<div>Aí voltamos a outros dois pontos : que um romance (ou um poema) deve também ter um fim utilitário (neste sentido em minha defesa Platão em A República, León Tolstoi em O que é a Arte e Joseph Campbell em As Máscaras de Deus), que serve para apontar aos seus "consumidores" um ideal que possam atingir como seres humanos, e não apenas um conforto hedonista. A arte deve ser popular, isto é, não profissão de uma pequena elite "intelectual" que se beneficie financeiramente disto, mas o fruto de todos os membros de uma sociedade. O caminho colaborativo das wikis e a era web são, neste sentido, totalmente capazes de prover este cenário libertário. </div>
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<div class="gmail_quote">2010/1/25 Everton Zanella Alvarenga <span dir="ltr"><<a href="mailto:everton137@gmail.com">everton137@gmail.com</a>></span><br>
<blockquote class="gmail_quote" style="PADDING-LEFT: 1ex; MARGIN: 0px 0px 0px 0.8ex; BORDER-LEFT: #ccc 1px solid">Helder,<br><br>2010/1/25 Helder Geovane <<a href="mailto:heldergeovane@gmail.com">heldergeovane@gmail.com</a>>:<br>
<div class="im"><br>> Para a maioria das pessoas, a utilidade da matemática parece óbvia: pontes,<br>> projeções econômicas, algoritmos de computador. Boa parte dos matemáticos<br>> acha essas aplicações desinteressantes. "O que serve para a vida é banal e<br>
> chato", disse Hardy, num livrinho clássico de 1940 intitulado Em Defesa de<br>> um Matemático. "A matemática que pode ser usada para tarefas comuns pelo<br>> homem comum é desprezível, e aquela que serve aos economistas e sociólogos<br>
> não serviria nem como critério para conceder uma bolsa de estudos a um<br>> estudante de matemática", escreveu. "A verdadeira matemática dos verdadeiros<br>> matemáticos, a matemática de Fermat, Euler, Gauss, Abel e Riemann, é quase<br>
> toda ela inútil."<br><br></div>Já ouvi vária menções a esse Hardy (deve ser o mesmo) nas palavra do<br>físico Freeman Dyson:<br><br><a href="http://is.gd/72cNK" target="_blank">http://is.gd/72cNK</a><br><br>Muito provavelmente no livro "De Eros a Gaia" (é fácil encontrar em<br>
sebos a preços bem acessíveis). Parece uma figura interessante,<br>principalmente devido a preocupação dele com o ensino.<br>
<div class="im"><br>> Também nesta linha, lembro de um amigo meu ter comentado que quando um<br>> profissional de certa área (que não me recordo qual) perguntou "para que me<br>> serve essa matemática que você estuda?", recebeu como resposta algo como "E<br>
> para que serve o que você faz, na minha matemática?"<br>><br>> Vamos conversando...<br><br></div>Voltando ao Russell: -)<br><br>"Mathematics, rightly viewed, possesses not only truth, but supreme<br>beauty — a beauty cold and austere, like that of sculpture, without<br>
appeal to any part of our weaker nature, without the gorgeous<br>trappings of painting or music, yet sublimely pure, and capable of a<br>stern perfection such as only the greatest art can show."<br><br><a href="http://en.wikiquote.org/wiki/Bertrand_Russell#The_Study_of_Mathematics_.281902.29" target="_blank">http://en.wikiquote.org/wiki/Bertrand_Russell#The_Study_of_Mathematics_.281902.29</a><br>
<br>No colégio lembro que a maioria dos meus amigos queriam achar<br>aplicação na maioria das coisas que viam nas aulas de matemática. É<br>uma pena que muitos professores não conseguem mostrar que não é apenas<br>para alguma aplicação que aprendemos matemática...<br>
<br>Qual a aplicação de um poema? E de um romance? Hehehehe.<br><font color="#888888"><br>--<br></font>
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<div class="h5"><a href="http://blogdotom.wordpress.com/sobre" target="_blank">http://blogdotom.wordpress.com/sobre</a><br><br>_______________________________________________<br>WikimediaBR-l mailing list<br><a href="mailto:WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org">WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org</a><br>
<a href="https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l" target="_blank">https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l</a><br></div></div></blockquote></div><br><br clear="all"><br>-- <br>Rodrigo de Sousa Pissardini<br>