Ozymandias,

Imagino que ser membro do capítulo e ser voluntário sejam coisas diferentes. Quem quiser ser membro do capítulo em algum momento irá assinar a carta do jeito que está ou reiniciar a discussão para que o conteúdo reflita novamente um consenso. Mas definitivamente, ser membro do capítulo não é algo que todos irão fazer por razões diversas. A principal creio eu seja a falta de tempo para se dedicar, o que pelo menos é o meu caso. Não significa entretanto que ser  "somente voluntário" caracterize uma anarquia do qual "faço o que quero pois estou ajudando" pois mesmo o voluntariado deve agir ou trabalhar de acordo com as decisões tomadas pelos membros do capítulo. Temos vários casos de colaboradores neste perfil do qual às vezes nem fazem parte da lista mas eventualmente dão sua contribuição. Não vejo razão para o carater impositivo de ter que se assinar a carta nestes termos conforme notei em e-mails anteriores.

Quando mencionei um consenso do passado foi com base em e-mails anteriores explicando o que representa a carta. Se entendi errado, peço desculpas. Não respondi a cada uma das perguntas mas acredito que no contexto a resposta está dada.

Otavio.

Em 18 de outubro de 2011 23:13, Rodrigo P. <wikiozymandias@gmail.com> escreveu:
Fala Otávio,

Você tem o direito de não assinar a Carta. Mas baseado na sua afirmação, não teríamos um elemento mínimo de associação. Eu, p.ex., sou partidário de que, sendo um capítulo, deveria ser obrigatório ser editor wiki, com quantidade mínima de edições, etcetc, mas para chegar a um acordo geral, aceitei a idéia do Argenton de se exigir apenas a Carta. Se não tiver este mínimo, qualquer um pode se associar, independente de estar alinhado com as propostas da comunidade ? Mesmo em associações libertárias, não se exige um mínimo de requisitos dos seus membros ? Porque aqui seremos diferentes ? Lembrando ainda (ao responder estas perguntas) que estamos falando de formalizar um capitulo da WMF, e um mínimo de aderência aos conceitos desta deve ser aceito.

De acordo com a visão de vocês, devemos retirar a Carta do estatuto ? Ela não é um consenso do passado ( como você afirmou) mas algo que estamos discutindo desde 2009 e que orientou, inclusive, o estatuto debatido. Atualmente, sem Carta não se participa do capítulo proposto. A pergunta é se é tão difícil aceitar esta Carta ( e por que) que se prefere não participar do capítulo ou se prefere descartar boa parte do trabalho feito até agora, que segue esta Carta, e orientar o Capítulo para uma nova proposta. O problema desta nova proposta que talvez não haja quorum suficiente de pessoas para sustenta-la e criar um capítulo.

Rodrigo


Em 18/10/2011, às 22:42, Otavio Louvem <otavio1981.wiki@gmail.com> escreveu:

Não pretendo assinar a carta e não vejo mal algum nisso. Esta consenso que teve no passado para a criação é algo do qual novos membros são completamente indiferentes pois conforme foi dito não fizeram parte do processo. Alguns vão assina,r outros não, porque no final das contas por o nome ali é uma trivialidade. Realizar um trabalho coletivo sério e com responsabilidade está muito além da carta e não é assinando-a que um novo membro se configura habilitado para assumir responsabilidades no grupo.
 
Abs,
Otavio
 
Em 18 de outubro de 2011 22:09, Rodrigo P. <wikiozymandias@gmail.com> escreveu:
Porém Pietro, a assinatura da Carta é o requisito mínimo para participar do capítulo como membro colaborador. Não é só participar como você mencionou, mas firmar um compromisso de valores com a comunidade. Retirar isto é tirar o mínimo consenso entre todas as visões e anarquizar o que já foi proposto. Caso o membro queira avançar com a sua colaboração, existirão outros aspectos burocráticos. Então não importa como a pessoa queira colaborar, a Carta é um pré-requisito. Apenas o que acho estranho é que a contestação por ora veio de uma única pessoa que não está diretamente envolvida com o capítulo, nem possui os requisitos legais para a participação. Se houvesse algumas pessoas contrárias, poderia até acreditar que estamos forçando a barra, mas por ora a oposição é de uma pessoa, que não apresentou ainda argumentos consistentes contrários a adoção da Carta. Que os argumentos contrários sejam aqui expostos, senão continuarei insistindo que a oposição existe apenas por mera birra.

Rodrigo


Em 18/10/2011, às 20:27, Pietro Roveri <pietro@usp.br> escreveu:

Rodrigo,

No discurso fica bonito, mas sabemos que ninguém precisa (e nem vai precisar) assinar nada para contribuir, nem mesmo a carta de princípios, essa é uma ação a posteriori. O simples fato de contribuir para algo comum já indica estar de acordo com os valores.

O processo de construção da carta ocorreu com um grupo distinto - apesar de haver grande similaridade - do que existe atualmente, portanto, ao utilizarmos esse documento novamente, precisamos colocá-lo em discussão. Um processo ocorreu, agora tem que ocorrer outro. Se o conteúdo se mostrar próximo ao que o grupo julga como verdadeiro, permanecerá como está.

Pode ser um sistema de valores, mas não é um sistema de dogmas. E se é um sistema de valores, deve estar de acordo com a opinião coletiva atuante. Caso contrário vira religião...ou partidão (para manter a rima e o sentido ;-)).

Por fim, não confundo carta com estatuto, você que confunde instituição com pessoa jurídica. Por favor, não subestime a minha inteligência e não trate e-mails como peças jurídicas que devem ser contestadas parágrafo a parágrafo

Abraços,

Pietro



De: Rodrigo Tetsuo Argenton <rodrigo.argenton@gmail.com>
Para: Mailing list do Capítulo brasileiro da Wikimedia. <wikimediabr-l@lists.wikimedia.org>
Enviadas: Terça-feira, 18 de Outubro de 2011 18:06
Assunto: Re: [Wikimedia Brasil] Adesão a Carta e lista de assinatura

Pietro,

O problema é que querer colaborar não é colaborar. Precisa de uma postura para realizar as tarefas ou atividades, pois senão o trabalho pode se deturpar, ou se perder. E não foi não, a Carta foi criada por quem quis participar da discussão, quem quisesse, sempre foi assim, e não tem como você forçar as pessoas que sempre fazem birra a participarem, houve mudanças ao longo do processo de construção e não vejo como você colocou, até porque os dois lados que discutiam entre ser ONG ou não participaram da construção da Carta. Você tem razão em dizer que o que importa é o processo, mas o processo já foi, esse é o resultado, o legado do processo.

Trabalho voluntario não é voluntarismo, não é só a pessoa querer fazer algo, a participação dela tem que ser positiva para haver resultados, a Carta é um sistema de valores para que o andamento da colaboração ocorra, diferente de um estatuto, ela não é um estatuto, você está se esquecendo disso, assinar o estatuto sim é o que você falou, "assinar" a Carta é assumir os valores que mínimos que pedimos de nossos voluntários para que as atividades transcorram do melhor modo e do modo que a comunidade ocorre.

Tanto está confundido a Carta com o Estatuto que disse " a instituição apoia a colaboração e não o contrário." a Carta não representa a instituição, a Carta representa os valores dos voluntários.

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Rodrigo Tetsuo Argenton
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+55 11 7971-8884

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Abs,
Otavio

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