Eduardo, espero que não sejas um "pessimista patológico"... Como eu já escrevi antes (creio...), a minha experiência de associações-de-voluntários é que elas tornam-se rapidamente num grupo de "carolas" que FAZ e uma "massa associativa" que nada faz - nem sequer vai às Assembleias!!! Isso a gente (ou pelo menos eu) já sabia do começo. Também comecei céptico, mas participei, embora só virtualmente... É a única contribuição que posso dar! Mas não desisto!!!!!
No entanto, temos que aceitar que coisas - boas! - foram feitas. A Academia Wikipedia, com os problemas que pode ter tido, foi um "hapening"! Aconteceu, envolveu muita gente, especialmente os estudantes da UP e colocou a WMP nos media. Somos conhecidos, existimos! Depois, a participação de alguns dos nossos membros (ups, eu nem sequer sou membro...) em reuniões internacionais demonstrou que nós EXISTIMOS!!!! Fazemos o que é possível. O projeto "Harvard" eu sempre achei pouco possível, dependia mais de outros que de nós. A Academia em Lisboa eu considero possível, uma vez que há uma "massa crítica" de "wikimedioportugalianos" (chiça!) naquela linda cidade. Se eles decidem organizar à ultima da hora... é "pecha" dos portugueses (e também dos moçambicanos), mas costuma funcionar!
Eu acredito que o nosso Presidente, não me importa onde esteja, esteja preocupado e nos dê um apoio, nem que seja moral. Não vale a pena ir buscar mails do mês passado... Todos somos ocupados, muitos de nós super-ocupados com a Wikipédia, mas sempre se encontra um espaço para uma actividade extra! Não vamos desistir!!!! Eu não vou poder participar mais do que tenho feito até aqui - virtualmente... - se acham que não vale a pena, digam-me! Abraços.
Rui Silva
No dia 17 de Outubro de 2010 11:19, Eduardo Pinheiro edcorpin@gmail.comescreveu:
Caros, Como se intui pela falta de resposta a um email tão importante e existencialista, os emails técnicos, com pedidos de ajuda e de colaboração para a WMP também não têm resposta. Se não há encontros presenciais nem virtualmente nos falamos, então que queremos nós?
Eu sempre fui um pessimista em relação a esta organização. Tenho razões para o ser, já que desde o início foi criada a ferros, por três ou quatro pessoas que estavam cheias de vontade, e ilusão, pelo elevado número de "interessados sem compromisso". Como tal, de início esse reduzido número de pessoas contou sempre apenas com ele próprio, e agora, cada vez menos apoio é visível.
É suposto uma associação de pessoas produzir algo mais, valer mais que a soma das suas partes. Contudo, por não haver colaboração frequente, cada um está isolado. Eu até me arrisco a perguntar, "cada um faz o quê?". À la Kennedy, o que é que cada um tem feito pela WMP? O que é que cada um fez no último mês?
Dada a nossa origem virtual, os encontros pessoais são sempre de manter baixas expectativas. Contudo, nem virtualmente as pessoas colaboram. Ninguém tem ideias. Ninguém ajuda nas ideias dos outros. Ninguém se voluntaria para coisa nenhuma. Quem está de momento a fazer alguma coisa em prol da WMP? Há muito para fazer, já viram os extensos objectivos e correlatos que temos?
Pensei com os meus botões que o nosso problema seria sermos uma organização top-down. Onde alguns tinham umas ideias, e os outros eram convidados a colaborar nela. Mas hoje penso diferente. Não há top nem há down, simplesmente não há ligação entre as pessoas. Se todos olham em volta e não se comunicam, nem se vêem tarefas activas, é porque não há vontade/carolice/energia para fazer algo. Tempo ninguém tem, nunca ninguém terá, contribuir para algo implica sempre trabalho extra, cortar na família ou no sono, por isso resumo tudo a falta de interesse.
Nos últimos emails trocados facilmente se geraram pequenas picardias. A WMP é uma associação em que todos podem apontar defeitos, e muitos podem criticar muita coisa. Mas relatórios negativistas sabemos que não levam a lado nenhum, nem ajudam a motivar ninguém.
Proponho que cada um olhe para o que gostaria de fazer na WMP e edite a sua própria página de utilizador em wikimedia.pt. Depois veremos dentro das oportunidades e possibilidades existentes aquilo que podemos criar. Relembro que a participação em encontros internacionais nos trouxe um conjunto enorme de ideias. Basta agora implementar as que se goste mais! Vamos organizar-nos, um ano depois, mas ainda perfeitamente a tempo.
Cumprimentos, Eduardo