Bastante razoáveis suas preocupações, Castelo. É importantíssimo
deixar claro todas as tarefas burocráticas que apontou abaixo para as
pessoas que vão se envolver.
Também não acho que nenhuma alternativa deva ser proibida, aliás, isso
me parece impossível (podem tentar dar piti apenas, rs).
Se acham realmente necessário passar (sofrer?) com toda essa
burocracia e o grupo que está *assinando em baixo* da futura proposta
em elaboração, vão em frente. Não preciso repetir o que acho, mas fico
curioso em saber qual a principal motivação em ter o formato de
capítulo tradicional. Qual é?
Minha experiência em lidar com burocracia no Brasil sempre foi
frustrante: universidade, abrir empresa (tive que fazer isso
recentemente), ter um simples cartão de ônibus, tirar segunda via de
algum documento, ir nesse tal Poupa Tempo de São Paulo, que muitas
vezes não poupa nada, além de não usarem a Internet como poderia e
muitas outras coisas.
Como fins de comparação, apesar de minha experiência lá fora não ser
tanto assim, fiquei bastante impressionado com a agilidade em
conseguir um cartão de transporte para estudante na Itália, isso em
2004. E deve-se levar em conta que dizem que a Itália é bem atrasada
em relação a outros países da União Européia. Outros detalhes como os
listados anteriormente também me parecem ser tratado de maneira mais
ágil em outros lugares.
Imagino o tempo precioso de pessoas como vocês, que ao invés de estar
cuidando da Wikipédia e outros projetos para produção de conhecimento
livre, estariam lidando com burocracia brasileira... Para mim seria um
tempo precioso de pessoas preciosas gasto à toa.
Se a justificativa for a questão das parcerias e ter um local que
possa receber doações para a WMF, talvez o escritório seja suficiente.
Mas quero ouvir a razão de quererem isso. : )
Em 14 de março de 2011 22:02, CasteloBranco
<michelcastelobranco(a)gmail.com> escreveu:
Eu não acho que seja a única. Mas é uma, assim como as
outras. E não acho
que nenhuma alternativa deva ser proibida. Acho que podemos muito bem
caminhar para chapter+mutirões+escritório WMF+organizações parceiras.
Minha opinião pessoal é que precisamos estudar cada possibilidade, antes de
descartá-la. Por exemplo, estou pesquisando a aplicação do formato chapter
no Brasil. Teríamos gente disposta a se reunir em assembleias (secretariar,
fazer atas e ofícios) , ir a cartórios várias vezes, Receita, fazer contato
com Ministério da Justiça, contratar contador para preparar os
demonstrativos anuais, abrir conta em banco, fiscalizar a aplicação dos
recursos, etc.?? Tenho minhas dúvidas se temos gente com disposição e
capacidade para essas coisas, e se as pessoas sabem o que estão aceitando.
Não dá para delegar ou contratar tudo. Por exemplo, podemos contratar um
contador, mas cabe ao Conselho Fiscal o trabalho de auditoria. Não se pode
simplesmente culpar o contador por qualquer diferença (erro ou fraude)
ocorrida...
Estamos dispostos a assumir essa responsabilidade? Eu estou, desde que com
transparência acima de tudo, e por isso apoio a proposta. Assim como uma
wiki, quanto mais olhos tivermos, menor a possibilidade de erros.
CB