Artigos que descrevem os estudos dos cientistas da Universidade de São Paulo serão publicados em biblioteca digital

Mariana Lenharo - O Estado de S.Paulo

Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) que publicam artigos em revistas científicas devem passar a negociar com as editoras contratos que permitam que o material fique disponível gratuitamente em uma página da instituição. Hoje, muitas vezes instituições públicas financiam pesquisas e, quando os resultados são publicados, as próprias universidades têm de pagar para acessá-los.

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'Quanto maior a presença da internet, maior a visibilidade', diz diretora das bibliotecas da USP - André Lessa/AE
André Lessa/AE
'Quanto maior a presença da internet, maior a visibilidade', diz diretora das bibliotecas da USP

A determinação do reitor João Grandino Rodas foi oficializada com a resolução n.º 6.444, publicada em 22 de outubro. As pesquisas serão publicadas na Biblioteca Digital da Produção Intelectual da USP (BDPI), recém-inaugurada (www.producao.usp.br). A iniciativa faz parte de um movimento global pelo acesso aberto à ciência. Unesp e Unicamp planejam estratégia semelhante e outras, como a Universidade de Brasília (UnB) e as federais de Santa Catarina (UFSC) e do Rio Grande do Sul (UFRGS), já têm seus repositórios, como são chamadas essas bibliotecas online.

Segundo a diretora do Sistema Integrado de Bibliotecas da USP (Sibi), Sueli Mara Soares Pinto Ferreira, a decisão já vinha sendo discutida havia alguns anos. "Dessa forma, a USP dá um retorno maior, trazendo para a sociedade o que ela investiu e, ao mesmo tempo, aumentando a visibilidade do que é produzido."

Tudo o que é publicado na nova biblioteca digital, que já tem 30 mil registros, aparece no Google Acadêmico. "Quanto maior a presença na internet, maior a visibilidade da universidade e sua posição nos rankings. Com tanta tecnologia, há rankings que medem a presença dos estudos nas redes sociais, por exemplo", diz Sueli. Entra na BDPI toda a produção acadêmica, exceto teses e dissertações, que já vinham sendo publicadas em acesso aberto em teses.usp.br.

Continua: http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,usp-negociara-com-revistas-cientificas-acesso-aberto-as-suas-pesquisas-,980686,0.htm

Muito bom.

Abdo, precisamos conversar com a professora Sueli sobre os riscos da restrição comercial, sem os receios que ocorrem no caso dos recursos educacionais.

Abraços,

Tom

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Everton Zanella Alvarenga (also Tom)
Open Knowledge Foundation Brasil
http://br.okfn.org