada
na sociedade de tal forma que precisamos de ações de incentivo enormes
para
obter resultados que tentem equiparar os gêneros em várias escalas - e
esses
resultados não chegam nem a ser um arremedo do que era esperado, em quase todas as tentativas.
Uma hora depois do trabalho eu vou tentar reunir um material mostrando números, para todos pensarmos juntos em como reparar os séculos de
machismo
e negação de acesso ao conhecimento para mulheres.
Tendo menos de cinquenta anos de mulheres alfabetizadas e universitárias fica meio difícil bater esse gap do dia para a noite.
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Em 9 de agosto de 2012 11:09, Ewout ter Haar ewout@usp.br escreveu:
hahaha, e ainda se perguntam porque só tem 9% de mulheres na comunidade.
Ewout
(ou será que não peguei o caráter auto-referencial e irônico da mensagem.... "wheels within wheels" e tal...? )
2012/8/8 Rodrigo Tetsuo Argenton rodrigo.argenton@gmail.com
Saiu que temos apenas 9% de voluntárias [1], eu acho que estão errados
e
seria mais para 0,9%, e só está mais bonitin que o normal, mas é dados velho. Bom, esse não é o ponto, já pararam para pensar que se
igualarmos o
número de voluntários meninos e meninas, a gente praticamente dobraria
o
número de voluntários, tá, ia ter muito mais barraco e mais
blablabla... :P
(brincadeira meninas, mas com certeza o artigo do Brad ia ser melhor!)
Acho que não precisamos de mais voluntáriOs, e sim de voluntáriAs! Mas sem cotas, como alguns tentam fazer, e sim entender como podemos
atrair mais
e nos meter naqueles tópicos de mulheres e tecnologia. O que acham?
Bora
igualar esse número?
[1] http://mashable.com/2012/08/08/wikipedia-gender-graphic/
Rodrigo Tetsuo Argenton rodrigo.argenton@gmail.com +55 11 7971-8884
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Aliás, eu também sempre sou muito cuidadosa para não pensar que a perseguição é comigo, ou porque eu sou mulher. Já temos problemas demais nas pessoas nos julgarem o tempo inteiro - na faculdade de física era muito cansativo, eu nunca abria a boca sem ter a certeza de que eu sabia 5x mais do que o resto sobre determinado assunto, porque o tempo inteiro precisava provar que era melhor que todos para poder ter o mesmo direito de 'aparecer' ou falar do que meus colegas que eram medianos -, mas no fim das contas nada deve ser coincidência.
Uma reclamação que escuto sempre, no mundo offline dos wikipedistas brasileiros, é que a comunidade usa de se vangloriar por quem tem mais artigos apagados por aí. Que tipo de política é essa? Melhor apagar artigos do que tutelar novos usuários e usuárias?
Acho de um elitismo intelectual sem tamanho.
---
Nessa Guedes - @nessoila
Enviado do meu Tamagoshi. http://garotacocacola.com.br/
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Em 9 de agosto de 2012 11:51, Nessa Guedes vanessaguedes13@gmail.comescreveu:
Sim, isso acontece mesmo.
Contribuo muito muito pouco, e quando tentei criar artigos, fiquei dois meses de bate-e-volta até que desisti. Joguei fora toda minha pesquisa e é isso aí.
Eu queria ser mais ativa na contribuição, mas essa dificuldade em validar minha pesquisa sempre me faz ficar com preguiça, principalmente porque os editores portugueses são pomposos e chatos.
Mas sempre pensei que isso acontecesse com todo mundo, e só usuários hard que conseguiam postar de fato suas contribuições - e eu não tenho* tempo *de ficar de mimimi com moderador ad eternum. Independente do gênero.
Agora, com essa declaração no infográfico, fiquei muito chateada, de verdade.
Nessa Guedes - @nessoila
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Em 9 de agosto de 2012 11:43, Carine Roos carine.roos@gmail.comescreveu:
"Female users are more likely to be blocked indefinitely on Wikipedia"
- Achei isso bem preocupante e sexista.
Precisamos pensar em ações e projetos que incluam mais as mulheres. Os dados são críticos.
Em 9 de agosto de 2012 11:28, Nessa Guedes vanessaguedes13@gmail.com escreveu:
Não entendo como trabalhar com cotas dentro da mecânica da wikipédia.
(só um
adendo, não estou acrescentando no debate aqui)
A questão é cultural, mas a a academia tá aí cheia de pesquisadoras na graduação, se o uso de wikis nas universidades fosse melhor usado,
talvez o
gap brasileiro não fosse tanto.
Não li o artigo compartilhado ainda, mas sendo uma média mundial os 9%,
não
consigo pensar em uma ação que contemplasse todos os países. Cada um tem seus próprios problemas, e se tratando do ocidente, a questão do gênero
é
uma constante por conta de uma rede estruturalmente sexista que está
colada
na sociedade de tal forma que precisamos de ações de incentivo enormes
para
obter resultados que tentem equiparar os gêneros em várias escalas - e
esses
resultados não chegam nem a ser um arremedo do que era esperado, em
quase
todas as tentativas.
Uma hora depois do trabalho eu vou tentar reunir um material mostrando números, para todos pensarmos juntos em como reparar os séculos de
machismo
e negação de acesso ao conhecimento para mulheres.
Tendo menos de cinquenta anos de mulheres alfabetizadas e universitárias fica meio difícil bater esse gap do dia para a noite.
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Em 9 de agosto de 2012 11:09, Ewout ter Haar ewout@usp.br escreveu:
hahaha, e ainda se perguntam porque só tem 9% de mulheres na
comunidade.
Ewout
(ou será que não peguei o caráter auto-referencial e irônico da mensagem.... "wheels within wheels" e tal...? )
2012/8/8 Rodrigo Tetsuo Argenton rodrigo.argenton@gmail.com
Saiu que temos apenas 9% de voluntárias [1], eu acho que estão
errados e
seria mais para 0,9%, e só está mais bonitin que o normal, mas é dados velho. Bom, esse não é o ponto, já pararam para pensar que se
igualarmos o
número de voluntários meninos e meninas, a gente praticamente
dobraria o
número de voluntários, tá, ia ter muito mais barraco e mais
blablabla... :P
(brincadeira meninas, mas com certeza o artigo do Brad ia ser melhor!)
Acho que não precisamos de mais voluntáriOs, e sim de voluntáriAs! Mas sem cotas, como alguns tentam fazer, e sim entender como podemos
atrair mais
e nos meter naqueles tópicos de mulheres e tecnologia. O que acham?
Bora
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WikimediaBR-l mailing list WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l
-- http://stoa.usp.br/ewout F. 916696
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*Uma reclamação que escuto sempre, no mundo offline dos wikipedistas brasileiros, é que a comunidade usa de se vangloriar por quem tem mais artigos apagados por aí. Que tipo de política é essa? Melhor apagar artigos do que tutelar novos usuários e usuárias?*
Na verdade não é bem "apagar" o objectivo. O objectivo é estar no topo da "lista dos admins com mais acções administrativashttps://toolserver.org/%7Evvv/adminstats.php?wiki=ptwiki_p&tlimit=15768000" e a foma mais facil é deletando artigos. Na verdade é mais uma briga de egos do que uma tendência delecionista, se achassem uma forma mais facil de "estar no topo" fariam (como fizeram quando era "cool" ter milhares de edições e choveram gente a fazer trabalho de bot para "aumentar o número de edições") _____ *Béria Lima*
*Imagine um mundo onde é dada a qualquer pessoa a possibilidade de ter livre acesso ao somatório de todo o conhecimento humano. Ajude-nos a construir esse sonho. http://wikimedia.pt/Donativos*
2012/8/9 Nessa Guedes vanessaguedes13@gmail.com
Aliás, eu também sempre sou muito cuidadosa para não pensar que a perseguição é comigo, ou porque eu sou mulher. Já temos problemas demais nas pessoas nos julgarem o tempo inteiro - na faculdade de física era muito cansativo, eu nunca abria a boca sem ter a certeza de que eu sabia 5x mais do que o resto sobre determinado assunto, porque o tempo inteiro precisava provar que era melhor que todos para poder ter o mesmo direito de 'aparecer' ou falar do que meus colegas que eram medianos -, mas no fim das contas nada deve ser coincidência.
Uma reclamação que escuto sempre, no mundo offline dos wikipedistas brasileiros, é que a comunidade usa de se vangloriar por quem tem mais artigos apagados por aí. Que tipo de política é essa? Melhor apagar artigos do que tutelar novos usuários e usuárias?
Acho de um elitismo intelectual sem tamanho.
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Em 9 de agosto de 2012 11:51, Nessa Guedes vanessaguedes13@gmail.comescreveu:
Sim, isso acontece mesmo.
Contribuo muito muito pouco, e quando tentei criar artigos, fiquei dois meses de bate-e-volta até que desisti. Joguei fora toda minha pesquisa e é isso aí.
Eu queria ser mais ativa na contribuição, mas essa dificuldade em validar minha pesquisa sempre me faz ficar com preguiça, principalmente porque os editores portugueses são pomposos e chatos.
Mas sempre pensei que isso acontecesse com todo mundo, e só usuários hard que conseguiam postar de fato suas contribuições - e eu não tenho*tempo *de ficar de mimimi com moderador ad eternum. Independente do gênero.
Agora, com essa declaração no infográfico, fiquei muito chateada, de verdade.
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Em 9 de agosto de 2012 11:43, Carine Roos carine.roos@gmail.comescreveu:
"Female users are more likely to be blocked indefinitely on Wikipedia"
- Achei isso bem preocupante e sexista.
Precisamos pensar em ações e projetos que incluam mais as mulheres. Os dados são críticos.
Em 9 de agosto de 2012 11:28, Nessa Guedes vanessaguedes13@gmail.com escreveu:
Não entendo como trabalhar com cotas dentro da mecânica da wikipédia.
(só um
adendo, não estou acrescentando no debate aqui)
A questão é cultural, mas a a academia tá aí cheia de pesquisadoras na graduação, se o uso de wikis nas universidades fosse melhor usado,
talvez o
gap brasileiro não fosse tanto.
Não li o artigo compartilhado ainda, mas sendo uma média mundial os
9%, não
consigo pensar em uma ação que contemplasse todos os países. Cada um
tem
seus próprios problemas, e se tratando do ocidente, a questão do
gênero é
uma constante por conta de uma rede estruturalmente sexista que está
colada
na sociedade de tal forma que precisamos de ações de incentivo enormes
para
obter resultados que tentem equiparar os gêneros em várias escalas - e
esses
resultados não chegam nem a ser um arremedo do que era esperado, em
quase
todas as tentativas.
Uma hora depois do trabalho eu vou tentar reunir um material mostrando números, para todos pensarmos juntos em como reparar os séculos de
machismo
e negação de acesso ao conhecimento para mulheres.
Tendo menos de cinquenta anos de mulheres alfabetizadas e
universitárias
fica meio difícil bater esse gap do dia para a noite.
Nessa Guedes - @nessoila
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Em 9 de agosto de 2012 11:09, Ewout ter Haar ewout@usp.br escreveu:
hahaha, e ainda se perguntam porque só tem 9% de mulheres na
comunidade.
Ewout
(ou será que não peguei o caráter auto-referencial e irônico da mensagem.... "wheels within wheels" e tal...? )
2012/8/8 Rodrigo Tetsuo Argenton rodrigo.argenton@gmail.com
Saiu que temos apenas 9% de voluntárias [1], eu acho que estão
errados e
seria mais para 0,9%, e só está mais bonitin que o normal, mas é
dados
velho. Bom, esse não é o ponto, já pararam para pensar que se
igualarmos o
número de voluntários meninos e meninas, a gente praticamente
dobraria o
número de voluntários, tá, ia ter muito mais barraco e mais
blablabla... :P
(brincadeira meninas, mas com certeza o artigo do Brad ia ser
melhor!)
Acho que não precisamos de mais voluntáriOs, e sim de voluntáriAs!
Mas
sem cotas, como alguns tentam fazer, e sim entender como podemos
atrair mais
e nos meter naqueles tópicos de mulheres e tecnologia. O que acham?
Bora
igualar esse número?
[1] http://mashable.com/2012/08/08/wikipedia-gender-graphic/
Rodrigo Tetsuo Argenton rodrigo.argenton@gmail.com +55 11 7971-8884
WikimediaBR-l mailing list WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l
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Não que eu entre nessa briga de egos, mas fazendo o papel de advogado:
Vai estar no topo da 'lista dos adms com mais ações administrativas' quem fizer mais bloqueios, proteções e eliminações. Considerando que todos os bloq / prot / elim foram corretas e seguindo as políticas (se tem mts q não foram já teria sido desnomeado) então estar no topo é ter um modo de mostrar trabalho zelando pelo comprimento das políticas. Está mostrando que é um dos que mais zelam pelas políticas da wiki. Isso por acaso não devia ser motivo de orgulho?
Adicionar ou modificar mais categorias não é motivo de orgulho, ao zelar pelas regras (boa categorização)? Quem adiciona mais fontes tb não está zelando pelas regras (verificabilidade)? Não é orgulho? Pq ações administrativas não podem gerar orgulho tb?
Eliminar artigo é eliminar conteúdo que vai contra as regras, seja eliminando rapidamente pros q não dá para salvar (ER), seja dando um prazo para quem quiser tentar salvar (ESR), seja levando pra votação em caso de dúvida (PE). Mas é tudo feito para manter as regras do projeto, e devia ser motivo de orgulho sim. Bloqueio tb. Está impedindo q vândalos (intencionais ou não) continuem no projeto, então fazer mais bloqueios é orgulho. E proteção ... bem, entenderam.
Claudio Barbosa
Em 9 de agosto de 2012 12:08, Béria Lima berialima@gmail.com escreveu:
*Uma reclamação que escuto sempre, no mundo offline dos wikipedistas
brasileiros, é que a comunidade usa de se vangloriar por quem tem mais artigos apagados por aí. Que tipo de política é essa? Melhor apagar artigos do que tutelar novos usuários e usuárias?*
Na verdade não é bem "apagar" o objectivo. O objectivo é estar no topo da "lista dos admins com mais acções administrativashttps://toolserver.org/%7Evvv/adminstats.php?wiki=ptwiki_p&tlimit=15768000" e a foma mais facil é deletando artigos. Na verdade é mais uma briga de egos do que uma tendência delecionista, se achassem uma forma mais facil de "estar no topo" fariam (como fizeram quando era "cool" ter milhares de edições e choveram gente a fazer trabalho de bot para "aumentar o número de edições") _____ *Béria Lima*
*Imagine um mundo onde é dada a qualquer pessoa a possibilidade de ter livre acesso ao somatório de todo o conhecimento humano. Ajude-nos a construir esse sonho. http://wikimedia.pt/Donativos*
2012/8/9 Nessa Guedes vanessaguedes13@gmail.com
Aliás, eu também sempre sou muito cuidadosa para não pensar que a perseguição é comigo, ou porque eu sou mulher. Já temos problemas demais nas pessoas nos julgarem o tempo inteiro - na faculdade de física era muito cansativo, eu nunca abria a boca sem ter a certeza de que eu sabia 5x mais do que o resto sobre determinado assunto, porque o tempo inteiro precisava provar que era melhor que todos para poder ter o mesmo direito de 'aparecer' ou falar do que meus colegas que eram medianos -, mas no fim das contas nada deve ser coincidência.
Uma reclamação que escuto sempre, no mundo offline dos wikipedistas brasileiros, é que a comunidade usa de se vangloriar por quem tem mais artigos apagados por aí. Que tipo de política é essa? Melhor apagar artigos do que tutelar novos usuários e usuárias?
Acho de um elitismo intelectual sem tamanho.
Nessa Guedes - @nessoila
Enviado do meu Tamagoshi. http://garotacocacola.com.br/
**
Em 9 de agosto de 2012 11:51, Nessa Guedes vanessaguedes13@gmail.comescreveu:
Sim, isso acontece mesmo.
Contribuo muito muito pouco, e quando tentei criar artigos, fiquei dois meses de bate-e-volta até que desisti. Joguei fora toda minha pesquisa e é isso aí.
Eu queria ser mais ativa na contribuição, mas essa dificuldade em validar minha pesquisa sempre me faz ficar com preguiça, principalmente porque os editores portugueses são pomposos e chatos.
Mas sempre pensei que isso acontecesse com todo mundo, e só usuários hard que conseguiam postar de fato suas contribuições - e eu não tenho*tempo *de ficar de mimimi com moderador ad eternum. Independente do gênero.
Agora, com essa declaração no infográfico, fiquei muito chateada, de verdade.
Nessa Guedes - @nessoila
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**
Em 9 de agosto de 2012 11:43, Carine Roos carine.roos@gmail.comescreveu:
"Female users are more likely to be blocked indefinitely on Wikipedia"
- Achei isso bem preocupante e sexista.
Precisamos pensar em ações e projetos que incluam mais as mulheres. Os dados são críticos.
Em 9 de agosto de 2012 11:28, Nessa Guedes vanessaguedes13@gmail.com escreveu:
Não entendo como trabalhar com cotas dentro da mecânica da wikipédia.
(só um
adendo, não estou acrescentando no debate aqui)
A questão é cultural, mas a a academia tá aí cheia de pesquisadoras na graduação, se o uso de wikis nas universidades fosse melhor usado,
talvez o
gap brasileiro não fosse tanto.
Não li o artigo compartilhado ainda, mas sendo uma média mundial os
9%, não
consigo pensar em uma ação que contemplasse todos os países. Cada um
tem
seus próprios problemas, e se tratando do ocidente, a questão do
gênero é
uma constante por conta de uma rede estruturalmente sexista que está
colada
na sociedade de tal forma que precisamos de ações de incentivo
enormes para
obter resultados que tentem equiparar os gêneros em várias escalas -
e esses
resultados não chegam nem a ser um arremedo do que era esperado, em
quase
todas as tentativas.
Uma hora depois do trabalho eu vou tentar reunir um material mostrando números, para todos pensarmos juntos em como reparar os séculos de
machismo
e negação de acesso ao conhecimento para mulheres.
Tendo menos de cinquenta anos de mulheres alfabetizadas e
universitárias
fica meio difícil bater esse gap do dia para a noite.
Nessa Guedes - @nessoila
Enviado do meu Tamagoshi.
Em 9 de agosto de 2012 11:09, Ewout ter Haar ewout@usp.br escreveu:
hahaha, e ainda se perguntam porque só tem 9% de mulheres na
comunidade.
Ewout
(ou será que não peguei o caráter auto-referencial e irônico da mensagem.... "wheels within wheels" e tal...? )
2012/8/8 Rodrigo Tetsuo Argenton rodrigo.argenton@gmail.com > > Saiu que temos apenas 9% de voluntárias [1], eu acho que estão
errados e
> seria mais para 0,9%, e só está mais bonitin que o normal, mas é
dados
> velho. Bom, esse não é o ponto, já pararam para pensar que se
igualarmos o
> número de voluntários meninos e meninas, a gente praticamente
dobraria o
> número de voluntários, tá, ia ter muito mais barraco e mais
blablabla... :P
> (brincadeira meninas, mas com certeza o artigo do Brad ia ser
melhor!)
> > Acho que não precisamos de mais voluntáriOs, e sim de voluntáriAs!
Mas
> sem cotas, como alguns tentam fazer, e sim entender como podemos
atrair mais
> e nos meter naqueles tópicos de mulheres e tecnologia. O que acham?
Bora
> igualar esse número? > > [1] http://mashable.com/2012/08/08/wikipedia-gender-graphic/ > -- > Rodrigo Tetsuo Argenton > rodrigo.argenton@gmail.com > +55 11 7971-8884 > > _______________________________________________ > WikimediaBR-l mailing list > WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org > https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l >
-- http://stoa.usp.br/ewout F. 916696
WikimediaBR-l mailing list WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l
WikimediaBR-l mailing list WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l
WikimediaBR-l mailing list WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l
WikimediaBR-l mailing list WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l
WikimediaBR-l mailing list WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l
Claudio, o problema é que o teu discusso é lindo, mas estas a pregar pro papa aqui meu bem.
Eu sou adm desde 2008 (em varias wikis diferentes, com diferente tempos de adm) e seu que o que move 99% dos moleques (aqui usado como sinomino de gente imatura) da pt.wiki é a "estrelinha de xerife mais ocupado". Ou vai me dizer que eles verificam os artigos que deletam para ver se estão dentro das regras ( não faziam em 2008, ou 2009, ou 2010 muito menos em 2011, so se for um milagre deste ano.
E categorização bem feita so vi fazer a Nice poa. O resto passa todos os artigo de uma cat para outra (que pode muito bem ser feito por bot).
E quando a wikificação desnecessaria, fale com o Alchimista, ele sabe todo mundo que abusa do AWB para isso (tb sei, mas nao citarei nomes pq alguns estao nesta lista). _____ *Béria Lima*
*Imagine um mundo onde é dada a qualquer pessoa a possibilidade de ter livre acesso ao somatório de todo o conhecimento humano. Ajude-nos a construir esse sonho. http://wikimedia.pt/Donativos*
2012/8/9 Claudio Barbosa rjclaudio@gmail.com
Não que eu entre nessa briga de egos, mas fazendo o papel de advogado:
Vai estar no topo da 'lista dos adms com mais ações administrativas' quem fizer mais bloqueios, proteções e eliminações. Considerando que todos os bloq / prot / elim foram corretas e seguindo as políticas (se tem mts q não foram já teria sido desnomeado) então estar no topo é ter um modo de mostrar trabalho zelando pelo comprimento das políticas. Está mostrando que é um dos que mais zelam pelas políticas da wiki. Isso por acaso não devia ser motivo de orgulho?
Adicionar ou modificar mais categorias não é motivo de orgulho, ao zelar pelas regras (boa categorização)? Quem adiciona mais fontes tb não está zelando pelas regras (verificabilidade)? Não é orgulho? Pq ações administrativas não podem gerar orgulho tb?
Eliminar artigo é eliminar conteúdo que vai contra as regras, seja eliminando rapidamente pros q não dá para salvar (ER), seja dando um prazo para quem quiser tentar salvar (ESR), seja levando pra votação em caso de dúvida (PE). Mas é tudo feito para manter as regras do projeto, e devia ser motivo de orgulho sim. Bloqueio tb. Está impedindo q vândalos (intencionais ou não) continuem no projeto, então fazer mais bloqueios é orgulho. E proteção ... bem, entenderam.
Claudio Barbosa
Em 9 de agosto de 2012 12:08, Béria Lima berialima@gmail.com escreveu:
*Uma reclamação que escuto sempre, no mundo offline dos wikipedistas
brasileiros, é que a comunidade usa de se vangloriar por quem tem mais artigos apagados por aí. Que tipo de política é essa? Melhor apagar artigos do que tutelar novos usuários e usuárias?*
Na verdade não é bem "apagar" o objectivo. O objectivo é estar no topo da "lista dos admins com mais acções administrativashttps://toolserver.org/%7Evvv/adminstats.php?wiki=ptwiki_p&tlimit=15768000" e a foma mais facil é deletando artigos. Na verdade é mais uma briga de egos do que uma tendência delecionista, se achassem uma forma mais facil de "estar no topo" fariam (como fizeram quando era "cool" ter milhares de edições e choveram gente a fazer trabalho de bot para "aumentar o número de edições") _____ *Béria Lima*
*Imagine um mundo onde é dada a qualquer pessoa a possibilidade de ter livre acesso ao somatório de todo o conhecimento humano. Ajude-nos a construir esse sonho. http://wikimedia.pt/Donativos*
2012/8/9 Nessa Guedes vanessaguedes13@gmail.com
Aliás, eu também sempre sou muito cuidadosa para não pensar que a perseguição é comigo, ou porque eu sou mulher. Já temos problemas demais nas pessoas nos julgarem o tempo inteiro - na faculdade de física era muito cansativo, eu nunca abria a boca sem ter a certeza de que eu sabia 5x mais do que o resto sobre determinado assunto, porque o tempo inteiro precisava provar que era melhor que todos para poder ter o mesmo direito de 'aparecer' ou falar do que meus colegas que eram medianos -, mas no fim das contas nada deve ser coincidência.
Uma reclamação que escuto sempre, no mundo offline dos wikipedistas brasileiros, é que a comunidade usa de se vangloriar por quem tem mais artigos apagados por aí. Que tipo de política é essa? Melhor apagar artigos do que tutelar novos usuários e usuárias?
Acho de um elitismo intelectual sem tamanho.
Nessa Guedes - @nessoila
Enviado do meu Tamagoshi. http://garotacocacola.com.br/
**
Em 9 de agosto de 2012 11:51, Nessa Guedes vanessaguedes13@gmail.comescreveu:
Sim, isso acontece mesmo.
Contribuo muito muito pouco, e quando tentei criar artigos, fiquei dois meses de bate-e-volta até que desisti. Joguei fora toda minha pesquisa e é isso aí.
Eu queria ser mais ativa na contribuição, mas essa dificuldade em validar minha pesquisa sempre me faz ficar com preguiça, principalmente porque os editores portugueses são pomposos e chatos.
Mas sempre pensei que isso acontecesse com todo mundo, e só usuários hard que conseguiam postar de fato suas contribuições - e eu não tenho*tempo *de ficar de mimimi com moderador ad eternum. Independente do gênero.
Agora, com essa declaração no infográfico, fiquei muito chateada, de verdade.
Nessa Guedes - @nessoila
Enviado do meu Tamagoshi. http://garotacocacola.com.br/
**
Em 9 de agosto de 2012 11:43, Carine Roos carine.roos@gmail.comescreveu:
"Female users are more likely to be blocked indefinitely on Wikipedia"
- Achei isso bem preocupante e sexista.
Precisamos pensar em ações e projetos que incluam mais as mulheres. Os dados são críticos.
Em 9 de agosto de 2012 11:28, Nessa Guedes vanessaguedes13@gmail.com escreveu:
Não entendo como trabalhar com cotas dentro da mecânica da
wikipédia. (só um
adendo, não estou acrescentando no debate aqui)
A questão é cultural, mas a a academia tá aí cheia de pesquisadoras
na
graduação, se o uso de wikis nas universidades fosse melhor usado,
talvez o
gap brasileiro não fosse tanto.
Não li o artigo compartilhado ainda, mas sendo uma média mundial os
9%, não
consigo pensar em uma ação que contemplasse todos os países. Cada um
tem
seus próprios problemas, e se tratando do ocidente, a questão do
gênero é
uma constante por conta de uma rede estruturalmente sexista que está
colada
na sociedade de tal forma que precisamos de ações de incentivo
enormes para
obter resultados que tentem equiparar os gêneros em várias escalas -
e esses
resultados não chegam nem a ser um arremedo do que era esperado, em
quase
todas as tentativas.
Uma hora depois do trabalho eu vou tentar reunir um material
mostrando
números, para todos pensarmos juntos em como reparar os séculos de
machismo
e negação de acesso ao conhecimento para mulheres.
Tendo menos de cinquenta anos de mulheres alfabetizadas e
universitárias
fica meio difícil bater esse gap do dia para a noite.
Nessa Guedes - @nessoila
Enviado do meu Tamagoshi.
Em 9 de agosto de 2012 11:09, Ewout ter Haar ewout@usp.br
escreveu:
> hahaha, e ainda se perguntam porque só tem 9% de mulheres na
comunidade.
> > Ewout > > (ou será que não peguei o caráter auto-referencial e irônico da > mensagem.... "wheels within wheels" e tal...? ) > > 2012/8/8 Rodrigo Tetsuo Argenton rodrigo.argenton@gmail.com >> >> Saiu que temos apenas 9% de voluntárias [1], eu acho que estão
errados e
>> seria mais para 0,9%, e só está mais bonitin que o normal, mas é
dados
>> velho. Bom, esse não é o ponto, já pararam para pensar que se
igualarmos o
>> número de voluntários meninos e meninas, a gente praticamente
dobraria o
>> número de voluntários, tá, ia ter muito mais barraco e mais
blablabla... :P
>> (brincadeira meninas, mas com certeza o artigo do Brad ia ser
melhor!)
>> >> Acho que não precisamos de mais voluntáriOs, e sim de voluntáriAs!
Mas
>> sem cotas, como alguns tentam fazer, e sim entender como podemos
atrair mais
>> e nos meter naqueles tópicos de mulheres e tecnologia. O que
acham? Bora
>> igualar esse número? >> >> [1] http://mashable.com/2012/08/08/wikipedia-gender-graphic/ >> -- >> Rodrigo Tetsuo Argenton >> rodrigo.argenton@gmail.com >> +55 11 7971-8884 >> >> _______________________________________________ >> WikimediaBR-l mailing list >> WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org >> https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l >> > > > > -- > http://stoa.usp.br/ewout > F. 916696 > > _______________________________________________ > WikimediaBR-l mailing list > WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org > https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l >
WikimediaBR-l mailing list WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l
WikimediaBR-l mailing list WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l
WikimediaBR-l mailing list WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l
WikimediaBR-l mailing list WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l
WikimediaBR-l mailing list WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l
Eu adoraria editar mais, mas compartilho da sensação de frustração da Nessa. Depois de muita, mas muita discussão (aqui, no Face e na Wikipedia tb) algumas coisas ficaram no ar... mas isso já passou e não tenho grandes perspectivas de voltar a editar tão cedo...
Recentemente um amigo veio conversar comigo pq um artigo que ele editou foi apagado (o artigo estava lá antes, ele editou, e depois apagaram o artigo todo dizendo não haver relevância... sendo que o artigo já estava lá fazia um tempo, há artigos similares, se enquadra nas regras,etc.). Falei para ele ir lá tentar reverter, conversar com as pessoas pelo facebook, etc.... bem, ele só disse que não estava afim de gastar tanto esforço assim para reverter além de que disse que ficou com medo de editar outra coisa e apagarem o artigo todo que estava lá por causa dele... enfim, editores = -2
E por que acho isso relevante na discussão de gênero? Porque em geral, somos, as meninas, educadas para os espaços privados e os meninos, para os espaços públicos. Sei que tem gente que discorda, que tem gente que vai dizer que hj não é mais assim, mas eu acho (e estatísticas apontam) que os espaços públicos valorizam características ditas "masculinas", tais como a agressividade. Já os espaços privados valorizam características ditas mais "femininas", ligadas ao cuidado e à educação. Aí as coisas se ligam: um espaço como a wikipedia é um local público, de exposição, o que *per si*, já é inibidor para as mulheres no geral, que têm educação que estimula mais outras habilidades e em outras esferas. Além disso, a hostilidade também é algo que afasta pessoas, e acho que afasta mais mulheres que homens.
Por fim, coloco isto sinceramente para o grupo: não sei se minha desilusão teria sido menor se eu fosse homem ao invés de mulher, se inconscientemente eu tivesse sido muito mais estimulada a sobreviver em ambientes mais agressivos (vale refletir sobre as brincadeiras típicas de meninos e de meninas na infância). Mas penso que, se por um lado o que precisa ser mudado é algo muito mais amplo que a Wikipedia (educar homens e mulheres mais livres dos esteriótipos e suas consequências), também acho que um menor grau de hostilidade/agressividade não tem como ter resultado ruim, pois será atrativo para todos e todas.
Abraços,
Haydée
PS> sei do discurso da necessidade da vigilância, mas confesso que não acho ser motivo de orgulho apenas ser um(a) burocrata
2012/8/9 Béria Lima berialima@gmail.com
Claudio, o problema é que o teu discusso é lindo, mas estas a pregar pro papa aqui meu bem.
Eu sou adm desde 2008 (em varias wikis diferentes, com diferente tempos de adm) e seu que o que move 99% dos moleques (aqui usado como sinomino de gente imatura) da pt.wiki é a "estrelinha de xerife mais ocupado". Ou vai me dizer que eles verificam os artigos que deletam para ver se estão dentro das regras ( não faziam em 2008, ou 2009, ou 2010 muito menos em 2011, so se for um milagre deste ano.
E categorização bem feita so vi fazer a Nice poa. O resto passa todos os artigo de uma cat para outra (que pode muito bem ser feito por bot).
E quando a wikificação desnecessaria, fale com o Alchimista, ele sabe todo mundo que abusa do AWB para isso (tb sei, mas nao citarei nomes pq alguns estao nesta lista). _____ *Béria Lima*
*Imagine um mundo onde é dada a qualquer pessoa a possibilidade de ter livre acesso ao somatório de todo o conhecimento humano. Ajude-nos a construir esse sonho. http://wikimedia.pt/Donativos*
2012/8/9 Claudio Barbosa rjclaudio@gmail.com
Não que eu entre nessa briga de egos, mas fazendo o papel de advogado:
Vai estar no topo da 'lista dos adms com mais ações administrativas' quem fizer mais bloqueios, proteções e eliminações. Considerando que todos os bloq / prot / elim foram corretas e seguindo as políticas (se tem mts q não foram já teria sido desnomeado) então estar no topo é ter um modo de mostrar trabalho zelando pelo comprimento das políticas. Está mostrando que é um dos que mais zelam pelas políticas da wiki. Isso por acaso não devia ser motivo de orgulho?
Adicionar ou modificar mais categorias não é motivo de orgulho, ao zelar pelas regras (boa categorização)? Quem adiciona mais fontes tb não está zelando pelas regras (verificabilidade)? Não é orgulho? Pq ações administrativas não podem gerar orgulho tb?
Eliminar artigo é eliminar conteúdo que vai contra as regras, seja eliminando rapidamente pros q não dá para salvar (ER), seja dando um prazo para quem quiser tentar salvar (ESR), seja levando pra votação em caso de dúvida (PE). Mas é tudo feito para manter as regras do projeto, e devia ser motivo de orgulho sim. Bloqueio tb. Está impedindo q vândalos (intencionais ou não) continuem no projeto, então fazer mais bloqueios é orgulho. E proteção ... bem, entenderam.
Claudio Barbosa
Em 9 de agosto de 2012 12:08, Béria Lima berialima@gmail.com escreveu:
*Uma reclamação que escuto sempre, no mundo offline dos wikipedistas
brasileiros, é que a comunidade usa de se vangloriar por quem tem mais artigos apagados por aí. Que tipo de política é essa? Melhor apagar artigos do que tutelar novos usuários e usuárias?*
Na verdade não é bem "apagar" o objectivo. O objectivo é estar no topo da "lista dos admins com mais acções administrativashttps://toolserver.org/%7Evvv/adminstats.php?wiki=ptwiki_p&tlimit=15768000" e a foma mais facil é deletando artigos. Na verdade é mais uma briga de egos do que uma tendência delecionista, se achassem uma forma mais facil de "estar no topo" fariam (como fizeram quando era "cool" ter milhares de edições e choveram gente a fazer trabalho de bot para "aumentar o número de edições") _____ *Béria Lima*
*Imagine um mundo onde é dada a qualquer pessoa a possibilidade de ter livre acesso ao somatório de todo o conhecimento humano. Ajude-nos a construir esse sonho. http://wikimedia.pt/Donativos*
2012/8/9 Nessa Guedes vanessaguedes13@gmail.com
Aliás, eu também sempre sou muito cuidadosa para não pensar que a perseguição é comigo, ou porque eu sou mulher. Já temos problemas demais nas pessoas nos julgarem o tempo inteiro - na faculdade de física era muito cansativo, eu nunca abria a boca sem ter a certeza de que eu sabia 5x mais do que o resto sobre determinado assunto, porque o tempo inteiro precisava provar que era melhor que todos para poder ter o mesmo direito de 'aparecer' ou falar do que meus colegas que eram medianos -, mas no fim das contas nada deve ser coincidência.
Uma reclamação que escuto sempre, no mundo offline dos wikipedistas brasileiros, é que a comunidade usa de se vangloriar por quem tem mais artigos apagados por aí. Que tipo de política é essa? Melhor apagar artigos do que tutelar novos usuários e usuárias?
Acho de um elitismo intelectual sem tamanho.
Nessa Guedes - @nessoila
Enviado do meu Tamagoshi. http://garotacocacola.com.br/
**
Em 9 de agosto de 2012 11:51, Nessa Guedes vanessaguedes13@gmail.comescreveu:
Sim, isso acontece mesmo.
Contribuo muito muito pouco, e quando tentei criar artigos, fiquei dois meses de bate-e-volta até que desisti. Joguei fora toda minha pesquisa e é isso aí.
Eu queria ser mais ativa na contribuição, mas essa dificuldade em validar minha pesquisa sempre me faz ficar com preguiça, principalmente porque os editores portugueses são pomposos e chatos.
Mas sempre pensei que isso acontecesse com todo mundo, e só usuários hard que conseguiam postar de fato suas contribuições - e eu não tenho
- tempo *de ficar de mimimi com moderador ad eternum. Independente
do gênero.
Agora, com essa declaração no infográfico, fiquei muito chateada, de verdade.
Nessa Guedes - @nessoila
Enviado do meu Tamagoshi. http://garotacocacola.com.br/
**
Em 9 de agosto de 2012 11:43, Carine Roos carine.roos@gmail.comescreveu:
"Female users are more likely to be blocked indefinitely on Wikipedia"
- Achei isso bem preocupante e sexista.
Precisamos pensar em ações e projetos que incluam mais as mulheres. Os dados são críticos.
Em 9 de agosto de 2012 11:28, Nessa Guedes vanessaguedes13@gmail.com escreveu: > Não entendo como trabalhar com cotas dentro da mecânica da wikipédia. (só um > adendo, não estou acrescentando no debate aqui) > > A questão é cultural, mas a a academia tá aí cheia de pesquisadoras na > graduação, se o uso de wikis nas universidades fosse melhor usado, talvez o > gap brasileiro não fosse tanto. > > Não li o artigo compartilhado ainda, mas sendo uma média mundial os 9%, não > consigo pensar em uma ação que contemplasse todos os países. Cada um tem > seus próprios problemas, e se tratando do ocidente, a questão do gênero é > uma constante por conta de uma rede estruturalmente sexista que está colada > na sociedade de tal forma que precisamos de ações de incentivo enormes para > obter resultados que tentem equiparar os gêneros em várias escalas
- e esses
> resultados não chegam nem a ser um arremedo do que era esperado, em quase > todas as tentativas. > > Uma hora depois do trabalho eu vou tentar reunir um material mostrando > números, para todos pensarmos juntos em como reparar os séculos de machismo > e negação de acesso ao conhecimento para mulheres. > > Tendo menos de cinquenta anos de mulheres alfabetizadas e universitárias > fica meio difícil bater esse gap do dia para a noite. > > > --- > > Nessa Guedes - @nessoila > > Enviado do meu Tamagoshi. > > > > > > > Em 9 de agosto de 2012 11:09, Ewout ter Haar ewout@usp.br escreveu: > >> hahaha, e ainda se perguntam porque só tem 9% de mulheres na comunidade. >> >> Ewout >> >> (ou será que não peguei o caráter auto-referencial e irônico da >> mensagem.... "wheels within wheels" e tal...? ) >> >> 2012/8/8 Rodrigo Tetsuo Argenton rodrigo.argenton@gmail.com >>> >>> Saiu que temos apenas 9% de voluntárias [1], eu acho que estão errados e >>> seria mais para 0,9%, e só está mais bonitin que o normal, mas é dados >>> velho. Bom, esse não é o ponto, já pararam para pensar que se igualarmos o >>> número de voluntários meninos e meninas, a gente praticamente dobraria o >>> número de voluntários, tá, ia ter muito mais barraco e mais blablabla... :P >>> (brincadeira meninas, mas com certeza o artigo do Brad ia ser melhor!) >>> >>> Acho que não precisamos de mais voluntáriOs, e sim de voluntáriAs! Mas >>> sem cotas, como alguns tentam fazer, e sim entender como podemos atrair mais >>> e nos meter naqueles tópicos de mulheres e tecnologia. O que acham? Bora >>> igualar esse número? >>> >>> [1] http://mashable.com/2012/08/08/wikipedia-gender-graphic/ >>> -- >>> Rodrigo Tetsuo Argenton >>> rodrigo.argenton@gmail.com >>> +55 11 7971-8884 >>> >>> _______________________________________________ >>> WikimediaBR-l mailing list >>> WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org >>> https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l >>> >> >> >> >> -- >> http://stoa.usp.br/ewout >> F. 916696 >> >> _______________________________________________ >> WikimediaBR-l mailing list >> WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org >> https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l >> > > > _______________________________________________ > WikimediaBR-l mailing list > WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org > https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l >
WikimediaBR-l mailing list WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l
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Esse infográfico é meio furado, informa ao final que o universo da pesquisa são 15 milhões e meio de *males* e 1,5 milhão de *females*, nem dá para acreditar, onde encontram esses números? Se a Wikipedia em todos os idiomas tiver uns dez mil editores/editoras ativos é muito.Furada.
Nessa, eu edito lá desde 2005, nunca vi ninguém se vangloriando de apagar um artigo que seja, ao contrário, quem faz mais artigos( originais e sem utilizar robots e baseados nas regras ) é que tem mais respeito da comunidade. Não sei específicamente o que ocorreu com você, mas é uma pena que se sinta assim.
Jo Lorib
Em 9 de agosto de 2012 11:56, Nessa Guedes vanessaguedes13@gmail.comescreveu:
Aliás, eu também sempre sou muito cuidadosa para não pensar que a perseguição é comigo, ou porque eu sou mulher. Já temos problemas demais nas pessoas nos julgarem o tempo inteiro - na faculdade de física era muito cansativo, eu nunca abria a boca sem ter a certeza de que eu sabia 5x mais do que o resto sobre determinado assunto, porque o tempo inteiro precisava provar que era melhor que todos para poder ter o mesmo direito de 'aparecer' ou falar do que meus colegas que eram medianos -, mas no fim das contas nada deve ser coincidência.
Uma reclamação que escuto sempre, no mundo offline dos wikipedistas brasileiros, é que a comunidade usa de se vangloriar por quem tem mais artigos apagados por aí. Que tipo de política é essa? Melhor apagar artigos do que tutelar novos usuários e usuárias?
Acho de um elitismo intelectual sem tamanho.
Nessa Guedes - @nessoila
Enviado do meu Tamagoshi. http://garotacocacola.com.br/
**
Em 9 de agosto de 2012 11:51, Nessa Guedes vanessaguedes13@gmail.comescreveu:
Sim, isso acontece mesmo.
Contribuo muito muito pouco, e quando tentei criar artigos, fiquei dois meses de bate-e-volta até que desisti. Joguei fora toda minha pesquisa e é isso aí.
Eu queria ser mais ativa na contribuição, mas essa dificuldade em validar minha pesquisa sempre me faz ficar com preguiça, principalmente porque os editores portugueses são pomposos e chatos.
Mas sempre pensei que isso acontecesse com todo mundo, e só usuários hard que conseguiam postar de fato suas contribuições - e eu não tenho*tempo *de ficar de mimimi com moderador ad eternum. Independente do gênero.
Agora, com essa declaração no infográfico, fiquei muito chateada, de verdade.
Nessa Guedes - @nessoila
Enviado do meu Tamagoshi. http://garotacocacola.com.br/
**
Em 9 de agosto de 2012 11:43, Carine Roos carine.roos@gmail.comescreveu:
"Female users are more likely to be blocked indefinitely on Wikipedia"
- Achei isso bem preocupante e sexista.
Precisamos pensar em ações e projetos que incluam mais as mulheres. Os dados são críticos.
Em 9 de agosto de 2012 11:28, Nessa Guedes vanessaguedes13@gmail.com escreveu:
Não entendo como trabalhar com cotas dentro da mecânica da wikipédia.
(só um
adendo, não estou acrescentando no debate aqui)
A questão é cultural, mas a a academia tá aí cheia de pesquisadoras na graduação, se o uso de wikis nas universidades fosse melhor usado,
talvez o
gap brasileiro não fosse tanto.
Não li o artigo compartilhado ainda, mas sendo uma média mundial os
9%, não
consigo pensar em uma ação que contemplasse todos os países. Cada um
tem
seus próprios problemas, e se tratando do ocidente, a questão do
gênero é
uma constante por conta de uma rede estruturalmente sexista que está
colada
na sociedade de tal forma que precisamos de ações de incentivo enormes
para
obter resultados que tentem equiparar os gêneros em várias escalas - e
esses
resultados não chegam nem a ser um arremedo do que era esperado, em
quase
todas as tentativas.
Uma hora depois do trabalho eu vou tentar reunir um material mostrando números, para todos pensarmos juntos em como reparar os séculos de
machismo
e negação de acesso ao conhecimento para mulheres.
Tendo menos de cinquenta anos de mulheres alfabetizadas e
universitárias
fica meio difícil bater esse gap do dia para a noite.
Nessa Guedes - @nessoila
Enviado do meu Tamagoshi.
Em 9 de agosto de 2012 11:09, Ewout ter Haar ewout@usp.br escreveu:
hahaha, e ainda se perguntam porque só tem 9% de mulheres na
comunidade.
Ewout
(ou será que não peguei o caráter auto-referencial e irônico da mensagem.... "wheels within wheels" e tal...? )
2012/8/8 Rodrigo Tetsuo Argenton rodrigo.argenton@gmail.com
Saiu que temos apenas 9% de voluntárias [1], eu acho que estão
errados e
seria mais para 0,9%, e só está mais bonitin que o normal, mas é
dados
velho. Bom, esse não é o ponto, já pararam para pensar que se
igualarmos o
número de voluntários meninos e meninas, a gente praticamente
dobraria o
número de voluntários, tá, ia ter muito mais barraco e mais
blablabla... :P
(brincadeira meninas, mas com certeza o artigo do Brad ia ser
melhor!)
Acho que não precisamos de mais voluntáriOs, e sim de voluntáriAs!
Mas
sem cotas, como alguns tentam fazer, e sim entender como podemos
atrair mais
e nos meter naqueles tópicos de mulheres e tecnologia. O que acham?
Bora
igualar esse número?
[1] http://mashable.com/2012/08/08/wikipedia-gender-graphic/
Rodrigo Tetsuo Argenton rodrigo.argenton@gmail.com +55 11 7971-8884
WikimediaBR-l mailing list WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l
-- http://stoa.usp.br/ewout F. 916696
WikimediaBR-l mailing list WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l
WikimediaBR-l mailing list WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l
WikimediaBR-l mailing list WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l
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Oi João
Na verdade eu não sentia nada, só um pouquinho de frustração por ficar escrevendo, escrevendo, revisando, e nada ir para o ar. Ficava pensando que, poxa, estou bem abaixo da média aí, que pena. Insisti bastante até que um dia decidi parar de perder tempo com a Wikipédia. Só fiquei chateada agora, com essa informação do infográfico.
E Béria, agora que eu entendi o esquema de barrar artigos. Infeliz isso, né?
---
Nessa Guedes - @nessoila
Enviado do meu Tamagoshi. http://garotacocacola.com.br/
**
Em 9 de agosto de 2012 12:09, João jolorib@gmail.com escreveu:
Esse infográfico é meio furado, informa ao final que o universo da pesquisa são 15 milhões e meio de *males* e 1,5 milhão de *females*, nem dá para acreditar, onde encontram esses números? Se a Wikipedia em todos os idiomas tiver uns dez mil editores/editoras ativos é muito.Furada.
Nessa, eu edito lá desde 2005, nunca vi ninguém se vangloriando de apagar um artigo que seja, ao contrário, quem faz mais artigos( originais e sem utilizar robots e baseados nas regras ) é que tem mais respeito da comunidade. Não sei específicamente o que ocorreu com você, mas é uma pena que se sinta assim.
Jo Lorib
Em 9 de agosto de 2012 11:56, Nessa Guedes vanessaguedes13@gmail.comescreveu:
Aliás, eu também sempre sou muito cuidadosa para não pensar que a
perseguição é comigo, ou porque eu sou mulher. Já temos problemas demais nas pessoas nos julgarem o tempo inteiro - na faculdade de física era muito cansativo, eu nunca abria a boca sem ter a certeza de que eu sabia 5x mais do que o resto sobre determinado assunto, porque o tempo inteiro precisava provar que era melhor que todos para poder ter o mesmo direito de 'aparecer' ou falar do que meus colegas que eram medianos -, mas no fim das contas nada deve ser coincidência.
Uma reclamação que escuto sempre, no mundo offline dos wikipedistas brasileiros, é que a comunidade usa de se vangloriar por quem tem mais artigos apagados por aí. Que tipo de política é essa? Melhor apagar artigos do que tutelar novos usuários e usuárias?
Acho de um elitismo intelectual sem tamanho.
Nessa Guedes - @nessoila
Enviado do meu Tamagoshi. http://garotacocacola.com.br/
**
Em 9 de agosto de 2012 11:51, Nessa Guedes vanessaguedes13@gmail.comescreveu:
Sim, isso acontece mesmo.
Contribuo muito muito pouco, e quando tentei criar artigos, fiquei dois meses de bate-e-volta até que desisti. Joguei fora toda minha pesquisa e é isso aí.
Eu queria ser mais ativa na contribuição, mas essa dificuldade em validar minha pesquisa sempre me faz ficar com preguiça, principalmente porque os editores portugueses são pomposos e chatos.
Mas sempre pensei que isso acontecesse com todo mundo, e só usuários hard que conseguiam postar de fato suas contribuições - e eu não tenho*tempo *de ficar de mimimi com moderador ad eternum. Independente do gênero.
Agora, com essa declaração no infográfico, fiquei muito chateada, de verdade.
Nessa Guedes - @nessoila
Enviado do meu Tamagoshi. http://garotacocacola.com.br/
**
Em 9 de agosto de 2012 11:43, Carine Roos carine.roos@gmail.comescreveu:
"Female users are more likely to be blocked indefinitely on Wikipedia"
- Achei isso bem preocupante e sexista.
Precisamos pensar em ações e projetos que incluam mais as mulheres. Os dados são críticos.
Em 9 de agosto de 2012 11:28, Nessa Guedes vanessaguedes13@gmail.com escreveu:
Não entendo como trabalhar com cotas dentro da mecânica da wikipédia.
(só um
adendo, não estou acrescentando no debate aqui)
A questão é cultural, mas a a academia tá aí cheia de pesquisadoras na graduação, se o uso de wikis nas universidades fosse melhor usado,
talvez o
gap brasileiro não fosse tanto.
Não li o artigo compartilhado ainda, mas sendo uma média mundial os
9%, não
consigo pensar em uma ação que contemplasse todos os países. Cada um
tem
seus próprios problemas, e se tratando do ocidente, a questão do
gênero é
uma constante por conta de uma rede estruturalmente sexista que está
colada
na sociedade de tal forma que precisamos de ações de incentivo
enormes para
obter resultados que tentem equiparar os gêneros em várias escalas -
e esses
resultados não chegam nem a ser um arremedo do que era esperado, em
quase
todas as tentativas.
Uma hora depois do trabalho eu vou tentar reunir um material mostrando números, para todos pensarmos juntos em como reparar os séculos de
machismo
e negação de acesso ao conhecimento para mulheres.
Tendo menos de cinquenta anos de mulheres alfabetizadas e
universitárias
fica meio difícil bater esse gap do dia para a noite.
Nessa Guedes - @nessoila
Enviado do meu Tamagoshi.
Em 9 de agosto de 2012 11:09, Ewout ter Haar ewout@usp.br escreveu:
hahaha, e ainda se perguntam porque só tem 9% de mulheres na
comunidade.
Ewout
(ou será que não peguei o caráter auto-referencial e irônico da mensagem.... "wheels within wheels" e tal...? )
2012/8/8 Rodrigo Tetsuo Argenton rodrigo.argenton@gmail.com > > Saiu que temos apenas 9% de voluntárias [1], eu acho que estão
errados e
> seria mais para 0,9%, e só está mais bonitin que o normal, mas é
dados
> velho. Bom, esse não é o ponto, já pararam para pensar que se
igualarmos o
> número de voluntários meninos e meninas, a gente praticamente
dobraria o
> número de voluntários, tá, ia ter muito mais barraco e mais
blablabla... :P
> (brincadeira meninas, mas com certeza o artigo do Brad ia ser
melhor!)
> > Acho que não precisamos de mais voluntáriOs, e sim de voluntáriAs!
Mas
> sem cotas, como alguns tentam fazer, e sim entender como podemos
atrair mais
> e nos meter naqueles tópicos de mulheres e tecnologia. O que acham?
Bora
> igualar esse número? > > [1] http://mashable.com/2012/08/08/wikipedia-gender-graphic/ > -- > Rodrigo Tetsuo Argenton > rodrigo.argenton@gmail.com > +55 11 7971-8884 > > _______________________________________________ > WikimediaBR-l mailing list > WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org > https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l >
-- http://stoa.usp.br/ewout F. 916696
WikimediaBR-l mailing list WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l
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Eu e papai (aka João Lorib) podemos ajudar com o teu artigo perdido, só precisa dizer qual o teu nome de usuário.
Pai, depois que ela dizer o user dele, podes ver as contribuições eliminadas e saber qual o problema com o artigo dela? _____ *Béria Lima*
*Imagine um mundo onde é dada a qualquer pessoa a possibilidade de ter livre acesso ao somatório de todo o conhecimento humano. Ajude-nos a construir esse sonho. http://wikimedia.pt/Donativos*
2012/8/9 Nessa Guedes vanessaguedes13@gmail.com
Oi João
Na verdade eu não sentia nada, só um pouquinho de frustração por ficar escrevendo, escrevendo, revisando, e nada ir para o ar. Ficava pensando que, poxa, estou bem abaixo da média aí, que pena. Insisti bastante até que um dia decidi parar de perder tempo com a Wikipédia. Só fiquei chateada agora, com essa informação do infográfico.
E Béria, agora que eu entendi o esquema de barrar artigos. Infeliz isso, né?
Nessa Guedes - @nessoila
Enviado do meu Tamagoshi. http://garotacocacola.com.br/
**
Em 9 de agosto de 2012 12:09, João jolorib@gmail.com escreveu:
Esse infográfico é meio furado, informa ao final que o universo da
pesquisa são 15 milhões e meio de *males* e 1,5 milhão de *females*, nem dá para acreditar, onde encontram esses números? Se a Wikipedia em todos os idiomas tiver uns dez mil editores/editoras ativos é muito.Furada.
Nessa, eu edito lá desde 2005, nunca vi ninguém se vangloriando de apagar um artigo que seja, ao contrário, quem faz mais artigos( originais e sem utilizar robots e baseados nas regras ) é que tem mais respeito da comunidade. Não sei específicamente o que ocorreu com você, mas é uma pena que se sinta assim.
Jo Lorib
Em 9 de agosto de 2012 11:56, Nessa Guedes vanessaguedes13@gmail.comescreveu:
Aliás, eu também sempre sou muito cuidadosa para não pensar que a
perseguição é comigo, ou porque eu sou mulher. Já temos problemas demais nas pessoas nos julgarem o tempo inteiro - na faculdade de física era muito cansativo, eu nunca abria a boca sem ter a certeza de que eu sabia 5x mais do que o resto sobre determinado assunto, porque o tempo inteiro precisava provar que era melhor que todos para poder ter o mesmo direito de 'aparecer' ou falar do que meus colegas que eram medianos -, mas no fim das contas nada deve ser coincidência.
Uma reclamação que escuto sempre, no mundo offline dos wikipedistas brasileiros, é que a comunidade usa de se vangloriar por quem tem mais artigos apagados por aí. Que tipo de política é essa? Melhor apagar artigos do que tutelar novos usuários e usuárias?
Acho de um elitismo intelectual sem tamanho.
Nessa Guedes - @nessoila
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Em 9 de agosto de 2012 11:51, Nessa Guedes vanessaguedes13@gmail.comescreveu:
Sim, isso acontece mesmo.
Contribuo muito muito pouco, e quando tentei criar artigos, fiquei dois meses de bate-e-volta até que desisti. Joguei fora toda minha pesquisa e é isso aí.
Eu queria ser mais ativa na contribuição, mas essa dificuldade em validar minha pesquisa sempre me faz ficar com preguiça, principalmente porque os editores portugueses são pomposos e chatos.
Mas sempre pensei que isso acontecesse com todo mundo, e só usuários hard que conseguiam postar de fato suas contribuições - e eu não tenho*tempo *de ficar de mimimi com moderador ad eternum. Independente do gênero.
Agora, com essa declaração no infográfico, fiquei muito chateada, de verdade.
Nessa Guedes - @nessoila
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**
Em 9 de agosto de 2012 11:43, Carine Roos carine.roos@gmail.comescreveu:
"Female users are more likely to be blocked indefinitely on Wikipedia"
- Achei isso bem preocupante e sexista.
Precisamos pensar em ações e projetos que incluam mais as mulheres. Os dados são críticos.
Em 9 de agosto de 2012 11:28, Nessa Guedes vanessaguedes13@gmail.com escreveu:
Não entendo como trabalhar com cotas dentro da mecânica da
wikipédia. (só um
adendo, não estou acrescentando no debate aqui)
A questão é cultural, mas a a academia tá aí cheia de pesquisadoras
na
graduação, se o uso de wikis nas universidades fosse melhor usado,
talvez o
gap brasileiro não fosse tanto.
Não li o artigo compartilhado ainda, mas sendo uma média mundial os
9%, não
consigo pensar em uma ação que contemplasse todos os países. Cada um
tem
seus próprios problemas, e se tratando do ocidente, a questão do
gênero é
uma constante por conta de uma rede estruturalmente sexista que está
colada
na sociedade de tal forma que precisamos de ações de incentivo
enormes para
obter resultados que tentem equiparar os gêneros em várias escalas -
e esses
resultados não chegam nem a ser um arremedo do que era esperado, em
quase
todas as tentativas.
Uma hora depois do trabalho eu vou tentar reunir um material
mostrando
números, para todos pensarmos juntos em como reparar os séculos de
machismo
e negação de acesso ao conhecimento para mulheres.
Tendo menos de cinquenta anos de mulheres alfabetizadas e
universitárias
fica meio difícil bater esse gap do dia para a noite.
Nessa Guedes - @nessoila
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Em 9 de agosto de 2012 11:09, Ewout ter Haar ewout@usp.br
escreveu:
> hahaha, e ainda se perguntam porque só tem 9% de mulheres na
comunidade.
> > Ewout > > (ou será que não peguei o caráter auto-referencial e irônico da > mensagem.... "wheels within wheels" e tal...? ) > > 2012/8/8 Rodrigo Tetsuo Argenton rodrigo.argenton@gmail.com >> >> Saiu que temos apenas 9% de voluntárias [1], eu acho que estão
errados e
>> seria mais para 0,9%, e só está mais bonitin que o normal, mas é
dados
>> velho. Bom, esse não é o ponto, já pararam para pensar que se
igualarmos o
>> número de voluntários meninos e meninas, a gente praticamente
dobraria o
>> número de voluntários, tá, ia ter muito mais barraco e mais
blablabla... :P
>> (brincadeira meninas, mas com certeza o artigo do Brad ia ser
melhor!)
>> >> Acho que não precisamos de mais voluntáriOs, e sim de voluntáriAs!
Mas
>> sem cotas, como alguns tentam fazer, e sim entender como podemos
atrair mais
>> e nos meter naqueles tópicos de mulheres e tecnologia. O que
acham? Bora
>> igualar esse número? >> >> [1] http://mashable.com/2012/08/08/wikipedia-gender-graphic/ >> -- >> Rodrigo Tetsuo Argenton >> rodrigo.argenton@gmail.com >> +55 11 7971-8884 >> >> _______________________________________________ >> WikimediaBR-l mailing list >> WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org >> https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l >> > > > > -- > http://stoa.usp.br/ewout > F. 916696 > > _______________________________________________ > WikimediaBR-l mailing list > WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org > https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l >
WikimediaBR-l mailing list WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l
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WikimediaBR-l mailing list WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l
Jo,
Eu também fiquei chocado com esse número. A única explicação que encontrei foi: fizeram um estudo e concluíram que 9% da wikipédia é mulher e 91%, homem. Depois pegaram o número total de contas criadas na Wiki.en, que é 17 milhões (na wiki.pt é um milhão) e consideram que cada conta criada, mesmo que nunca tenha editado, é um editor diferente e consideraram que a relação homem/mulher obtido na pesquisa deles é exatamente a mesma relação que aparece entre as contas criadas. Se for isso, toda a confiabilidade que se poderia depositar nesse estudo fica comprometida.
Fabio
Em 9 de agosto de 2012 12:09, João jolorib@gmail.com escreveu:
Esse infográfico é meio furado, informa ao final que o universo da pesquisa são 15 milhões e meio de males e 1,5 milhão de females, nem dá para acreditar, onde encontram esses números? Se a Wikipedia em todos os idiomas tiver uns dez mil editores/editoras ativos é muito.Furada.
Nessa, eu edito lá desde 2005, nunca vi ninguém se vangloriando de apagar um artigo que seja, ao contrário, quem faz mais artigos( originais e sem utilizar robots e baseados nas regras ) é que tem mais respeito da comunidade. Não sei específicamente o que ocorreu com você, mas é uma pena que se sinta assim.
Jo Lorib
Em 9 de agosto de 2012 11:56, Nessa Guedes vanessaguedes13@gmail.com escreveu:
Aliás, eu também sempre sou muito cuidadosa para não pensar que a perseguição é comigo, ou porque eu sou mulher. Já temos problemas demais nas pessoas nos julgarem o tempo inteiro - na faculdade de física era muito cansativo, eu nunca abria a boca sem ter a certeza de que eu sabia 5x mais do que o resto sobre determinado assunto, porque o tempo inteiro precisava provar que era melhor que todos para poder ter o mesmo direito de 'aparecer' ou falar do que meus colegas que eram medianos -, mas no fim das contas nada deve ser coincidência.
Uma reclamação que escuto sempre, no mundo offline dos wikipedistas brasileiros, é que a comunidade usa de se vangloriar por quem tem mais artigos apagados por aí. Que tipo de política é essa? Melhor apagar artigos do que tutelar novos usuários e usuárias?
Acho de um elitismo intelectual sem tamanho.
Nessa Guedes - @nessoila
Enviado do meu Tamagoshi.
Em 9 de agosto de 2012 11:51, Nessa Guedes vanessaguedes13@gmail.com escreveu:
Sim, isso acontece mesmo.
Contribuo muito muito pouco, e quando tentei criar artigos, fiquei dois meses de bate-e-volta até que desisti. Joguei fora toda minha pesquisa e é isso aí.
Eu queria ser mais ativa na contribuição, mas essa dificuldade em validar minha pesquisa sempre me faz ficar com preguiça, principalmente porque os editores portugueses são pomposos e chatos.
Mas sempre pensei que isso acontecesse com todo mundo, e só usuários hard que conseguiam postar de fato suas contribuições - e eu não tenho tempo de ficar de mimimi com moderador ad eternum. Independente do gênero.
Agora, com essa declaração no infográfico, fiquei muito chateada, de verdade.
Nessa Guedes - @nessoila
Enviado do meu Tamagoshi.
Em 9 de agosto de 2012 11:43, Carine Roos carine.roos@gmail.com escreveu:
"Female users are more likely to be blocked indefinitely on Wikipedia"
- Achei isso bem preocupante e sexista.
Precisamos pensar em ações e projetos que incluam mais as mulheres. Os dados são críticos.
Em 9 de agosto de 2012 11:28, Nessa Guedes vanessaguedes13@gmail.com escreveu:
Não entendo como trabalhar com cotas dentro da mecânica da wikipédia. (só um adendo, não estou acrescentando no debate aqui)
A questão é cultural, mas a a academia tá aí cheia de pesquisadoras na graduação, se o uso de wikis nas universidades fosse melhor usado, talvez o gap brasileiro não fosse tanto.
Não li o artigo compartilhado ainda, mas sendo uma média mundial os 9%, não consigo pensar em uma ação que contemplasse todos os países. Cada um tem seus próprios problemas, e se tratando do ocidente, a questão do gênero é uma constante por conta de uma rede estruturalmente sexista que está colada na sociedade de tal forma que precisamos de ações de incentivo enormes para obter resultados que tentem equiparar os gêneros em várias escalas - e esses resultados não chegam nem a ser um arremedo do que era esperado, em quase todas as tentativas.
Uma hora depois do trabalho eu vou tentar reunir um material mostrando números, para todos pensarmos juntos em como reparar os séculos de machismo e negação de acesso ao conhecimento para mulheres.
Tendo menos de cinquenta anos de mulheres alfabetizadas e universitárias fica meio difícil bater esse gap do dia para a noite.
Nessa Guedes - @nessoila
Enviado do meu Tamagoshi.
Em 9 de agosto de 2012 11:09, Ewout ter Haar ewout@usp.br escreveu:
hahaha, e ainda se perguntam porque só tem 9% de mulheres na comunidade.
Ewout
(ou será que não peguei o caráter auto-referencial e irônico da mensagem.... "wheels within wheels" e tal...? )
2012/8/8 Rodrigo Tetsuo Argenton rodrigo.argenton@gmail.com > > Saiu que temos apenas 9% de voluntárias [1], eu acho que estão > errados e > seria mais para 0,9%, e só está mais bonitin que o normal, mas é > dados > velho. Bom, esse não é o ponto, já pararam para pensar que se > igualarmos o > número de voluntários meninos e meninas, a gente praticamente > dobraria o > número de voluntários, tá, ia ter muito mais barraco e mais > blablabla... :P > (brincadeira meninas, mas com certeza o artigo do Brad ia ser > melhor!) > > Acho que não precisamos de mais voluntáriOs, e sim de voluntáriAs! > Mas > sem cotas, como alguns tentam fazer, e sim entender como podemos > atrair mais > e nos meter naqueles tópicos de mulheres e tecnologia. O que acham? > Bora > igualar esse número? > > [1] http://mashable.com/2012/08/08/wikipedia-gender-graphic/ > -- > Rodrigo Tetsuo Argenton > rodrigo.argenton@gmail.com > +55 11 7971-8884 > > _______________________________________________ > WikimediaBR-l mailing list > WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org > https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l >
-- http://stoa.usp.br/ewout F. 916696
WikimediaBR-l mailing list WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l
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WikimediaBR-l mailing list WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l
Ni!
Os 9% se não me engano vem da pesquisa com usuários encomendada pela wmf, que esteve no sitenotice durante um tempo.
A pesquisa não é estatisticamente representativa, apesar de dar uma noção das coisas, portanto a extrapolação do infográfico é bobagem.
Essa taxa de mulheres é comum em outros projetos colaborativos online, como comunidades de software livre. Esse fato foi citado várias vezes durante a wikimania, junto aos resultados da pesquisa.
[]s
2012/8/9 Fabio Azevedo fazedo@gmail.com:
Jo,
Eu também fiquei chocado com esse número. A única explicação que encontrei foi: fizeram um estudo e concluíram que 9% da wikipédia é mulher e 91%, homem. Depois pegaram o número total de contas criadas na Wiki.en, que é 17 milhões (na wiki.pt é um milhão) e consideram que cada conta criada, mesmo que nunca tenha editado, é um editor diferente e consideraram que a relação homem/mulher obtido na pesquisa deles é exatamente a mesma relação que aparece entre as contas criadas. Se for isso, toda a confiabilidade que se poderia depositar nesse estudo fica comprometida.
Fabio
Em 9 de agosto de 2012 12:09, João jolorib@gmail.com escreveu:
Esse infográfico é meio furado, informa ao final que o universo da pesquisa são 15 milhões e meio de males e 1,5 milhão de females, nem dá para acreditar, onde encontram esses números? Se a Wikipedia em todos os idiomas tiver uns dez mil editores/editoras ativos é muito.Furada.
Nessa, eu edito lá desde 2005, nunca vi ninguém se vangloriando de apagar um artigo que seja, ao contrário, quem faz mais artigos( originais e sem utilizar robots e baseados nas regras ) é que tem mais respeito da comunidade. Não sei específicamente o que ocorreu com você, mas é uma pena que se sinta assim.
Jo Lorib
Em 9 de agosto de 2012 11:56, Nessa Guedes vanessaguedes13@gmail.com escreveu:
Aliás, eu também sempre sou muito cuidadosa para não pensar que a perseguição é comigo, ou porque eu sou mulher. Já temos problemas demais nas pessoas nos julgarem o tempo inteiro - na faculdade de física era muito cansativo, eu nunca abria a boca sem ter a certeza de que eu sabia 5x mais do que o resto sobre determinado assunto, porque o tempo inteiro precisava provar que era melhor que todos para poder ter o mesmo direito de 'aparecer' ou falar do que meus colegas que eram medianos -, mas no fim das contas nada deve ser coincidência.
Uma reclamação que escuto sempre, no mundo offline dos wikipedistas brasileiros, é que a comunidade usa de se vangloriar por quem tem mais artigos apagados por aí. Que tipo de política é essa? Melhor apagar artigos do que tutelar novos usuários e usuárias?
Acho de um elitismo intelectual sem tamanho.
Nessa Guedes - @nessoila
Enviado do meu Tamagoshi.
Em 9 de agosto de 2012 11:51, Nessa Guedes vanessaguedes13@gmail.com escreveu:
Sim, isso acontece mesmo.
Contribuo muito muito pouco, e quando tentei criar artigos, fiquei dois meses de bate-e-volta até que desisti. Joguei fora toda minha pesquisa e é isso aí.
Eu queria ser mais ativa na contribuição, mas essa dificuldade em validar minha pesquisa sempre me faz ficar com preguiça, principalmente porque os editores portugueses são pomposos e chatos.
Mas sempre pensei que isso acontecesse com todo mundo, e só usuários hard que conseguiam postar de fato suas contribuições - e eu não tenho tempo de ficar de mimimi com moderador ad eternum. Independente do gênero.
Agora, com essa declaração no infográfico, fiquei muito chateada, de verdade.
Nessa Guedes - @nessoila
Enviado do meu Tamagoshi.
Em 9 de agosto de 2012 11:43, Carine Roos carine.roos@gmail.com escreveu:
"Female users are more likely to be blocked indefinitely on Wikipedia"
- Achei isso bem preocupante e sexista.
Precisamos pensar em ações e projetos que incluam mais as mulheres. Os dados são críticos.
Em 9 de agosto de 2012 11:28, Nessa Guedes vanessaguedes13@gmail.com escreveu:
Não entendo como trabalhar com cotas dentro da mecânica da wikipédia. (só um adendo, não estou acrescentando no debate aqui)
A questão é cultural, mas a a academia tá aí cheia de pesquisadoras na graduação, se o uso de wikis nas universidades fosse melhor usado, talvez o gap brasileiro não fosse tanto.
Não li o artigo compartilhado ainda, mas sendo uma média mundial os 9%, não consigo pensar em uma ação que contemplasse todos os países. Cada um tem seus próprios problemas, e se tratando do ocidente, a questão do gênero é uma constante por conta de uma rede estruturalmente sexista que está colada na sociedade de tal forma que precisamos de ações de incentivo enormes para obter resultados que tentem equiparar os gêneros em várias escalas - e esses resultados não chegam nem a ser um arremedo do que era esperado, em quase todas as tentativas.
Uma hora depois do trabalho eu vou tentar reunir um material mostrando números, para todos pensarmos juntos em como reparar os séculos de machismo e negação de acesso ao conhecimento para mulheres.
Tendo menos de cinquenta anos de mulheres alfabetizadas e universitárias fica meio difícil bater esse gap do dia para a noite.
Nessa Guedes - @nessoila
Enviado do meu Tamagoshi.
Em 9 de agosto de 2012 11:09, Ewout ter Haar ewout@usp.br escreveu:
> hahaha, e ainda se perguntam porque só tem 9% de mulheres na > comunidade. > > Ewout > > (ou será que não peguei o caráter auto-referencial e irônico da > mensagem.... "wheels within wheels" e tal...? ) > > 2012/8/8 Rodrigo Tetsuo Argenton rodrigo.argenton@gmail.com >> >> Saiu que temos apenas 9% de voluntárias [1], eu acho que estão >> errados e >> seria mais para 0,9%, e só está mais bonitin que o normal, mas é >> dados >> velho. Bom, esse não é o ponto, já pararam para pensar que se >> igualarmos o >> número de voluntários meninos e meninas, a gente praticamente >> dobraria o >> número de voluntários, tá, ia ter muito mais barraco e mais >> blablabla... :P >> (brincadeira meninas, mas com certeza o artigo do Brad ia ser >> melhor!) >> >> Acho que não precisamos de mais voluntáriOs, e sim de voluntáriAs! >> Mas >> sem cotas, como alguns tentam fazer, e sim entender como podemos >> atrair mais >> e nos meter naqueles tópicos de mulheres e tecnologia. O que acham? >> Bora >> igualar esse número? >> >> [1] http://mashable.com/2012/08/08/wikipedia-gender-graphic/ >> -- >> Rodrigo Tetsuo Argenton >> rodrigo.argenton@gmail.com >> +55 11 7971-8884 >> >> _______________________________________________ >> WikimediaBR-l mailing list >> WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org >> https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l >> > > > > -- > http://stoa.usp.br/ewout > F. 916696 > > _______________________________________________ > WikimediaBR-l mailing list > WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org > https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l >
WikimediaBR-l mailing list WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l
WikimediaBR-l mailing list WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l
WikimediaBR-l mailing list WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l
WikimediaBR-l mailing list WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l
WikimediaBR-l mailing list WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l
Esse número é furado, um milhão e duzentos mil são só os socks do Quintinense. E acho que não é tão fácil para o sistema identificar o gênero do usuário ,mas os 9% são da pesquisa citada e provavelmente é próximo da realidade. Interessante a menção de que outros projetos tem o mesmo perfil, pensava que era uma característica só da W.
Jo
Em 9 de agosto de 2012 16:55, Alexandre Hannud Abdo abdo@member.fsf.orgescreveu:
Ni!
Os 9% se não me engano vem da pesquisa com usuários encomendada pela wmf, que esteve no sitenotice durante um tempo.
A pesquisa não é estatisticamente representativa, apesar de dar uma noção das coisas, portanto a extrapolação do infográfico é bobagem.
Essa taxa de mulheres é comum em outros projetos colaborativos online, como comunidades de software livre. Esse fato foi citado várias vezes durante a wikimania, junto aos resultados da pesquisa.
[]s
2012/8/9 Fabio Azevedo fazedo@gmail.com:
Jo,
Eu também fiquei chocado com esse número. A única explicação que encontrei foi: fizeram um estudo e concluíram que 9% da wikipédia é mulher e 91%, homem. Depois pegaram o número total de contas criadas na Wiki.en, que é 17 milhões (na wiki.pt é um milhão) e consideram que cada conta criada, mesmo que nunca tenha editado, é um editor diferente e consideraram que a relação homem/mulher obtido na pesquisa deles é exatamente a mesma relação que aparece entre as contas criadas. Se for isso, toda a confiabilidade que se poderia depositar nesse estudo fica comprometida.
Fabio
Em 9 de agosto de 2012 12:09, João jolorib@gmail.com escreveu:
Esse infográfico é meio furado, informa ao final que o universo da
pesquisa
são 15 milhões e meio de males e 1,5 milhão de females, nem dá para acreditar, onde encontram esses números? Se a Wikipedia em todos os
idiomas
tiver uns dez mil editores/editoras ativos é muito.Furada.
Nessa, eu edito lá desde 2005, nunca vi ninguém se vangloriando de
apagar um
artigo que seja, ao contrário, quem faz mais artigos( originais e sem utilizar robots e baseados nas regras ) é que tem mais respeito da comunidade. Não sei específicamente o que ocorreu com você, mas é uma
pena
que se sinta assim.
Jo Lorib
Em 9 de agosto de 2012 11:56, Nessa Guedes vanessaguedes13@gmail.com escreveu:
Aliás, eu também sempre sou muito cuidadosa para não pensar que a perseguição é comigo, ou porque eu sou mulher. Já temos problemas
demais nas
pessoas nos julgarem o tempo inteiro - na faculdade de física era muito cansativo, eu nunca abria a boca sem ter a certeza de que eu sabia 5x
mais
do que o resto sobre determinado assunto, porque o tempo inteiro
precisava
provar que era melhor que todos para poder ter o mesmo direito de
'aparecer'
ou falar do que meus colegas que eram medianos -, mas no fim das
contas nada
deve ser coincidência.
Uma reclamação que escuto sempre, no mundo offline dos wikipedistas brasileiros, é que a comunidade usa de se vangloriar por quem tem mais artigos apagados por aí. Que tipo de política é essa? Melhor apagar
artigos
do que tutelar novos usuários e usuárias?
Acho de um elitismo intelectual sem tamanho.
Nessa Guedes - @nessoila
Enviado do meu Tamagoshi.
Em 9 de agosto de 2012 11:51, Nessa Guedes vanessaguedes13@gmail.com escreveu:
Sim, isso acontece mesmo.
Contribuo muito muito pouco, e quando tentei criar artigos, fiquei
dois
meses de bate-e-volta até que desisti. Joguei fora toda minha
pesquisa e é
isso aí.
Eu queria ser mais ativa na contribuição, mas essa dificuldade em
validar
minha pesquisa sempre me faz ficar com preguiça, principalmente
porque os
editores portugueses são pomposos e chatos.
Mas sempre pensei que isso acontecesse com todo mundo, e só usuários
hard
que conseguiam postar de fato suas contribuições - e eu não tenho
tempo de
ficar de mimimi com moderador ad eternum. Independente do gênero.
Agora, com essa declaração no infográfico, fiquei muito chateada, de verdade.
Nessa Guedes - @nessoila
Enviado do meu Tamagoshi.
Em 9 de agosto de 2012 11:43, Carine Roos carine.roos@gmail.com escreveu:
"Female users are more likely to be blocked indefinitely on
Wikipedia"
- Achei isso bem preocupante e sexista.
Precisamos pensar em ações e projetos que incluam mais as mulheres.
Os
dados são críticos.
Em 9 de agosto de 2012 11:28, Nessa Guedes <
vanessaguedes13@gmail.com>
escreveu: > Não entendo como trabalhar com cotas dentro da mecânica da
wikipédia.
> (só um > adendo, não estou acrescentando no debate aqui) > > A questão é cultural, mas a a academia tá aí cheia de
pesquisadoras na
> graduação, se o uso de wikis nas universidades fosse melhor usado, > talvez o > gap brasileiro não fosse tanto. > > Não li o artigo compartilhado ainda, mas sendo uma média mundial os > 9%, não > consigo pensar em uma ação que contemplasse todos os países. Cada
um
> tem > seus próprios problemas, e se tratando do ocidente, a questão do > gênero é > uma constante por conta de uma rede estruturalmente sexista que
está
> colada > na sociedade de tal forma que precisamos de ações de incentivo
enormes
> para > obter resultados que tentem equiparar os gêneros em várias escalas
- e
> esses > resultados não chegam nem a ser um arremedo do que era esperado, em > quase > todas as tentativas. > > Uma hora depois do trabalho eu vou tentar reunir um material
mostrando
> números, para todos pensarmos juntos em como reparar os séculos de > machismo > e negação de acesso ao conhecimento para mulheres. > > Tendo menos de cinquenta anos de mulheres alfabetizadas e > universitárias > fica meio difícil bater esse gap do dia para a noite. > > > --- > > Nessa Guedes - @nessoila > > Enviado do meu Tamagoshi. > > > > > > > Em 9 de agosto de 2012 11:09, Ewout ter Haar ewout@usp.br
escreveu:
> >> hahaha, e ainda se perguntam porque só tem 9% de mulheres na >> comunidade. >> >> Ewout >> >> (ou será que não peguei o caráter auto-referencial e irônico da >> mensagem.... "wheels within wheels" e tal...? ) >> >> 2012/8/8 Rodrigo Tetsuo Argenton rodrigo.argenton@gmail.com >>> >>> Saiu que temos apenas 9% de voluntárias [1], eu acho que estão >>> errados e >>> seria mais para 0,9%, e só está mais bonitin que o normal, mas é >>> dados >>> velho. Bom, esse não é o ponto, já pararam para pensar que se >>> igualarmos o >>> número de voluntários meninos e meninas, a gente praticamente >>> dobraria o >>> número de voluntários, tá, ia ter muito mais barraco e mais >>> blablabla... :P >>> (brincadeira meninas, mas com certeza o artigo do Brad ia ser >>> melhor!) >>> >>> Acho que não precisamos de mais voluntáriOs, e sim de
voluntáriAs!
>>> Mas >>> sem cotas, como alguns tentam fazer, e sim entender como podemos >>> atrair mais >>> e nos meter naqueles tópicos de mulheres e tecnologia. O que
acham?
>>> Bora >>> igualar esse número? >>> >>> [1] http://mashable.com/2012/08/08/wikipedia-gender-graphic/ >>> -- >>> Rodrigo Tetsuo Argenton >>> rodrigo.argenton@gmail.com >>> +55 11 7971-8884 >>> >>> _______________________________________________ >>> WikimediaBR-l mailing list >>> WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org >>> https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l >>> >> >> >> >> -- >> http://stoa.usp.br/ewout >> F. 916696 >> >> _______________________________________________ >> WikimediaBR-l mailing list >> WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org >> https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l >> > > > _______________________________________________ > WikimediaBR-l mailing list > WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org > https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l >
WikimediaBR-l mailing list WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l
WikimediaBR-l mailing list WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l
WikimediaBR-l mailing list WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l
WikimediaBR-l mailing list WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l
WikimediaBR-l mailing list WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l
Essa discrepância homem/mulher é mais ou menos uniforme nos projetos wikimedia, tem-se falado muito sobre isso, inclusive no Wikimania, como citou o Abdo. Infelizmente não sabemos o que fazer para atrair as mulheres, pois está pouco claro o que as afasta. Veja, por exemplo, esse texto da Sue: http://suegardner.org/2011/02/19/nine-reasons-why-women-dont-edit-wikipedia-... O que me chama a atenção é que muitas das razões que afastam as mulheres também são razões para afastar os homens.
Fabio
Em 9 de agosto de 2012 17:21, João jolorib@gmail.com escreveu:
Esse número é furado, um milhão e duzentos mil são só os socks do Quintinense. E acho que não é tão fácil para o sistema identificar o gênero do usuário ,mas os 9% são da pesquisa citada e provavelmente é próximo da realidade. Interessante a menção de que outros projetos tem o mesmo perfil, pensava que era uma característica só da W.
Jo
Em 9 de agosto de 2012 16:55, Alexandre Hannud Abdo abdo@member.fsf.org escreveu:
Ni!
Os 9% se não me engano vem da pesquisa com usuários encomendada pela wmf, que esteve no sitenotice durante um tempo.
A pesquisa não é estatisticamente representativa, apesar de dar uma noção das coisas, portanto a extrapolação do infográfico é bobagem.
Essa taxa de mulheres é comum em outros projetos colaborativos online, como comunidades de software livre. Esse fato foi citado várias vezes durante a wikimania, junto aos resultados da pesquisa.
[]s
2012/8/9 Fabio Azevedo fazedo@gmail.com:
Jo,
Eu também fiquei chocado com esse número. A única explicação que encontrei foi: fizeram um estudo e concluíram que 9% da wikipédia é mulher e 91%, homem. Depois pegaram o número total de contas criadas na Wiki.en, que é 17 milhões (na wiki.pt é um milhão) e consideram que cada conta criada, mesmo que nunca tenha editado, é um editor diferente e consideraram que a relação homem/mulher obtido na pesquisa deles é exatamente a mesma relação que aparece entre as contas criadas. Se for isso, toda a confiabilidade que se poderia depositar nesse estudo fica comprometida.
Fabio
Em 9 de agosto de 2012 12:09, João jolorib@gmail.com escreveu:
Esse infográfico é meio furado, informa ao final que o universo da pesquisa são 15 milhões e meio de males e 1,5 milhão de females, nem dá para acreditar, onde encontram esses números? Se a Wikipedia em todos os idiomas tiver uns dez mil editores/editoras ativos é muito.Furada.
Nessa, eu edito lá desde 2005, nunca vi ninguém se vangloriando de apagar um artigo que seja, ao contrário, quem faz mais artigos( originais e sem utilizar robots e baseados nas regras ) é que tem mais respeito da comunidade. Não sei específicamente o que ocorreu com você, mas é uma pena que se sinta assim.
Jo Lorib
Em 9 de agosto de 2012 11:56, Nessa Guedes vanessaguedes13@gmail.com escreveu:
Aliás, eu também sempre sou muito cuidadosa para não pensar que a perseguição é comigo, ou porque eu sou mulher. Já temos problemas demais nas pessoas nos julgarem o tempo inteiro - na faculdade de física era muito cansativo, eu nunca abria a boca sem ter a certeza de que eu sabia 5x mais do que o resto sobre determinado assunto, porque o tempo inteiro precisava provar que era melhor que todos para poder ter o mesmo direito de 'aparecer' ou falar do que meus colegas que eram medianos -, mas no fim das contas nada deve ser coincidência.
Uma reclamação que escuto sempre, no mundo offline dos wikipedistas brasileiros, é que a comunidade usa de se vangloriar por quem tem mais artigos apagados por aí. Que tipo de política é essa? Melhor apagar artigos do que tutelar novos usuários e usuárias?
Acho de um elitismo intelectual sem tamanho.
Nessa Guedes - @nessoila
Enviado do meu Tamagoshi.
Em 9 de agosto de 2012 11:51, Nessa Guedes vanessaguedes13@gmail.com escreveu:
Sim, isso acontece mesmo.
Contribuo muito muito pouco, e quando tentei criar artigos, fiquei dois meses de bate-e-volta até que desisti. Joguei fora toda minha pesquisa e é isso aí.
Eu queria ser mais ativa na contribuição, mas essa dificuldade em validar minha pesquisa sempre me faz ficar com preguiça, principalmente porque os editores portugueses são pomposos e chatos.
Mas sempre pensei que isso acontecesse com todo mundo, e só usuários hard que conseguiam postar de fato suas contribuições - e eu não tenho tempo de ficar de mimimi com moderador ad eternum. Independente do gênero.
Agora, com essa declaração no infográfico, fiquei muito chateada, de verdade.
Nessa Guedes - @nessoila
Enviado do meu Tamagoshi.
Em 9 de agosto de 2012 11:43, Carine Roos carine.roos@gmail.com escreveu:
> "Female users are more likely to be blocked indefinitely on > Wikipedia" > - Achei isso bem preocupante e sexista. > > Precisamos pensar em ações e projetos que incluam mais as mulheres. > Os > dados são críticos. > > Em 9 de agosto de 2012 11:28, Nessa Guedes > vanessaguedes13@gmail.com > escreveu: > > Não entendo como trabalhar com cotas dentro da mecânica da > > wikipédia. > > (só um > > adendo, não estou acrescentando no debate aqui) > > > > A questão é cultural, mas a a academia tá aí cheia de > > pesquisadoras na > > graduação, se o uso de wikis nas universidades fosse melhor usado, > > talvez o > > gap brasileiro não fosse tanto. > > > > Não li o artigo compartilhado ainda, mas sendo uma média mundial > > os > > 9%, não > > consigo pensar em uma ação que contemplasse todos os países. Cada > > um > > tem > > seus próprios problemas, e se tratando do ocidente, a questão do > > gênero é > > uma constante por conta de uma rede estruturalmente sexista que > > está > > colada > > na sociedade de tal forma que precisamos de ações de incentivo > > enormes > > para > > obter resultados que tentem equiparar os gêneros em várias escalas > > - e > > esses > > resultados não chegam nem a ser um arremedo do que era esperado, > > em > > quase > > todas as tentativas. > > > > Uma hora depois do trabalho eu vou tentar reunir um material > > mostrando > > números, para todos pensarmos juntos em como reparar os séculos de > > machismo > > e negação de acesso ao conhecimento para mulheres. > > > > Tendo menos de cinquenta anos de mulheres alfabetizadas e > > universitárias > > fica meio difícil bater esse gap do dia para a noite. > > > > > > --- > > > > Nessa Guedes - @nessoila > > > > Enviado do meu Tamagoshi. > > > > > > > > > > > > > > Em 9 de agosto de 2012 11:09, Ewout ter Haar ewout@usp.br > > escreveu: > > > >> hahaha, e ainda se perguntam porque só tem 9% de mulheres na > >> comunidade. > >> > >> Ewout > >> > >> (ou será que não peguei o caráter auto-referencial e irônico da > >> mensagem.... "wheels within wheels" e tal...? ) > >> > >> 2012/8/8 Rodrigo Tetsuo Argenton rodrigo.argenton@gmail.com > >>> > >>> Saiu que temos apenas 9% de voluntárias [1], eu acho que estão > >>> errados e > >>> seria mais para 0,9%, e só está mais bonitin que o normal, mas é > >>> dados > >>> velho. Bom, esse não é o ponto, já pararam para pensar que se > >>> igualarmos o > >>> número de voluntários meninos e meninas, a gente praticamente > >>> dobraria o > >>> número de voluntários, tá, ia ter muito mais barraco e mais > >>> blablabla... :P > >>> (brincadeira meninas, mas com certeza o artigo do Brad ia ser > >>> melhor!) > >>> > >>> Acho que não precisamos de mais voluntáriOs, e sim de > >>> voluntáriAs! > >>> Mas > >>> sem cotas, como alguns tentam fazer, e sim entender como podemos > >>> atrair mais > >>> e nos meter naqueles tópicos de mulheres e tecnologia. O que > >>> acham? > >>> Bora > >>> igualar esse número? > >>> > >>> [1] http://mashable.com/2012/08/08/wikipedia-gender-graphic/ > >>> -- > >>> Rodrigo Tetsuo Argenton > >>> rodrigo.argenton@gmail.com > >>> +55 11 7971-8884 > >>> > >>> _______________________________________________ > >>> WikimediaBR-l mailing list > >>> WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org > >>> https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l > >>> > >> > >> > >> > >> -- > >> http://stoa.usp.br/ewout > >> F. 916696 > >> > >> _______________________________________________ > >> WikimediaBR-l mailing list > >> WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org > >> https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l > >> > > > > > > _______________________________________________ > > WikimediaBR-l mailing list > > WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org > > https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l > > > > _______________________________________________ > WikimediaBR-l mailing list > WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org > https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l
WikimediaBR-l mailing list WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l
WikimediaBR-l mailing list WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l
WikimediaBR-l mailing list WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l
WikimediaBR-l mailing list WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l
WikimediaBR-l mailing list WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l
Enquanto discutem isso, as mulheres americanas mostram aos homens americanos como jogar futebol: tetra campeã olímpica... =)
Em 9 de agosto de 2012 16:48, Fabio Azevedo fazedo@gmail.com escreveu:
Jo,
Eu também fiquei chocado com esse número. A única explicação que encontrei foi: fizeram um estudo e concluíram que 9% da wikipédia é mulher e 91%, homem. Depois pegaram o número total de contas criadas na Wiki.en, que é 17 milhões (na wiki.pt é um milhão) e consideram que cada conta criada, mesmo que nunca tenha editado, é um editor diferente e consideraram que a relação homem/mulher obtido na pesquisa deles é exatamente a mesma relação que aparece entre as contas criadas. Se for isso, toda a confiabilidade que se poderia depositar nesse estudo fica comprometida.
Fabio
Em 9 de agosto de 2012 12:09, João jolorib@gmail.com escreveu:
Esse infográfico é meio furado, informa ao final que o universo da
pesquisa
são 15 milhões e meio de males e 1,5 milhão de females, nem dá para acreditar, onde encontram esses números? Se a Wikipedia em todos os
idiomas
tiver uns dez mil editores/editoras ativos é muito.Furada.
Nessa, eu edito lá desde 2005, nunca vi ninguém se vangloriando de
apagar um
artigo que seja, ao contrário, quem faz mais artigos( originais e sem utilizar robots e baseados nas regras ) é que tem mais respeito da comunidade. Não sei específicamente o que ocorreu com você, mas é uma
pena
que se sinta assim.
Jo Lorib
Em 9 de agosto de 2012 11:56, Nessa Guedes vanessaguedes13@gmail.com escreveu:
Aliás, eu também sempre sou muito cuidadosa para não pensar que a perseguição é comigo, ou porque eu sou mulher. Já temos problemas
demais nas
pessoas nos julgarem o tempo inteiro - na faculdade de física era muito cansativo, eu nunca abria a boca sem ter a certeza de que eu sabia 5x
mais
do que o resto sobre determinado assunto, porque o tempo inteiro
precisava
provar que era melhor que todos para poder ter o mesmo direito de
'aparecer'
ou falar do que meus colegas que eram medianos -, mas no fim das contas
nada
deve ser coincidência.
Uma reclamação que escuto sempre, no mundo offline dos wikipedistas brasileiros, é que a comunidade usa de se vangloriar por quem tem mais artigos apagados por aí. Que tipo de política é essa? Melhor apagar
artigos
do que tutelar novos usuários e usuárias?
Acho de um elitismo intelectual sem tamanho.
Nessa Guedes - @nessoila
Enviado do meu Tamagoshi.
Em 9 de agosto de 2012 11:51, Nessa Guedes vanessaguedes13@gmail.com escreveu:
Sim, isso acontece mesmo.
Contribuo muito muito pouco, e quando tentei criar artigos, fiquei dois meses de bate-e-volta até que desisti. Joguei fora toda minha pesquisa
e é
isso aí.
Eu queria ser mais ativa na contribuição, mas essa dificuldade em
validar
minha pesquisa sempre me faz ficar com preguiça, principalmente porque
os
editores portugueses são pomposos e chatos.
Mas sempre pensei que isso acontecesse com todo mundo, e só usuários
hard
que conseguiam postar de fato suas contribuições - e eu não tenho
tempo de
ficar de mimimi com moderador ad eternum. Independente do gênero.
Agora, com essa declaração no infográfico, fiquei muito chateada, de verdade.
Nessa Guedes - @nessoila
Enviado do meu Tamagoshi.
Em 9 de agosto de 2012 11:43, Carine Roos carine.roos@gmail.com escreveu:
"Female users are more likely to be blocked indefinitely on Wikipedia"
- Achei isso bem preocupante e sexista.
Precisamos pensar em ações e projetos que incluam mais as mulheres. Os dados são críticos.
Em 9 de agosto de 2012 11:28, Nessa Guedes <vanessaguedes13@gmail.com
escreveu:
Não entendo como trabalhar com cotas dentro da mecânica da
wikipédia.
(só um adendo, não estou acrescentando no debate aqui)
A questão é cultural, mas a a academia tá aí cheia de pesquisadoras
na
graduação, se o uso de wikis nas universidades fosse melhor usado, talvez o gap brasileiro não fosse tanto.
Não li o artigo compartilhado ainda, mas sendo uma média mundial os 9%, não consigo pensar em uma ação que contemplasse todos os países. Cada um tem seus próprios problemas, e se tratando do ocidente, a questão do gênero é uma constante por conta de uma rede estruturalmente sexista que está colada na sociedade de tal forma que precisamos de ações de incentivo
enormes
para obter resultados que tentem equiparar os gêneros em várias escalas
- e
esses resultados não chegam nem a ser um arremedo do que era esperado, em quase todas as tentativas.
Uma hora depois do trabalho eu vou tentar reunir um material
mostrando
números, para todos pensarmos juntos em como reparar os séculos de machismo e negação de acesso ao conhecimento para mulheres.
Tendo menos de cinquenta anos de mulheres alfabetizadas e universitárias fica meio difícil bater esse gap do dia para a noite.
Nessa Guedes - @nessoila
Enviado do meu Tamagoshi.
Em 9 de agosto de 2012 11:09, Ewout ter Haar ewout@usp.br
escreveu:
> hahaha, e ainda se perguntam porque só tem 9% de mulheres na > comunidade. > > Ewout > > (ou será que não peguei o caráter auto-referencial e irônico da > mensagem.... "wheels within wheels" e tal...? ) > > 2012/8/8 Rodrigo Tetsuo Argenton rodrigo.argenton@gmail.com >> >> Saiu que temos apenas 9% de voluntárias [1], eu acho que estão >> errados e >> seria mais para 0,9%, e só está mais bonitin que o normal, mas é >> dados >> velho. Bom, esse não é o ponto, já pararam para pensar que se >> igualarmos o >> número de voluntários meninos e meninas, a gente praticamente >> dobraria o >> número de voluntários, tá, ia ter muito mais barraco e mais >> blablabla... :P >> (brincadeira meninas, mas com certeza o artigo do Brad ia ser >> melhor!) >> >> Acho que não precisamos de mais voluntáriOs, e sim de voluntáriAs! >> Mas >> sem cotas, como alguns tentam fazer, e sim entender como podemos >> atrair mais >> e nos meter naqueles tópicos de mulheres e tecnologia. O que
acham?
>> Bora >> igualar esse número? >> >> [1] http://mashable.com/2012/08/08/wikipedia-gender-graphic/ >> -- >> Rodrigo Tetsuo Argenton >> rodrigo.argenton@gmail.com >> +55 11 7971-8884 >> >> _______________________________________________ >> WikimediaBR-l mailing list >> WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org >> https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l >> > > > > -- > http://stoa.usp.br/ewout > F. 916696 > > _______________________________________________ > WikimediaBR-l mailing list > WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org > https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l >
WikimediaBR-l mailing list WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l
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WikimediaBR-l mailing list WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l
Gostaria de compartilhar algumas impressões pessoais sobre as questões de gênero: independentemente da acurácia da pesquisa ou de sua extrapolação, é visível a pouca participação de mulheres no projeto (e bem como o Abdo lembrou, em tantos outros).
Eu acho que é muito difícil identificar as causas centrais, mas acho que as causas não estão apenas na Wikipédia. Mas como nos cabe pensar o que podemos fazer para mudar aqui, também não adianta tentarmos atuar sobre razões distantes de nossos alcances.
Eu acho que a primeira pergunta a fazer é: por que é importante reduzir a desigualdade de gênero? Primeiro, porque é importante que as mulheres tenham o direito de participar desses processos se quiserem e não se sintam intimidadas (pelo motivo que for). E, segundo, que a participação feminina pode contribuir muito não só pro ambiente, como em situações decisivas (ex. no Conselho de regulamentação de publicidade, composto só por homens, eles concluíram que a propaganda da schincariol não fazia apologia à violência sexual - não sei se viram o caso, mas a propaganda sugeria a dieta do sexo e dizia que se gasta mais caloria quando o sexo não é consentido). Em debates sobre determinados conteúdos controversos, por mais imparciais que tentem ser, um olhar feminino pode contribuir para que ele não reforce uma visão masculina.
Poderíamos elencar N outras razões, mas para efeito de argumentação o que quero dizer é que, se os motivos não são claros, reduzir a desigualdade de gênero por reduzir a desigualdade de gênero não é lá muito estimulante.
Dito isso, o esforço precisa ser conjunto: de um lado, acho que é importante que as mulheres se organizem e mobilizem para atingir esses objetivos, de maneira sistemática, e criando sua própria forma de lidar com o ambiente - ou seja, evitando reproduzir as supostas "práticas masculinas" (não me agrada muito esse tipo de caracterização, e acho que há problemas em separar as coisas assim, mas me refiro a "fulano foi meio grosseiro, então também vou responder com grosseria" ou coisa que o valha) para se imporem.
A segunda questão é a persistência. A vida é feita de avanços e recuos, mas as conquistas se dão na perseverança. Não me sinto com elementos pra analisar se há tratamento diferenciado na Wikipédia - pode até ser que haja. Mas talvez a recepção seja mais diferenciada. Talvez os meninos sejam criados ouvindo o amiguinho chamá-lo de idiota desde pequeno e, goste ou não, se acostuma mais com isso. Não conheço uma pessoa que goste de ser aloprada, mas conheço quem não ligue. E aí é que está: tirarmos da nossa cabeça que a grosseria do outro é um problema nosso (ou conosco - e que a culpa é nossa) é importante pra seguir em frente - não ignorando propriamente, mas não deixando que determinadas atitudes nos paralisem.
Por fim, na Campus Party, houve um debate sobre mulheres em TI, organizado por um homem, que foi um momento interessante. Participamos - e Béria falou da experiência como colaboradora da Wikipédia e de reflexões dela. Me assustou muito um discurso feito por uma outra moça relativamente famosa no mundo de TI, dizendo que as mulheres deviam aproveitar que eram poucas para se destacarem. O motivo do incômodo é porque, por trás desse discurso, tem a premissa de que, se não formos minorias, não nos destacaremos - então corremos o risco de incorporarmos a dinâmica e pensarmos que "quanto menos mulheres, melhor"? Não acho que ela teve a intenção de dizer isso, mas acho que falta amadurecimento da questão no âmbito coletivo ainda.
Beijos e abraços Oona
2012/8/9 nevio Carlos de alarcão nevinhoalarcao@gmail.com:
Enquanto discutem isso, as mulheres americanas mostram aos homens americanos como jogar futebol: tetra campeã olímpica... =)
Em 9 de agosto de 2012 16:48, Fabio Azevedo fazedo@gmail.com escreveu:
Jo,
Eu também fiquei chocado com esse número. A única explicação que encontrei foi: fizeram um estudo e concluíram que 9% da wikipédia é mulher e 91%, homem. Depois pegaram o número total de contas criadas na Wiki.en, que é 17 milhões (na wiki.pt é um milhão) e consideram que cada conta criada, mesmo que nunca tenha editado, é um editor diferente e consideraram que a relação homem/mulher obtido na pesquisa deles é exatamente a mesma relação que aparece entre as contas criadas. Se for isso, toda a confiabilidade que se poderia depositar nesse estudo fica comprometida.
Fabio
Em 9 de agosto de 2012 12:09, João jolorib@gmail.com escreveu:
Esse infográfico é meio furado, informa ao final que o universo da pesquisa são 15 milhões e meio de males e 1,5 milhão de females, nem dá para acreditar, onde encontram esses números? Se a Wikipedia em todos os idiomas tiver uns dez mil editores/editoras ativos é muito.Furada.
Nessa, eu edito lá desde 2005, nunca vi ninguém se vangloriando de apagar um artigo que seja, ao contrário, quem faz mais artigos( originais e sem utilizar robots e baseados nas regras ) é que tem mais respeito da comunidade. Não sei específicamente o que ocorreu com você, mas é uma pena que se sinta assim.
Jo Lorib
Em 9 de agosto de 2012 11:56, Nessa Guedes vanessaguedes13@gmail.com escreveu:
Aliás, eu também sempre sou muito cuidadosa para não pensar que a perseguição é comigo, ou porque eu sou mulher. Já temos problemas demais nas pessoas nos julgarem o tempo inteiro - na faculdade de física era muito cansativo, eu nunca abria a boca sem ter a certeza de que eu sabia 5x mais do que o resto sobre determinado assunto, porque o tempo inteiro precisava provar que era melhor que todos para poder ter o mesmo direito de 'aparecer' ou falar do que meus colegas que eram medianos -, mas no fim das contas nada deve ser coincidência.
Uma reclamação que escuto sempre, no mundo offline dos wikipedistas brasileiros, é que a comunidade usa de se vangloriar por quem tem mais artigos apagados por aí. Que tipo de política é essa? Melhor apagar artigos do que tutelar novos usuários e usuárias?
Acho de um elitismo intelectual sem tamanho.
Nessa Guedes - @nessoila
Enviado do meu Tamagoshi.
Em 9 de agosto de 2012 11:51, Nessa Guedes vanessaguedes13@gmail.com escreveu:
Sim, isso acontece mesmo.
Contribuo muito muito pouco, e quando tentei criar artigos, fiquei dois meses de bate-e-volta até que desisti. Joguei fora toda minha pesquisa e é isso aí.
Eu queria ser mais ativa na contribuição, mas essa dificuldade em validar minha pesquisa sempre me faz ficar com preguiça, principalmente porque os editores portugueses são pomposos e chatos.
Mas sempre pensei que isso acontecesse com todo mundo, e só usuários hard que conseguiam postar de fato suas contribuições - e eu não tenho tempo de ficar de mimimi com moderador ad eternum. Independente do gênero.
Agora, com essa declaração no infográfico, fiquei muito chateada, de verdade.
Nessa Guedes - @nessoila
Enviado do meu Tamagoshi.
Em 9 de agosto de 2012 11:43, Carine Roos carine.roos@gmail.com escreveu:
"Female users are more likely to be blocked indefinitely on Wikipedia"
- Achei isso bem preocupante e sexista.
Precisamos pensar em ações e projetos que incluam mais as mulheres. Os dados são críticos.
Em 9 de agosto de 2012 11:28, Nessa Guedes vanessaguedes13@gmail.com escreveu: > Não entendo como trabalhar com cotas dentro da mecânica da > wikipédia. > (só um > adendo, não estou acrescentando no debate aqui) > > A questão é cultural, mas a a academia tá aí cheia de pesquisadoras > na > graduação, se o uso de wikis nas universidades fosse melhor usado, > talvez o > gap brasileiro não fosse tanto. > > Não li o artigo compartilhado ainda, mas sendo uma média mundial os > 9%, não > consigo pensar em uma ação que contemplasse todos os países. Cada > um > tem > seus próprios problemas, e se tratando do ocidente, a questão do > gênero é > uma constante por conta de uma rede estruturalmente sexista que > está > colada > na sociedade de tal forma que precisamos de ações de incentivo > enormes > para > obter resultados que tentem equiparar os gêneros em várias escalas > - e > esses > resultados não chegam nem a ser um arremedo do que era esperado, em > quase > todas as tentativas. > > Uma hora depois do trabalho eu vou tentar reunir um material > mostrando > números, para todos pensarmos juntos em como reparar os séculos de > machismo > e negação de acesso ao conhecimento para mulheres. > > Tendo menos de cinquenta anos de mulheres alfabetizadas e > universitárias > fica meio difícil bater esse gap do dia para a noite. > > > --- > > Nessa Guedes - @nessoila > > Enviado do meu Tamagoshi. > > > > > > > Em 9 de agosto de 2012 11:09, Ewout ter Haar ewout@usp.br > escreveu: > >> hahaha, e ainda se perguntam porque só tem 9% de mulheres na >> comunidade. >> >> Ewout >> >> (ou será que não peguei o caráter auto-referencial e irônico da >> mensagem.... "wheels within wheels" e tal...? ) >> >> 2012/8/8 Rodrigo Tetsuo Argenton rodrigo.argenton@gmail.com >>> >>> Saiu que temos apenas 9% de voluntárias [1], eu acho que estão >>> errados e >>> seria mais para 0,9%, e só está mais bonitin que o normal, mas é >>> dados >>> velho. Bom, esse não é o ponto, já pararam para pensar que se >>> igualarmos o >>> número de voluntários meninos e meninas, a gente praticamente >>> dobraria o >>> número de voluntários, tá, ia ter muito mais barraco e mais >>> blablabla... :P >>> (brincadeira meninas, mas com certeza o artigo do Brad ia ser >>> melhor!) >>> >>> Acho que não precisamos de mais voluntáriOs, e sim de >>> voluntáriAs! >>> Mas >>> sem cotas, como alguns tentam fazer, e sim entender como podemos >>> atrair mais >>> e nos meter naqueles tópicos de mulheres e tecnologia. O que >>> acham? >>> Bora >>> igualar esse número? >>> >>> [1] http://mashable.com/2012/08/08/wikipedia-gender-graphic/ >>> -- >>> Rodrigo Tetsuo Argenton >>> rodrigo.argenton@gmail.com >>> +55 11 7971-8884 >>> >>> _______________________________________________ >>> WikimediaBR-l mailing list >>> WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org >>> https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l >>> >> >> >> >> -- >> http://stoa.usp.br/ewout >> F. 916696 >> >> _______________________________________________ >> WikimediaBR-l mailing list >> WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org >> https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l >> > > > _______________________________________________ > WikimediaBR-l mailing list > WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org > https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l >
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-- {+}Nevinho Venha para o Movimento Colaborativo http://sextapoetica.com.br !!
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Vish, olha o tamanho dessa thread, eu acho que então é importante para a comunidade aqui não?
Alguns pontos
Querendo ou não os devolopers são homens, que recebem reclamações de homens, que discutem com homens para acharem soluções para os homens que reclamaram. Isso pode ser influenciar no resultado. Se verem aquela proposta aberta (http://www.wikipediaredefined.com/), tem seus erros, mas o povo da Wiki está reclamando de cor alegando "rainbow effect", que não é o caso... Mas vejo muito disso, "vamos colocar uma cor nisso?" "ahhh deixa cinza geek", "deixa azul windows crash", "deixa no default", sabe? E se for ver isso cria um ambiente geek que afasta gurias sim! Não estou falando que gurias não podem ser geek, mas no geral reclamam disso, e podem ver até pelo texto da Sue.
Outra coisa, como os artigos são feitos por meninos, os conteúdos, ditos, masculinos, são mais desenvolvidos do que os de cunho feminino...
E por ai vai....
A minha intenção aqui não ficar elencando possíveis problemas, mas sim ouvir, principalmente das mocinhAs como podemos achar soluções, na minha visão de rapazote eu acho que jornadas fotográficas, entrevistas, ilustrações de artigos são mais atrativos que edições massivas com códigos marditos para as gurias, entretanto, isso são elucubrações não comprovadas.
Então, quais atividades podemos promover para atrair meninas? E mais, como podemos manter? Eu não acho que uma tag dizendo "eu sou menina, não me agrida, seu bobô!" vai ajudar, muito menos criar uma frente feminina dentro do Movimento, pois ai sempre serão o grupo de meninas lutando para ser um voluntário, ao invés de serem voluntários.
2012/8/10 Oona Castro ocastro@wikimedia.org
Gostaria de compartilhar algumas impressões pessoais sobre as questões de gênero: independentemente da acurácia da pesquisa ou de sua extrapolação, é visível a pouca participação de mulheres no projeto (e bem como o Abdo lembrou, em tantos outros).
Eu acho que é muito difícil identificar as causas centrais, mas acho que as causas não estão apenas na Wikipédia. Mas como nos cabe pensar o que podemos fazer para mudar aqui, também não adianta tentarmos atuar sobre razões distantes de nossos alcances.
Eu acho que a primeira pergunta a fazer é: por que é importante reduzir a desigualdade de gênero? Primeiro, porque é importante que as mulheres tenham o direito de participar desses processos se quiserem e não se sintam intimidadas (pelo motivo que for). E, segundo, que a participação feminina pode contribuir muito não só pro ambiente, como em situações decisivas (ex. no Conselho de regulamentação de publicidade, composto só por homens, eles concluíram que a propaganda da schincariol não fazia apologia à violência sexual - não sei se viram o caso, mas a propaganda sugeria a dieta do sexo e dizia que se gasta mais caloria quando o sexo não é consentido). Em debates sobre determinados conteúdos controversos, por mais imparciais que tentem ser, um olhar feminino pode contribuir para que ele não reforce uma visão masculina.
Poderíamos elencar N outras razões, mas para efeito de argumentação o que quero dizer é que, se os motivos não são claros, reduzir a desigualdade de gênero por reduzir a desigualdade de gênero não é lá muito estimulante.
Dito isso, o esforço precisa ser conjunto: de um lado, acho que é importante que as mulheres se organizem e mobilizem para atingir esses objetivos, de maneira sistemática, e criando sua própria forma de lidar com o ambiente - ou seja, evitando reproduzir as supostas "práticas masculinas" (não me agrada muito esse tipo de caracterização, e acho que há problemas em separar as coisas assim, mas me refiro a "fulano foi meio grosseiro, então também vou responder com grosseria" ou coisa que o valha) para se imporem.
A segunda questão é a persistência. A vida é feita de avanços e recuos, mas as conquistas se dão na perseverança. Não me sinto com elementos pra analisar se há tratamento diferenciado na Wikipédia - pode até ser que haja. Mas talvez a recepção seja mais diferenciada. Talvez os meninos sejam criados ouvindo o amiguinho chamá-lo de idiota desde pequeno e, goste ou não, se acostuma mais com isso. Não conheço uma pessoa que goste de ser aloprada, mas conheço quem não ligue. E aí é que está: tirarmos da nossa cabeça que a grosseria do outro é um problema nosso (ou conosco - e que a culpa é nossa) é importante pra seguir em frente - não ignorando propriamente, mas não deixando que determinadas atitudes nos paralisem.
Por fim, na Campus Party, houve um debate sobre mulheres em TI, organizado por um homem, que foi um momento interessante. Participamos
- e Béria falou da experiência como colaboradora da Wikipédia e de
reflexões dela. Me assustou muito um discurso feito por uma outra moça relativamente famosa no mundo de TI, dizendo que as mulheres deviam aproveitar que eram poucas para se destacarem. O motivo do incômodo é porque, por trás desse discurso, tem a premissa de que, se não formos minorias, não nos destacaremos - então corremos o risco de incorporarmos a dinâmica e pensarmos que "quanto menos mulheres, melhor"? Não acho que ela teve a intenção de dizer isso, mas acho que falta amadurecimento da questão no âmbito coletivo ainda.
Beijos e abraços Oona
2012/8/9 nevio Carlos de alarcão nevinhoalarcao@gmail.com:
Enquanto discutem isso, as mulheres americanas mostram aos homens
americanos
como jogar futebol: tetra campeã olímpica... =)
Em 9 de agosto de 2012 16:48, Fabio Azevedo fazedo@gmail.com escreveu:
Jo,
Eu também fiquei chocado com esse número. A única explicação que encontrei foi: fizeram um estudo e concluíram que 9% da wikipédia é mulher e 91%, homem. Depois pegaram o número total de contas criadas na Wiki.en, que é 17 milhões (na wiki.pt é um milhão) e consideram que cada conta criada, mesmo que nunca tenha editado, é um editor diferente e consideraram que a relação homem/mulher obtido na pesquisa deles é exatamente a mesma relação que aparece entre as contas criadas. Se for isso, toda a confiabilidade que se poderia depositar nesse estudo fica comprometida.
Fabio
Em 9 de agosto de 2012 12:09, João jolorib@gmail.com escreveu:
Esse infográfico é meio furado, informa ao final que o universo da pesquisa são 15 milhões e meio de males e 1,5 milhão de females, nem dá para acreditar, onde encontram esses números? Se a Wikipedia em todos os idiomas tiver uns dez mil editores/editoras ativos é muito.Furada.
Nessa, eu edito lá desde 2005, nunca vi ninguém se vangloriando de apagar um artigo que seja, ao contrário, quem faz mais artigos( originais e sem utilizar robots e baseados nas regras ) é que tem mais respeito da comunidade. Não sei específicamente o que ocorreu com você, mas é uma pena que se sinta assim.
Jo Lorib
Em 9 de agosto de 2012 11:56, Nessa Guedes <vanessaguedes13@gmail.com
escreveu:
Aliás, eu também sempre sou muito cuidadosa para não pensar que a perseguição é comigo, ou porque eu sou mulher. Já temos problemas demais nas pessoas nos julgarem o tempo inteiro - na faculdade de física era
muito
cansativo, eu nunca abria a boca sem ter a certeza de que eu sabia 5x mais do que o resto sobre determinado assunto, porque o tempo inteiro precisava provar que era melhor que todos para poder ter o mesmo direito de 'aparecer' ou falar do que meus colegas que eram medianos -, mas no fim das
contas
nada deve ser coincidência.
Uma reclamação que escuto sempre, no mundo offline dos wikipedistas brasileiros, é que a comunidade usa de se vangloriar por quem tem
mais
artigos apagados por aí. Que tipo de política é essa? Melhor apagar artigos do que tutelar novos usuários e usuárias?
Acho de um elitismo intelectual sem tamanho.
Nessa Guedes - @nessoila
Enviado do meu Tamagoshi.
Em 9 de agosto de 2012 11:51, Nessa Guedes <
vanessaguedes13@gmail.com>
escreveu:
Sim, isso acontece mesmo.
Contribuo muito muito pouco, e quando tentei criar artigos, fiquei dois meses de bate-e-volta até que desisti. Joguei fora toda minha
pesquisa
e é isso aí.
Eu queria ser mais ativa na contribuição, mas essa dificuldade em validar minha pesquisa sempre me faz ficar com preguiça, principalmente
porque
os editores portugueses são pomposos e chatos.
Mas sempre pensei que isso acontecesse com todo mundo, e só usuários hard que conseguiam postar de fato suas contribuições - e eu não tenho tempo de ficar de mimimi com moderador ad eternum. Independente do gênero.
Agora, com essa declaração no infográfico, fiquei muito chateada, de verdade.
Nessa Guedes - @nessoila
Enviado do meu Tamagoshi.
Em 9 de agosto de 2012 11:43, Carine Roos carine.roos@gmail.com escreveu:
> "Female users are more likely to be blocked indefinitely on > Wikipedia" > - Achei isso bem preocupante e sexista. > > Precisamos pensar em ações e projetos que incluam mais as mulheres. > Os > dados são críticos. > > Em 9 de agosto de 2012 11:28, Nessa Guedes > vanessaguedes13@gmail.com > escreveu: > > Não entendo como trabalhar com cotas dentro da mecânica da > > wikipédia. > > (só um > > adendo, não estou acrescentando no debate aqui) > > > > A questão é cultural, mas a a academia tá aí cheia de
pesquisadoras
> > na > > graduação, se o uso de wikis nas universidades fosse melhor
usado,
> > talvez o > > gap brasileiro não fosse tanto. > > > > Não li o artigo compartilhado ainda, mas sendo uma média mundial
os
> > 9%, não > > consigo pensar em uma ação que contemplasse todos os países. Cada > > um > > tem > > seus próprios problemas, e se tratando do ocidente, a questão do > > gênero é > > uma constante por conta de uma rede estruturalmente sexista que > > está > > colada > > na sociedade de tal forma que precisamos de ações de incentivo > > enormes > > para > > obter resultados que tentem equiparar os gêneros em várias
escalas
> > - e > > esses > > resultados não chegam nem a ser um arremedo do que era esperado,
em
> > quase > > todas as tentativas. > > > > Uma hora depois do trabalho eu vou tentar reunir um material > > mostrando > > números, para todos pensarmos juntos em como reparar os séculos
de
> > machismo > > e negação de acesso ao conhecimento para mulheres. > > > > Tendo menos de cinquenta anos de mulheres alfabetizadas e > > universitárias > > fica meio difícil bater esse gap do dia para a noite. > > > > > > --- > > > > Nessa Guedes - @nessoila > > > > Enviado do meu Tamagoshi. > > > > > > > > > > > > > > Em 9 de agosto de 2012 11:09, Ewout ter Haar ewout@usp.br > > escreveu: > > > >> hahaha, e ainda se perguntam porque só tem 9% de mulheres na > >> comunidade. > >> > >> Ewout > >> > >> (ou será que não peguei o caráter auto-referencial e irônico da > >> mensagem.... "wheels within wheels" e tal...? ) > >> > >> 2012/8/8 Rodrigo Tetsuo Argenton rodrigo.argenton@gmail.com > >>> > >>> Saiu que temos apenas 9% de voluntárias [1], eu acho que estão > >>> errados e > >>> seria mais para 0,9%, e só está mais bonitin que o normal, mas
é
> >>> dados > >>> velho. Bom, esse não é o ponto, já pararam para pensar que se > >>> igualarmos o > >>> número de voluntários meninos e meninas, a gente praticamente > >>> dobraria o > >>> número de voluntários, tá, ia ter muito mais barraco e mais > >>> blablabla... :P > >>> (brincadeira meninas, mas com certeza o artigo do Brad ia ser > >>> melhor!) > >>> > >>> Acho que não precisamos de mais voluntáriOs, e sim de > >>> voluntáriAs! > >>> Mas > >>> sem cotas, como alguns tentam fazer, e sim entender como
podemos
> >>> atrair mais > >>> e nos meter naqueles tópicos de mulheres e tecnologia. O que > >>> acham? > >>> Bora > >>> igualar esse número? > >>> > >>> [1] http://mashable.com/2012/08/08/wikipedia-gender-graphic/ > >>> -- > >>> Rodrigo Tetsuo Argenton > >>> rodrigo.argenton@gmail.com > >>> +55 11 7971-8884 > >>> > >>> _______________________________________________ > >>> WikimediaBR-l mailing list > >>> WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org > >>> https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l > >>> > >> > >> > >> > >> -- > >> http://stoa.usp.br/ewout > >> F. 916696 > >> > >> _______________________________________________ > >> WikimediaBR-l mailing list > >> WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org > >> https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l > >> > > > > > > _______________________________________________ > > WikimediaBR-l mailing list > > WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org > > https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l > > > > _______________________________________________ > WikimediaBR-l mailing list > WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org > https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l
WikimediaBR-l mailing list WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l
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-- {+}Nevinho Venha para o Movimento Colaborativo http://sextapoetica.com.br !!
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Oona et al,
Parece-me que há um ponto aí: homens estão mais dispostos a aceitar entrar em um ambiente conflituoso como a Wikipédia do que mulheres. Este ponto já havia sido levantado pela Sue. (não sei se isso é verdade, mas aceitemos pelo valor do argumento)
Neste ponto específico, creio que temos feito avanços. A wiki.pt de 2007-2009, retratada no artigo da Piauí pelo Bernardo tinha um ambiente muito mais agressivo do que hoje. Havia, pasme, páginas no estilo blog dedicadas a fazer piada com outros editores. Alguns editores defendiam a máxima "não gostou de ser debochado, deboche dos outros".
Minha sugestão é que a políticas como "Não faça ataques pessoais", "abuso do espaço público" sejam atualizadas com esses achados de pesquisa para que os editores estejam conscientes das consequências negativas do não cumprimento dessas regras e da importância de manter um ambiente agradável.
Ou ponto levantado pela Sue é que mulheres têm menos autoconfiança que homens. Tampouco sei se isso é verdade. De fato, é necessário ter uma boa dose de coragem para editar na Wikipédia. Minha sugestão aqui é que tornemos nossa relação entre editores mais cordial e motivadora. Evitar avisos do tipo "você não colocou categorias no artigo x" ou "evite salvamentos sucessivos" e mandarmos mais mensagens de agradecimento e felicitação.
Fabio
Em 10 de agosto de 2012 01:05, Oona Castro ocastro@wikimedia.org escreveu:
Gostaria de compartilhar algumas impressões pessoais sobre as questões de gênero: independentemente da acurácia da pesquisa ou de sua extrapolação, é visível a pouca participação de mulheres no projeto (e bem como o Abdo lembrou, em tantos outros).
Eu acho que é muito difícil identificar as causas centrais, mas acho que as causas não estão apenas na Wikipédia. Mas como nos cabe pensar o que podemos fazer para mudar aqui, também não adianta tentarmos atuar sobre razões distantes de nossos alcances.
Eu acho que a primeira pergunta a fazer é: por que é importante reduzir a desigualdade de gênero? Primeiro, porque é importante que as mulheres tenham o direito de participar desses processos se quiserem e não se sintam intimidadas (pelo motivo que for). E, segundo, que a participação feminina pode contribuir muito não só pro ambiente, como em situações decisivas (ex. no Conselho de regulamentação de publicidade, composto só por homens, eles concluíram que a propaganda da schincariol não fazia apologia à violência sexual - não sei se viram o caso, mas a propaganda sugeria a dieta do sexo e dizia que se gasta mais caloria quando o sexo não é consentido). Em debates sobre determinados conteúdos controversos, por mais imparciais que tentem ser, um olhar feminino pode contribuir para que ele não reforce uma visão masculina.
Poderíamos elencar N outras razões, mas para efeito de argumentação o que quero dizer é que, se os motivos não são claros, reduzir a desigualdade de gênero por reduzir a desigualdade de gênero não é lá muito estimulante.
Dito isso, o esforço precisa ser conjunto: de um lado, acho que é importante que as mulheres se organizem e mobilizem para atingir esses objetivos, de maneira sistemática, e criando sua própria forma de lidar com o ambiente - ou seja, evitando reproduzir as supostas "práticas masculinas" (não me agrada muito esse tipo de caracterização, e acho que há problemas em separar as coisas assim, mas me refiro a "fulano foi meio grosseiro, então também vou responder com grosseria" ou coisa que o valha) para se imporem.
A segunda questão é a persistência. A vida é feita de avanços e recuos, mas as conquistas se dão na perseverança. Não me sinto com elementos pra analisar se há tratamento diferenciado na Wikipédia - pode até ser que haja. Mas talvez a recepção seja mais diferenciada. Talvez os meninos sejam criados ouvindo o amiguinho chamá-lo de idiota desde pequeno e, goste ou não, se acostuma mais com isso. Não conheço uma pessoa que goste de ser aloprada, mas conheço quem não ligue. E aí é que está: tirarmos da nossa cabeça que a grosseria do outro é um problema nosso (ou conosco - e que a culpa é nossa) é importante pra seguir em frente - não ignorando propriamente, mas não deixando que determinadas atitudes nos paralisem.
Por fim, na Campus Party, houve um debate sobre mulheres em TI, organizado por um homem, que foi um momento interessante. Participamos
- e Béria falou da experiência como colaboradora da Wikipédia e de
reflexões dela. Me assustou muito um discurso feito por uma outra moça relativamente famosa no mundo de TI, dizendo que as mulheres deviam aproveitar que eram poucas para se destacarem. O motivo do incômodo é porque, por trás desse discurso, tem a premissa de que, se não formos minorias, não nos destacaremos - então corremos o risco de incorporarmos a dinâmica e pensarmos que "quanto menos mulheres, melhor"? Não acho que ela teve a intenção de dizer isso, mas acho que falta amadurecimento da questão no âmbito coletivo ainda.
Beijos e abraços Oona
2012/8/9 nevio Carlos de alarcão nevinhoalarcao@gmail.com:
Enquanto discutem isso, as mulheres americanas mostram aos homens americanos como jogar futebol: tetra campeã olímpica... =)
Em 9 de agosto de 2012 16:48, Fabio Azevedo fazedo@gmail.com escreveu:
Jo,
Eu também fiquei chocado com esse número. A única explicação que encontrei foi: fizeram um estudo e concluíram que 9% da wikipédia é mulher e 91%, homem. Depois pegaram o número total de contas criadas na Wiki.en, que é 17 milhões (na wiki.pt é um milhão) e consideram que cada conta criada, mesmo que nunca tenha editado, é um editor diferente e consideraram que a relação homem/mulher obtido na pesquisa deles é exatamente a mesma relação que aparece entre as contas criadas. Se for isso, toda a confiabilidade que se poderia depositar nesse estudo fica comprometida.
Fabio
Em 9 de agosto de 2012 12:09, João jolorib@gmail.com escreveu:
Esse infográfico é meio furado, informa ao final que o universo da pesquisa são 15 milhões e meio de males e 1,5 milhão de females, nem dá para acreditar, onde encontram esses números? Se a Wikipedia em todos os idiomas tiver uns dez mil editores/editoras ativos é muito.Furada.
Nessa, eu edito lá desde 2005, nunca vi ninguém se vangloriando de apagar um artigo que seja, ao contrário, quem faz mais artigos( originais e sem utilizar robots e baseados nas regras ) é que tem mais respeito da comunidade. Não sei específicamente o que ocorreu com você, mas é uma pena que se sinta assim.
Jo Lorib
Em 9 de agosto de 2012 11:56, Nessa Guedes vanessaguedes13@gmail.com escreveu:
Aliás, eu também sempre sou muito cuidadosa para não pensar que a perseguição é comigo, ou porque eu sou mulher. Já temos problemas demais nas pessoas nos julgarem o tempo inteiro - na faculdade de física era muito cansativo, eu nunca abria a boca sem ter a certeza de que eu sabia 5x mais do que o resto sobre determinado assunto, porque o tempo inteiro precisava provar que era melhor que todos para poder ter o mesmo direito de 'aparecer' ou falar do que meus colegas que eram medianos -, mas no fim das contas nada deve ser coincidência.
Uma reclamação que escuto sempre, no mundo offline dos wikipedistas brasileiros, é que a comunidade usa de se vangloriar por quem tem mais artigos apagados por aí. Que tipo de política é essa? Melhor apagar artigos do que tutelar novos usuários e usuárias?
Acho de um elitismo intelectual sem tamanho.
Nessa Guedes - @nessoila
Enviado do meu Tamagoshi.
Em 9 de agosto de 2012 11:51, Nessa Guedes vanessaguedes13@gmail.com escreveu:
Sim, isso acontece mesmo.
Contribuo muito muito pouco, e quando tentei criar artigos, fiquei dois meses de bate-e-volta até que desisti. Joguei fora toda minha pesquisa e é isso aí.
Eu queria ser mais ativa na contribuição, mas essa dificuldade em validar minha pesquisa sempre me faz ficar com preguiça, principalmente porque os editores portugueses são pomposos e chatos.
Mas sempre pensei que isso acontecesse com todo mundo, e só usuários hard que conseguiam postar de fato suas contribuições - e eu não tenho tempo de ficar de mimimi com moderador ad eternum. Independente do gênero.
Agora, com essa declaração no infográfico, fiquei muito chateada, de verdade.
Nessa Guedes - @nessoila
Enviado do meu Tamagoshi.
Em 9 de agosto de 2012 11:43, Carine Roos carine.roos@gmail.com escreveu:
> "Female users are more likely to be blocked indefinitely on > Wikipedia" > - Achei isso bem preocupante e sexista. > > Precisamos pensar em ações e projetos que incluam mais as mulheres. > Os > dados são críticos. > > Em 9 de agosto de 2012 11:28, Nessa Guedes > vanessaguedes13@gmail.com > escreveu: > > Não entendo como trabalhar com cotas dentro da mecânica da > > wikipédia. > > (só um > > adendo, não estou acrescentando no debate aqui) > > > > A questão é cultural, mas a a academia tá aí cheia de pesquisadoras > > na > > graduação, se o uso de wikis nas universidades fosse melhor usado, > > talvez o > > gap brasileiro não fosse tanto. > > > > Não li o artigo compartilhado ainda, mas sendo uma média mundial os > > 9%, não > > consigo pensar em uma ação que contemplasse todos os países. Cada > > um > > tem > > seus próprios problemas, e se tratando do ocidente, a questão do > > gênero é > > uma constante por conta de uma rede estruturalmente sexista que > > está > > colada > > na sociedade de tal forma que precisamos de ações de incentivo > > enormes > > para > > obter resultados que tentem equiparar os gêneros em várias escalas > > - e > > esses > > resultados não chegam nem a ser um arremedo do que era esperado, em > > quase > > todas as tentativas. > > > > Uma hora depois do trabalho eu vou tentar reunir um material > > mostrando > > números, para todos pensarmos juntos em como reparar os séculos de > > machismo > > e negação de acesso ao conhecimento para mulheres. > > > > Tendo menos de cinquenta anos de mulheres alfabetizadas e > > universitárias > > fica meio difícil bater esse gap do dia para a noite. > > > > > > --- > > > > Nessa Guedes - @nessoila > > > > Enviado do meu Tamagoshi. > > > > > > > > > > > > > > Em 9 de agosto de 2012 11:09, Ewout ter Haar ewout@usp.br > > escreveu: > > > >> hahaha, e ainda se perguntam porque só tem 9% de mulheres na > >> comunidade. > >> > >> Ewout > >> > >> (ou será que não peguei o caráter auto-referencial e irônico da > >> mensagem.... "wheels within wheels" e tal...? ) > >> > >> 2012/8/8 Rodrigo Tetsuo Argenton rodrigo.argenton@gmail.com > >>> > >>> Saiu que temos apenas 9% de voluntárias [1], eu acho que estão > >>> errados e > >>> seria mais para 0,9%, e só está mais bonitin que o normal, mas é > >>> dados > >>> velho. Bom, esse não é o ponto, já pararam para pensar que se > >>> igualarmos o > >>> número de voluntários meninos e meninas, a gente praticamente > >>> dobraria o > >>> número de voluntários, tá, ia ter muito mais barraco e mais > >>> blablabla... :P > >>> (brincadeira meninas, mas com certeza o artigo do Brad ia ser > >>> melhor!) > >>> > >>> Acho que não precisamos de mais voluntáriOs, e sim de > >>> voluntáriAs! > >>> Mas > >>> sem cotas, como alguns tentam fazer, e sim entender como podemos > >>> atrair mais > >>> e nos meter naqueles tópicos de mulheres e tecnologia. O que > >>> acham? > >>> Bora > >>> igualar esse número? > >>> > >>> [1] http://mashable.com/2012/08/08/wikipedia-gender-graphic/ > >>> -- > >>> Rodrigo Tetsuo Argenton > >>> rodrigo.argenton@gmail.com > >>> +55 11 7971-8884 > >>> > >>> _______________________________________________ > >>> WikimediaBR-l mailing list > >>> WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org > >>> https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l > >>> > >> > >> > >> > >> -- > >> http://stoa.usp.br/ewout > >> F. 916696 > >> > >> _______________________________________________ > >> WikimediaBR-l mailing list > >> WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org > >> https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l > >> > > > > > > _______________________________________________ > > WikimediaBR-l mailing list > > WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org > > https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l > > > > _______________________________________________ > WikimediaBR-l mailing list > WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org > https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l
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-- {+}Nevinho Venha para o Movimento Colaborativo http://sextapoetica.com.br !!
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" Minha sugestão aqui é que tornemos nossa relação entre editores mais cordial e motivadora. Evitar avisos do tipo "você não colocou categorias no artigo x" ou "evite salvamentos sucessivos" e mandarmos mais mensagens de agradecimento e felicitação."
Isso é fundamental e talvez possa ser mais efetivo que uma campanha para atrair novos editores.
Alguém viu a *excelente* apresentação do Steven e da Maryana na Wikimania onde eles apontaram como o tom em que as mensagens de aviso são enviadas modifica, e muito, a receptividade pelos usuários?
Espero que a apresentação deles esteja online. Parece que a comunidade da Wikipédia francesa ia tentar começar a fazer algo na linha do que a Steven e a Maryana fizeram. Vale a pena estudar e tentar adaptar.
Já que você falou em campanha, surgiu uma dúvida:
Será que o aumento da consciente entre as mulheres de que elas são minoria entre os editores da Wikipédia vai ajudar a atrair mulheres ou, pelo contrário, pode criar a ideia de que o ambiente é masculino e afastá-las?
Fabio
Em 10 de agosto de 2012 10:43, Everton Zanella Alvarenga ezalvarenga@wikimedia.org escreveu:
" Minha sugestão aqui é que tornemos nossa relação entre editores mais cordial e motivadora. Evitar avisos do tipo "você não colocou categorias no artigo x" ou "evite salvamentos sucessivos" e mandarmos mais mensagens de agradecimento e felicitação."
Isso é fundamental e talvez possa ser mais efetivo que uma campanha para atrair novos editores.
Alguém viu a *excelente* apresentação do Steven e da Maryana na Wikimania onde eles apontaram como o tom em que as mensagens de aviso são enviadas modifica, e muito, a receptividade pelos usuários?
Espero que a apresentação deles esteja online. Parece que a comunidade da Wikipédia francesa ia tentar começar a fazer algo na linha do que a Steven e a Maryana fizeram. Vale a pena estudar e tentar adaptar.
-- Everton Zanella Alvarenga (also Tom) Wikimedia Brasil Wikimedia Foundation
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Boa pergunta. Meninas? Em 10/08/2012 10:49, "Fabio Azevedo" fazedo@gmail.com escreveu:
Já que você falou em campanha, surgiu uma dúvida:
Será que o aumento da consciente entre as mulheres de que elas são minoria entre os editores da Wikipédia vai ajudar a atrair mulheres ou, pelo contrário, pode criar a ideia de que o ambiente é masculino e afastá-las?
Fabio
Em 10 de agosto de 2012 10:43, Everton Zanella Alvarenga ezalvarenga@wikimedia.org escreveu:
" Minha sugestão aqui é que tornemos nossa relação entre editores mais cordial e motivadora. Evitar avisos do tipo "você não colocou categorias no artigo x" ou "evite salvamentos sucessivos" e mandarmos mais mensagens de agradecimento e felicitação."
Isso é fundamental e talvez possa ser mais efetivo que uma campanha para atrair novos editores.
Alguém viu a *excelente* apresentação do Steven e da Maryana na Wikimania onde eles apontaram como o tom em que as mensagens de aviso são enviadas modifica, e muito, a receptividade pelos usuários?
Espero que a apresentação deles esteja online. Parece que a comunidade da Wikipédia francesa ia tentar começar a fazer algo na linha do que a Steven e a Maryana fizeram. Vale a pena estudar e tentar adaptar.
-- Everton Zanella Alvarenga (also Tom) Wikimedia Brasil Wikimedia Foundation
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Eu acredito que um ambiente muito masculino afasta sim mulheres, é a mesma percepção que eu tenho quanto ao Garoa Hacker Clube (https://garoa.net.br/wiki/P%C3%A1gina_principal) em que cerca dos 40 membros, apenas 3 são mulheres (eu sou uma delas o/). O fato ajuda a entender quando olhamos para as faculdades de engenharia e computação, ambientes predominantemente masculinos.
Na Wikipedia, é interessante fazer o paralelo com a política e a democracia, isto é, o número de mulheres protagonistas na política é bastante inferior ao número de homens.
Acho que valhe a pena estudarmos ações, copiar e adaptar modelos, para estimular mais o numero de editoras na Wikipedia, pensar em campanhas de engajamento e tal. Tenho total interesse em fazer esse número crescer.
Em 10 de agosto de 2012 10:57, Everton Zanella Alvarenga ezalvarenga@wikimedia.org escreveu:
Boa pergunta. Meninas?
Em 10/08/2012 10:49, "Fabio Azevedo" fazedo@gmail.com escreveu:
Já que você falou em campanha, surgiu uma dúvida:
Será que o aumento da consciente entre as mulheres de que elas são minoria entre os editores da Wikipédia vai ajudar a atrair mulheres ou, pelo contrário, pode criar a ideia de que o ambiente é masculino e afastá-las?
Fabio
Em 10 de agosto de 2012 10:43, Everton Zanella Alvarenga ezalvarenga@wikimedia.org escreveu:
" Minha sugestão aqui é que tornemos nossa relação entre editores mais cordial e motivadora. Evitar avisos do tipo "você não colocou categorias no artigo x" ou "evite salvamentos sucessivos" e mandarmos mais mensagens de agradecimento e felicitação."
Isso é fundamental e talvez possa ser mais efetivo que uma campanha para atrair novos editores.
Alguém viu a *excelente* apresentação do Steven e da Maryana na Wikimania onde eles apontaram como o tom em que as mensagens de aviso são enviadas modifica, e muito, a receptividade pelos usuários?
Espero que a apresentação deles esteja online. Parece que a comunidade da Wikipédia francesa ia tentar começar a fazer algo na linha do que a Steven e a Maryana fizeram. Vale a pena estudar e tentar adaptar.
-- Everton Zanella Alvarenga (also Tom) Wikimedia Brasil Wikimedia Foundation
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Nós fizemos um teste com os avisos do Huggle. Tá lá em Wikipédia:Projetos/Avisos aos usuários/Testeshttps://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:Projetos/Avisos_aos_usu%C3%A1rios/Testes[1] . Tem tb o teste da mensagem de boas vindas (mesmo link). Como já fizemos um teste uma vez, e já tem alguns resultados na wiki.en / meta, dá para expandir o teste para outras predefs ou mesmo já ir mudando os avisos. Não deve ser difícil, é só levantar a questão na esplanada e achar interessados em reescrever.
[1] https://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:Projetos/Avisos_aos_usu%C3%A1ri...
Claudio Barbosa
Em 10 de agosto de 2012 10:43, Everton Zanella Alvarenga < ezalvarenga@wikimedia.org> escreveu:
" Minha sugestão aqui é que tornemos nossa relação entre editores mais cordial e motivadora. Evitar avisos do tipo "você não colocou categorias no artigo x" ou "evite salvamentos sucessivos" e mandarmos mais mensagens de agradecimento e felicitação."
Isso é fundamental e talvez possa ser mais efetivo que uma campanha para atrair novos editores.
Alguém viu a *excelente* apresentação do Steven e da Maryana na Wikimania onde eles apontaram como o tom em que as mensagens de aviso são enviadas modifica, e muito, a receptividade pelos usuários?
Espero que a apresentação deles esteja online. Parece que a comunidade da Wikipédia francesa ia tentar começar a fazer algo na linha do que a Steven e a Maryana fizeram. Vale a pena estudar e tentar adaptar.
-- Everton Zanella Alvarenga (also Tom) Wikimedia Brasil Wikimedia Foundation
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Não sei que embasamento e nível de pesquisa o pessoal do Mashable teve para realizar este infográfico.
Mas achei bastante preocupante a relação entre bloqueio de usuários e gênero.
Apesar de todos os percalços e problemas que os wikipedistas enfrentam com a gestão da wikipedia, é bastante grave o que esse gráfico aponta.
Em 9 de agosto de 2012 11:51, Nessa Guedes vanessaguedes13@gmail.com escreveu:
Sim, isso acontece mesmo.
Contribuo muito muito pouco, e quando tentei criar artigos, fiquei dois meses de bate-e-volta até que desisti. Joguei fora toda minha pesquisa e é isso aí.
Eu queria ser mais ativa na contribuição, mas essa dificuldade em validar minha pesquisa sempre me faz ficar com preguiça, principalmente porque os editores portugueses são pomposos e chatos.
Mas sempre pensei que isso acontecesse com todo mundo, e só usuários hard que conseguiam postar de fato suas contribuições - e eu não tenho tempo de ficar de mimimi com moderador ad eternum. Independente do gênero.
Agora, com essa declaração no infográfico, fiquei muito chateada, de verdade.
Nessa Guedes - @nessoila
Enviado do meu Tamagoshi.
Em 9 de agosto de 2012 11:43, Carine Roos carine.roos@gmail.com escreveu:
"Female users are more likely to be blocked indefinitely on Wikipedia"
- Achei isso bem preocupante e sexista.
Precisamos pensar em ações e projetos que incluam mais as mulheres. Os dados são críticos.
Em 9 de agosto de 2012 11:28, Nessa Guedes vanessaguedes13@gmail.com escreveu:
Não entendo como trabalhar com cotas dentro da mecânica da wikipédia. (só um adendo, não estou acrescentando no debate aqui)
A questão é cultural, mas a a academia tá aí cheia de pesquisadoras na graduação, se o uso de wikis nas universidades fosse melhor usado, talvez o gap brasileiro não fosse tanto.
Não li o artigo compartilhado ainda, mas sendo uma média mundial os 9%, não consigo pensar em uma ação que contemplasse todos os países. Cada um tem seus próprios problemas, e se tratando do ocidente, a questão do gênero é uma constante por conta de uma rede estruturalmente sexista que está colada na sociedade de tal forma que precisamos de ações de incentivo enormes para obter resultados que tentem equiparar os gêneros em várias escalas - e esses resultados não chegam nem a ser um arremedo do que era esperado, em quase todas as tentativas.
Uma hora depois do trabalho eu vou tentar reunir um material mostrando números, para todos pensarmos juntos em como reparar os séculos de machismo e negação de acesso ao conhecimento para mulheres.
Tendo menos de cinquenta anos de mulheres alfabetizadas e universitárias fica meio difícil bater esse gap do dia para a noite.
Nessa Guedes - @nessoila
Enviado do meu Tamagoshi.
Em 9 de agosto de 2012 11:09, Ewout ter Haar ewout@usp.br escreveu:
hahaha, e ainda se perguntam porque só tem 9% de mulheres na comunidade.
Ewout
(ou será que não peguei o caráter auto-referencial e irônico da mensagem.... "wheels within wheels" e tal...? )
2012/8/8 Rodrigo Tetsuo Argenton rodrigo.argenton@gmail.com
Saiu que temos apenas 9% de voluntárias [1], eu acho que estão errados e seria mais para 0,9%, e só está mais bonitin que o normal, mas é dados velho. Bom, esse não é o ponto, já pararam para pensar que se igualarmos o número de voluntários meninos e meninas, a gente praticamente dobraria o número de voluntários, tá, ia ter muito mais barraco e mais blablabla... :P (brincadeira meninas, mas com certeza o artigo do Brad ia ser melhor!)
Acho que não precisamos de mais voluntáriOs, e sim de voluntáriAs! Mas sem cotas, como alguns tentam fazer, e sim entender como podemos atrair mais e nos meter naqueles tópicos de mulheres e tecnologia. O que acham? Bora igualar esse número?
[1] http://mashable.com/2012/08/08/wikipedia-gender-graphic/
Rodrigo Tetsuo Argenton rodrigo.argenton@gmail.com +55 11 7971-8884
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