Cidade Digital.
Secretaria de Ciência e Tecnologia/D.A Press
Com a implantação da Cidade Digital , o GDF espera
criar 80 mil empregos e movimentar R$ 5 bilhões até 2014
Terracap e Secretaria de Ciência e Tecnologia assinam
hoje convênio para a implantação do parque tecnológico
Adriana Bernardes
O registro em cartório do terreno da Cidade Digital
sai no fim de setembro. Com ele, a angústia dos empresários
do setor de tecnologia da informação e comunicação
fica mais próxima do fim. Assim que a Companhia Imobiliária de Brasília (
Terracap) regularizar a área, o Parque Tecnológico e Digital do
Distrito Federal sairá do papel. Outro passo em direção
ao início das atividades será dado hoje. A Terracap e a Secretaria de
Ciência e Tecnologia assinam convênio em que a secretaria se
responsabilizar pela implantação do projeto. A previsão do governo é que 2
mil empresas se instalem na área.
O investimento total do projeto poderá chegar a
R$ 7 bilhões, sendo R$ 1, 4 bilhão só na primeira fase.
O convênio que será assinado hoje oficializa a responsabilidade
da Secretaria de Ciência e Tecnologia de promover o desenvolvimento e a
fiscalização das empresas, e garantir que as metas e objetivos ( veja
quadro) traçados pelo governo sejam cumpridos. É um passo importante porque
não é só atrair as empresas.Precisamos articular uma série de medidas para
garantir a formação de mão de obra, por exemplo,
citou Lucas. Resolvido o registro da área pela Terracap, os gestores
do consórcio Datacenter Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal esperam
receber o documentodefinitivo daárea.ODatacenter é a primeira
empresa-âncora da Cidade Digital.A licitação para a construção do
empreendimento foi publicada em 30 de julho. O gerente executivo do Banco
do Brasil e presidente do Consórcio Datacenter, Jesualdo da Silva,
espera abrir os envelopes em 31 de agosto.O valor
do contrato é de aproximadamente R$ 1 bilhão.
Ter o Datacenter em Brasília é de extremo interesse
do banco. Como âncora do projeto, poderemos contribuir
para o desenvolvimento do setor, destacou Silva.
Esta é a segunda vez que o consórcio licita o empreendimento.
Segundo Silva, a primeira, em 2007,
foi cancelada porque as empresas não apresentaram
um modelo de negócio adequado aos limites apurados
pelo Banco do Brasil e Caixa Econômica.
Reestruturamos o modelo financeiro. Baixamos o
prazo do contrato de 25 anos para 15 anos. Tiramos
os itens de informática e deixamos apenas o projeto
deinfra-estrutura predial,explicou.Em29 deabril último,
o Tribunal de Constas da União aprovou o estudo
de viabilidade econômica e o Comitê Gestor de
Parcerias Público-Privadas Federal ( CGP) deu o sinal
verde para que nova licitação fosse realizada.
Burocracia
O presidente do Sindicato das Indústrias da Informação
e Comunicação do DF ( Sinfor) , Jeovani
Ferreira Salomão, destaca que pelo menos 3% do
Produto Interno Bruto de Brasília vem do setor de tecnologia
da informação e comunicação. Só isso já dá
uma ideia da transformação que o parque tecnológico
vai promover. Quando estiver implantado,
podemos multiplicar esse número várias vezes, disse.
Segundo Salomão, o empresário está ansioso. O modelo de implantação do
parque passa por ações governamentais
que são burocráticas e lentas. Isso é
muito angustiante para quem é da iniciativa privada e
toma decisões de investimento num ritmo mais rápido,
comparou.
Parao presidentedo Sinfor, aconcessão e não a venda
dos terrenos é o melhor modelo para a implantação
do parque tecnológico. Isso é muito diferente de
quando cada empresa compra o seu pedaço de terra e
fazer daárea o que quiser, avaliou.
O gerente de projetos do Parque Tecnológico,
Claynor Mazzarolo, disse que as licenças de instalação
foram obtidas. Garantiu que, após o registro
da área, o GDF iniciará as obras de infraestrutura urbana.
Âncora Datacenter é um centro de processamento de dados de
última geração que tem como diferencial a segurança.
Para armazenar computadores e processadores,
são construídos prédios resistentes, com
estrutura em aço e concreto e capaz de resistir a incêndios
e grandes intempéries.A edificação também
é imune a quedas energia, e a refrigeração é garantida
por um moderno sistema. No caso do datacenter do
Banco do Brasil e da Caixa Econômica, o prédio poderá
armazenar até 5 mil terabytes.
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{+}Nevinho