Anonimato relativo é o mesmo que dizer que a mulher está relativamente grávida.
Vc anda pela rua supostamente anônimo, por que? A qualquer momento, se questionado, vc pode ser identificado (claro, depende de quem o questionar, no caso só a policia pode exigir isso). Se você pode ser identificado, logo não é anônimo. Quando está na internet não. Você navega pela rede e se não quiser não será identificado, não importa se questionado ou não. Viu a diferença. Na rua, se algum cidadão comete um delito ele é facilmente identificado como pessoa. Na internet, nos moldes atuais não.

No lance do "apenas", realmente fui chato, imaginei que o uso do "apenas" você estava apenas fazendo um comparativo, mas sempre que posso procuro mostrar o quão horrendos são estes tipos de crime. Já li msg aqui mesmo que demonstravam o menor conhecimento sobre estes crimes.

E acredite, você pode sair disfarçado de Darth Vader pela rua, que ainda assim poderá ser identificado (como pessoa). No lance do IP, você pode se disfarçar como bem entender que não será identificado de forma alguma.

Desculpe-me se dei a impressão que estava menosprezando os seus conhecimentos, jamais teria tal pretensão. No calor da discussão, não devo ter tomado os devidos cuidados na escrita, Desculpe-me mais uma vez.



On Apr 5, 2009, at 2:51 AM, Joaquim Mariano da Costa Neto wrote:


O anonimato é relativo: você está anônimo para alguém. Você não deixa de estar anônimo somente porque em algum lugar do mundo existe um livro que registra o seu nome.

Se eu ando pela rua ou pela Internet sem me identificar e sem permitir que outros me identifiquem, eu estou anônimo para as pessoas da rua ou da Internet. Se a polícia colhe a minha impressão digital e me identifica (ou se a polícia me identifica por meio do meu computador), eu deixo de ser anônimo para a polícia. Do mesmo jeito que eu não sou obrigado a me identificar (ou ceder impressão digital) em cada esquina, não quero ser obrigado a me identificar em cada acesso à Internet.

Quando escrevi "é apenas pornografia infantil", eu já esperava essa reação. Nesse caso, o "apenas" não reduz a gravidade do crime: limita o tipo penal. Não é pedofilia: é pornografia infantil. Enfim, essa questão está longe de ser o foco da discussão.

Por fim, o meu conhecimento de redes é pequeno, mas não sou tão ignorante assim: eu sei que o IP é da máquina. Por isso eu disse que, do mesmo jeito que eu posso me disfarçar ao sair na rua, posso usar um IP alheio na Internet (coisa que realmente ainda não sei fazer).

Abraços,

Joaquim




De: Ademar Varela <ademar.varela@me.com>
Para: Mailing list do Capítulo brasileiro da Wikimedia. <wikimediabr-l@lists.wikimedia.org>
Enviadas: Sábado, 4 de Abril de 2009 16:57:15
Assunto: Re: [Wikimedia Brasil] APCM e Lei Azeredo

Já expliquei quanto ao anonimato, se anda assim vc acha que está anônimo... vc nunca está anônimo andando na rua, você só está sem documentos, só isso...., paciência.

Quanto a identificação de um criminoso digital que vocês insistem que é moleza, já apresentei fatos que podem ser facilmente pesquisados e comprovados. Se fosse tão simples como vocês acham que é, o problema já estaria resolvido faz tempo. Estou falando de um problema que é mundial, podemos discutir as dificuldades da nossa polícia no levantamento de culpados, mas será que a polícia do mundo inteiro está caolha? Se levantarem estas informações verão o tamanho do problema que estamos falando.

"E um adulto tirando foto de uma criança nua não é um ato libidinoso: é APENAS pornografia Infantil" ??? Não vou me estender se é um ato libidinoso ou pornográfico, isto é bobagem e não é tema da nossa discussão.
De qualquer forma, como disse anteriormente é crime do mesmo jeito.

Acho que vc não entendeu minha proposta de DEBATER um assunto. Critica só porque é contra e usando suas explicações, todas devidamente rebatidas (e de maneira educada), e sem evolução do que vc disse anteriormente não é um debate construtivo é um monólogo digital. Apresentar propostas é bom em qualquer discussão, e não estou falando somente desta lista, e facilita chegarmos em um denominador comum. Senão fica parecendo criança birrenta...

A propósito, olhar para vc na rua não é tão certeiro como olhar o seu IP. A sua verdadeira cara na rede não é o seu IP. o IP é da sua máquina, que qualquer pessoa pode usar. Se um dia tiver tempo lhe ensino a usar um IP de outra pessoa, em outro lugar do planeta na sua casa (é o asno, sou asno profissional há 27 anos e tenho uma verdadeira biblioteca sobre o tema). Por isto discuto o lance de rastrear o IP. Imagine uma universidade com 10.000 alunos, todos com acesso a um laboratório. um deles está cometendo um delito qualquer na rede. Se rastrear vão achar um IP de uma Universidade, como chegarão ao aluno???  Será um trabalho incansável, vão localizar? vão, mas o tempo que vão perder procurando o infeliz, poderia ser usado para capturar outros 2 (que neste tempo já terão agredido outras crianças). Os manés que cometem um crime usando sua máquina pessoal em casa, e que não tem um conhecimento como o asno que vos escreve (acredite muitas pessoas sabem enganar o IP pela rede), é mais fácil pegar, embora já soube de alguns que alegaram que não estavam na casa no momento do delito, chegou até arrumar um álibi dizendo que estava viajando, e foi uma trabalheira para derrubar este álibi (se não conseguissem derrubar ele estaria solto, difícil acreditar né?) e poder comprovar que somente ele tinha acesso à máquina. Como pode ver, o "seu" IP não é a sua cara, é só uma identificação da sua máquina na rede. Citei um exemplo com uma Universidade, que tem 10.000 alunos cadastrados, agora troque a Universidade por uma LanHouse, nossa dificultei bastante agora hein?

abraços,





On Apr 4, 2009, at 4:06 PM, Joaquim Mariano da Costa Neto wrote:


As dificuldades de uma investigação sempre existem, independentemente de ser nas ruas ou na Internet. O substitutivo do Azeredo não ajuda em nada uma investigação criminal, e, ao mesmo tempo, tira liberdades de quem usa a Internet. Quem cometia crimes sem ser identificado vai continuar no anonimato, e o criminoso que já era identificado vai continuar sendo identificado. Para o crime, não muda nada. Para todo resto da população, é um big brother que registra cada passo na Internet.

Onde está escrito que eu devo propor uma nova e melhor idéia sempre que eu criticar uma proposta? Critico, sim, esses projetos de lei, porque eles são ruins, e não proponho nada melhor no lugar dele. Rejeito essas propostas, porque são ruins, e não porque tenho uma proposta melhor do que elas. No momento, a melhor proposta que eu tenho é evitar que esses projetos se convertam em lei. Isso já seria um grande ganho na atual situação.

Se apresentar uma proposta for algo tão importante nesta discussão, então que seja a proposta de melhor equipar e treinar as polícias brasileiras. Com mais capacidade, elas encontrarão mais cibercriminosos.

Nas ruas, eu ando anônimo, sem precisar carregar qualquer documento e sem precisar me registrar em cada esquina com o policial de plantão. Esse anonimato (a preservação da intimidade), aliás, não é coisa da minha cabeça: é uma garantia legal que é muito cara a uma sociedade que se pretende democrática. Em caso de suspeita, a polícia pode me deter para averiguação (e, mesmo nesse caso, não preciso apresentar nenhum documento!). Veja bem: a detenção para averiguação é excepcional (ao contrário dos registros que o Azeredo quer instituir) e é a própria polícia que deve comprovar se eu sou criminoso. Já ouviu falar de ônus da prova? Quem me acusa é que deve provar que sou culpado.

Aliás, olhar para mim na rua é tão certeiro quanto olhar para o meu IP enquanto estou na Internet: podem ver a minha verdadeira cara (o meu IP) ou algum disfarce (um outro IP).

E um adulto tirando fotos de uma criança nua não é ato libidinoso: é apenas pornografia infantil. Se ele beijar a criança enquanto tira fotos, tem-se então as duas coisas: pedofilia (o beijo) e pornografia infantil (as fotos). Ao contrário de outros ramos do direito, o direito penal é bastante exato e estrito, justamente porque lida com a liberdade das pessoas.

Abraços,

Joaquim




De: Ademar Varela <ademar.varela@me.com>
Para: Mailing list do Capítulo brasileiro da Wikimedia. <wikimediabr-l@lists.wikimedia.org>
Enviadas: Sábado, 4 de Abril de 2009 7:58:24
Assunto: Re: [Wikimedia Brasil] APCM e Lei Azeredo

Errado, completamente errado.

Uma investigação criminal sempre esbarra a dificuldade em levantar evidências de quem fez as imagens originais, ou seja cometeu o crime originalmente. O máximo que eles conseguem é prender os usuários finais desta nojeira, a origem, por falta de identificação eles não conseguem apurar. Ficam na dependência de fazerem acordo com um dos criminosos para que o mesmo entregue os demais, sacou? um sempre ficará livre. Mais uma vez se informem antes de opinar. Vocês colocam a opinião de vocês como se fosse um fato comprovado, quando sabidamente não é. 

Outra bobagem é vc falar que anda anonimato pelas ruas. Não Joaquim, vc não anda anonimato pelas ruas. Desde que nascemos ganhamos uma certidão, possuímos RG, CPF, e etc... vc tem a liberdade de não portar estes documentos na rua, mas se for parado por um policial em uma blitz por exemplo, vc será identificado, porque existem meios legais para isso. A sua liberdade de anonimato só existe na sua cabeça. E se não for identificado, vc será detido para averiguação, Isto, quer goste ou não já é a realidade atual em qualquer lugar do mundo. O que vc está reclamando não faz sentido portanto, ou pelo menos seu argumento é muito fraco. Outra coisa. quando vc está na rua, outras pessoas podem lhe identificar visualmente, podem não saber seu nome, mas se olharem de novo para você em outra oportunidade, vc será reconhecido, puxa, cadê o seu amado anonimato???

E ninguém está lançando um documento arbitrário, ele é legitimado pelos votos que os deputados receberam, portanto votem melhor. Pelo amor de Deus, vou falar mais uma vez: Não conheço o tal Azeredo, nunca vi, e também não votei nele ok?

Outra coisa, vocês confundem liberdade com irresponsabilidade. Ninguém vai tirar a minha liberdade de fazer o que bem entender, continuo e continuarei com a minha liberdade básica, porque tenho consciência da minha responsabilidade perante a sociedade. Infelizmente muitos não tem, e por isso somos obrigados a tipificar e controlar um problema que afeta outras pessoas.

Quanto a sua explicação sobre a diferença entre pedofelia e pornografia infantll, bem, embora vc tenha falado que são diferentes a sua explicação mostra que ambas se confundem. Se pedofelia se caracteriza por um ato libidinoso entre uma pessoa maior de 18 e uma menor de 14 (coitados das pessoas entre 14 e 18), e atos libidinosos envolvem atos sexuais em sua essência, logo pornografia infantil e pedofelia na essência é a mesma coisa. E mesmo que sejam diferentes as duas são atos criminosos, ou não??? Uma pessoa maior apenas tirando foto de uma criança despida, já é considerado um ato libidinoso.

Vamos falar do que vc citou sobre o estatuto da criança. A sua explicação é correta, portanto volto a perguntar mais uma vez, Como identificar quem comete o delito pela internet? Como identificar quem vende, oferece, troca, disponibiilza, transmiti, distribui, divulga, adquiri ou armazena este lixo? Se alguém me mostrar uma forma te identificar estes animais, sem precisar pedir identificação na internet, terá meu apoio total e irrestrito para continuarem anônimos (se assim acharem importante) pela internet. Volto a dizer, que desde que nascemos já perdemos o anonimato....


abraços




On Apr 4, 2009, at 1:50 AM, Joaquim Mariano da Costa Neto wrote:


Antes de mais nada, é bom não confundirmos pedofilia com pornografia infantil. São duas coisas diferentes.

Nos termos da legislação penal brasileira, a pedofilia caracteriza-se por um ato libidinoso entre uma pessoa maior de 18 anos e outra pessoa menor de 14 anos.

O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), por sua vez, é verborrágico na proibição de pornografia infantil e basicamente combate o "registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente". De acordo com o ECA, é proibido vender, expor à venda, oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, distribuir, publicar, divulgar, adquirir, possuir ou armazenar qualquer "registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente".

O grande problema é lançar mão de instrumentos arbitrários e autoritários para combater a pornografia infantil.

Usam-se argumentos meio George W. Bush: "O mundo está cheio de criminosos. Logo, eliminam-se as liberdades básicas para combatermos os criminosos."

Liberdade para permanecer anônimo? Sim, liberdade para permanecer anônimo. Ando anonimamente pelas ruas do Brasil (onde posso inclusive praticar pedofilia, e não apenas pornografia infantil) e quero continuar a andar anonimamente pela Internet.

E a argumentação ao estilo Bush continua: "Qual o motivo para temer o fim de liberdades básicas? As pessoas de bem não precisam temer nada. Apenas os criminoso precisam se preocupar."

Qualquer boa investigação criminal encontra um criminoso anônimo nas ruas ou na Internet.

Enfim, além de não serem eficazes contra a criminalidade, as propostas do substitutivo do Azeredo acabam comprometendo algumas liberdades básicas.

Abraços,

Joaquim




De: Ademar Varela <ademar.varela@me.com>
Para: Mailing list do Capítulo brasileiro da Wikimedia. <wikimediabr-l@lists.wikimedia.org>
Enviadas: Sábado, 4 de Abril de 2009 0:26:53
Assunto: Re: [Wikimedia Brasil] APCM e Lei Azeredo

Não importa a proporção que a Mídia quer dar para a pedofelia, ela existe e precisa ser combatida.
Se o projeto vai resolver isso?... como saberemos?... mas já é alguma coisa, ficar de mãos atadas esperando os crimosos se entregarem é que não dá. Depois para coletar provas, vc precisa de evidências, se alguém sugerir alguma forma de ter estas evidencias sem ter identificação, sou todo ouvidos.
A liberdade individual não está sendo afetada em nada. Sinceramente, não entendo porque controlar um acesso tira a liberdade de alguém. ninguém está sendo proibido de fazer suas manifestações, ou propagação de idéias, apenas terá suas idéias identificadas. O que isto te de problema? Medo de que? Qual o motivo para ficar anônimo?... entendo que temos o direito de querermos ficar anônimos, mas crianças tem o direito de não serem exploradas também, e se for comparar entre um anônimato e a possibilidade de proteger uma criança, não penso duas vezes em proteger uma criança.
e Daniel, as fotos postadas de pedofelia, para serem tiradas, teve que ter modelo, ou seja, alguém ao vivo, fez com que crianças tirassem a roupa e praticassem sexo. Gravaram, tiraram fotos e colocam na rede para pessoas anormais sentirem prazer com o sofrimento aplicado.  Se estas pessoas forem identificadas e presas, mehor para toda a sociedade. Volto a dizer, se alguém me apresentar uma idéia possível para identificar estes criminosos sem este modelo de identficação, eu abraço a idéia.



On Apr 3, 2009, at 9:38 PM, Myris Silva wrote:

Daniel,  concordo que existem diversos  assuntos sérios, mas,  não priorizar discussões relacionadas à internet nesse grupo seria quase um "sacrilégio". Ops falei alguma bobagem? :)
A questão é muito polêmica mesmo. Existe pedofilia na rede,  sim. Mas, talvez, não seja na proporção em que a mídia tenta mostrar. A grande questão é? O projeto vai resolver isso? 
E as liberdades individuais como ficam? Voltaremos a ter nossas vidas vigiadas à exemplo da época da ditadura?  Esses são apenas alguns dos pontos sobre os quais precisamos refletir.

Tenho lido coisas bem interessantes a esse respeito se quiserem posso trazer para o grupo.

abraços.



  

2009/4/3 Daniel Souza <blueandne0n@gmail.com>
Estou perdido aqui na discussão de vocês. Mas sobre o projeto de lei, eu me pergunto algumas coisas, a mesmo tanta pedofilia na rede?, caso sim, a fonte dela é no brasil?, e em que essa pedofilia virtual influencia no real?, tá que uma foto de uma menininha num site porno é uma coisa feia e viola os seus direitos, mas ná pratica qual o prejuízo à menina?, nenhum, não que eu seja a favor disso, pelo contrário, mas estamos perdendo tempo discutindo a aprovação de uma lei antieconomica, violadora dos direitos humanos e dos principios da internet, tudo isso em prol de motivos obscuros. Enquanto poderiamos estar discutindo assuntos serios como a reforma judicial, o problema das drogas e dos crimes, a falha na educação, etc

Daniel Souza, 
aberto para discussões


2009/4/3 Ademar Varela <ademar.varela@me.com>
e nós convidamos a todos virem para cá tb...
ou se desejar, após debatermos aqui, irmos até os blogs que vc indicou com uma posição mais consolidada e debatar por lá tb... para mim isto é uma idéia de mutirão tb.

Quanto as ofensas, vou esquecer, acho que no final todos fomos mal interpretados. Vamos pensar assim e bola pra frente. A idéia é debater ponto a ponto do projeto, para podermos ter melhores argumentos.
Quanto apoiar ou não o projeto de lei, sou partidário da opinião do Rodrigo. Acredito que podemos expor (educamente) nossas idéias para que outros cheguem as suas próprias decisões. Até porque liberdade de pensamento (para mim), não é doutrinar alguém, mas ensina-lo a pensar. :)

O que acha da proposta, debatemos aqui e depois vamos todos debater por lá.

abraços,




On Apr 3, 2009, at 7:33 PM, Myris Silva wrote:

Oi Ademar,

Acredito que fui mal interpretada quando expressei minha visão de que a Wikimedia Brasil deveria se posicionar publicamente em relação à Lei de Cibercrimes. Mas, jamais imaginei que uma simples opinião pudesse virar uma guerra, e o mais engraçado é que quem deveria não ter gostado  e respondido à ofensa seria você. kkkk.
Apesar de acompanhar as discussões do grupo desde o ano passado, até hoje só tinha contactado o Rodrigo Argenton, uma pessoa bastante gentil e ponderada.
Mas, esquecendo as picuinhas, convido a você e aos demais que tenham interesse neste tema a debaterem conosco no 
http://ciberativismo.ning.com/  ambos coordenados pelo Caribé e a visitarem o blog colaborativo que o Sérgio Amadeu acabou de colocar no ar: http://www.trezentos.blog.br/
[]


2009/4/3 Ademar Varela <ademar.varela@me.com>
Infelizmente ontem, eu perdi o link do projeto de lei do tal Azeredo,
alguém poderia passar?

Ademar Varela
iPhone Developer - mindbike
019-9366.2247
ademar.varela@me.com


On Apr 3, 2009, at 5:05 PM, Ademar Varela <ademar.varela@me.com> wrote:

> Me foi perguntado porque algumas trocas de e-mails não são feitas de
>  maneira private.
> Respondi o texto abaixo para esta pessoa e faço questão de expor min
> ha resposta aqui tb, porque entendo que todos aqui estão para ajudar
> , e muitas vezes se perdem ou tentam impor uma idéia ao invés de dis
> cuti-la.
>
> "Eu acho que se as idéias apresentadas forem para um debate sério, s
> em
> "achismos", e que se permita fazer isto sem ofensas e de maneira
> ampla, devemos fazer aqui. Mas desde ontem, só li mensagens querendo
> empurrar uma visão sobre um assunto, sem abertura para uma conversa
> honesta e ampla. Todas as vezes que me manifestei, ou tive uma
> resposta sem sentido, ou autoritária ou fui ofendido.
> Se quiserem debater cada ponto do projeto estou a disposição, mas se
> quiserem ficar brincando de achismos, tb, afinal hoje é Sexta. :) "
>
> Continuo aberto para discussões de cada ponto que o projeto de lei s
> e propõe. Como já falei antes, existem pontos que concordo e outros
> de discordo. Estou propondo discutirmo ponto a ponto para termos uma
>  posição mais coesa.
>
> abraços,
>
> On Friday, April 03, 2009, at 04:30PM, "Ademar Varela" <ademar.varela@me.com
> > wrote:
>> Nossa que profundida. Vidente mesmo, sabe até o que eu penso, geni
>> al.
>> E o livro Operação Cavalo de Tróia? Eu penso o que a respeito? E o
>> livro Poder e Glória, o lado negro do Vaticano?
>>
>> Estou realmente impressionado!!!
>>
>> Ademar Varela
>> iPhone Developer - mindbike
>> 019-9366.2247
>> ademar.varela@me.com
>>
>>
>> On Apr 3, 2009, at 4:26 PM, Porantim <porantim@gmail.com> wrote:
>>
>>> OK. E acreditou que o Código Davinci é não-ficção. Isso explica
>>> muita coisa.
>>>
>>>
>>>
>>>
>>>
>>>
>>> 2009/4/3 Ademar Varela <ademar.varela@me.com>
>>> Então vc além de um doutor em acesso anónimo, tb é vidente,
>>> afinal não li isso no projeto.
>>> Parabéns!!!
>>>
>>>
>>> Ademar Varela
>>> iPhone Developer - mindbike
>>> 019-9366.2247
>>> ademar.varela@me.com
>>>
>>>
>>> On Apr 3, 2009, at 4:22 PM, Porantim <porantim@gmail.com> wrote:
>>>
>>>> Doce ilusão... Infelizmente não vivemos no País das Maravilhas.
>>>>
>>>> Os principais interessados nessa lei são exatamente os bancos.
>>>>
>>>>
>>>>
>>>>
>>>>
>>>>
>>>> 2009/4/3 Ademar Varela <ademar.varela@me.com>
>>>> Sim, é isto que vc entendeu, e tem meu apoio, porque nem todos sab
>>>> em fazer isto que vc sabe, se conectar na Russia, muitos pedofilos
>>>> não sabem fazer isso, e isto me deixa bastante feliz, tirar da so
>>>> ciedade indivíduos como estes é fundamental. Concordo que que
>>>> m sab
>>>> e cometer crimes ciberneticos, sabe fazer o que vc comentou, mas e
>>>> stes os bancos podem continuar se virando, já crianças não te
>>>> m o m
>>>> esmo poder de fogo.
>>>>
>>>>
>>>> Ademar Varela
>>>> iPhone Developer - mindbike
>>>> 019-9366.2247
>>>> ademar.varela@me.com
>>>>
>>>>
>>>> On Apr 3, 2009, at 3:59 PM, Porantim <porantim@gmail.com> wrote:
>>>>
>>>>> Como?
>>>>>
>>>>> Desculpa Rodrigo, acho que entendi mal. Você acha que a obrigato
>>>>> riedade de se identificar em TODOS OS LUGARES em que você tiver
>>>>> acesso não altera em nada?
>>>>>
>>>>> Isso quer dizer que, se você quiser usar o Wifi do Pão de
>>>>> Açúcar
>>>>> , do CCSP, da padaria, você vai ter que levar até lá RG, C
>>>>> PF, co
>>>>> mprovante de residência, etc.
>>>>>
>>>>> A lei prevê que o Pão de Açúcar, o CCSP e a padaria guarde
>>>>> m seus
>>>>> dados (e sua navegação) por três anos.
>>>>>
>>>>> É o mesmo que ser obrigado a se registrar cada vez que entra no
>>>>> ônibus, cada rua que vc passa, cada loja que você entra. A priva
>>>>> cidade do homem de bem, que cumpre a lei, vai pro lixo.
>>>>>
>>>>> Pior: NÃO AFETA EM NADA QUEM COMETE CRIME!. Sério. Você entende
>>>>> o que é uma rede IP, Rodrigo, sabe que basta eu alugar um servid
>>>>> or virtual na Rússia por USD 8,90 / mês e montar um proxy privad
>>>>> o que ninguém sabe quem eu sou.
>>>>>
>>>>> A lei tenta estabelecer um Estado policialesco que não terá abso
>>>>> lutamente nenhuma vantagem prática pra ninguém (a não ser
>>>>> pros p
>>>>> rovedores, que vão vender seus dados).
>>>>>
>>>>> Sou totalmente contra esse projeto de lei. Totalmente.
>>>>>
>>>>> -- Porantim
>>>>>
>>>>>
>>>>>
>>>>> 2009/4/3 Rodrigo Pissardini <rodrigopissardini@gmail.com>
>>>>> Joaquim:
>>>>>
>>>>> Ninguém diz aqui que é totalmente à favor ou contra a lei.
>>>>>  Porém
>>>>> qualquer posicionamento oferecido deve ser 'neutro' no sentido
>>>>> de descrever os prós e contras em um documento , sem fazer um ju
>>>>> ízo de valor, pois individualmente somos todos a favor do conhec
>>>>> imento livre, mas mesmo com a lei, este conhecimento continuará
>>>>> sendo livre. Por acaso fechará algum projeto ? Não. Pelo c
>>>>> ontrár
>>>>> io, as licenças livres continuarão, então no fim das cont
>>>>> as não
>>>>> há alteração prática, exceto para aqueles que praticam pir
>>>>> ataria
>>>>> ou delito eletrônico de alguma forma, o que creio, todos aqui r
>>>>> eprovamos.
>>>>>
>>>>> Atenciosamente,
>>>>>
>>>>> 2009/4/3 Ademar Varela <ademar.varela@me.com>
>>>>>
>>>>> Para mim não temos que ter posição alguma, para mim devemo
>>>>> s deba
>>>>> ter os pontos do projeto de lei e darmos a nossa opinião. Qualqu
>>>>> er posicionamento em termos de grupo é complicado, pois poderá r
>>>>> efletir uma opinião que não é unânime de todos.
>>>>>
>>>>>
>>>>> Ademar Varela
>>>>> iPhone Developer - mindbike
>>>>> 019-9366.2247
>>>>> ademar.varela@me.com
>>>>>
>>>>>
>>>>> On Apr 3, 2009, at 3:35 PM, Joaquim Mariano da Costa Neto <joaquimmariano@yahoo.com.br
>>>>>> wrote:
>>>>>
>>>>>>
>>>>>> Para o bem ou para o mal, até prova em contrário da existência
>>>>>> de outro grupo paralelo e até então desconhecido, nós aqui re
>>>>>> unidos na lista da Wikimedia Brasil somos o que existe de bras
>>>>>> ileiros envolvidos na Wikimedia. A Wikimedia Foundation é bem
>>>>>> clara ao ressaltar que não há vínculo organizacional entre ela
>>>>>> e o nosso grupo. Por outro lado, o grupo se formou e atua em
>>>>>> torno dos valores e das idéias da Wikimedia Foundation e exist
>>>>>> em algumas condições para o uso de marcas registradas (nomes,
>>>>>> logotipos, etc.). Acho que o maior problema, portanto, é saber
>>>>>> em que medida podemos vincular e comprometer a Wikimedia Foun
>>>>>> dation com nossos posicionamentos e em que medida temos autono
>>>>>> mia e independência para nos posicionarmos à revelia da Wikime
>>>>>> dia Foundation.
>>>>>>
>>>>>> Considerando a clara desvinculação organizacional que a própri
>>>>>> a Wikimedia Foundation requer dos capítulos locais (condição q
>>>>>> ue sequer assumimos), considerando que, além da desvinculação
>>>>>> organizacional, não temos até agora nenhum acordo ou contrato
>>>>>> com a Wikimedia Foundation, considerando que a Wikimedia Found
>>>>>> ation não acompanha detalhada e assiduamente o que ocorre no B
>>>>>> rasil, considerando que nós compartilhamos com a Wikimedia Fou
>>>>>> ndation os seus objetivos e, ao mesmo tempo, conhecemos melhor
>>>>>> a realidade brasileira do que o pessoal na Califórnia, acho a
>>>>>> bsolutamente válido nos posicionarmos claramente a favor ou co
>>>>>> ntra um determinado assunto, se assim entendermos correto.
>>>>>>
>>>>>> Entendo ser um imobilismo excessivo ficar aguardado a posição
>>>>>> da Wikimedia Foundation para assuntos domésticos ou ficar conj
>>>>>> ecturando qual seria o entendimento do Board of Trustees a res
>>>>>> peito de uma determinada questão tupiniquim. Não somos filial
>>>>>> da Wikimedia Foundation, temos cérebro, conhecemos e, de manei
>>>>>> ra geral, nos pautamos pelos princípios da Wikimedia, comparti
>>>>>> lhamos objetivos comuns com a Wikimedia Foundation, e, por cau
>>>>>> sa disso, acho que podemos muito bem trabalhar como grupo em b
>>>>>> enefício de algo que entendemos ser melhor. Não acho que seja
>>>>>> necessário omitir a posição da WikiBrasil e apresentar apenas
>>>>>> posições individuais de seus membros. Se nunca houver posicion
>>>>>> amento institucional da WikiBrasil, para que serve o grupo
>>>>>>  então?
>>>>>>
>>>>>> A Wikimedia Foundation pode ficar descontente com alguma posiç
>>>>>> ão defendida pela WikiBrasil? Sim, pode. E isso acontece até m
>>>>>> esmo em filiais de empresas transnacionais, que organizacional
>>>>>> mente estão vinculadas à matriz. Caso o pessoal da Califórnia
>>>>>> fique descontente com algum assunto, discute-se a questão. Bas
>>>>>> ta diálogo para explicar a nossa situação doméstica e
>>>>>> a razão
>>>>>> das nossas posições. E eles então explicam as razões da
>>>>>>  Wikime
>>>>>> dia Foundation. E dialoga-se. Simples assim.
>>>>>>
>>>>>> E não podemos esquecer que não é possível ser "neutro":
>>>>>>  a neut
>>>>>> ralidade foi embora no momento em que nos colocamos em defesa
>>>>>> do conhecimento livre.
>>>>>>
>>>>>> Por tudo isso, acho bastante cabível e pertinente que a WikiBr
>>>>>> asil posicione-se e manifeste-se contra o substitutivo do Azer
>>>>>> edo: esses projetos de leis estrangulam o livre conhecimento e
>>>>>> a WikiBrasil, por trabalhar em favor do livre conhecimento, c
>>>>>> ondena essa alteração legislativa.
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