Thomas, respondendo:
*. Qual seria um entendimento adequado para "desenvolvimento harmonioso da humanidade"?*
Não sei, você é que escreveu a frase. Pra mim, a humanidade só se desenvolverá harmoniosamente com o fim da exploração do homem pelo homem, com o fim da propriedade privada dos meios de produção, e o planejamento da produção visando sanar todas as necessidades humanas, o que terminaria com a necessidade de Estado. Mas acho que isso é ir muito longe pros objetivos deste grupamento.
. *Como melhor definir "independência e autonomia"? *
A mensagem anterior dá uma luz nesse sentido.
*. Deve-se estabelecer relações financeiras com empresas e com o Estado?*
Depende do tipo de "relações" (sem trocadilhos). A mensagem anterior também explicita o que penso nesse sentido.
*. Como definir uma articulação de forma descentralizada?*
Também é frase sua. O que quer dizer com isso?
Pra mim, tendo a concordar com a posição que têm se formado nesta lista: a não necessidade de registro formal.
*. Deve-se estabelecer alguma ressalva para acolher qualquer pessoa?*
Nesse ponto digo: sim. Se é uma carta de princípios, para se juntar a esses princípios é preciso concordar com eles.
*. Deve-se restringir a liberdade de acesso apenas ao conhecimento criado colaborativamente? * *. Podemos participar de iniciativas que procurem alterar a legislação de direitos autorais?*
As duas perguntas tem uma só resposta: para mim, devemos deixar claro que queremos a liberdade ao acesso a todo qualquer conhecimento. Nesse sentido, devemos nos unir a iniciativas como a Carta de São Paulo pelo Acesso a Bens Culturais http://stoa.usp.br/acesso do GPOPAI (que alguns aqui já assinaram) ou o Scielo http://www.revistasusp.sibi.usp.br/scielo.php, da USP.
*. Qual posição podemos adotar sobre "acesso" ao conteúdo por pessoas com necessidades especiais?*
Por exemplo, tecnologia para um cego ler um livro, usar internet, etc, há faz tempo. Não podemos nos furtar a lutar por isso e apoiar iniciativas nesse sentido.
Outro problema grave da proposta é o título. Ora, há um movimento forte nesta lista de que não seremos uma "entidade", mas um movimento. Isso, claro, descarta o "Wikimédia Brasil" no início.
Gosto do "mutirão", mas diria "Mutirão pela liberdade do conhecimento". Até acho que esse deveria ser o nome deste agrupamento que se forma. O que acham?
-- Porantim
2008/12/8 Thomas de Souza Buckup thomasdesouzabuckup@gmail.com
Permanece em muitos de nós desta lista "o sonho de unir" ao invés de da "iniciativa de afastar". Dentro deste contexto, acredito que as discussões aqui poderiam ser ainda mais proveitosas se contássemos sempre com "vontade de construir".
Particularmente, acredito que seria mais construtivo se substituíssemos críticas e afirmações como "não explica", "é genérico", "não está claro", "texto é vazio de sentido" e "não define o que deveria definir" por sugestões de alterações, como por exemplo "acho melhor..." ou mesmo conteúdos completamente novos.
Concordo que ainda será "necessário explicar" muita coisa. Perguntas são muito bem-vindas e respostas também. Aproveito para pedir ao Porantim que compartilhe suas próprias respostas às perguntas enunciadas em sua mensagem (resumo abaixo), abrindo assim espaço para construção e não somente questionamento:
. Qual seria um entendimento adequado para "desenvolvimento harmonioso da humanidade"? . Como melhor definir "independência e autonomia"? . Deve-se estabelecer relações financeiras com empresas e com o Estado? . Como definir uma articulação de forma descentralizada? . Deve-se estabelecer alguma ressalva para acolher qualquer pessoa? . Deve-se restringir a liberdade de acesso apenas ao conhecimento criado colaborativamente? . Podemos participar de iniciativas que procurem alterar a legislação de direitos autorais? . Qual posição podemos adotar sobre "acesso" ao conteúdo por pessoas com necessidades especiais?
Considero que seria uma boa oportunidade para que o Porantim, se possível, também compartilhasse conosco um pouco mais sobre si mesmo, ou pelo menos seu nome verdadeiro, aumentado o nível de transparência deste diálogo. No entanto, a possibilidade de se manter incógnito deve ser sempre assegurada a qualquer indivíduo desta lista.
Aproveito que a discussão prosseguiu enquanto escrevia esta mensagem para pedir à Béria que compartilhe conosco uma proposta de texto que julgue estar mais alinhada aos seus comentários, descrevendo: . O que acreditamos e o que não abrimos mão . Posicionamentos principais e valores inegociáveis
Apenas fiz uma primeira sugestão de texto para ajudar que a discussão pudesse avançar construtivamente, mas certamente a Béria e o Porantim podem começar do zero, caso assim tenham preferência.
Abraços,
Thomas
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