Acho que sua ultima frase diz tudo:

"Enfim, o mundo não está errado, nunca esteve. Nós que estamos errados. Estamos errados por sermos egocêntricos e acharmos que nossa contribuição ou a de alguém é essencial, quando não é. --Diego Queiroz "

Concordo que uma andorinha não faz verão, mas discordo desse padrão colocado pela indústria e RHs da vida onde todo mundo é substituível e todos são dispensáveis.

Acho que todo mundo é diferente e com um conjunto de experiências e vivências que torna cada pessoa importante e especialmente única no processo como um todo.

Com certeza falta um pouco mais de racionalidade e cordialidade na comunidade brasileira. Já vi muita gente bacana saindo e deixando de contribuir, e claro, muita gente boa entrando, mas no geral, pela movimentação que vejo e ritmo de crescimento e qualidade, me parece que o saldo tem sido negativo, posso estar errado.

Assim como você, tenho tentado fazer a minha parte, com o tempo e competências/habilidades que tenho para contribuir com o movimento. Não falo mal do projeto, pq ele realmente é fantastico e tem grande potencial, mas minhas experiências desde o inicio das minhas edições em 2006 tem sido bem desanimadoras, sigo em frente, mas a gente passa por cada situação, que vai do conflito de idéias ao julgamento de caráter e acusações pessoais, que realmente dá vontade de botar a viola no saco e ir embora cuidar da horta :-)

Nos ultimos anos tenho refletido mais sobre minha forma de atuar, lidar com problemas e principalmente com as pessoas, creio que todos aqui deveriam refletir sobre essas questões. E ao ler criticas na mídia e comentários lançados por outros usuários, tentar avaliar sem levar pro lado pessoal e religioso da coisa.

Abraços a todos

Rodrigo Padula

Em 6 de maio de 2015 10:47, Diego Queiroz <queiroz.diego@gmail.com> escreveu:
Rodrigo.

Eu sou um desses usuários.  Estou sem tempo para editar e, mais do que isso, também estou cansado da Wikipédia e do tom agressivo costumeiro.

Mas os que se sentem assim (incluindo eu) são os desesperados, que querem "consertar" a Wikipédia (como se houvesse algo quebrado), que acham que estão fazendo "A coisa mais importante do mundo", cada um à sua maneira, seja com o preciosismo que mencionou, seja em acreditar que sabe mais do que os outros, seja em buscar mérito pelo que faz. Eu falo isso com a sanidade necessária para dizer que sou um desses editores.  Uma discussão que não flui da maneira como eu gostaria me deixa chateado, revoltado, me tira o sono, me impede de fazer outras coisas, enfim, muitas coisas que não me orgulho.  Só que todas essas coisas são falhas minhas, pois sou humano.

Por outro lado, sou autocrítico o suficiente para não sair por aí falando mal da Wikipédia, pois sei que um projeto como a Wikipédia não vai crescer com o esforço de um único editor, ou de um grupo qualquer de editores dedicados.  A Wikipédia é um projeto sem fim declarado, que estará sempre em revisão e aprimoramento pela *humanidade*.  Não haverá um "ponto ótimo" e sempre haverá altos e baixos (e no curto prazo, os pontos baixos serão sempre maiores).  Essa é a graça da coisa e é onde está a genialidade de quem propôs o modelo Wiki de edição.

Se não fosse assim que devesse ser, haveria alguma preocupação da WMF em controlar o conteúdo e não simplesmente lançar a enciclopédia a sorte para ver no que dá.

Dizer que a falta de um projeto ou que o afastamento de editores causa qualquer impacto a longo prazo, para mim, é pensar pequeno, muito pequeno.

Não estou dizendo que nosso trabalho é inútil. Projetos podem ser propostos e acho que devem ser sempre bem vindos. Se os nossos editores aprenderem a serem educados, com certeza eles viverão mais (o que rola de ameaça de morte offwiki não é pouco). Mas entenda que tudo isso não faz a menor diferença, pois não é necessário para que o projeto evolua. Talvez isso sirva para acabar com a sanidade dos nossos editores, mas sempre haverá uma nova geração nascendo e surgindo para se perder como a anterior.

Enfim, o mundo não está errado, nunca esteve. Nós que estamos errados. Estamos errados por sermos egocêntricos e acharmos que nossa contribuição ou a de alguém é essencial, quando não é.

---
Diego Queiroz

2015-05-06 10:13 GMT-03:00 Rodrigo Padula <rodrigopadula@gmail.com>:

Realmente eu acho que uma das maiores falhas da comunidade brasileira é o fato de não reconhecerem que esses problemas REALMENTE EXISTEM.

Se isso fosse mimimi, não veriamos pessoas experientes e com anos de trabalho e muita bagagem dizendo na esplanada "Até mais, pra mim já deu".

Tratamos mal atém quem ajuda muito e no geral recebemos muito mal os novos usuários, falta acompanhamento mais de perto, falta vontade em colaborar com temas e discussões importantes e projetos que agregam ao movimento wikimedia dentre outras questões.

Falta um pouco do conceito de grupo e principalmente grandes esforços de trabalho colaborativo, reflexo disso é o grande nível de insucesso dos WikiProjetos.

Grande parte do trabalho é feito de forma individual, por iniciativas próprias, por isso muitos acabam tratando certas áreas e artigos como o "meu precioso".

Concordo que título e formação não dizem tanto assim, mas um wikipedista responder uma edição de um especialista da área com um "f.... se vc é especialista da área, vc fez m.... e não sabe editar, tá revertido e bloqueado" não ajuda muito.

Boa parte da mídia e da academia brasileira ainda não compreende a dinamica da Wikipédia e de sua comunidade e com o nível de hostilidade atual, continuarão não compreendendo pois quem não é experiente, no geral não é bem-vindo para editar e sem editar não vão pegar experiêcia.

Nem todo mundo nasce com o gene do wikipedista, então, creio que precisamos fazer um esforço para receber melhor quem está chegando. E olha que aninda nem chegamos no tema dos estatutos e pessoas que se candidatam a ajudar mais a fundo e são vetadas por puro capricho de quem tem o poder de colocar mais gente pra dentro do projeto e não o faz.

Então, basicamente eu vejo 2 tipos de usuários, aquele que compra uma camera nova e sai usando e aprende com o erro e aquele que compra uma camera nova, pesquisa na internet, lê o manual, compra um livro e daí começa a tirar as primeiras fotos. Como podemos notar, grande parte dos usuários se enquadram no primeiro caso, se a gente chega pra ele, tomamos a camera e falamos  "seu idiota, vc não sabe tirar fotos" , com certeza podemos estar perdendo um grande fotógrafo. 

Por isso com certeza precisamos melhorar a comunicação e a forma de tratar os novos usuários. Houve grande investimento de recursos e de tempo da equipe paga pela WMF na produção de conteúdo de ajuda/capacitação em português.

Esse material só foi publicado no commons após vários emails e muita discussão e o material sequer foi divulgado e referenciado por aí. Colocando um bot para enviar mensagens com os links do material para os novos usuários ja ajudaria muito, mas.....

Sobre a Wikipédia em Inglês, a questão não é somente pelo idioma ser mais falado que o PT, contribuições feitas lá são muito mais bem recebidas do que aqui, esse é o grande diferencial.

Enquanto em alguns projetos normalmente é adotado o principio da boa fé... aqui adotamos o da má fé, como se as edições feitas são para promover algo ou para se promover ou então são para gerar números de edições.

Se continuarmos aqui com essa visão de que o mundo está errado, a mídia está errada e que tudo isso é mimimi, nada vai mudar e grandes colaboradores como os que anunciaram sua saida/aposentadoria na esplanada continuarão abandonando o barco...

Atenciosamente

Rodrigo Padula

Em 5 de maio de 2015 21:56, Diego Queiroz <queiroz.diego@gmail.com> escreveu:
Honestamente, pra mim isso tudo é "mimimi".

Quando eu estava na escola (uns 15 anos atrás), já começavam as discussões sobre os alunos heróis e os preguiçosos: aqueles que tinham que ir à biblioteca fazer uma pesquisa na Barsa e transcrever o texto à mão em uma folha de papel almaço; e aqueles que tinham o Encarta instalada nos seus Windows 95/98 e uma impressora jato-de-tinta à disposição. Afinal, como seria o futuro da geração "copia-e-cola"?

Supondo toda essa história cuspida no blog como real e não fictícia, não consigo imaginar um futuro mais formidável para meus filhos: um futuro em que ninguém mais vai poder pegar em uma enciclopédia e achar que aquilo é, por qualquer motivo, verdade absoluta. Pelo contrário, nossos filhos serão "treinados" desde a escola primária a serem críticos, analisarem a informação, checarem as fontes e questionarem tudo o que for apresentado a eles, já que a maior parte da informação disponível a eles estará imprecisa.

Eu sou pesquisador há vários anos na USP (acho que ela se enquadra no quesito "grande universidade pública") e tenho contato com vários pesquisadores com "pós-doutorado a muito anos" (que os pesquisadores/amigos me perdoem, mas "grande porcaria", como se só um título concedesse autoridade a alguém), e fiquei pasmo ao ver que as eventuais contribuições deles à Wikipédia eram de péssima qualidade: com erros, mal formatadas, faziam uso da primeira pessoa e, obviamente, estavam sem fontes (a maioria dos computadores dos professores na USP possuem IPs fixos, então não é difícil caçar eventuais edições de um computador em particular). Alguns até falavam mal da Wikipédia e do fato de terem sido revertidos, e sempre diziam para os alunos "tomarem cuidado", tudo isso sem sequer tentar entender melhor o projeto e como ele funciona. Achavam que a Wikipédia era terra de ninguém e o fato de pessoas "não tituladas" desfazerem suas edições uma afronta, um rebaixamento à posição deles. Enfim, a livre docência não torna ninguém livre de ignorância.

Por outro lado, quem afirma que a Wiki-EN é, de qualquer forma, melhor gerenciada que a Wiki-PT, não deve mais duvidar disso. O inglês é a língua mais ensinada nas escolas, é a língua dos negócios, etc, etc, etc. Logo, nada mais normal que a de lá seja maior e mais desenvolvida que a daqui. Mas, de forma alguma, isso justifica dizer que lá funciona e aqui não, pois a metodologia é e sempre foi a mesma.

---
Diego Queiroz

2015-05-05 20:41 GMT-03:00 André Z. D. A. <andrezda10@yandex.com>:

Não duvido que seja verdade. E até tentei encontrar artigos potenciais para serem o exemplo claro que a crônica (com sua permissão, para o nome) relata.

Tive edições totalmente desfeitas várias vezes (na conta que tenho atualmente, associada a esse endereço, e outras muitas e muitas edições anônimas que fiz até a cerca de 10 anos atrás, quando comecei a contribuir com mais frequência, e que faço até hoje). Ao invés de serem melhoradas, apontadas ou questionadas, as edições simplesmente são apagadas.

Recentemente, um amigo me contou que um professor, já com pós doutorado a muitos anos, contou que teve as suas edições apagadas na Wikipédia em português. Edições que ele fez de artigos de um assunto que ensina graduação e pós-graduação, e no qual também fez pesquisas importantes. É um professor de uma grande universidade pública. E no fim, a lição que ele deixou é simples: "consultem sempre a Wikipédia em inglês, pois a daqui comete os erros mais básicos, com as ideias mais fáceis das coisas, e não evolui".

E, embora muito insatisfeito e triste de dizer isso, eu tenho que concordar com esse professor. A receptividade e construtividade que acho às edições feitas (falo por mim!) na Wikipédia em inglês e em algumas de outras línguas (embora muito poucas) que às vezes edito, é na maioria das vezes muito melhor que as da nossa - muito.

André



> Tá na seção "literatura" do site, pela escrita é um romance, mas não deixa de ter um viés realístico.
>
> Em 4 de maio de 2015 14:47, Luiz Augusto <lugusto@gmail.com> escreveu:
>
>> Na verdade me soa como um texto ficcional
>>
>> Em 04/05/2015 13:58, "Victor de Andrade Lopes" <victordalopes@gmail.com> escreveu:
>>
>>> Não consegui entender de qual artigo exatamente a matéria trata...
>>>
>>> Em 3 de maio de 2015 21:38, Marco Aureliopc <marcoaureliopc@gmail.com> escreveu:
>>>
>>>> http://obviousmag.org/bacalhau_sacopenapa/2015/04/wikipedia-a-enciclopedia-de-luta-livre.html
>>>>
>>>> Wikipédia, a enciclopédia de luta livre
>>>>
>>>> publicado em literatura por Luis de Freitas Branco
>>>>
>>>> A morte do escritor mais conceituado da cidade revela que no ringue digital só contam os golpes baixos
>>>>
>>>> Guilherme era o escritor mais conceituado da sua cidade. Para muitos, o
>>>> principal favorito a renovar um lugar na Academia Brasileira de Letras,
>>>> essa organização conceituada, antigo complô de Machado de Assis para
>>>> invadir o Brasil. Apesar da corrida pender para seu lado, Guilherme
>>>> cometeu um erro básico, morreu, impedindo uma tomada de posse. Foi um
>>>> choque na cidade, sobretudo para Fred, o amigo e biógrafo oficial do
>>>> escritor, que se estendeu num longo discurso de elogios, capa do
>>>> principal diário. A morte de Guilherme coincidiu com o fim das últimas
>>>> entrevistas que deu ao Fred, que preparava um novo lançamento
>>>> biográfico. Aproveitando a morte do amigo, Fred decide porque não, uma
>>>> biografia mais picante. Testando o terreno, começa pela Wikipédia, sendo
>>>> que qualquer das formas, o texto da página já era da sua autoria.
>>>> Atualiza o falecimento, com detalhes calorosos do funeral que comoveu a
>>>> cidade. Passa para a seção de vida privada e acrescenta um segredo que o
>>>> escritor confidenciou. Ele tinha uma amante. Manteve essa mulher toda a
>>>> vida, com apartamento próprio em Jacarepaguá, enquanto o escritor
>>>> estava casado, no centro da cidade.
>>>>
>>>> Os herdeiros sabiam dessa amante e decidem retaliar, negar o caso, não
>>>> fosse essa mulher decidir gozar parte dos espólios. Na Wikipédia apagam
>>>> as novidades, mantendo apenas o estado atual do escritor, falecido. Na
>>>> seção de vida privada deixam também o seu cunho, escrevendo que ele
>>>> amava loucamente a mulher. O biógrafo, atento internauta, não tarda a
>>>> assistir em direto à mudança na página, apagando o escárnio, que ele
>>>> sabia que era estratégia dos herdeiros. Na sala carregada de livros
>>>> autografados por Guilherme, condena os malditos dos herdeiros.
>>>> Fascistas. Venezuelanos. Cubanos. Malditos. Fred não ia certamente
>>>> deixar o pensamento da imprensa livre ser assim espezinhado, ia
>>>> responder na mesma moeda, na provocação. Furioso, escreve que Guilherme
>>>> além de ter uma amante durante toda a vida, ainda escondia uma mulata da
>>>> favela, que tinha vergonha de admitir como namorada. O escritor tinha
>>>> muitas qualidades, mas defeitos também, sendo o mais célebre um racismo
>>>> fervoroso, impedindo que esta invenção do biógrafo fosse verdade.
>>>>
>>>> “Mulata!”, desesperam todos os herdeiros em uníssono, acompanhando a retaliação do inimigo. “Mentir não.”
>>>>
>>>> Apagam logo as calúnias, sublinhando o amor que ele tinha pela mulher,
>>>> guardando mesmo a virgindade para o casamento, como manda a fé cristã,
>>>> doutrina que era devoto.
>>>>
>>>> “Fé cristã!”, ri irônico Fred. “É o desespero”, condena, conhecendo
>>>> pessoalmente o ódio do escritor a todas as religiões do planeta.
>>>>
>>>> Com os dedos aos saltos não perde tempo, teclando ao lado do nome
>>>> Guilherme um epíteto, “O Ateu”. Segundo o novo texto ganhou a alcunha
>>>> quando deu um tapa no bispo da cidade. Volta a copiar o texto da amante e
>>>> da mulata da favela, acrescentando em grande destaque, uma relação
>>>> meramente sexual com um padre da Candelária. Tudo acontecia nas cabinas
>>>> de confissão, explica. Os herdeiros não estremecem, suam de excitação e
>>>> voltam ao ataque, dando realce ao amor pela mulher, admitindo mesmo que
>>>> ele na verdade era castrado desde criança. Ao lado do nome fazem o seu
>>>> epíteto, “O Eunuco”. Antes mesmo de ler as novidades, Fred estava pronto
>>>> para o contra-ataque, escrevendo como Guilherme era um conhecido
>>>> pedófilo e a grande influência na escrita dele era Lewis Carrol.
>>>> Especialmente as fotografias do inglês. Os herdeiros não entenderam a
>>>> referência, mas apagam mesmo assim, acrescentando a sua versão,
>>>> sucedendo uma imediata resposta do biógrafo e outra correção dos
>>>> herdeiros. A brincadeira atingiu os seus limites e a Wikipédia decidiu
>>>> na gerência interromper qualquer futura mudança na página, congelando as
>>>> ações dos dois lados, estacionando no meio da retaliação mútua.
>>>>
>>>> “Além de ser um dos nossos representantes mais famosos na
>>>> literatura”, continua Gisele, terminando a sua apresentação na sala de
>>>> aula. “Era também uma figura muito controversa”, acrescenta, se
>>>> preparando para ler de seguida a parte gramaticalmente mais complicada
>>>> da apresentação. “Era um pedófilo famoso, apesar de castrado desde
>>>> criança. Quando ficou cego e amputado das mãos, também em criança,
>>>> deixou de ter qualquer pensamento ou observação sexual. No entanto, é
>>>> sabido que ele usava os cotos para violar as domésticas do prédio onde
>>>> morava”. Gisele não falou das várias amantes e do amor condicional com a
>>>> mulher, mas achou essa informação menos relevante, tendo em conta que
>>>> era apenas uma apresentação de dez minutos.
>>>>
>>>> “Menina Gisele! Saia já da sala! Ordinária!”, reage a professora de português, surpreendida com a provocação.
>>>>
>>>> “Professora fiz toda a consulta na Wikipédia, não estou mentindo”,
>>>> explica sem sair da sala, prendendo calmamente o cabelo no lenço da
>>>> cabeça.
>>>>
>>>> “Vamos ver”, sorri a professora, determinada a humilhar a aluna.
>>>>
>>>> Liga o projetor, que faz de espelho para o visor do computador na sala
>>>> de aula. Vai à página de Guilherme, na Wikipédia. Bem, acho que é
>>>> escusado contar que a Gilete teve a melhor nota da turma. Afinal foi uma
>>>> excelente apresentação, sem pontapés na gramática. O caixão de
>>>> Guilherme, esse estava tudo chutado, de cima abaixo.
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