Pessoal
o jornalista Murilo Roncolato, do Link-Estadão, me procurou para fazer uma matéria que inicialmente seria sobre "um ano do escritório da WMF em SP". Ficamos de marcar uma entrevista pessoalmente quando fosse a SP, mas ele pediu pra falar informalmente por telefone, só para se situar, porque respondi que, como havia explicado a uma colega dele no Link outro dia, havíamos mudado algumas coisas na abordagem e a premissa de "um ano de escritório da WMF no Brasil/SP" era falsa.
Ele me ligou hoje, para esse papo informal, e esclareceu que a matéria havia sido antecipada (eles devem fechar na sexta) e o telefonema informal virou entrevista final.
Passamos 1h30 no telefone e ele parecia estar meio a par de bastante coisa, mas um pouco confuso sobre como as coisas funcionam também.
Ele me fez muitas perguntas sobre Wikimedia Brasil, Associação Pietro Roveri e tal e disse que ele deveria entrevistar voluntários sobre isso. Expliquei algumas coisas, de forma de didática, mas disse que não poderia falar em nome dos voluntários nem da associação.
Expliquei também que muitos de vocês gostam de trabalhar com respostas coletivas (ele disse que isso é difícil pra jornalistas, mas quer entrevistar um de vocês).
Ele sabe (por *off)*, que a tal matéria publicada por eles havia gerado ruídos.
Ele me perguntou se nós iríamos fazer a parceria com a Associação Pietro Roveri (perguntei se ele havia lido algo sobre e ele disse que não (!)). Expliquei que chegamos a listar a associação entre as possíveis e aventar a possibilidade, mas a essa altura tem um processo que está correndo da associação (de registro e reconhecimento pelo Affcom) e que aguardaríamos isso.
Ele me perguntou se eu havia estimulado/influenciado os voluntários a criar a associação. Respondi que não, que essa discussão vinha de anos e anos (muito antes de eu ser contratada) e que vocês decidiram por si só. E que eu, como WMF, nunca fiz isso também. Mas respondi também que, como pessoa física, eu estava lá e participei do ato de fundação. E ainda que, por meu histórico de ser associada a várias outras associações, sempre achei que, se fosse a vontade da comunidade tocar uma ação coletiva, tratava-se de um recurso importante pra organização de projetos e ações - embora o movimento e os voluntários tivessem feito projetos e ações por anos sem associação formal. Ele insinuou que não deveria ser coincidência a fundação da associação e o documento de Narrowing Focus da Sue Gardner. Eu respondi que, sim, era coincidência. que TALVEZ a ideia de um escritório aqui pudesse ter acelerado, mas que eu não sei, não saberia dizer, e que isso precisaria ser perguntado a vocês.
Enfim, pra quem disse que não falaria sobre a associação, eu até falei muito, mas procurei só responder às perguntas que estava diretamente relacionadas com alguma coisa do programa catalisador (parceria) ou comigo mesma (se eu havia influenciado na decisão de vocês.
Enfim, alguém topa falar?
Adiantei aqui bastante, o essencial, mas se alguém quiser, puder, por favor, dá um toque pra mim, que compartilho mais do que foi a 1h30 de conversa antes de falarem. A colega dele entrevistou a Anasuya. E ele também entrevistou o Tom sobre o programa de educação.
Abraços Oona