O autor é uma coisa, mas quem ganha dinheiro com
a arte não são os
artistas. Nunca são.
Quem ganha dinheiro com música são as gravadoras. Quem ganha dinheiro com
livro são as distribuidoras (nem o autor, nem a editora, nem a gráfica, nem
a livraria). Seu argumento é lógico, mas parte de pressupostos que não são
deste mundo.
-- Porantim
2009/4/2 Ademar Varela <ademar.varela(a)me.com>
Mas se você está liberando os SEUS direitos autorais, é uma ação
somente sua, você não pode querer que todos os
autores pensem igual a você.
Sou simpatizante da sua idéia, acho que seria o ideal mesmo, mas os direitos
dos demais devem ser respeitados e não subjulgados pelas nossas vontades. Se
os demais autores querem receber pelo conhecimento (ou a arte) deles, eles
tem esse direito, por mais mesquinho que isto possa parecer.
Ademar Varela iPhone Developer - mindbike
019-9366.2247
ademar.varela(a)me.com
On Apr 2, 2009, at 8:10 AM, Rodrigo Pissardini <
rodrigopissardini(a)gmail.com> wrote:
Acredito que depois destas opiniões um tanto divergentes, deva ser
seguida a regra de "cada um apoie o que quiser, mas a organização em si
mantenha-se neutra". Explico o porquê disto: como alguns já sabem desta
lista sou defensor do "Pacto Social", isto é, as regras são estabelecidas
entre as partes, ou pelo detentor do direito, e quem não quiser, vá para um
lugar onde o pacto não atue. Esta lei não irá contra o que é disponibilizado
em GFDL, CC ou qualquer licença livre: aqueles que trabalham com elas podem
continuar trabalhando. A lei vai contra o uso comercial de conteúdos cujos
autores optaram por manter em direito reservado, e que é um direito deles
também. Oras, eu posso ter projetos que libero ao público, outros não, e não
sou obrigado a fazer sempre um ou sempre outro. Agora se a lei está bem
escrita ou não é outra coisa.
Eu sou partidário de que não deveria existir direitos autorais de
espécie alguma, e sim que todos pudessem compartilhar à vontade. Então
pessoalmente sou contra esta lei, assim como sou contra religião e qualquer
forma de governo. No entanto, dentro do "Pacto Social" que vivemos, se as
regras do jogo permitem a alguém usufruir financeiramente da sua criação, a
lei deve coibir qualquer tentativa de fraudar este direito. Ir contra esta
lei é justamente permitir um pequeno grupo de colaborar e trocar conteúdo
para "consumo próprio", e um grande grupo de fraudar e LUCRAR sobre o
trabalho alheio sem trabalho algum.
Atenciosamente
Rodrigo
2009/4/2 Porantim < <porantim@gmail.com>porantim@gmail.com>
> *"Pessoalmente, acho ruim apoiar a pirataria oficialmente pq ela é
> contra lei"*
>
> Hmmm... Em verdade, beijar em público é contra a lei no Município de
> São Paulo...
>
> Não há nada de errado em apoiar algo que hoje é ilegal ou se posicionar
> contra uma lei. São esses posicionamentos que levantam as discussões e que
> fazem as leis mudarem.
>
> Especificamente sobre esse assunto, o Eduardo Azeredo é um bandido,
> mafioso, canalha. Segundo consta, foi quem "inventou" o mensalão
("cedeu" a
> presidência do PSDB ao Jereissati por conta da "imagem pública" que isso
> trazia).
>
> Ele propõe esse tipo de lei por lobby dos bancos (o Bradesco é um de
> seus maiores financiadores). Um dos objetivos é obrigar as pessoas a se
> identificarem (com e-CPF ou o que for) toda vez que acessarem a net, o que
> diminuiria absurdamente o risco que os bancos têm com as transações online.
>
> É sabido que ele é candidato ao governo de MG, por isso precisa
> "apoiar" seus patrocinadores (pra ter grana pra fazer campanha).
>
> -- Porantim
>
>
>
>
>
> 2009/4/2 Gustavo Barrientos Duran < <ggustavo.1984(a)gmail.com>
> ggustavo.1984(a)gmail.com>
>
> Achei meio estranho esse "90% construída de forma errada". Mesmo pq
>> acho mta presunção sair dizendo isso (-e olha q a lei de imprensa,
>> que
>> rege parte de minha profissão, é de 1968 ).
>> Qto as nos posicionarmos, como grupo, vejo os mesmos problemas
>> apontados
>> pelo Pissardini.
>> Pessoalmente, acho ruim apoiar a pirataria oficialmente pq ela é
>> contra
>> lei (e apoiar que m apóia ela também é difícil). Por mais injusta que
>> ela seja, não dá para infringir. Imagina se as pessoas infringissem a
>> lei sempre que pensassem nesse sentido. Tem q tentar mudar isso sim.
>>
>> De certa forma concordo com Ademar de que essas empresas deveriam se
>> adaptar. Mas tenho quase certeza q não vão fazer isso, pois é difícil
>> largar o osso - ainda mais o de uma das indústrias mais lucrativas q
>> se
>> tem...
>> Mas... bem minha opinião sobre isso não está totalmente formada..
>> abs
>>
>> Gustavo D'Andrea escreveu:
>> > Pessoal,
>> >
>> > Rodigo, você escreveu: "A Lei, como 90% das leis nacionais foi
>> > construída de forma errada, o que deveria se fazer é incentivar a
>> > produção livre.".
>> >
>> > A verdade é que não tem lei nenhuma. Não existe "lei Azeredo".
>> Existe
>> > "projeto de lei Azeredo". Ela pode até estar sendo construída de
>> forma
>> > errada. Mas ainda não foi terminada. Há diversas formas de a
>> população
>> > participar das discussões e tentar entender e fazer com que a lei
>> seja
>> > mais justa para todos.
>> >
>> > Da minha parte, estou oferecendo um caminho concreto: o
>> > desenvolvimento de um verbete na Forensepédia. Pelo menos duas
>> coisas
>> > boas esse verbete tem: a possibilidade de explicar realmente a lei,
>> já
>> > que se trata de um verbete enciclopédico, e permitir a discussão, na
>> > aba de discussão (já que se trata de uma wiki). Na medida em que as
>> > pessoas colaborarem nas discussões em torno de um projeto de lei,
>> > através da Forensepédia, mais tomará força o princípio
>> constitucional
>> > do poder que emana do povo.
>> >
>> > <http://forensepedia.org/wiki/Lei_de_crimes_cibern%C3%A9ticos>
>>
http://forensepedia.org/wiki/Lei_de_crimes_cibernéticos
>> > < <http://forensepedia.org/wiki/Lei_de_crimes_cibern%C3%A9ticos>
>>
http://forensepedia.org/wiki/Lei_de_crimes_cibern%C3%A9ticos>
>> >
>> > Abraços!
>> >
>> > Gustavo D'Andrea
>> >
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Rodrigo de Sousa Pissardini
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