Caras e caros,
li recentemente um artigo escrito pelo Imre Simon em parceria com Miguel Vieira e gostaria de compartilhar com vocês por entender que se relaciona bem com o debate atual sobre modelo de gestão de nossa "organização social". Claro que o ideal é que leiam o artigo completo, que não é grade e é de fácil leitura, mas, para aqueles que não dispõe de muito tempo, cito abaixo uma parte das que acho mais relevantes e que melhor se relacionam com nosso debate atual. Este trecho foi retirado das páginas 13/14
O artigo completo pode ser encontrado em: http://www.ime.usp.br/~is/papir/RNR_v9.pdf - "*Rossios Não Rivais*"
"*Em segundo lugar, embora já tenhamos um aprofundamento razoável nos estudos sobre a governança dos rossios rivais, estamos longe de dizer o mesmo em relação aos rossios não-rivais. Como vimos, esses rossios têm naturezas diferente, e apresentam problemas e dilemas diferentes. Os conhecimentos acumulados sobre a governança dos rossios rivais ajudarão, mas é certo que não será possível simplesmente transferir esses conhecimentos para os rossios não-rivais. Como vimos, a escassez é um fator determinante para governar os rossios rivais, e portanto a extensão da comunidade a que podem servir é mais limitada; nos não-rivais, ao contrário, uma vez que os bens foram produzidos, é viável possibilitar que comunidades muito maiores usufruam dele. Isso talvez implique que a governança dos rossios não-rivais terá um caráter político bem mais amplo. É certo, de qualquer forma, que será necessário aprofundar o nosso entendimento das características e contradições específicas dos rossios não-rivais.
Por fim, em terceiro lugar, vale lembrar que outro desafio a ser enfrentado na esfera política é o da convivência entre os rossios não-rivais e a propriedade privada. Se a opção entre ambos é colocada como binária e excludente, torna-se muito difícil chegar a soluções aceitáveis. É mais provável que seja necessário avaliar e discutir cuidadosamente quanto e onde se quer rossio, e quanto e onde se quer propriedade privada; onde é possível que convivam com sinergia, e onde um e outro tenderão a excluir-se ou substituir-se mutuamente. A tarefa não é fácil, e está apenas começando.*"
Abraços,
Diego R. O.
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