Os delegados são uma questão de custo e logística. É inviável trazermos 10 voluntários da Argentina, 8 do Chile, 6 da Venezuela... Se trouxermos dois de cada lugar, é natural que do Brasil participem dois, como delegados (nas discussões do grupo), para não criar um "peso indevido" em assuntos de interesse unicamente do Brasil. Imaginem a discussão sobre o escritório da WMF, por exemplo. Se cada um de nós for falar o que acha, perdemos facilmente uma manhã com esse assunto, que pouco interessa a outros grupos, entende? E sobre outras questões de interesse dos demais, nossas opiniões podem dar uma falsa ideia de maioria. Há várias decisões simples que são tomadas a partir das opiniões dos presentes e definidas por votação ou consenso. O texto a ser enviado à imprensa, os nomes de projetos, grupos de discussão de temas específicos, prazos, canais de comunicação, etc. Com todos os seus defeitos, é o grupo de discussão mais democrático que já participei. Se não houver limite por grupo, tudo o que fosse aprovado seria resultado de uma visão bem brasileira, que pode não ser a predominante em outros lugares. Vamos reconhecer que nós não aceitaríamos isso se nós não fôssemos a sede, não é mesmo? Como vocês se sentiriam em saber que todas as sugestões chilenas foram aprovadas por maioria, mesmo quando nós e todos os outros países eram contra? Eu me sentiria trapaceado e diria que não precisavam nos convidar para fazer papel de bobo.
Então essa é uma forma de preservar a diversidade do grupo, de garantir espaço democrático e aberto não só para o país sede, que tem mais facilidade de enviar voluntários, mas para os visitantes também. Esse formato permitiu que nós tivéssemos bastante abertura para conversar sobre nossas questões e tirar todas as dúvidas, que não eram dúvidas dos argentinos, cujo capítulo já está criado.
Por outro lado, nada impede que façamos uma desconferência em uma sala adjacente, com os voluntários que estiverem ajudando com o evento, em qualquer número (a depender do custo). Isso me parece uma ótima ideia. Até poderíamos criar um espaço no programa para apresentar o resultado desses debates para o grupo do Iberocoop no último dia, por exemplo. E nessa hora os dois grupos teriam um tempo para conversar sobre os temas que surgissem ali.
CB
On 26-11-2011 13:53, Rodrigo Tetsuo Argenton wrote:
Sabe, acho que é muito estranho essa coisa de representantes
O responsável por isso, o delegado disso, o delegado daquilo.
Poderíamos mudar o como discutir, porque Brasil sempre foi beta, acho que o modelo de desconferência que aplicamos em 2009 muito válido, abre para o grande público uma mesa de discussão para levantar os pontos comuns, depois as pessoas se autorganizam dentro de tópicos que elas sugerem, discutem e em um segundo momento abre os pontos discutidos para todos.
Porque, dessa forma as pessoas que têm interesse em um tópico discutem entre elas e se alguém tiver argumentos depois, pode acrescer. É o segundo, o modelo não precisa ser engessado e temos 3 dias para discutir, se não pegarem o busão.
Sobre o peso se tiver mais voluntários de um país ou de outro... sempre terá diferença de pesos, sempre terá alguém com mais conhecimentos naquele tópico e mais vivências que outros, sempre terá a pessoa mais desinibida, mais eloquente, então não será o número de pessoas que interfira no tópico, e sim que está defendendo.
Já acho megaerrado ter 4 pessoas de cada país com acesso à lista, acho muuuito pior tem 2 de cada país com voz. É complicado ter muitas pessoas discutindo um assunto, sim, é complicado, mas há modelos que podemos testar. A gente é um grupo que incentiva a produção colaborativa, vamos nos lembrar disso.
-- Rodrigo Tetsuo Argenton rodrigo.argenton@gmail.com mailto:rodrigo.argenton@gmail.com +55 11 7971-8884
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