Oi Ewout, 
é exatamente isso que falou: ao construirmos o CMS próprio, criamos um problema: ninguém o conhece, até que coloque a mão na massa e pouquíssimos têm interesse em trabalhar nele, por ser muito específico. O código do Overmundo também é aberto, mas igualmente poucas contribuições vieram. E mesmo pra contratar desenvolvedor não era o melhor dos mundos e sempre exigia algum tempo de curva de familiarização/aprendizagem. 

De qualquer forma, agradeço as dicas a você e ao Everton. 
A questão central, no entanto, nem era desenvolvimento - era estrutural, jurídica e de prioridades - eu levantei essa bola uma vez (se bem me lembro, inclusive, a preocupação nem era só de incluir a a BY-SA, mas outras também) - mas a demanda por diferentes licenças era pequena por algumas consultas que fiz (a visão geral era de que as pessoas ficavam felizes em fazer reportagens e posts pra serem veiculados sem fins comerciais, mas muitos viviam de freelas com empresas de jornalismo, então gostavam quando surgiam "negócios"/propostas derivadas dali para veículos de comunicação comerciais), havia N bugs e melhorias prioritários pra serem resolvidos antes, os termos de uso teriam de ser alterados, o site não teria uma licença uniforme (não podíamos aplicar diferentes licenças a textos já publicados), entre outras avaliações que foram determinantes pra isso nunca entrar no eixo da agenda. 

Abraços

2013/2/18 Everton Zanella Alvarenga <tom@wikimedia.org>
P. S. mas é importante relatar que a abertura tornou possível
contribuições, apesar de não ser tanto quanto gostaríamos. Basta ver
um dos desenvolvedores que juntou-se ao time depois de mostrar-se
bastante hábil para diversas melhorias no site, que ele fez no começo
praticamente sem precisar pedir. Acho que aí está um um ponto chave,
participar sem precisar pedir e fazer algo legal para a comunidade,
sentindo-se parte do projeto.

P. P. S. Ewout, git é muito mais legal que subversion. :P

2013/2/18 Everton Zanella Alvarenga <tom@wikimedia.org>:
> Obrigado pelo relato, Ewout!
>
> Esse é, de fato, um dos maiores desafios, formar essa massa crítica
> para uma comunidade auto-sustentável. Não é nada trivial.
>
> Um projeto ser bastante aberto e transparente é uma condição
> necessária, mas não suficiente para uma maior participação. (lembrando
> dos tempos de teoremas matemáticos :P)
>
> Tom
>
> 2013/2/18 Ewout ter Haar <ewout@usp.br>:
>> Toda infra de desenvolvimento do Stoa foi mudado, mas re-vendo o texto
>>   http://wiki.stoa.usp.br/Stoa:Sobre#Como_contribuir
>> parece ainda bem relevante: mostra bem como gostaríamos ter recebido
>> contribuições.
>>
>> A prática se mostrou outro: não recebemos contribuições de código. Pode ser
>> que com novas tecnologias de desenvolvimento distribuído (git, github) isto
>> agora seria mais fácil, mas duvido: o Stoa, assim como o Overmundo é uma
>> única instância de um site, e é muito dificil motivar desenvolvedores
>> contribuir para uma única instância de algo, muito menos ainda se precisam
>> passar pelo crivo dos desenvolvedores "core".
>>
>> O que funcionou e vai funcionar sim é colocar esforços em criar
>> *plataformas* que permitem pessoas contribuir sem pedir permissão. O elgg
>> tinha um sistema (bem perigoso do ponto de vista de segurança, alias) que
>> permitia usuários implementar o seu próprio template (com css e javascript e
>> tudo). Podia colocar qualquer javascript no seu perfil. Isto as pessoas
>> usaram bastante.
>>
>> Mas é assim, criar uma arquitetura de participação é bem dificiil. É
>> necessária mas não suficiente implementar toda infra técnica de participação
>> (lista, github, wiki de documentação). Mas se fizer só isto, é cargo cult.
>> Precisa permitir e incentivar participação de facto e não somente de jure.
>> Mas isto é bem difícil, sobretudo quando seu potencial público alvo é muito
>> pequeno (desenvolvedores capazes de fazer algo de útil). Aí, às vezes vale
>> mais a pena investir o dinheiro e esforços num contrato.
>>
>> Ewout
>
>
> --
> Everton Zanella Alvarenga (also Tom)
> "A life spent making mistakes is not only more honorable, but more
> useful than a life spent doing nothing."



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