Sem falar que os artistas ganham sim com venda de CDs, DVDs ou livros.
Ganham uma miséria comparado com gravadoras e editoras, mas ganham. Se
eles quiserem ganhar mais devem se movimentar para isso. Lógico que
atualmente os artistas ganham muito mais com shows do que com a venda
de mídias, mas direitos são direitos. Portanto os meus argumentos
são lógicos e pertencem a este mundo, que com o esforço de todos
deverá respeitar os direitos de todos.
Não importa a desculpa, pirataria é crime. Não sou eu que vou julgar
o quanto um artista deve ganhar da gravadora ou editora, isto é um
problema entre eles, a minha atitude deverá sempre estar dentro da
lei. Ou seja, não é porque acho injusto o repasse de uma gravadora
que vou fazer um download pirata.
Ademar Varela
iPhone Developer - mindbike
019-9366.2247
ademar.varela(a)me.com
On Apr 2, 2009, at 9:18 AM, Rodrigo Pissardini <rodrigopissardini(a)gmail.com
wrote:
> Sim Porantim. As gravadoras e editoras podem e devem ganhar dinheiro
> oras. Em um mundo pré-internet, elas eram as responsáveis por servir
> como canal de distribuição, e esta é a base do capitalismo. Ora,
> qual é o alcance de um indivíduo ? Uma organização então servia
> como meio de extender este poder de atuação, e isto custa dinheiro.
>
> Hoje fala-se muito do gerador de conteúdo ganhar dinheiro por si mes
> mo, mas isto se relaciona principalmente à área de música e
> computação. Música, porque o artista ganha no show, computação
> porque o analista ganha na consultoria e suporte. Mas como ficam a á
> rea de vídeo, da literatura, dos quadrinhos, de jogos (não a parte d
> e hardware, mas de software) e afins ? Estes não possuem um meio de
> "se manter financeiramente", e sendo liberado o poder de "cópia",
sã
> o mercados que serão extintos, porque os custos de criação e
> desenvolvimento serão maiores do que o retorno obtido.
>
>
> 2009/4/2 Porantim <porantim(a)gmail.com>
> O autor é uma coisa, mas quem ganha dinheiro com a arte não são os
> artistas. Nunca são.
>
> Quem ganha dinheiro com música são as gravadoras. Quem ganha dinheir
> o com livro são as distribuidoras (nem o autor, nem a editora, nem a
> gráfica, nem a livraria). Seu argumento é lógico, mas parte de
> pressupostos que não são deste mundo.
>
> -- Porantim
>
>
> 2009/4/2 Ademar Varela <ademar.varela(a)me.com>
>
> Mas se você está liberando os SEUS direitos autorais, é uma ação
> somente sua, você não pode querer que todos os autores pensem igual
> a você. Sou simpatizante da sua idéia, acho que seria o ideal mesmo,
> mas os direitos dos demais devem ser respeitados e não subjulgados
> pelas nossas vontades. Se os demais autores querem receber pelo conh
> ecimento (ou a arte) deles, eles tem esse direito, por mais mesquinh
> o que isto possa parecer.
>
>
> Ademar Varela
> iPhone Developer - mindbike
> 019-9366.2247
> ademar.varela(a)me.com
>
>
> On Apr 2, 2009, at 8:10 AM, Rodrigo Pissardini <rodrigopissardini(a)gmail.com
>
wrote:
>
>> Acredito que depois destas opiniões um tanto divergentes, deva ser
>> seguida a regra de "cada um apoie o que quiser, mas a organização
>> em si mantenha-se neutra". Explico o porquê disto: como alguns já
>> sabem desta lista sou defensor do "Pacto Social", isto é, as regr
>> as são estabelecidas entre as partes, ou pelo detentor do direito,
>> e quem não quiser, vá para um lugar onde o pacto não atue. Esta l
>> ei não irá contra o que é disponibilizado em GFDL, CC ou qualquer
>> licença livre: aqueles que trabalham com elas podem continuar trab
>> alhando. A lei vai contra o uso comercial de conteúdos cujos autor
>> es optaram por manter em direito reservado, e que é um direito del
>> es também. Oras, eu posso ter projetos que libero ao público, outr
>> os não, e não sou obrigado a fazer sempre um ou sempre outro. Agor
>> a se a lei está bem escrita ou não é outra coisa.
>>
>> Eu sou partidário de que não deveria existir direitos autorais de
>> espécie alguma, e sim que todos pudessem compartilhar à vontade. E
>> ntão pessoalmente sou contra esta lei, assim como sou contra relig
>> ião e qualquer forma de governo. No entanto, dentro do "Pacto Soci
>> al" que vivemos, se as regras do jogo permitem a alguém usufruir f
>> inanceiramente da sua criação, a lei deve coibir qualquer tentativ
>> a de fraudar este direito. Ir contra esta lei é justamente permiti
>> r um pequeno grupo de colaborar e trocar conteúdo para "consumo pr
>> óprio", e um grande grupo de fraudar e LUCRAR sobre o trabalho alh
>> eio sem trabalho algum.
>>
>> Atenciosamente
>>
>> Rodrigo
>>
>>
>> 2009/4/2 Porantim <porantim(a)gmail.com>
>> "Pessoalmente, acho ruim apoiar a pirataria oficialmente pq ela é
>> contra lei"
>>
>> Hmmm... Em verdade, beijar em público é contra a lei no Município
>> de São Paulo...
>>
>> Não há nada de errado em apoiar algo que hoje é ilegal ou se posic
>> ionar contra uma lei. São esses posicionamentos que levantam as di
>> scussões e que fazem as leis mudarem.
>>
>> Especificamente sobre esse assunto, o Eduardo Azeredo é um bandido
>> , mafioso, canalha. Segundo consta, foi quem "inventou" o mensalão
>> ("cedeu" a presidência do PSDB ao Jereissati por conta da "imagem
>> pública" que isso trazia).
>>
>> Ele propõe esse tipo de lei por lobby dos bancos (o Bradesco é um
>> de seus maiores financiadores). Um dos objetivos é obrigar as pess
>> oas a se identificarem (com e-CPF ou o que for) toda vez que acess
>> arem a net, o que diminuiria absurdamente o risco que os bancos tê
>> m com as transações online.
>>
>> É sabido que ele é candidato ao governo de MG, por isso precisa "a
>> poiar" seus patrocinadores (pra ter grana pra fazer campanha).
>>
>> -- Porantim
>>
>>
>>
>>
>>
>> 2009/4/2 Gustavo Barrientos Duran <ggustavo.1984(a)gmail.com>
>>
>> Achei meio estranho esse "90% construída de forma errada". Mesmo
>> pq
>> acho mta presunção sair dizendo isso (-e olha q a lei de imprensa
>> , que
>> rege parte de minha profissão, é de 1968 ).
>> Qto as nos posicionarmos, como grupo, vejo os mesmos problemas
>> apontados
>> pelo Pissardini.
>> Pessoalmente, acho ruim apoiar a pirataria oficialmente pq ela é c
>> ontra
>> lei (e apoiar que m apóia ela também é difícil). Por mais
>> injusta que
>> ela seja, não dá para infringir. Imagina se as pessoas infringisse
>> m a
>> lei sempre que pensassem nesse sentido. Tem q tentar mudar isso sim.
>>
>> De certa forma concordo com Ademar de que essas empresas deveriam se
>> adaptar. Mas tenho quase certeza q não vão fazer isso, pois é
>> difícil
>> largar o osso - ainda mais o de uma das indústrias mais lucrativas
>> q se
>> tem...
>> Mas... bem minha opinião sobre isso não está totalmente formada..
>> abs
>>
>> Gustavo D'Andrea escreveu:
>> > Pessoal,
>> >
>> > Rodigo, você escreveu: "A Lei, como 90% das leis nacionais foi
>> > construída de forma errada, o que deveria se fazer é incentivar a
>> > produção livre.".
>> >
>> > A verdade é que não tem lei nenhuma. Não existe "lei Azeredo". E
>> xiste
>> > "projeto de lei Azeredo". Ela pode até estar sendo construída de
>> forma
>> > errada. Mas ainda não foi terminada. Há diversas formas de a pop
>> ulação
>> > participar das discussões e tentar entender e fazer com que a le
>> i seja
>> > mais justa para todos.
>> >
>> > Da minha parte, estou oferecendo um caminho concreto: o
>> > desenvolvimento de um verbete na Forensepédia. Pelo menos duas c
>> oisas
>> > boas esse verbete tem: a possibilidade de explicar realmente a
>> lei, já
>> > que se trata de um verbete enciclopédico, e permitir a discussão
>> , na
>> > aba de discussão (já que se trata de uma wiki). Na medida em que
>> as
>> > pessoas colaborarem nas discussões em torno de um projeto de lei,
>> > através da Forensepédia, mais tomará força o princípio
>> constitucional
>> > do poder que emana do povo.
>> >
>> >
http://forensepedia.org/wiki/Lei_de_crimes_cibernéticos
>> > <http://forensepedia.org/wiki/Lei_de_crimes_cibern%C3%A9ticos>
>> >
>> > Abraços!
>> >
>> > Gustavo D'Andrea
>> >
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