A tudo que me faz poesia
Agradeço às putas por não me seduzirem
Às mulheres que amo por não me amarem
Às noites de insônia, tristeza e angústia
À frieza do ecrã, à maciez das teclas
E ao ruído incessante da ventoinha
A cada ciclo no silício,
Mais rápido que nossa mente
E mais quente que nosso corpo,
Transmitindo nossos equívocos e acertos
Indiferentemente
Agradeço ao Névio por criar este espaço
Ao espaço por conter as estrelas
Às estrelas por negarem seu abraço
Solstag