Oi Castelo!
Muito bom, agora temos um assunto para aprimorar :)
Há um lema na primeira apresentação que fizemos no chapters' meeting em
2008: "as ações vem adiante dos recursos". A ideia de que não iríamos
atrás de nada que não fosse uma decorrência direta de necessidades
surgidas em ações concretas dos mutirões.
Você está dizendo que há uma necessidade de credibilidade ante
instituições, em particular no setor público. O Thomas levantara essa
situação à época.
Uma conclusão fora de que havia ao menos uma outra solução a fundar uma
ONG específica para os projetos da WMF. Tentar arregimentar ONGs já
atuantes deveria ser uma primeira alternativa.
Elas seriam mais abertas à influência individual do que órgãos públicos
ou empresas, lembrando que individual não necessariamente significa
informal.
A vantagem dessa situação, para além de evitar os custos de transação e
manutenção de mais uma corporação, reside em que fazer a cultura do
conhecimento livre permear de forma efetiva várias organizações tem um
potencial muito maior que focar os esforços em uma única.
E aí sim, há uma porção de ONGs atuando em qualquer lugar do Brasil.
Muitas delas naturalmente afeitas a atuar com nossos mutirões, como os
Pontos de Cultura do MinC. E o fato do sistema de "grants" da WMF ser
aberto a elas é um enorme incentivo para que assumam a bandeira.
Então fica a pergunta, você tem alguma experiência concreta de
dificuldade de colaboração institucional para compartilhar e pensarmos
juntos? Será que realmente é necessário um capítulo? Será que ao
contornar essa necessidade não acabamos por envolver mais parceiros a
multiplicar a influência dos mutirões?
Há um outro ponto que se poderia trazer aí, que o nome da Wikimedia, de
fato da Wikipédia, é um atrativo mais forte e abriria portas maiores. Eu
sou um bocado cético com relação à isso, até porque os mutirões envolvem
a Wikipédia e isso por si já carrega efeito. E negociar usos da marca da
Wikipédia não é permitido aos capítulos de qualquer forma.
Até, por sinal, esse espaço pertenceria ao tal escritório da WMF no
Brasil, que aparentemente eles vão abrir de qualquer jeito, como fizeram
na Índia.
Bom, longo é o caminho... mas grande é a meta ;D
Abraço!
l
e
On 03/15/2011 03:08 AM, CasteloBranco wrote:
Ale,
Para você, que envolve outros movimentos análogos em São Paulo (veja que
em momento algum eu me declaro contrário ao tipo de organização dos
mutirões, aliás, acho-os de uma simplicidade, eficiência e pioneirismo
fantásticos) certamente não percebe qualquer problema de
representatividade. Mas para mim, que me esforço a partir de Brasília, e
foco no setor público, não encontro muitas portas abertas para uma
relação informal. Não vejo só benefícios em uma associação, mas
principalmente como OSCIP e mais ainda daqui a 3 anos, quando puder se
qualificar para firmar termos de parceria diretamente com ministérios,
receber doações em acervos, emitir cartas de reconhecimento para que
wikijornalistas possam se apresentar em eventos restritos à imprensa,
entre uma série de outras coisas.
Enfim, não generalize as características de São Paulo para o resto do
país porque não é bem assim. O movimento todo ganharia enormemente em
representatividade se pudesse contar com uma organização oficialmente
reconhecida pela WMF como parceira na promoção de projetos na área de
conhecimento livre, que compartilhem missão similar à da própria WMF.
Não digo que os mutirões não fazem isso, e se não precisarem de nada do
chapter, tudo bem. A questão é que mal não faz, e pode beneficiar outra
parte do movimento que não encontra as portas assim tão abertas a tratar
parcerias diretamente com as pessoas.
Outra vantagem é que uma organização pessoa jurídica pode captar
recursos do setor privado para a consecução dos projetos, o que é
impossível individualmente. Isso dá novas possibilidades.
E o melhor: quem não quiser se reportar ao chapter por quaisquer
questão, não precisa. Não vejo em lugar algum a intenção de liquidar os
mutirões. Eu pretendo continuar em mutirões sempre que possível. E
buscar o apoio do chapter quando necessário.
Castelo
Em 15/03/2011 02:11, Alexandre Hannud Abdo escreveu:
Ni!
On 03/12/2011 01:28 AM, CasteloBranco wrote:
um /chapter/, que poderia resolver os problemas
de representatividade
do movimento brasileiro
Só uma questão técnica.
O movimento não tem um problema de representatividade.
Os chapters fazem parte do movimento, mas não o representam. São ONGs
independentes apoiadas pela fundação, com um contrato mais liberal de
uso de suas logomarcas e eleitoras de dois membros da sua diretoria.
Nenhum chapter representa o movimento ou a WMF. Isso é ponto pacífico e
mesmo um importante argumento legal utilizado nos casos de ações contra
os chapters.
Pode ter sido um engano no caso do seu longo e-mail, mas muitas pessoas
parecem carregar uma mistificação do que sejam os chapters. Receio que
essa fantasia prejudique nosso entendimento comum.
Abs,
l
e
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