Só eu achei de certo modo irônico essa especulação?
Acho incabível que um outro grupo de pessoas se legalizasse e até
virasse chapter e nos deixasse à margem de tudo.
Nós e eles seríamos como partidos pleitando o nome de wikimedia (ou sua
representação).... Mas isso não faz sentido já que, em tese, ambos
teriam como premissa para existir, como wikimedia, a defesa do
conhecimento livre e colaborativo. Além da horizontalidade dos direitos.
E se é asim qualquer um ajuda e entra em um grupo... então para que dois
grupos?
Se os grupos não se reconhecessem e abosrvessem um ao outro, não haveria
colaboração...
E, na pior das hipóteses, se outro grupo conseguisse virar wikimedia e
nos deixasse aqui, eles teriam q nos aceitar caso quiséssemos entrar na
wikimedia deles, não? Se não aceitassem poderíamos reclamar com
foundation original e até invalidá-los, ou não?
Aliás existe essa de chapter deixar de ser chapter?
Entretanto, não sei como resolveríamos o problema do porra-louca do
cartório com o judiciário brasileiro e tal
desculpem a viagem no tema... é que achei tão estranha essa idéia de
dois grupos.
abraços!
nevio carlos de alarcão escreveu:
Joaquim e João,
eu estava pensando alguma coisa em sintonia com tudo que você explanou.
Eu estava me questionando: nosso grupo está discutindo, vai, não vai,
xingamentos, baixaria, etc,
E se algum porra-louca vai até o cartório e registra esse negócio?
Você bem colocou que não ia adiantar muito para esse suposto
aproveitador, mas ia dar a maior confusão no nosso grupo que já não
prima pela objetividade.
Usuário:Nevinho
2009/1/27 João <jolorib(a)gmail.com <mailto:jolorib@gmail.com>>
Achei a exposição do Joaquim basicamente correta, alguns conhecem
o Jimbo pessoalmente, como o Tomas e o OS2 , outros tem status de
sysop (Porantim, Ozy, 555, Rodrigo, eu, desculpe se esqueci
alguém, é a pressa de escrever correndo no trabalho) e
burocrata(Béria), que por serem cargos eletivos sempre tem alguma
representatividade para levantar a comunidade e a Fundação contra
algum aventureiro externo a este grupo aqui, que por ventura se
apodere da marca, embora não tenham um poder formal.
João
2009/1/27 Joaquim Mariano da Costa Neto
<joaquimmariano(a)yahoo.com.br <mailto:joaquimmariano@yahoo.com.br>>
Quaisquer duas pessoas podem pegar o estatuto que apresentamos
à Wikimedia Foundation (ou escrever um novo estatuto, se assim
preferirem), imprimir três vias, assinar tudo juntamente com
um advogado, registrar a associação em cartório, entrar no
site da Receita Federal e inscrever-se no CNPJ. Pronto: terão
uma associação chamada Wikimedia Brasil.
Isso não significa que terão contato com a Wikimedia
Foundation e que celebrarão contrato com a Wikimedia
Foundation (para cessão de marcas, entre outras coisas).
A Wikimedia Foundation já tem um certo contato conosco (estou
errado?). O próprio Jimmy Wales conhece pessoalmente algumas
pessoas desta lista. Alguns de nós já trocamos e-mail com o
Mike Godwin. E imagino que o contato não se limite a esses
exemplos.
Enfim, criar uma associação Wikimedia Brasil é simples. Fazer
essa associação ser o capítulo brasileiro da Wikimedia é
completamente diferente. Se essa associação for criada por
outras pessoas (que não sejam nós), se elas estabelecerem
contato honesto e transparente com a Wikimedia Foundation, e
se a Wikimedia Foundation entender que elas são um bom caminho
e que nós somos confusos e não estamos saindo do lugar, a
Wikimedia Foundation pode muito bem reconhecer essa associação
como capítulo brasileiro e nos esquecer.
A chave da questão é a Wikimedia Foundation: ela opera os
projetos na Internet (Wikipédia, Wikcionário, etc.) e detém o
registro das marcas. Ou seja, nos projetos dela, ela permite a
participação da associação que ela quiser, e ainda cede o
registro das marcas à associação que ela quiser.
O diferencial desta lista é que, salvo engano, aqui temos
gente que participa bastante dos projetos (Wikipédia,
Wikcionário, etc.), alguns sendo inclusive administradores,
burocratas, etc. Sei que administradores e burocratas são tão
bons quanto qualquer outra pessoa: só quero apontar a
experiência dessas pessoas neste universo e um eventual
contato que elas já tenham com a Wikimedia Foundation.
Não era para este e-mail ficar grande...
Abraços,
Joaquim
PS: Os capítulos locais devem ser constituídos
preferencialmente como associações (organizações agremiativas
sem fins lucrativos). Na impossibilidade disso, devem se
configurar da maneira mais próxima a uma organização
agremiativa sem fins lucrativos.
*De:* Gustavo D'Andrea <direito(a)gmail.com
<mailto:direito@gmail.com>>
*Para:* wikimediabr-l(a)lists.wikimedia.org
<mailto:wikimediabr-l@lists.wikimedia.org>
*Enviadas:* Segunda-feira, 26 de Janeiro de 2009 16:29:11
*Assunto:* [Wikimedia Brasil] Acerca da (In)Formalidade
Olá pessoal,
Li mais um pouco da lista. Voltei para o mês de novembro de
2008, mas não consegui ler tudo de lá até aqui ainda. Depois
de ler um monte de coisas, só três conclusões apareceram,
quanto ao que há no mês de nov/2008 na lista:
- Wikimedia Brasil era o nome;
- Elitização da proposta da Wikimedia;
- O objetivo da lista é construir a Wikimedia Brasil;
Juntando isso ao que li nas discussões deste mês, compus
algumas considerações. Vamos lá.
1. A colaboração já existe. Algumas partes das discussões
parecem dizer que a colaboração só vai existir quando a tais
discussões acabarem. Mas, a realidade é que a lista Wikimedia
Brasil serviria, pelo menos em tese, para a discussão da
organização da Wikimedia no Brasil, onde estaria implícita a
sua constituição como pessoa jurídica para, então, serem
adotados esforços para a promoção da colaboração. Entretanto,
boa parte das discussões são ataques pessoais uns aos outros,
indignações e mal-entendidos... e até injúrias (aka xingamentos).
2. Mais tarde, entretanto, ficou claro que a formalização
legal da Wikimedia Brasil deveria ser postergada, para dar-se
mais ênfase a discussões e atitudes colaborativas de fato. Por
isso, alguns membros da lista dão prioridade a encontros,
discussões e edições, afastando-se um pouco de formalizações
sem o devido amadurecimento. Outros, no entanto, se concentram
na parte mais formal, em definir significados para poder
colaborar com mais... formalidade (soou meio redundante, mas
tudo bem).
3. O que entendo disso tudo? As opiniões divergentes, as
tensões, e o brados ofensivos que estão registrados na lista
mostram um lado positivo da coisa. Mostra e confirma que aqui
no Brasil temos um potencial gigantesco de promover o
conhecimento livre, com ou sem Wikimedia. Talvez por isso as
discussões tenham se direcionado para a não formalização legal
e, até mesmo, para o uso de algum nome diferente para esse
agrupamento de iniciativas brasileiras. Isso é muito positivo,
porque tira de cena a impressão de subordinação das
iniciativas brasileiras a uma instituição como a Wikimedia (eu
disse "impressão", o que não quer dizer que haja alguma
subordinação de fato).
4. Assim, sendo WikiBrasil (ou algum outro nome que venha a
ser dado para essas iniciativas brasileiras), talvez fique
mais interessante "intermediar" a atuação da Wikimedia no
Brasil, em vez de simplesmente representá-la. Se, com isso, a
Wikimedia resolver voltar atrás e desaprovar o capítulo
brasileiro (aprovado mas não criado), então permanecerá a
WikiBrasil assim mesmo.
5. De qualquer forma, eu ainda acho meio vago o processo de
relacionamento brasileiro com a Wikimedia Foundation. Qual é o
canal de contato com eles? E o que impede de algum grupo ou
subgrupo tomar a frente, relacionar-se mais de perto com a
Wikimedia e criar uma pessoa jurídica da noite pro dia,
fundando assim a Wikimedia Brasil? É certo que os membros
dessa lista tem grande capacidade de se empenhar em argumentos
para que nada seja feito sem que todo o grupo se alinhe. Mas
alguém pode argumentar em cima da desorganização e da injúrias
para desqualificar todo mundo, tomar a frente e fundar a
Wikimedia Brasil. Ninguém pensou nisso?
OBS. 1: Opa! Como estou escrevendo isso alternadamente com a
leitura de um monte de coisas na lista de discussão, acabei de
ver que o Nevio perguntou exatamente sobre o tema acima. Ele
perguntou: "Se, hipoteticamente,
um grupo de pessoas, à margem dos três ou quatro ou uma dezena
de editores mais ativos daqui (eu incluído), resolvesse se
organizar e instituir a
Wikimédia Brasil, o que poderia acontecer?". Resposta:
poderiam usar de muito argumentos e de uma atitude bem mais
organizada e, certamente, conseguiriam criar a Wikimedia
Brasil. Isso poderá acontecer especialmente se alguma empresa
ou fundação já existente tiver vontade de fazer isso. Mais
tarde, o Argenton falou da falta de recursos para suportar
processos legais e movimentação montária. Isso é mais um
argumento que pode ser usado por instituições já existentes e
que tenham fundos, para criar a Wikimedia Brasil
independetemente da atuação e/ou concordância desta lista.
OBS. 2: Mais considerações sobre riscos da não formalização
jurídica. Bom, a não formalização jurídica não significa,
necessariamente, uma ausência de formalização de fato. O Poder
Judiciário serve para resolver litígios, como todos sabem.
Pode, então, surgir um litígio que envolva algum participante
do grupo, com relação a alguma atuação sua nos projetos
promovidos pelo grupo. O grupo existe. Essa existência não se
deve à existência dessa lista de discussão. Essa existência se
deve ao relacionamento de algumas pessoas do grupo com pessoas
jurídicas. Então, queiram ou não, já existe uma hierarquia
aqui dentro. Os curiosos e os colaboradores estão aqui
discutindo e aprendendo. Mas há também os que estão se
relacionando diretamente com a Wikimedia, com a imprensa, com
outros projetos etc. Quer dizer, há grande risco para essas
pessoas de incorrem em litígios societários e, até mesmo,
trabalhistas. Não se prendam aqui em "quem ganharia a ação".
Só pensem no seguinte: se numa lista de discussão pública as
injúrias correm livremente, imagino que não seria nada difícil
que processos possam vir a ser abertos contra essas pessoas
mais destacadas do grupo, ou mesmo contra a Wikimedia Brasil
que não existe, mas pode ser considerada existente, caso venha
a ter efeitos jurídicos no mundo dos fatos.
E, repetindo: não ficou claro como a Wikimedia pode (pôde)
aprovar o capítulo brasileiro. Não ficou claro isso quanto a
como foi o contato, e quem mantém o contato com a Wikimedia.
Quem está mantendo o contato com a Wikimedia é que está na
cabeça da administração da criação do capítulo brasileiro. Se
o processo não continuar (como penso ser a expectativa da
Wikimedia Foundation), facilmente a bola será passada para outros.
Vejo que tem um problema quanto a isso também, porque o esboço
do relatório 2008 tem reticências no lugar do nomes dos
"volunteers behind that request". Aliás, acho que o esboço do
relatório 2008 sobre a (não) criação do capítulo brasileiro
poderia expor que, para nós, não ficou claro o tipo de
organização legal é requerida pela Wikimedia Foundation, e
falar também que as discussões se voltaram para as dúvidas a
respeito da possibilidade de a Wikimedia ser promovida por um
grupo informal. E acho que seria interessante para todos nós
destacar pontos positivos do nosso ordenamento jurídico. Pelo
que está escrito ali, parece até que o ordenamento jurídico
brasileiro Brasil é totalmente podre e insanável. Então, se
ninguém - à parte do grupo - quiser fundar a Wikimedia Brasil,
ainda haverá o risco de revogarem a autorização de criação do
capítulo brasileiro.
6. Agora, uma pergunta: quem teve a idéia de trazer a Wikmedia
pro Brasil, e porque isso seria importante? É só uma pergunta
para saber se essa criação teria alguma relevância. Pergunto
isso, porque o tempo, pessoal, o tempo e a energia de todos
está se consumindo.
7. A par disso tudo, alguém deveria pensar em criar um blog
para que funcione como um canal inicial para aqueles que
querem participar e não sabem como começar. Eu mesmo, que
gosto de wiki e de listas de discussão, ainda não estou com a
devida facilidade de lidar com essas ferramentas. Um blog
ajudaria a organizar os pensamentos, acho. E também ajudaria a
imprensa, a mídia a compreender o que se passa, o que ajudaria
também na divulgação.
8. Outra coisa, o Porantim falou sobre o uso do termo "wiki".
Pergunto pra ele se seria o caso de pensar uma comunidade mais
ampla relacionada com o tema (tb mais amplo) da propriedade
intelectual.
9. Uma explicação adicional: o que estou buscando, dentro de
todos esses assuntos, é me familiarizar com as formas
possíveis de colaboração, porque em breve lançarei a
Forensepédia, uma iniciativa direcionada para o fluxo de
informação jurídica na internet. Em outras palavras, participo
das discussões primeiramente para aprender. As considerações
que venho fazendo sobre formalização são contribuições que
acredito estar fazendo para as discussões e que, espero,
possam servir na questão da difusão do conhecimento no Brasil
e no mundo.
"TINLA" (This is not legal advice).
Abraços.
Gustavo D'Andrea
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