Acho que se for para esperarmos a comunidade mudar o modo como trata
novatos é melhor pedirmos um grant para comprarmos cadeiras confortáveis,
não vai acontecer.
Sempre vai ter a paulada seca como a que a menina do Zero levou, coitada.
E não foi de um bronco truculento como o MC ou o Jo Lorib, foi do Zé, que é
um dos caras mais gentis e sensatos. Simplesmente estava estressado ou
chateado com a WMF, quem vai saber.
É um paradoxo, tem pouca gente e muito trabalho, isso deixa os poucos
ativos exaustos e expulsa editores, o que aumenta o trabalho de quem fica.
A solução óbvia é ter muita gente trabalhando, mas como conseguir isso?
E concordo contigo, Vini, que encontro e projetos como GLAM e WLE e WLM são
interessantes e produtivos em termos de melhorar o ambiente e clarificar as
relações.
Jo
Em 13 de junho de 2014 00:21, Vinicius Siqueira <vini_175(a)hotmail.com>
escreveu:
Oi,
Partindo da assertiva do Jo de que o objetivo primordial de uma
organização do Movimento Wikimedia seria “trazer mais colaboradores para os
projetos”, despertam-me alguns questionamentos que me parecem cruciais na
eleição do modelo de trabalho que devemos adotar para cumprir a missão
estabelecida:
Por que o movimento que se organizou nos últimos anos tem sido pouco
eficiente em trazer novos voluntários? Como a adição do Catalisador nesse
cenário aumenta ou diminui a capacidade desse Movimento de seguir buscando
essa meta?
Ensaiando algumas hipóteses, é imperativo reconhecer que antes dos
problemas da organização do Movimento (grupo, capítulo, nada...) há o
aparente conforto da comunidade da pt.wikipedia (o maior projeto) com a
situação dela: poucos colaboradores e crescimento pífio. Permanecem as
sérias dificuldades de relacionamento e trabalho colaborativo na
comunidade, que apresenta, até então, incorrigíveis problemas para
recepcionar novos voluntários. E temos visto essa mesma situação há muitos
anos. E toda tentativa de se alterar esse modelo é rapidamente desprezada
por alguns dos atuais colaboradores.
O Catalisador realmente não foi capaz de produzir esse resultado,
especificamente, assim como as pessoas que vieram antes e aquelas que
chegaram depois. E, em minha opinião, isso se deu muito mais pela
refratariedade da comunidade a receber novos usuários (e nós tivemos a
oportunidade de vivenciar isso na prática durante as oficinas de edições ou
no Wikipédia na Universidade, por exemplo). Acabaram minando as nossas
energias para realizar esse tipo de atividade com a frequência necessária
para impactar os números do projeto. Dessa forma, acredito que não se
justifica esperar que simplesmente buscando uma maior inserção na mídia ou
criando um blog conseguiríamos cumprir a meta de trazer mais usuários.
Nesse meio tempo, acredito que ainda existe extensa lista de atividades
que poderiam ser desenvolvidas evitando “chatear” os editores com novas
companhias. Também continuo a acreditar no potencial dos encontros pessoais
para promover uma “higienização” do ambiente virtual; vamos convidar os
editores para conhecerem as pessoas com quem convivem na Wiki. As
atividades GLAM, por outro lado, são fascinantes e coisas muito bacanas
poderiam ser desenvolvidas no Brasil. Identificar os voluntários que tenham
boas ideias e ajudá-los a desenvolvê-las: seja na criação de uma
ferramenta, no contato com alguma instituição, na organização de uma
apresentação sobre a Wiki no seu local de trabalho/estudo, etc. Para mim, é
aí que se localiza a utilidade de uma organização como o Grupo de Usuários
ou o Catalisador.
Por fim, essa discussão tem sido muito boa (aqui e no Meta) e acredito que
servirá bastante para voltarmos a conversar com mais frequência sobre
coisas que nos interessam. Faço um apelo para que evitem pessoalizar as
coisas.
Abraços,
Vini
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