Comentários:

1. Eu não sei porque vocês insistem em chamar organização de burocratização. Qualquer coisa com o mínino de organização torna-se burocratico na vossa imaginação.

2. A comunidade sempre participou das iniciativas dos chapters. Olhe qualquer evento da WMPT, ou qualquer parceria da WMDE ou WMFR (pra citar as maiores) e vais ver que o "chapter" sempre trabalha junto com "a comunidade".

3. Novos caminhos para usuários é coisa para ser definido no "usability". Apesar de vários chapters estarem a trabalhar para melhorar a interface para usuários e angariar mais usuários em países em desenvolvimento (como o Brasil), isso não pode ser exigido de todos. Mas já que querem citação: WMFR tem "internos" em faculdades e museus, WMDE faz workshops uma vez a cada 15 dias para ensinar as pessoas a editar, WMUK tem um programa semelhante ao da WMDE dentro do Museu Britanico, os membros da WMPT  dão cursos sobre introdução ao modelo wiki, a WMIN faz concursos sobre edição, a WMNL ensina as pessoas a fazer upload de fotos no commons, etc, etc, etc. Sem contar o esforco de mais de 7 chapters europeus para organizar o Wiki Loves Monuments 2011. Se vocês pararem de olhar pra dentro o tempo inteiro, iam ver que os chapters funcionam muito bem, obrigada.  

4. Claro, as pessoas da WMBR não brigam. Nem temos aqui uma tread sobre o assunto. (não a dizer que os chapters nao brigam, mas que isso não é um problema exclusivo destes - alias, as ofensas que rolam aqui na mailing eu nunca vi nas mailings list dos vários chapters que leio)

5. Desculpa lá, mas Jimbo? Quando viste o Jimbo ser citado em qualquer coisa que envolva os chapters? Ou qualquer parceria que tenha um chapter lá? Pelo contrário, quando Jimbo ta metido, normalmente é em coisas da comunidade e/ou dos multiroes. Nenhum chapter usa o Jimbo como garoto propaganda.


_____
Béria Lima (Beh)
(351) 925 171 484



No dia 22 de Fevereiro de 2011 12:28, Pietro Roveri <pietro@usp.br> escreveu:

Elementos preocupantes no modelo formado exclusivamente por capítulos e WMF:
  1. A burocratização por meio dos capítulos;
  2. O descolamento dessas estruturas das comunidades dos projetos;
  3. O foco em parcerias negociais ao invés de novos caminhos para voluntários;
  4. As pessoas como causas dos problemas;
  5. Jimbo como figura de autoridade carismática que respalda essa estrutura;
Abraços,

Pietro


De: Everton Zanella Alvarenga <everton137@gmail.com>
Para: Mailing list do Capítulo brasileiro da Wikimedia. <wikimediabr-l@lists.wikimedia.org>
Enviadas: Terça-feira, 22 de Fevereiro de 2011 9:16:10
Assunto: Re: [Wikimedia Brasil] O espírito wiki e os capítulos da WMF - Re: Res: Chapters Meeting 2011

O documento do Ale vai virar uma pãgina wiki: the born of a new
Wikimedia group model  - Unchapter, beyond hierarchies, for an
inclusive, flat and open participation. :)

Poderá ser lançado no dia do chapters meeting! Rs

Em 22/02/11, Rodrigo<rodrigopissardini@gmail.com> escreveu:
> O email do Ale deveria virar um documento na wiki rs. Mesmo com visões
> diferentes, foi a melhor abordagem que vi até agora sobre o tema( dos dois
> lados).
>
> Rodrigo
>
>
> Em 22/02/2011, às 05:37, Béria Lima <berialima@gmail.com> escreveu:
>
>> eu não recomendaria Everton. Até porque não é a nomeclatura usada na WFM.
>>
>> Ale, depois respondo a tua carta que vai precisar de meia hora do tempo
>> (coisa que nao tenho agora)
>> _____
>> Béria Lima (Beh)
>> (351) 925 171 484
>>
>>
>> No dia 22 de Fevereiro de 2011 08:34, Everton Zanella Alvarenga
>> <everton137@gmail.com> escreveu:
>> Como é gostoso quando a discussão fica no plano das idéias, não?
>> Espero que ela continue assim, sem ataques pessoais e inflames
>> emocionais. Será mais produtivo para todos.
>>
>> O email do Ale me estimulou a por o mapinha do unchapter no Commons.
>> Devo/posso? Rs
>>
>> Já pensaram daqui uns anos o mapinha todo vermelho, como um vírus
>> iniciado por aqui? : D
>>
>> Abraços!
>>
>> Tom
>>
>> Em 22/02/11, Alexandre Hannud Abdo<abdo@member.fsf.org> escreveu:
>> > Ni!
>> >
>> > 2011/2/20 Béria Lima <berialima@gmail.com>:
>> >>> Esse posicionamento (tanto do "ChapCom" quanto das outras WM*) é muito
>> >>> contraditório com o espírito livre do mundo wiki.
>> >>
>> >> Pelo contrario. Livre nunca significou anarquia, e o que é um chapter
>> >> foi
>> >> definido anos atras pela WMF e aceito por todos. Se a comunidade do
>> >> Brasil
>> >> não aceita o modelo, é direito dela, mas não pode reclamar quando os
>> >> direitos de um chapter lhe são negados, afinal a regra estava lá o
>> >> tempo
>> >> todo. Podem querer mudar as regras, mas até lá elas existem para ser
>> >> cumpridas.
>> >
>> > Diego - e demais, o problema é de desenho institucional.
>> >
>> > A forma como a WMF criou os capítulos, concedendo monopólios regionais
>> > a corporações sem fins lucrativos, foi equivocada.
>> >
>> > Isso que a Béria repete, e que substanciou com a palavra de seus
>> > membros, é o conto da sacralidade do modelo que o chapcom vende por
>> > aí. Descartando-nos com refutações descontextualizadas de alvos
>> > fáceis, mas secundários, enquanto esquivam-se das questões principais,
>> > como discutir as críticas feitas e permitir a participação de
>> > alternativas nos processos - com qualquer nome que seja.
>> >
>> > Mas essa sacralidade nem a WMF compra, visto o apoio que temos
>> > recebido para desenvolver modelos alternativos de ação.
>> >
>> > De fato, a WMF encarregara ao Chapcom que nos ajudasse a desenvolver
>> > nossa ideia e negociasse como incorporar-nos ao sistema atual. Eles,
>> > da forma mais rude possível, recusaram essa tarefa, retornando à WMF a
>> > responsabilidade. Foi essa, inclusive, uma das razões que levou a
>> > fundação a contratar a Carol, para introduzir oficialmente a
>> > discussão.
>> >
>> > Por que o chapcom fez isso? Por que eles rejeitam tão violentamente
>> > qualquer relação conosco, com base num boicote legalista? Bem, vale
>> > aqui conhecer um pouco a realidade, que pude testemunhar em dois
>> > chapters' meetings e duas Wikimanias, interagindo com mais de uma
>> > dúzia de representantes de capítulos e conversando pessoalmente com
>> > membros da mesa diretora e funcionários da WMF, tendo inclusive estado
>> > em São Francisco visitando a sede.
>> >
>> > E essa realidade é que o chapters' meeting é uma coisa embaraçosa,
>> > para não dizer uma vergonha. A maioria dos chapters são coordenados
>> > por gente sem nenhuma experiência em mobilização popular ou
>> > institucional, de pouca visão empresarial, e competência estritamente
>> > burocrática - quase sempre adquirida de última hora para formatar um
>> > estatuto. Não vou entrar no mérito do que eles realizam, mas não há
>> > dúvida que todas as vezes que nos apresentamos lá estávamos bem acima
>> > da média e da mediana.
>> >
>> > Até aí, também há capítulos bacanas e bem geridos, ainda que deixem a
>> > desjar em alguns aspectos; poderia-se dizer exemplos a serem seguidos.
>> > Poderia-se criticar apenas a sede de multiplicar as estruturas sem
>> > garantir sua qualidade. Mas essa não é toda a realidade.
>> >
>> > E tomo então os olhos do Rodrigo, que falou uma coisa acertada: siga o
>> > dinheiro.
>> >
>> > Quase a metade do tempo dos chapters' meetings são gastos discutindo
>> > como abocanhar para os capítulos mais direito sobre a marca e mais
>> > proeminência na campanha de angariação de fundos.
>> >
>> > A metade maior do tempo se divide entre questões burocráticas,
>> > financeiras, criação de mais capítulos e no que sobrar relatam-se
>> > algumas experiências de outreach e parcerias institucionais que seriam
>> > muito melhor aproveitadas se melhor documentadas e divulgadas nas
>> > wikis ao invés de apresentadas en-petit-comité.
>> >
>> > A falta de um padrão de transparência, lembrada pelo Tom, é tamanha
>> > que eles nem se põe a questão.
>> >
>> > Por isso eu acho pouco relevante nesse momento que não estejamos ali,
>> > ao mesmo tempo em que não sermos bem-vindos é um sinal importante para
>> > a WMF.
>> >
>> > Porque nossa ideia é que podemos mobilizar mais gente e fazer coisas
>> > mais sustentáveis sem precisar transferir a gestão de marcas e recuros
>> > - isto é, poder sobre a parcela excluível do valor do trabalho de toda
>> > a comunidade - a priori e para pequenos grupos autárquicos. E porque
>> > não nos dobramos na questão da transparência.
>> >
>> > Por isso o chapcom é tão avesso ao modelo transparente, participativo
>> > e distribuído proposto pela WMBR, pois temem que nos tornemos um vírus
>> > que possa contestar a situação do lado de lá. Para completar, alguns
>> > de seus membros tem dentro daquele modelo um projeto de poder
>> > individual já público de tão escancarado.
>> >
>> > Bem, agora que já devo ter deixado a Mônica<del><del>Béria espumando
>> > (de blincadeila!), permitam-me relembrar a importância de um termo na
>> > primeira frase deste e-mail: desenho institucional.
>> >
>> > Problemas de desenho isntutucional são, como a atual crise econômica
>> > internacional, situações onde internamente não há culpados morais, nem
>> > ninguém pode ter seu caráter julgado, pois os incentivos foram postos
>> > ali para as pessoas agirem daquela forma. Também são problemas
>> > difíceis, onde só pessoas em posições privilegiadas e com capacitações
>> > específicas enxergam que há um problema. Isso não quer dizer, contudo,
>> > que não existam responsabilidades.
>> >
>> > A WMBR entrou em sua posição privilegiada quando surgiram
>> > divergências, já mencionadas pelos Rodrigos, ligadas ao nosso contexto
>> > geo-político-econômico-cultural, e enxergamos uma saída do modelo pois
>> > tínhamos em nosso meio várias pessoas com conhecimento e experiência
>> > em corporações com e sem fins lucrativos, movimentos sociais,
>> > políticos, leis e economia, capazes de analisar a situação de maneira
>> > a fazer valer um lema das wikis: seja audaz.
>> >
>> > Assim que, esse escape, como tal, não foi totalmente consciente ou
>> > proposital, mas também fruto de acidentes programados. Apenas hoje
>> > podemos olhar para trás e entender os acontecimentos nesse contexto
>> > mais amplo.
>> >
>> > Enfim, na minha tentativamente humilde opinião, é esta a situação em
>> > que nos encontramos, ou ao menos a que consigo comunicar.
>> >
>> >
>> > Tenho enorme admiração e respeito por muitos membros de capítulos, do
>> > chapcom e até por algumas das instituições, mas isso não significa que
>> > eles estejam num bom caminho. Soldados honestos e nobres patriotas
>> > lutaram também em guerras opressivas.
>> >
>> > Gerenciar o valor excluível de um projeto comunitário de forma justa é
>> > algo terrivelmente complexo e requer avanços e retrocessos. A WMF tem
>> > uma estrutura participativa, transparente e minimalista para lidar com
>> > isso, e ainda está longe da perfeição. A preocupação do Lugusto e da
>> > Béria com a participação de não-wikimedistas nos princípios da WMBR
>> > refletia isso.
>> >
>> > A realidade que testemunhei, com minhas limitações e imperfeições,
>> > adicionalmente sugere que a participação de wikimedistas por si não
>> > garante o que se desejava no médio prazo: preservar os valores das
>> > wikis. Eles encontram-se institucionalmente corrompidos pelo modelo.
>> >
>> > Como a influência não é explícita, mas sistêmica, os incentivos se
>> > alinham a formar uma bolha de capítulos. Vários monopólios regionais
>> > sem nenhum padrão de comparabilidade, transparência, participação e,
>> > em países continentais ou desiguais, sem garantias de distribuição.
>> >
>> > Seus efeitos são mais contundentes em regiões sensíveis a essas
>> > questões, daí que os estadunidenses notaram primeiro a necessidade de
>> > organizarem-se regionalmente e daí que a bolha estourou primeiro aqui,
>> > num país continental e imensamente desigual, com um grave déficit de
>> > participação e transparência por ter emergido de duas ditaduras no
>> > primeiro século de sua república.
>> >
>> > Para encerrar, sobre nossa responsabilidade nessa situação, de nós ela
>> > apenas requer que sigamos dando um bom exemplo, buscando soluções
>> > criativas - como foi a própria wikipédia - e não nos percamos os
>> > valores que nos definem.
>> >
>> > Um abraço,
>> >
>> > ale
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