Entendo. Só falei que não da para ter uma meta rígida em um programa como esse, pq não existe uma ação clara e objetiva que vai levar ao resultado esperado. Uma vez que esse resultado (aumentar a comunidade) não costuma ser alcançado com facilidade!
Por isso percebo que na pratica o programa foi/é principalmente sobre ter verba e liberdade de testar coisas diferentes e aprender com elas.
Então eu pelo menos não meço a eficiência do programa pela eficiência pelos resultados intangíveis, mas sim pelo feedback que fica disponível no processo. E nisso percebo que deixou a desejar. Inclusive sugeri o micro-report para ajudar nesse sentido (dentre outras coisas).
Só estou tentando não ser romântico quanto a objetivos grandes demais. A experiência diz que não virão. Mas analizando o micro, podemos ver que muito trabalho é feito e muitas coisas são alcançadas!Em 12 de junho de 2014 09:01, Everton Zanella Alvarenga <tom@okfn.org.br> escreveu:
Mas até mesmo a forma como a vaga foi criada estava errada. Basta ver com ela foi anunciada na busca da pessoa que seria contratada e o que realmente a comunidade esperava (além da expectativa dos candidatos diante do que foi anunciado! Imagine o que alguém lê ao ver uma vaga sobre ser diretor da Wikimedia no Brasil ;)Não vejo muita diferença do que está sendo feito em relação ao que já era feito quando havia uma comunidade offline mais ativa, que entrou em certo conflito com o catalisador desde que sua execução foi anunciada durante a Wikimania de Haifa, em 2011. Alguns correram para criar uma entidade legal e atender as (toscas, na minha opinião) exigências da WMF para ser reconhecido como um capítulo. Lembro nitidamente a preocupação de alguns colegas ativos no offline e online de terem que executar tarefas desse novo "diretor da Wikimedia no Brasil", com o sentimento, me parece, de que estavam contratando alguém pois não éramos competentes para esse papel.4. Cara, é mais de R$ 1 mi para um ano. Você acha mesmo que vale isso a partir do que está sendo entregue? Do legado sendo deixado?Se for para ter alguém para aprender, o que acho válido, isso vale a pena se for para uma comunidade ativa. O que não é o caso no que diz respeito a atividades offline. Se for alguém para estudar a comunidade online (principalmente a Wikipédia, o projeto Wikimedia que possui alguma dinâmica mais viva), temos uma pessoa já contratada para isso, mas nem sei direito o que está sendo entregue ou analisado. Posso não estar procurando direito (novamente, entra a falha da comunicação, talvez) ou sou cego mesmo.3. Não ter metas rígidas? Humm... De fato, para sistemas como a Wikipédia, me parece praticamente impossível prever algo. No entanto, há coisas muito simples que podem ser desenhas para serem entregues (e. g., um blog com vários posts sobre as atividades e projetos é um exemplo, mas a WMF criar muito obstáculos por conta da marca, a comunidade ativa no offline não sabe a importância disso e a Oona não tem ousadia o suficiente para peitar uma mosca). E esses entregáveis não parecem ter sidos desenhados ou algumas coisas foram feitas às pressas, como o programa de educação em que fui contratado em dezembro de 2011 só 20 horas por semana e não houve tempo para planejar nada (bem, houve esses vários eventos dispersos que, se for para o objetivo inicial proposto quando fui contratado, aumentar editores da Wikipédia, não servem para praticamente nada - exceto gerar fotinho, mas isso já fazíamos quando havia um grupo com o mínimo de atividades por aqui).2. O catalisador deveria, sim, suprir algumas demandas que os voluntários ativos (mais do mundo offline) não estavam dando conta, mas também tinha que criar estratégias e projetos focados em atrair editores para a Wikipédia. Digo mais sobre o mundo offline, pois certamente um funcionário ou consultor da WMF não pode ser pago para fazer atividades de edição da enciclopédia, mas sim catalisar para que isso ocorra.Pontos importantes a serem destacados:1. os subsídios do IEG não pagam o trabalho dos voluntários no sentido de horas de dedicadas para a execução de projetos, mas os projetos em si <https://meta.wikimedia.org/wiki/Grants:IEG/pt-br>. Para exemplificar, não paga para alguém editar ou organizar um evento, mas os custos necessários para que esse ocorra. Então isso é bem diferente do catalisador, que paga profissionais para a execução (ou tentativa de execução) de projetos.
Em 12 de junho de 2014 04:24, Raylton P. Sousa <raylton.sousa@gmail.com> escreveu:
Sobre o que o Tom falou de contratar pessoas, preferencialmente, da comunidade pra fazerem o que já fazem só que por mais tempo. Acho que isso já existe em parte com o próprio IEG. E em parte a maioria das contratações é preferencialmente assim.
E nesse contexto (para não perder o fio do papel do catalisador) podemos , e é particularmente interessante, voltar ao passado e definir o movimento que é por definição um movimento protagonizado por pessoas construindo coisas em seu tempo livre. E essas pessoas originalmente cuidavam de todas as tarefas elas próprias (e isso incluía fazer vaquinha para manter os servidores e rezar para ele suportar o numero de acessos). E a ONG nasce para suprir uma demanda legal relacionada as doações para manter os servidores funcionando (vaquinha de mais de x "dinheiros", sem impostos/transparência é crime). Em algum momento as doações que eram para os servidores superam a demanda dos mesmos, e foi nesse momento que os principais voluntários que mantinham o software passaram a ser remunerados pra fazer o que já faziam (o Jimbo cita o Brion como exemplo disso). Algum tempo depois surgiram outras funções na ONG. Como comunicação, suporte jurídico (ou sei la o nome). E finalmente vem os grants pra um retornar o dinheiro sobressalente para comunidade.
Então a ONG chega com a proposta de suportar legalmente um movimento que começava a gerir dinheiro para cobrir os custos. E secundariamente aparece com o objetivo de suprir demandas que não podem ser supridas com voluntários, seja por falta de conhecimento ou de tempo. E nesse sentido. O catalizador vem para suprir tarefas que os voluntários se mostravam ineficientes em fazer (como as que pontuou muito bem o jo), principalmente por falta de conhecimento. Sendo inclusive uma delas aumentar sua própria comunidade. Mas por ser temporário o catalizador vinha com a ideia de coadjuvar. Vinha com a ideia de que se hoje a comunicação da comunidade com o externo passou a ser de alguma forma protagonizada pelo programa, seu papel é ceder o protagonismo aos voluntários, é transbordar a experiencia que justifica sua e existência.
Mas por outro lado acho que também não é o caminho ter metas rígidas, pq se o programa se propões a fazer algo que nenhum voluntario foi capaz (aumentar a comunidade). Então seu principal papel é aprender, e talvez seu principal objetivo tangível seja transbordar esse aprendizado.
Sobre o correio. Acho que a presença do catalisador desperta um pouco de representatividade sim. Da mesma forma que os admins. Mas não tem uma solução simples para isso. É aquela velha história da divisão de tarefas. Se tem alguem fixado em uma tarefa. A outra pessoa pode deixar de se sentir responsável por ela. E se sentir responsável e dono da wiki*, é muito importante.
Desculpe a falta de objetividade. Melhor o na próxima.
Carinho!
_______________________________________________
WikimediaBR-l mailing list
WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org
https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l