2011/3/4 Rodrigo P. rodrigopissardini@gmail.com:
Luis Fernando,
Concordo plenamente com o que disseste, mas considerando-se que a WMBr deve representar as comunidades da Wikimedia Foundation, se o processo trouxer membros dos projetos ou que deixaram o esquema mutirões por não concordar com os objetivos, acredito que um bom objetivo já foi alcançado. Eu não vejo problema no esquema dos mutirões, mas o caráter de grupo de colaboradores e usuários dos projeto wikis já está descaracterizado há muito tempo. Se há outro grupo que quer resgatar este perfil, o caminho é fazer o que a Béria fez. Porém não vejo dificuldades dos dois grupos montarem projetos e metas unificadas. O problema aqui é que pessoas de visões diferentes não estão conseguindo uma conciliação. É o mesmo problema de partidos políticos que preferem olhar para os próprios umbigos do que montar uma agenda comum para um bem maior.
Eu não estou nem de um lado nem de outro. Não vejo problema em querer criar uma entidade pessoa jurídica para se adequar ao processo atual de reconhecimento oficial, mas também não acho que seja algo essencial. Minha crítica é quanto ao modo que se está tentando criá-la. Me parece um meio artificial. Que importa ter em 2 dias 6 interessados inscritos, quando significa apenas que essas pessoas pensaram "isso aí é uma boa idéia" sem se comprometer em ajudar? Para mim uma única pessoa que apesar de tudo já desenvolve as atividades pressupostas de um capítulo vale mais do que 50 interessados que não as desenvolvem.
Claro que envolver as comunidades dos projetos é benéfico e desejável. A fundação e, consequentemente, os capítulos só tem sentido de existirem em função dos vários projetos. O problema é ir buscar apoio *paralelo*, desprezando e pondo de lado os membros que já exercem esse tipo de atividade, simplesmente por uma discordância pessoal. Mesmo com algum apoio de *membros* das comunidades dos vários projetos a iniciativa de criar um capítulo legal, como está sendo tentada, continua sendo externa e, portanto, artificial. Se na comunidade da wikipedia, por exemplo, na qual as decisões e a hierarquia surgem internamente já há tantos problemas, imagina uma comunidade que surge por iniciativas externas.
Esse tipo de interferência só desestabiliza toda a comunidade já existente.
Não é possível alguém criar uma comunidade na marra, como a Béria está tentando. Comunidades se criam sozinhas, o que se faz externamente é dar incentivos, orientação e estrutura necessários para sua criação, expansão e manutenção, como a WMF está fazendo, entre outras coisas, ao contratar a Carol.