Tem como conseguir os scans das páginas citadas ou do livro todo para não ficarmos só na análise da Falha de SP? 

Vou ver se consigo isso porque acho importante fazermos uma avaliação própria.

Quanto ao debate em si: o mais importante/interessante é pensar por que o mec pagar  tão caro, chegando até a subsidiar a escrita, de livros didáticos se estes viram "produtos" depois? Não é o mínimo de se esperar que o governo patrocine e/ou compre materiais com licenças flexiveis para a cadeira pública de educação? O mec, por sua abrangência e peso político, tem peso para induzir esse processo, é só querer. O Ministério da saúde peita patente de remédio, que é muito mais complicado. 

Esse debate tem de se cada vez mais levantado! 


Felipe Cabral
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Em 1 de maio de 2011 12:42, Everton Zanella Alvarenga <everton137@gmail.com> escreveu:

Caros,

como lembro de termos discutido sobre a escolha dos livros didáticos
adotados na rede de ensino pública, em diversos eventos sobre recursos
educacionais abertos, acho importante ficarmos de olho nessa questão e
não esquecê-la, principalmente quando, num futuro não muito distante,
quisermos que livros de qualidade com licenças menos restritivas sejam
usados.

Lembro do bom exemplo do projeto Folhas do Paraná que produziu livros
num interessante processo de colaboração entre os professores (com
suas falhas, como a questão da licença e podendo melhorar o conteúdo e
maior abertura no processo de elaboração, é verdade), adotado pela
rede de ensino pública do estado do Paraná. Talvez em breve teremos
grupos organizando iniciativas parecidas e esses livros serão os
adotados por outras redes.

Ao mesmo tempo, além da questão das licenças, a questão do conteúdo  e
o processo de escolha desses livros me preocupa. Li agora uma matéria
[1] (tenho que checar os livros, alguém aqui tem acesso?) sobre uma
possível propaganda ideológica em livros distribuídos para uma maioria
dos estudantes brasileiros. É provável que isso ocorra em diversos
outros governos e esferas aqui no Brasil.

Acho que a escolha dos livros didáticos pelo MEC é um assunto que
todos aqui têm algum interesse e alguns podem contribuir com sua
experiência sobre o processo de seleção. Por isso compartilho minha
preocupação, suscitada pela matéria copiada abaixo.

[]'s,

Tom


[1] Livros aprovados pelo MEC criticam FHC e elogiam Lula
<http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/po0105201102.htm>

Obras atacam privatizações feitas pelo tucano e minimizam o mensalão
Comissão formada por professores avalia os livros, que são usados por
97% das escolas da rede pública de ensino

LUIZA BANDEIRA
RODRIGO VIZEU
DE SÃO PAULO

Livros didáticos aprovados pelo MEC (Ministério da Educação) para
alunos do ensino fundamental trazem críticas ao governo Fernando
Henrique Cardoso (PSDB) e elogios à gestão de Luiz Inácio Lula da
Silva (PT). Uma das exigências do MEC para aprovar os livros é que não
haja doutrinação política nas obras utilizadas.

O livro "História e Vida Integrada", por exemplo, enumera problemas do
governo FHC (1995-2002), como crise cambial e apagão, e traz críticas
às privatizações.
Já o item "Tudo pela reeleição" cita denúncias de compra de votos no
Congresso para a aprovação da emenda que permitiu a recondução do
tucano à Presidência.

O fim da gestão FHC aparece no tópico "Um projeto não concluído", que
lista dados negativos do governo tucano. Por fim, diz que "um aspecto
pode ser levantado como positivo", citando melhorias na educação e a
Lei de Responsabilidade Fiscal.

Já em relação ao governo Lula (2003-2010), o livro cita a "festa
popular" da posse e diz que o petista "inovou no estilo de governar"
ao criar o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social.
O escândalo do mensalão é citado ao lado de uma série de dados positivos.

Ao explicar a eleição de FHC, o livro "História em Documentos" afirma
que foi resultado do sucesso do Plano Real e acrescenta: "Mas decorreu
também da aliança do presidente com políticos conservadores das
elites". Um quadro explica o papel dos aliados do tucano na
sustentação da ditadura militar.

Quando o assunto é o governo Lula, a autora -que à Folha disse ter
sido imparcial- inicia com a luta do PT contra a ditadura e apenas
cita que o partido fez "concessões" ao fazer "alianças com partidos
adversários".

Em dois livros aprovados pelo MEC, só há espaço para as críticas à
política de privatizações promovida por FHC, sem contrabalançar com os
argumentos do governo.

MENSALÃO

Já na apresentação da gestão Lula, há dois livros que não citam o mensalão.

Em "História", uma frase resume o caso, sem nomeá-lo: "Em 2005, há que
se destacar, por outro lado, a onda de denúncias de corrupção que
atingiu altos dirigentes do PT, inúmeros parlamentares da base do
governo no Congresso e alguns ministros do governo federal".

A Folha não conseguiu falar com os autores da obra.

Uma das críticas feitas a Lula é o fato de ter continuado a política
econômica do antecessor.

Os livros aprovados pelo MEC no Programa Nacional do Livro Didático
são inscritos pelas editoras e avaliados por uma comissão de
professores. Hoje, 97% da rede pública usa livros do programa.
São analisados critérios como correção das informações e qualidade
pedagógica. As obras aprovadas são resenhadas e reunidas em um guia,
que é enviado às escolas públicas para escolha dos professores.
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