(cross-posting WMBR e WMPT Mailings list)
*Ajudei a criar o Wikinews em Esperanto. Fiz a proposta, respondi os questionamentos, aguardei por dez meses e o projeto foi criado. Nossa ideia para lançamento era divulgar a estudantes de jornalismo que são associados a instituições esperantistas. Conversei com alguns deles e acharam ótimo. Disseram que cobririam eventos para o projeto. Só precisariam que a Wikinews fornecesse uma carta de apresentação para que eles pudessem obter credenciais para entrada em eventos e áreas restritas a jornalistas. Essa carta poderia ser assinada por um chapter, mas não por mim, lógico. A ideia ficou em stand-by.
Meninos e meninas (da WMPT) - que acham da ideia de sermos nós a dar a "carta" necessária ao projecto em Esperanto? Como falta um "chapter-no-sentido-estrito-do-termo" no brasil, e o Esperanto é uma lingua artificial (nenhum chapter vai ser "responsavel" por ela nunca) acho que podiamos faze-lo, que acham?
Castelo, podia dizer exactamente o que seria necessário? E se uma carta feita por um chapter em Portugal (se calhar precisaria ser um chapter no local do acontecimento) ajudaria de alguma forma? _____ *Béria Lima* http://wikimedia.pt/ (351) 925 171 484
*Imagine um mundo onde é dada a qualquer pessoa a possibilidade de ter livre acesso ao somatório de todo o conhecimento humano. É isso o que estamos a fazer.***
No dia 15 de Março de 2011 09:49, CasteloBranco < michelcastelobranco@gmail.com> escreveu:
Em 15/03/2011 03:52, Alexandre Hannud Abdo escreveu:
Então fica a pergunta, você tem alguma experiência concreta de dificuldade de colaboração institucional para compartilhar e pensarmos juntos? Será que realmente é necessário um capítulo? Será que ao contornar essa necessidade não acabamos por envolver mais parceiros a multiplicar a influência dos mutirões?
Sim, algumas.
Recentemente, ajudei a promover uma ação relâmpago de incentivo à edição na Wikipédia em Esperanto. Convidamos pessoas pelo twitter, listas, etc. para editar em 2 artigos, no dia do aniversário da Wikipédia. Como prêmio, enviei dois livros, obtidos por doação de uma associação local. A ação deu certinho, porque foi curta, de um único dia. Comecei a pensar em ações maiores. E se fizéssemos por um mês inteiro? Uma organização eslovaca fez isso recentemente com os 1000 artigos essenciais no mês de aniversário da WIkipédia esperantista e naquele mês, fomos a Wikipédia que mais cresceu. Ela distribuiu prêmios para 25 pessoas (recebi um DVD). Se fôssemos replicar a experiência, não teríamos recursos. Não posso acabar com o acervo deles distribuindo em brindes. Vários associados manifestaram que gostariam de participar por doações, perguntaram-me o número da conta, mas pegava muito mal uma ONG fazer tais doações para... um voluntário da Vikipedio. A ONG não pode fazer ela mesma a doação por respeito aos seus próprios sócios. Não é objetivo dela (digo como organização, no Estatuto) promover a Wikipedia. Teria que justificar para o Conselho Fiscal o uso de sua conta para finalidades alheias, e registrar no Diário, Razão, Balancete, DRE... A ideia ficou em stand-by.
Ajudei a criar o Wikinews em Esperanto. Fiz a proposta, respondi os questionamentos, aguardei por dez meses e o projeto foi criado. Nossa ideia para lançamento era divulgar a estudantes de jornalismo que são associados a instituições esperantistas. Conversei com alguns deles e acharam ótimo. Disseram que cobririam eventos para o projeto. Só precisariam que a Wikinews fornecesse uma carta de apresentação para que eles pudessem obter credenciais para entrada em eventos e áreas restritas a jornalistas. Essa carta poderia ser assinada por um chapter, mas não por mim, lógico. A ideia ficou em stand-by.
O Congresso Brasileiro de Esperanto 2012 ocorrerá em janeiro (daqui a uns 10 meses), e há estandes à venda para fins comerciais e uns poucos serão disponibilizados gratuitamente, mediante contrato a ser firmado entre a organização que promove o evento e a organização responsável pelo estande sob determinadas condições que, acho, atendemos. Ser responsável significa um monte de coisa, como responder judicialmente por mau uso, por exemplo. É uma concorrência, tipo uma licitação, mas não se baseia em tomada de preços, e sim em atendimento de algumas condições. E isso não pode ser feito com pessoas físicas. Um chapter poderia concorrer, mas não eu, logicamente. Ainda em stand-by. Há a possibilidade de participar em estandes dos outros, mas é péssimo não poder se planejar com relação ao uso do espaço, horários, qtde de pessoas, estratégias, recursos, custos, etc.
Tem uma série de eventos ocorrendo e há um bom material produzido para divulgação neles. Conheço várias pessoas que contribuem, vez ou outra, para a produção, impressão e distribuição de material de interesse, como cartilhas para o último Congresso Brasileiro dos Estudantes de Letras. Temos os recursos de impressão de material da wiki, via PediaPress, que sai a preços razoáveis, especialmente se comprados em quantidade. Mas isso envolveria captar durante um tempo (um mês?), adquirir depois e guardar um estoque em algum lugar, até ir distribuindo nos eventos. Não me sinto nem um pouco confortável em pedir depósito na minha conta, qualquer que seja o projeto. Se for uma ONG, novamente isso acaba bagunçando a prestação de contas deles. Se fosse um chapter, estaria dentro do escopo. Estou tentando fazer isso por meio de uma livraria privada de um de nós. Mas é um incômodo enorme, pedir favor e ainda expor alguém à confiança/desconfiança públicas. A ver qual a melhor forma de tratar. Em stand-by.
Tem mais, envolvendo Wiktionary, Wikiquote, Wikisource, Wikibooks e Commons, mas vou ficar por aqui. No fim do ano passado, fiz um plano de ação que incluía todos os projetos em Esperanto. As ações têm sido mais bem recebidas do que o imaginado, vários bons resultados vieram, mas sempre esbarro nessa questão da informalidade (se não gostou de "falta de representatividade", estou buscando outro termo). Enfim, sinto falta da possibiliade de captar recursos de maneira transparente e ética para realizar projetos com caráter institucional. Um outra opção, como já citei, seria por meio de instituições parceiras. A discussão tem avançado, e se a organização que reúne todas as associações esperantistas do Brasil pudesse atuar em caráter institucional (legalmente, por meio de acordo com a WMF) eu poderia, como sócio, pedir uma alteração de Estatuto que permitisse essa questão financeira. Teria de conversar com as pessoas, convocar assembleia e passar na votação. Vai dar trabalho, mas criar um chapter também vai dar, então...
Abração
Castelo
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