Oi, meu amigo
Permite-me perguntar, como funcionaria, hipoteticamente, esse investimento? Na conta de quem seriam depositados os recursos? Haveria um contrato? Como seriam aplicados esses recursos? E como seria feitos os desembolsos (meio de pagamento)? Sob que título seriam registrados os eventos contábeis?
Pode falar em termos genéricos, sem particularizar nada (nomes, números). Só queria entender porque achei interessante a ideia. E não conheço esse sites de financiamento coletivo, vou dar uma olhada.
Castelo
Em 15/03/2011 03:38, Everton Zanella Alvarenga escreveu:
Castelo,
acho que esse seu email responde à minha pergunta num outro tópico, mas aí vão algumas idéias e exemplos, tendo em mente sua preocupação com uma relação "informal" e abertura de portas.
O Adote um Vereador [1], uma rede de blogueiros, tuiteiros, emailzeiros que acompanham seus representantes políticos dentro de um município, recebeu um convite da Câmara Municipal de São Paulo [2] para participar de um competição entre iniciativas que promovam formas de organização locais e desenvolvimento social no município de São Paulo. É muito claro entre os participantes do projeto que não queremos criar uma ONG e a questão de representatividade se dá através da rede de indivíduos ou grupos (por exemplo, ONGs que atuam no combate a corrupção, avaliam os vereadores etc.) que estão em contato direto com seus pares, no caso, vereadores, assessores, subprefeitos, entre outros membros dessa instituição. Nessa questão, é fundamental o fato que formamos uma *rede*.
Apesar dessa não centralização, interessantemente estou indo, ainda hoje, falar com uma investidora americana que se interessou pelo projeto. Isso foi transmitido para os membros do Adote no último sábado (eu queria ter mandado email para a lista, mas a moça achou melhor não, para não gerar falsas expectativas), propondo ideias em como um eventual investimento poderia ser usado no projeto. Idéias que surgiram foram a produção de panfletos e cartilhas explicando sobre o projeto e competições para a produção de robôs úteis a monitoração do trabalho dos políticos. Talvez na conversa surjam outras idéias.
Outra coisa que veio a minha cabeça no sábado foi o de usar site de financiamente coletivo, como o kickstarter.com ou catarse.me, sempre para um projeto com foco bem definido e com transparência total como o dinheiro vai ser empregado.
Acredito que esse projeto funcione no formato de um mutirão e poderia, muito bem, funcionar em várias outras cidades do Brasil. Inclusive, em Brasília, surgiu o Adote um Distrital http://adoteumdistrital.com.br/. : )
[1]http://vereadores.wikia.com - OK, o wiki está meio abandonado, mas eu sozinho não dou conta, apesar que nessa fase de maior ócio vou tentar dar mais utilidade ao wiki para atrair mais usuários no wiki.
[2] http://groups.google.com/group/adoteumvereador/browse_thread/thread/1b3e47ef...
Em 15 de março de 2011 03:08, CasteloBranco michelcastelobranco@gmail.com escreveu:
Ale,
Para você, que envolve outros movimentos análogos em São Paulo (veja que em momento algum eu me declaro contrário ao tipo de organização dos mutirões, aliás, acho-os de uma simplicidade, eficiência e pioneirismo fantásticos) certamente não percebe qualquer problema de representatividade. Mas para mim, que me esforço a partir de Brasília, e foco no setor público, não encontro muitas portas abertas para uma relação informal. Não vejo só benefícios em uma associação, mas principalmente como OSCIP e mais ainda daqui a 3 anos, quando puder se qualificar para firmar termos de parceria diretamente com ministérios, receber doações em acervos, emitir cartas de reconhecimento para que wikijornalistas possam se apresentar em eventos restritos à imprensa, entre uma série de outras coisas.
Enfim, não generalize as características de São Paulo para o resto do país porque não é bem assim. O movimento todo ganharia enormemente em representatividade se pudesse contar com uma organização oficialmente reconhecida pela WMF como parceira na promoção de projetos na área de conhecimento livre, que compartilhem missão similar à da própria WMF. Não digo que os mutirões não fazem isso, e se não precisarem de nada do chapter, tudo bem. A questão é que mal não faz, e pode beneficiar outra parte do movimento que não encontra as portas assim tão abertas a tratar parcerias diretamente com as pessoas.
Outra vantagem é que uma organização pessoa jurídica pode captar recursos do setor privado para a consecução dos projetos, o que é impossível individualmente. Isso dá novas possibilidades.
E o melhor: quem não quiser se reportar ao chapter por quaisquer questão, não precisa. Não vejo em lugar algum a intenção de liquidar os mutirões. Eu pretendo continuar em mutirões sempre que possível. E buscar o apoio do chapter quando necessário.
Castelo
WikimediaBR-l mailing list WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l