Concordo plenamente com:
"Podemos, inclusive, marcar um ponto de
referência claro para outras ONGs
em termos de transparência e responsabilidade, e
influenciar
transformações também nesse setor.
Por isso acho fundamental que cada nota fiscal
referente a cada centavo
circulado por nossa ONG sejam imediatamente publicados
na wiki, com
imagens digitalizadas dos documentos relativos."
(incluindo as notas fiscais das saunas do
Argenton).
Em 28 de
outubro de 2011 14:17, Alexandre Hannud Abdo
<abdo@member.fsf.org>
escreveu:
Ni!
On 10/28/2011 01:07 AM, Castelo wrote:
> O capítulo será uma ONG, isso é
inevitável, e não é uma decisão nossa.
O capítulo não é nem nunca será uma ONG. O
capítulo é uma comunidade que
interage com diversas instituições, uma das
quais poderá ser uma ONG
criada especificamente para facilitar processos
relativos a essa comunidade.
Há uma deficiência no movimento wikimedia de não
exigir que essa postura
seja explícita e reforçada ao redor do globo.
Nós já influenciamos um
bocado para mudar isso e não devemos serví-la
gratuitamente no linguajar.
> Para não sermos uma ONG, teríamos que ser
uma empresa privada (sociedade)
Não, poderíamos ser apenas uma comunidade sem
instituição específica
para cuidar dos seus processos e encontrar um
arranjo com a WMF que
satisfizesse isso, como a utilização de outras
instituições e um
escritório local ou coisas assim.
Não sei se isso é preferível. Estou contente com
a ideia duma ONG
específica mas minimalista, de mero apoio, que
não tenha um papel
central. E acho que, existindo essa ong, haver
também um escritório da
WMF no Brasil é um desperdício de recursos dos
doadores.
> O que escolhemos foi ser uma OSCIP, que é
um tipo de ONG habilitada a
> firmar convênios e termos de parceria com
o setor público e com
> benefícios fiscais para si e para alguns
doadores (as empresas que
> tributam pelo lucro real).
Ou seja, habilitada a (1) trabalhar pro governo
e (2) desviar, ainda que
legalmente, dinheiro de impostos para atividades
da opção de grandes
empresas do setor privado.
Eu considero essa segunda possibilidade tão ou
mais corrupta quanto
qualquer outro desvio envolvendo ONGs e penso
que deveríamos se possível
ter no estatuto que jamais faríamos isso, mas
cada macaco no seu galho.
A questão de prestar serviço pro governo é
aceitável, mas é discutível
se uma ONG específica para servir o movimento
wikimedia deveria ter esse
tipo de relação com governos.
> Isso é corrupção, e ocorre a toda
> hora com empresas privadas em licitações
diversas, lamentavelmente.
De fato, o caso de corrupção reportado pelo
Névio não tem muita
consequência para nossas escolhas.
Por outro lado, ressalta a oportunidade de
plantarmos nossos pés no
modelo wiki de transparência radical em todas as
ações.
Podemos, inclusive, marcar um ponto de
referência claro para outras ONGs
em termos de transparência e responsabilidade, e
influenciar
transformações também nesse setor.
Por isso acho fundamental que cada nota fiscal
referente a cada centavo
circulado por nossa ONG sejam imediatamente
publicados na wiki, com
imagens digitalizadas dos documentos relativos.
Abs,