Welcome to the desert of the real. :-)




De: nevio carlos de alarcão <nevinhoalarcao@gmail.com>
Para: Mailing list do Capítulo brasileiro da Wikimedia. <wikimediabr-l@lists.wikimedia.org>
Enviadas: Terça-feira, 21 de Julho de 2009 23:28:03
Assunto: Re: [Wikimedia Brasil] 1984 é agora (pt)

Obrigado pela gentileza. O que não dá para entender, independe agora
do idioma. É a multilinguística sanha por lucro.

2009/7/21 Joaquim Mariano da Costa Neto <joaquimmariano@yahoo.com.br>:
>
> Amazon apaga livros de Orwell no Kindle
>
> Brad Stone, The New York Times
> 17 de julho de 2009
>
> Lucas Jackson / Reuters
> Um passageiro usando um Amazon Kindle para ler no metrô de Nova Iorque.
>
> Em 1984, de George Orwell, censores do governo apagam todos os vestígios de
> reportagens que constrangem o Grande Irmão, mandando-as para o tubo de
> incineração chamado de "buraco da memória".
>
> Na sexta-feira, foi 1894 e outro livro de Orwell, A Revolução dos Bichos,
> que foram lançados no buraco da memória - pela Amazon.com.
>
> Num jogada que irritou clientes e gerou ondas de insatisfação online, a
> Amazon apagou remotamente algumas edições digitais desses livros nos
> dispositivos Kindle de leitores que pagaram por elas.
>
> Por e-mail, um porta-voz da Amazon, Drew Herdener, disse que os livros foram
> adicionados à loja Kindle por uma empresa que não tinha os respectivos
> direitos, usando uma função automática. "Quando notificados sobre isso pelo
> detentor dos direitos, removemos as cópias ilegais do nosso sistema e dos
> dispositivos dos clientes, e reembolsamos os clientes", disse.
>
> A Amazon efetivamente reconheceu que as remoções foram uma má idéia.
> "Estamos mudando nosso sistema para que, no futuro, nós não removamos livros
> de dispositivos de clientes nessas circunstâncias", disse o Sr. Herdener.
>
> Clientes cujos livros foram apagados informaram que a MobileReference, uma
> editora digital, havia os vendido. Um e-mail para a SoundTells, a empresa
> que é a proprietária da MobileReference, não foi prontamente respondido.
>
> Livros digitais comprados para o Kindle são enviados para o dispositivo por
> uma rede sem fio. A Amazon também pode usar essa rede para sincronizar
> livros eletrônicos entre dispositivos - e aparentemente para fazê-los
> desaparecer.
>
> Na noite de sexta-feira, uma edição digital autorizada de 1984 de seu editor
> americano, Houghton Mifflin Harcourt, ainda estava disponível na loja
> Kindle, mas não havia nenhuma versão de A Revolução dos Bichos.
>
> Pessoas que compraram as edições invalidadas reagiram com indignação,
> reconhecendo a literal ironia do caso. "De todos os livros para recolher",
> disse Charles Slater, diretor de uma loja de partituras na Filadélfia, que
> comprou a edição digital de 1984 por 99 centavos no mês passado. "Eu nunca
> imaginei que a Amazon efetivamente tivesse o direito, o poder ou mesmo a
> possibilidade de apagar algo que eu já havia comprado".
>
> Antoine Bruguier, um engenheiro do Vale do Silício, disse que havia
> percebido que sua cópia digital de 1984 parecia ser uma digitalização de uma
> edição em papel. "Se este Kindle quebrar, com certeza não vou comprar um
> novo", disse.
>
> A Amazon aparenta ter apagado recentemente dos Kindles outros livros
> eletrônicos comprados. Comentando em fóruns na Internet, clientes relataram
> o desaparecimento de edições digitais dos livros de Harry Potter e dos
> romances de Ayn Rand em situações semelhantes.
>
> Os termos de serviço publicados pela Amazon para o Kindle não parecem dar à
> empresa o direito de apagar compras depois de terem sido feitas. É dito que
> a Amazon concede aos clientes o direito de manter um "cópia permanente do
> respectivo conteúdo digital".
>
> Vendedores de bens físicos obviamente não podem entrar sem autorização na
> casa de um cliente para retomar uma mercadoria, não importando quão ilícita
> a mercadoria tenha se revelado. Mesmo assim, a Amazon parece manter uma
> peculiar amarra ao conteúdo digital que vende para o Kindle.
>
> "Isso ilustra quão poucos são os direitos que você tem quando compra um
> livro eletrônico da Amazon", disse Bruce Schneier, diretor de tecnologia de
> segurança da British Telecom e especialista em segurança e comércio
> eletrônicos. "Como proprietário de um Kindle, estou frustrado. Não posso
> emprestar livros para as pessoas e não posso vender livros que eu já tenha
> lido, e agora descobriu-se que não posso sequer contar com meus livros
> amanhã".
>
> Justin Gawronski, de 17 anos, da região de Detroit, estava lendo 1984 em seu
> Kindle para um trabalho escolar de verão e perdeu todas as suas notas e
> apontamentos quando o arquivo desapareceu. "Eles não apenas pegaram meu
> livro de volta, eles roubaram meu trabalho", disse.
>
> Na Internet, é claro, não há coisas como um buraco da memória. Embora, nos
> Estados Unidos, o copyright de 1984 não expire até 2044, ele já expirou em
> outros países, incluindo Canadá, Austrália e Rússia. Nesses países, sites
> oferecem cópias digitais gratuitas do livro para todos os interessados.
>
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