Abdo,
esse problema sobre a demanda da comunidade me parece mais problemático no "sul global". Vemos bugs abertos por nós há anos, mas o foco parece ser na solução de problemas da comunidade anglófona. Algumas soluções poderão nos ajudar, mas nem todas. Como ser ouvidos pela organização nesses casos? Talvez num futuro não muito distante, se a tecnologia do site não for ultrapassado ao ponto dele morrer e ser substituído por outro, quem sabe não haverá uma organização no Brasil com um grupo técnico que atenda as demandas desse público específico? De modo análogo para grupos de outras línguas.
Já sobre o termo "global south", confesso que ele me incomoda um pouco também. Mas eu não tenho uma proposta concreta para um termo. Recentemente conversando com a Anasuya, ela disse que acha o termo melhor que "países em desenvolvimento" (um que eu usava até então), argumentando que eram países em desenvolvimento rumo a que, rumo aos ditos desenvolvidos atualmente? Durante a conversa ela usou um termo que achei interessante, o de "ex-colonizados". Acho que dá para melhorar bastante o verbete abaixo
http://en.wikipedia.org/wiki/North%E2%80%93South_divide
Bem, na página de discussão do texto há gente questionando ele
http://meta.wikimedia.org/wiki/User_talk:Sue_Gardner/Narrowing_focus#Global_...
Talvez um povo da WMF pegue termos como esse como em relatórios da ONU - outro dia reclamei do termo e ouvi isso como justificativa.
Tom
2012/10/19 Alexandre Hannud Abdo abdo@member.fsf.org:
Ni!
Também gostei do texto, acho que ela tem boas razões para suas colocações.
O problema do programa de fellowships é que ele era muito orientado para os interesses da própria fundação, ou pior, das pessoas dentro da fundação que o gerenciavam - aliás, o controlavam. Era muito mal planejado, mal auditado, e gerido sem participação da comunidade e muito pouca transparência. Aí até por falta de atenção ou entendimento da própria Sue.
Já o programa de Grants faz muito bem em todos esses aspectos, e é o que a Sue está propondo preservar e estimular, portanto é um bom sinal de compreensão dela do que se passa.
E enfim, se vão fazer falta algumas ações da WMF, isso também pode abrir espaço para o movimento atuar mais autonomamente.
Aliás, Rodrigo, é perfeitamente possível transformar a sua proposta de Fellowship num grant. Tem vários grants com recursos alocados para pagar posições temporárias.
Também concordo que melhorar o software é prioridade zero. Há muita demanda da comunidade não sendo sequer considerada, para solucionar problemas básicos existentes há anos, e isso é péssimo.
Já o foco na Wikipédia é um problema recorrente, assim como o uso de termos imperialistas como "Global South". Mas, sobre o foco, ela está respondendo à board sobre uma proposta de redução de ações, e como praticamente todas as ações existentes focavam na Wikipédia, não dá pra ela falar de outra coisa.
Abraço, l e
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