Gostei muito da idéia. Dia dia a wiki vai se infiltrando em todas as camadas
da sociedade.
2009/6/14 Helder <heldergeovane(a)gmail.com>
Enviado para você por Helder através do Google Reader:
Legislativo em pauta na
rede.<http://bcufrgs.blogspot.com/2009/06/legislativo-em-pauta-na-rede.h…
via BC-UFRGS <http://bcufrgs.blogspot.com/> de Maria Cristina Burger em
10/06/09
Câmara dos Deputados lança portal para ampliar debate sobre projetos de lei
com a sociedade.
Se você já teve vontade de participar de uma sessão da Câmara dos
Deputados, sugerir projetos ou alterar leis, esse desejo agora pode ser
concretizado. Foi lançado em junho o e-Democracia,
<http://www.edemocracia.camara.gov.br/>um espaço virtual que vai reunir
informações e sugestões para os textos em tramitação na casa. A iniciativa
permite ampliar a participação da sociedade na elaboração de leis, mas o
acesso ao debate ainda não é totalmente democrático.
O portal e-Democracia, da Câmara dos Deputados, reúne diversas ferramentas
de Web 2.0 para ampliar a discussão de projetos de lei com a população
(imagem: reprodução). O portal disponibiliza à população, entre outras
ferramentas, uma biblioteca digital com estudos e projetos de lei, fóruns de
discussão e uma interface colaborativa chamada Wikilégis, em que os
internautas poderão elaborar versões das leis e até sugerir emendas aos
projetos da Câmara. Especialistas, políticos e agentes do Estado atuarão
como mediadores, ajudando a transformar as ideias discutidas no portal em
projetos de lei.
Segundo o coordenador do projeto, Cristiano Ferri, integrante do
Observatório de Práticas Legislativas Internacionais da Câmara, o portal
surgiu da solicitação dos próprios parlamentares, que verificaram a
necessidade de ampliar a discussão sobre os projetos desenvolvidos com a
sociedade. “O site da Câmara tem fóruns e muitos deputados têm blogs, mas a
informação fica difusa. O e-Democracia é uma ferramenta organizada, onde
toda essa pluralidade pode ser convertida em algo concreto.”
Ferri ressalta que o portal oferece diversas possibilidades de participação
direta da sociedade no processo legislativo. “Estudamos plataformas
internacionais já existentes e desenvolvemos um projeto totalmente
inovador”, afirma. Além das páginas gerais, o e-Democracia tem duas áreas
restritas: o Espaço Cidadão, disponível para qualquer pessoa cadastrada que
queira dar sua opinião; e as Comunidades Virtuais, onde apenas especialistas
poderão discutir os temas com maior profundidade.
Web 2.0 a serviço da democracia
Para o jornalista e cientista político Juliano Borges, a página é ousada e
tem a seu favor o amplo uso das ferramentas da Web 2.0, como os grupos de
discussão e o caráter colaborativo, observado em especial na Wikilégis. “Em
geral as experiências do governo na internet não costumam ser assim”,
compara. “Páginas virtuais institucionais têm alguns espaços de abertura,
mas esse portal oferece um envolvimento muito maior.”
Borges critica, no entanto, a distinção feita pelo portal entre cidadãos
comuns e especialistas. “Ao estabelecer uma hierarquia, o sistema quebra o
conceito democrático da internet”, afirma. “Essa diferenciação pode
desestimular as pessoas a participarem. Eu mesmo teria menos interesse se
soubesse que a minha opinião tem menor peso.”
Outro ponto levantado pelo pesquisador é o alcance ainda limitado desse
tipo de projeto no Brasil, onde grande parte da população não tem acesso à
internet e a participação em questões políticas é fraca. “O que pode
favorecer o interesse da sociedade pelo portal é a popularidade das redes
sociais, como Orkut e Facebook, já que o e-Democracia pode ser visto como
uma rede social politizada”, pondera.
O portal, lançado no dia 3 de junho, ainda é experimental. O primeiro tema
a ser debatido é a Política Nacional de Mudança do Clima, que tem projetos
em tramitação na Câmara. A partir dessa experiência, os organizadores
pretendem fazer os devidos ajustes e ampliar as discussões no portal.
Barbara Marcolini
Ciência Hoje On-line 08/06/2009
Fonte:
http://cienciahoje.uol.com.br/146936
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