Oi, Raylton.
Além do editor visual, um dos focos é engajamento de editores. Veja essa página
http://en.wikipedia.org/wiki/Wikipedia:Editor_engagement
E esse recente exemplo simples onde é colocado um aviso "Sua edição foi salva", mas ilustrativo
http://blog.wikimedia.org/2012/09/24/giving-new-wikipedians-feedback-post-ed...
Recentemente ouvi a Sue Gardner dizer ""we are a group of people who facilitate and empower writers and the people who directly support them so that they can create free, high quality educational content on a website." (we = Wikimedia Foundation)
Se a WMF fizer esse papel bem, o de cuidar bem dos sites dos projetos Wikimedia e criar mecanismos para atrair mais gente, é maior a possibilidade de aumentar a quantidade de recursos educacionais livres. A organização é sem fins lucrativos, o que não implica que ela seja uma entidade filantrópica.
Acredito que os grupos locais que contribuem com os projetos Wikimedia, esses sim devem se posicionarem entre ter uma atuação mais social e política. E esses grupos são apoiados pela organização (talvez esse apoio possa ser aprimorado), agora indo mais de encontro com o formato de subsídios.
Talvez por causa do contexto em que nos encontramos, num países com todos problemas sociais, acaba podendo decepcionar ver uma organização que ajuda a manter projetos que certamente possui um impacto social não tendo esse enfoque - projetos esse, ao meu ver, muito mais necessário em países que não dominam a língua inglesa.
Vi a mesma frustração por parte de estudantes universitários da USP e outros engajados no social, pois toda e qualquer atividade da universidade eles achavam que precisa possuir um caráter filantrópico. E concordo muito com o que alguns professores falavam, de que o foco deve ser o de formar os melhores profissionais nas diversas áreas do conhecimento. Se estou num curso de física, preciso formar os melhores físicos. De engenharia, medicina, filosofia etc., idem.
Mas aí entra uma questão ao meu ver mais ampla, o da responsabilidade desses profissionais no contexto em que estão inseridos. Não adianta nada eu formar o melhor médico, mas esse possuir uma visão restrita de apenas querer abrir seu consultório para atender a classe média alta. Ou do cientista que não terá uma visão mais geral de questões éticas relacionadas a implicações de sua área de estudos. Ou do futuro professor do ensino básico que não tomará o cuidado de ser um mero papagaio de um discurso ideológico político partidário.
Infelizmente essas questões são pouco abordadas na universidade (pelo menos onde estudai), talvez porque estamos formando apenas meros especialistas. E acho isso um problema, pelo menos nas universidades.
Já a organização, se quiser sobreviver, talvez ela tenha que ter essa visão mais pragmática. Pelo menos no momento.
Tom
2012/10/19 Raylton P. Sousa raylton.sousa@gmail.com:
Concordo plenamente quando ela diz: "Our best path to significantly increasing number-of-editors is clearly through usability and interaction improvements to the site itself" Partindo desse principio entendo perfeitamente a mudança de foco, e contemplei boa parte do que ela disse. Ela basicamente dizendo que problemas técnicos são mais facilmente solucionáveis que os humanos, e por isso o foco foi estreitado a isso. A unica coisa que me incomoda bastante(desde sempre) é que a parte técnica seja focada o visual editor. Mas isso não faz parte do tema do texto.