Quero pedir desculpas por parte dessa mensagem anterior. A ideia neste momento é mais colher as várias visões para depois debatê-las. Acho que me adiantei, instigada pela provocação do Jo.

Mas quero reafirmar que a ideia é pensarmos em no que devemos focar como movimento para avaliarmos num segundo momento como responder a essas prioridades.

Acho que temos que tomar cuidado pra não virar uma acareação e opiniões sobre o catalisador apenas - mas como podemos nos fortalecer como movimento no Brasil. E não só o que faremos dentro do projeto do catalisador. A não ser que esteja dado que é essa a relação que se quer - como se fôssemos uma espécie de "empresa" "prestadora de serviço" - o que imagino que não seja.

Oona




2014-06-10 0:47 GMT-03:00 Oona Castro <oonacastro@gmail.com>:
Jo, acho que podemos melhorar muito sim. 

No que te dou mais razão é que talvez tenhamos ficado com alguma "timidez" e receio de centralizar em nós algumas ações da mídia. Acho que você sabe que sua opinião não é necessariamente a opinião de todos aqui e eu já recebi "mensagens" dos mais diversos tipos: desde como a sua, achando positivo, até quem ache que cada vez que aparece o nome de um de nós na mídia estamos atropelando os voluntários ou querendo aparecer, ou nos promover individualmente. 

Além disso, a WMF é um pouco low profile (com o perdão da expressão em inglês) em relação ao uso da mídia e quando eu estava como contratada lá de fato não achavam que devíamos focar nisso.  


Mas também coloco algumas pulgas aqui pra você:

1) Não sei se o que você sempre caracteriza como "resistência" a trabalhar com a mídia procede. Além das entrevistas nos primeiros meses do projeto, já houve N outras ações de mídia. Pra falar das mais recentes e/ou que estão caminhando:
* Estamos caminhando pra uma parceria com a Nova Escola (eles responderam hoje inclusive dizendo fechando uma proposta de uma postagem por semana, mas vão mandar uma proposta de layout pra ver a questão da marca.
* já demos uma série de entrevistas e divulgamos coisas; Só pra falar de duas das mais recentes
* Passamos pro Célio contato de jornalista, pra quem deu uma recentemente pra FSP, pra fazerem um novo guia, por exemplo, mas algo parou lá na apuração e disseram que é algo em que não podemos ajudar, pois diz respeito a algum assunto alheio à Wikipédia - já perguntei N vezes - quem decide o que e quando publica é a imprensa)
* Padula e eu divulgamos em N lugares o WLE - saiu em alguns, não saiu em outros. Normal. 
* no fim do ano passado ficamos um tempão com um jornalista da época que estava tentando aplicar as descobertas da pesquisa do Aaron halfaker sobre a WP em inglês na WP em português e o pesquisador mesmo pediu cautela, e não quis trabalhar sob a demanda da imprensa. No caso, poderia até virar uma matéria negativa. Tem quem defenda o "fale mal, mas fale de mim". Eu não estou nem tão lá, nem tão cá. Acho que há fatores que devem ser discutidos publicamente e nem tudo é positivo. Mas também acho problemático quando induzimos a conclusões rápidas, que não necessariamente correspondem à realidade, e ainda são negativos. Então há situações em que aparecer não ajuda necessariamente. 

2) sou jornalista e sei que se tem uma coisa que jornalista odeia é assessor de imprensa tentando emplacar espaço gratuito na mídia o tempo todo. Ou sentir que está "sendo utilizada", pra usar sua expressão. A mídia quer histórias boas. Temos poucos jornais de grande circulação (diferentemente dos Estados Unidos, por ex.). Então, mesmo que a gente quisesse, não haveria uma matéria (de pauta positiva) significativa por mês nos jornais. às vezes soa como se alguém falasse pra você assim: "divulga lá na Wikipédia" e você responder sobre política editorial e tudo mais. Ou seja, tem que ter contexto. 

3) O que eu acho positivo no uso da mídia é dar visibilidade, atrair interesse e trazer pessoas e aumentar o conhecimento sobre como funciona. Mas, sinceramente, de nada adianta trazer gente e afugentá-los nas primeiras tentativas de edição. Então ou a gente trabalha paralelamente a recepção, ou é dar tiro no escuro e colher pouco os frutos disso, queimando cartucho. Essa é minha opinião. 


Sobre a Copa: eu concordo que serve como "agitação" e pensei algumas vezes sobre isso. Acho inclusive que ainda está em tempo e que o melhor é atrair pelo Commons (que é o valor principal da Copa ser no brasil - pra todo o resto, a copa poderia acontecer em qualquer lugar do mundo). Mas também dá pra atrair edição sobre os jogadores. O Célio até começou a trabalhar nisso em diálogo com o grupo de usuários (inclusive, esse é o tipo de Ação pra qual um catalisador pode ser um meio, mas não é necessário). E, pra mim, a comunidade estava puxando isso. O Célio fez até álbum de figurinhas. 

Vou pedir pra ele mandar pra cá e seguimos com a ideia - mais gente anima?

Oona



2014-06-09 22:29 GMT-03:00 Everton Zanella Alvarenga <everton.alvarenga@okfn.org>:

Só não fiz nada sobre a copa pois estou fazendo esse aqui: http://vaimudar.org Eu tinha falado faz tempo que era uma ótima oportunidade, por exemplo, para o WikiVoyage.

Comunicação.

Daí é por a mão no bolso. Menos eventos, mais comunicação.


Em 9 de junho de 2014 22:25, João <jolorib@gmail.com> escreveu:

A resposta é a mesma mas não sei porque vc resiste tanto a utilizar
Imprensa. Midia. TV

Tambem nao fizemos nada sobre a Copa no Brasil. poderia dar retorno
Em 16 tem olimpiada

Em 09/06/2014 19:09, "Oona Castro" <oonacastro@gmail.com> escreveu:


>
> Acho que a pergunta merece uma reflexão de vários de nós aqui, mas vou colocar algumas ideias:
>
> O canal pra atingir esse público de forma concentrada (divulgar uma oficina pra "seniores" é plenamente possível, mas sempre aparece aquela história de risco de aparecerem 3, 4, 5) sempre foi um desafio. Até me lembro de comentar isso na entrevista, porque não dá pra pegar a base de dados do INSS e sair divulgando "edite a wikipédia" ;-)
>
> Recentemente, me ocorreu procurar associações profissionais que tenham contato com sua base de profissionais recém aposentados, como por exemplo o Conselho regional de medicina, inclusive aproveitando o gancho do polêmico estudo divulgado de que 9 a cada 10 verbetes sobre medicina seriam incorretos.
>
> Outra possível abordagem é tentar aprender com o editathon das minas, que foi principalmente organizado e divulgado pelos grupos de referência não da Wikimedia, mas das mulheres. Identificar, então, grupos já organizados (e creio que raros) de seniores atuando com projetos de internet ou que tenham alguma familiaridade. Mas como neste caso partiu delas, só de partir de nós procurá-los já tornaria esse um caminho diferente.
>
> Acho que a própria Wikipédia já conta com vários editores em faixas mais avançadas de idade e seria importante ouvir deles opiniões também. Uma das coisas que me desanimaram um pouco ao longo do tempo foi imaginar alguns conflitos/obstáculos grandes nesse tipo de iniciativa. Não sei também o quanto é preconceito da minha parte, mas exponho aqui até pra que seja rebatido. Na experiência que tive em diálogo com algumas pessoas isoladas (poderia nomear, mas acho desnecessário), parece-me que duas características são comuns: ou pouca familiaridade com internet (ou grande desconfiança em relação a conteúdo construído colaborativamente) ou, entre os mais familirizados, uma grande tendência a imaginar que seu conhecimento acumulado ao longo de muitos anos não pode ser questionado por "moleques" que passam o dia na internet (um imaginário de que todos os outros além dele próprio são imaturos ou sem estudo). Quando coloco isso, não quero dizer que isso impeça um trabalho desses. Acho até que saber que há pares em situação semelhante ajuda a superar o estigma. Mas acho que podem ser levados em consideração se e quando resolvermos nos dedicar a projetos semelhantes.
>
> Do ponto de vista de impacto e "eficiência", acho que projetos nessa linha podem tanto adquirir um caráter mais social como realmente engajar pessoas com muito conhecimento que passam a ter mais tempo disponível em suas vidas e atividades como edição dos projetos Wikimedia podem representar uma grande fonte de satisfação (mas paralelamente ao aumento da expectativa de vida, também acompanhamos cada vez mais a necessidade de se continuar trabalhando mesmo depois da aposentadoria. Então a premissa do tempo livre torna-se bem relativa a meu ver).
>
> Oona
>
>
> 2014-06-09 18:42 GMT-03:00 Everton Zanella Alvarenga <tom@okfn.org.br>:
>
>> Essa ideia surgiu entre vários candidatos (acho que a Oona também deu essa ideia) para o catalisador.
>>
>> Como implementar?
>>
>>
>> 2014-06-09 17:18 GMT-03:00 João <jolorib@gmail.com>:
>>>
>>> http://rising.globalvoicesonline.org/blog/2014/06/09/senior-citizens-write-wikipedia/
>>>
>>> Estão convocando os veteranos
>>>
>>> João
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