On 24-11-2011 23:16, Everton Zanella Alvarenga wrote:
Castelo,
seu email anterior esclareceu para mim muitas coisas, obrigado. Mesmo.
Porém o trecho em que você explica o papel do escritório e de quem estará nele ainda me deixa com dúvidas. Primeiro se é só isso mesmo. E se for, se assim é o melhor jeito.
Serão uns cinco funcionários. E o formato nem permite a captação de doações com dedução fiscal (não serão OSCIP). Neste caso, orientarão o uso do capítulo para tal. Provavelmente certas doações (sem dedução fiscal) devem ir direto para a WMF (por transferência bancária, por exemplo). Esse é o tipo de coisa que pode e deve ser combinada.
Você disse: "Eles irão desenvolver pesquisas, realizar algumas parcerias (universidades, empresas de tecnologia, doadores), enquanto não pudermos fazê-lo. E só. Não irão coordenar e nem avaliar o trabalho dos voluntários."
Se vão desenvolver pesquisas, é bem provável que estarão avaliando o trabalho dos voluntários. E acho isso importante. É uma questão estratégia a WMF entender o que se passa aqui. Ou o trabalho da Carol não serviu muito para eles avaliarem o trabalho dos voluntários e servir como guia para os próximos passos da WMF?
Pesquisas = estudantes, usabilidade, dispositivos móveis, essas coisas. Não necessariamente serão realizadas com esta comunidade aqui. Podem ser pesquisas direcionadas a quem acessa internet por celular, como a última. Leitores em geral, não necessariamente comunidade ativa dos projetos. É um universo que deve atrapalhar a pesquisa, pois vários de nós são "hard users" e não usuários padrão (não é uma amostra representativa).
E um trabalho de coordenação não é importante, como num projeto como o embaixadores da Wikipédia? É como o trabalho já feito pela Jessie e pelo Barry quando vieram na USP divulgar o programa de embaixadores para professores e alunos. Isso já conseguiu atrair um professor do Instituto de Matemática e Estatística e, acredito, se houvesse uma pessoa dedicada só para isso, dando palestras, explicando, pensando em formas de termos embaixadores de campo da própria universidade (ter isso é importante se olharmos o caso da Índia), organizando a página principal do wiki do programa que não serve para muita coisa atualmente e não somos capazes, como voluntários, de melhorá-la a tempo, entre outras tarefas. Eu chamaria esse trabalho de coordenação.
Buscar parcerias junto às universidades para o GEP, não só no Brasil como em toda a América Latina, mas com base em SP e disponibilidade para viajar para outros países é papel de um cara que vai responder para o Diretor. Isso foi anunciado anteriormente, deve estar no histórico desta lista, inclusive. Esse outreach de dar palestras em universidades e até de treinar professores faz parte do escopo desta equipe, sim.
E se for mesmo essa uma tarefa que esse diretor fará, onde ele ficará? Num co-working space, como o The Hub? Será um escritório num prédio de ricos empresários de São Paulo com pouco acesso aos voluntários que quiserem interagir com ele? Ou não haverá necessidade de um espaço físico e essa pessoa ficará itinerante fazendo todas essas tarefas?
O The Hub foi cogitado e o Barry chegou a dizer que não era muito apropriado, mas não sei se chegaram a descartar. Eles irão interagir com voluntários por intermédio do capítulo, isso ficou muito claro para mim. Então não esperem uma estrutura 24/7, com wi-fi e um monte de gente o tempo todo lá. Mais provável que seja um pequeno escritório fechadinho de apoio, com eles indo ao encontro de seus compromissos em outros locais.
Outras perguntas podem ser feitas e, apesar de eu concordar que o foco deveria ser o capítulo brasileiro, acredito que o conhecimento da comunidade pode ajudar a WMF a tomar melhores decisões na resposta dessas perguntas e outras que deixei de fazer. Concordo portanto com a manifestação do Névio.
Sem dúvida! É bom conhecer, bom saber, bom participar. Bom também ver como está a relação na Índia. Só me preocupa a colossal desproporção entre o interesse no escritório (que terá pouca relação com a comunidade) e o interesse no capítulo (que é a comunidade em si, feito por ela e para ela). Em muitos aspectos, iremos interagir com o escritório por meio do capítulo, em parceria entre duas organizações. Exatamente o que pedimos, e é isso que nos dá autonomia. Por isso é preocupante que uma dessas duas pernas fique parada enquanto a outra está andando. O fato de eles terem avançado com a contratação do diretor é motivo maior para agilizarmos nossos próprios processos, percebe?
CB
Abraços,
Tom
Em 24 de novembro de 2011 22:58, Castelo michelcastelobranco@gmail.com escreveu:
On 24-11-2011 22:29, nevio carlos de alarcão wrote:
Caros, podemos, devemos e queremos influenciar no modo como o Escritório da WMF vai funcionar no Brasil, porque acreditamos que agindo assim estaremos colaborando para o atingimento da missão da WMF.
Sem dúvida! Mas colaboramos muuito mais com a missão da WMF decidindo o modo como nosso próprio capítulo irá funcionar no Brasil. E isso está totalmente em nossas mãos.
É disso que estou falando.
CB
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